O Universo - O Fim da Terra

Floresta de Tunguska, Sibéria, Rússia; 30 de Junho de 1908, 7.30h da manhã. Um objecto de 60 metros de diâmetro mergulha em direcção à Terra a uma velocidade de 55.000km/h. Foi a maior explosão ocorrida na Terra na idade moderna. Milhares de árvores foram incineradas. Por sorte o meteorito caiu numa região despovoada e remota.

Cheliabinsk, Rússia; 15 de Fevereiro de 2013. Um meteorito cai perto da cidade russa de Cheliabinsk causando mais de mil feridos.

Dois exemplos perfeitos que demonstram aquilo que preocupa poucos ou nenhuns: que  nosso planeta está rodeado e exposto a inúmeros perigos cósmicos. O futuro da Terra é sombrio e está traçado. O planeta Terra está condenado à destruição. O fim da esfera azul está ligado à morte da nossa estrela, o Sol e isso é inevitável.
Mas até lá, entre astróides e cometas provenientes de regiões como a Cintura de Kuiper (entre as órbitas de Marte e Júpiter) ou, no caso dos cometas, da Nuvem de Oort, nos confins do Sistema Solar, são milhares os corpos celestes que orbitam o sol e que em alguns casos passam ameaçadoramente perto da Terra podendo colidir com esta. Este é de todos, o perigo mais real e também o que mais facilmente se pode contornar. Milhares de objectos celestes são monitorizados por ano, a partir da Terra, e as suas órbitas e probabilidades de colisão cálculadas com elevada precisão. E há ainda que queira desenvolver sistemas de defesa e protecção da Terra contra estes corpos espaciais.

Mas mesmo eventos que ocorram a milhares de anos-luz da Terra podem ter um efeito funesto sobre o planeta como é o caso de explosões de raios gamma e por fim, alguns físicos teóricos e astrofísicos calculam que o Universo pode ter os seus dias contados graças a um evento de proporções universais denominado Grande Ruptura na qual a pouco conhecida e fantasmagórica Matéria Negra (sabe-se que existe mas não se consegue ver) terá um papel preponderante.

Mas podemos dormir tranquilos, as probabilidades de tal ocorrer são ínfimas e os eventos mais cataclísmicos como a Grande Ruptura ou as convulções solares só ocorrerão daqui a milhares de milhões de anos quando os humanos já tiverem migrado para outro planeta ou... se extinguido.


Ciência forense ao serviço da História



Tudo sobre a sigilosa exumação e análise forense dos restos mortais do Rei D. Pedro IV de Portugal e Imperador D. Pedro I do Brasil e suas duas esposas, D. Leopoldina e D. Amélia, ocorrida no ano passado, com a devida autorização e acompanhamento permanente de membros da Familia Imperial Brasileira. Este estudo demonstra que D. Pedro quebrou quatro costelas do lado esquerdo o que comprometeu irremediávelmente um pulmão. A História aponta efectivamente dois acidentes do monarca ocorridos em queda de cavalo e acidente com carruagem em 1823 e 1829. Já a versão histórica que dava conta de que D. Leopoldina tinha sido agredida pelo marido e morrido como consequência das fracturas sofridas ao nível do fémur e da bacia não se confima. A verdade vem agora à luz do dia com os exames médicos aos ossos da Imperatriz a revelarem que esta nunca sofreu nenhuma fractura em toda a sua vida e que a estória da fracturas devida a agressões do marido não passaram de boatos maliciosos embora o estudo não possa contudo concluir que não existiram de facto agressões. Um mito com quase duzentos anos que cai agora definitivamente por terra.
D. Pedro faleceu aos 36 anos vítima de tuberculose, em Lisboa, no Palácio de Queluz, a 24 de Setembro de 1834 e foi sepultado no Panteão Real de S. Vicente de Fora, em Lisboa e o seu coração foi doado, por desejo expresso do soberano, em testamento, à cidade do Porto - por isso o antigo brasão da cidade e o actual emblema do FC Porto ostentam no seu centro um coração - como penhor de reconhecimento e gratidão aos portuenses durante o cerco da Invicta no decurso da Guerra Civil (1832-1834) que opôs Liberais a Absolutistas (também designados de Miguelistas, Realistas ou Legitimistas).
Já em 1972, por decisão dos governos português e brasileiro, os restos mortais de D. Pedro (excepto o coração, que permanece no Porto) foram trasladados para o Brasil e depositados no Monumento ao Ipiranga no Parque da Independência.

Para saber quem foi D. Pedro IV e os acontecimentos mais marcantes da sua época clique aqui, aqui e aqui.

Retrato de D. Pedro IV de Portugal (D. Pedro I do Brasil) ostentando as insígnias que foram encontradas no seu esquife (Colar da Ordem do Tosão de Ouro, Placa das Três Ordens e Comenda da Torre e Espada)

Gravura que retrata D. Pedro IV jazendo no seu leito de morte
 
D. Pedro IV no leito de morte rodeado pelas altas individualidades da época (entre eles destacam-se a futura Rainha D. Maria II e o Marechal-Duque de Saldanha, João Carlos de Oliveira e Daun). Do lado direito, debruçada sobre a cama, completamente vestida de negro, D. Amélia, a segunda esposa do monarca, que haveria de guardar luto pelo marido durante 38 anos, atá à data da sua morte, em 1872, e que de luto desceu à sepultura



quinta-feira, fevereiro 21, 2013

O Universo - Mercúrio e Vénus: Os Planetas Interiores

É o planeta que mais próximo está do Sol. Mercúrio é rocha sólida exposto directamente à mortífera radiação solar. Mercúrio apresenta ainda um aspecto bizarro: O seu dia é maior do que o seu ano.
Vénus é o planeta sobre um véu. Considerado o planeta gémeo da Terra porém não poderiam existir dois gémeos tão diferentes. Com uma densidade e pressão atmosferica 90 vezes superior à da Terra, Vénus está aprisionado numa gigantesca panela de pressão. Como se isso não bastasse, as suas nuvens são de ácido sulfúrico. É o planeta com maior actividade vulcanica em todo o Sistema Solar e o infernal efeito de estufa causado pela sua densa e venenosa atmosfera composta em cerca de 95% por dióxido de carbono faz com que a sua temperatura média seja invariavelmente altíssima.
Pensa-se que em tempos, Vénus terá tido um clima semelhante ao da Terra, com oceanos e uma atmosfera parecida. O que aconteceu a este mundo infeliz? E porque gira ao contrário?


Assembleia Municipal reune Sábado no Torrão

A sessão descentralizada da Assembleia Municipal irá desta feita ter lugar no Torrão. A sessão irá decorrer Sábado, dia 23 de Fevereiro a partir das 16.00 horas nas instalações da Santa Casa da Misericórdia do Torrão.

Para consultar o Edital clique AQUI.

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

O Universo - Os segredos do Sol

Para os antigos, era um deus. Para nós, é uma incomensurável central de fusão nuclear. Embora o tenhamos por calmo, o Sol fervilha de actividade e é o local do Sistema Solar onde ocorrem fenómenos de extrema violência e de dimensões assombrosas. O episódio de hoje é sobre a luz das nossas vidas: o Sol.


domingo, fevereiro 17, 2013

«Sou um Velho do Restelo com vinte e dois anos»

Por Mário Coelho

Sou um Velho do Restelo com vinte e dois anos de idade, estudante de línguas e linguísticas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e afirmo com toda a certeza que os afrontamentos ao Acordo Ortográfico de 1990 não o são, na sua esmagadora maioria, por aversão à mudança. Nem tudo o que é novidade é bom.
A língua Portuguesa não precisava de uma revisão ortográfica. A língua mais poderosa do mundo, o Inglês, nunca necessitou de se adaptar às suas variantes, aliás, uma das razões da sua força reside exactamente no respeito pela identidade linguística de cada país anglófono. O comummente apresentado argumento da “simplificação” da língua também não passa de uma falácia. O Japonês e o Chinês dispõem de milhares de caracteres diferentes, que as crianças aprendem com a menor das dificuldades. O Inglês e o Francês, ambos línguas de força pelo mundo fora, apresentam um cariz etimológico que em nada dificulta a aprendizagem. Ao contrário do que os defensores desta reforma ortográfica querem fazer parecer, a existência de consoantes mudas (falsamente mudas, no caso do Português Europeu) em nada são um entrave à aprendizagem da língua.
O Acordo Ortográfico não trouxe nenhuma vantagem a Portugal, apenas fez levantar um sentimento de ressentimento para um povo que, já alvo de tanta chacota e sofrimento, se viu obrigado a entregar a própria língua às mãos de um punhado de linguistas que não reflectem a vontade de milhões de Portugueses.
Na minha faculdade são muito poucos os alunos que escrevem com o Novo Acordo, e ainda menos aqueles que concordam ou se identificam com ele. Os poucos que se convertem não o sabem utilizar, nem nunca saberão, com a quantidade absurda de duplas-grafias, excepções, e puros erros que o Novo Acordo introduziu.
Outro efeito nefasto desta reforma ortográfica, mais subtil mas não menos assustador, é a perda da presença de Portugal na Internet. A dificuldade em encontrar uma webpage nacional, ou até simplesmente escrita em Português Europeu (seja esse Português com Novo Acordo ou não), é muitíssimo elevada. Pelo que até um dos argumentos iniciais a favor desta reforma, o fortalecer da presença do Português de Portugal na Internet, acabou por originar exactamente o oposto.
Não é nada tarde para se voltar atrás. Se o fizer, o governo ouvirá apenas os cidadãos a suspirarem um aliviado “até que enfim”, e as crianças que por esta reforma foram lesadas aprenderão as regras correctas num período de tempo múltiplas vezes mais rápido do que a adopção do Acordo demorará. Pois, aliás, a maioria da população nem sequer se dará ao esforço de aprender as novas regras.
O caminho de regresso não é difícil, difícil é caminhar em frente, contra tudo e todos, contra um povo que, de tão cansado que está, apreciaria poder voltar a ter orgulho no seu país, não sentir que à venda estão até as palavras que falam e escrevem.

O Universo - Além do Big Bang

«A Matemática é a linguagem do  Universo»

Vamos iniciar aqui a exibição de uma nova série sobre ciência e sobre o Universo. O primeiro episódio é, lógicamente, sobre a origem de tudo, o início do Universo e o percurso e os marcos mais importantes trilhados pelo conhecimento humano ao longo dos séculos.
Aproveitem caros leitores pois é muito interessante. Particularmente áqueles que têm dificuldades na Matemática e na Física e as acham inuteis e enfadonhas, não percam esta série de videos que irei pôr aqui no nosso blog.



sábado, fevereiro 16, 2013

A Fraude: A Caixa Negra

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BPN: A Fraude - A Caixa Negra (Parte 4-4)


terça-feira, fevereiro 12, 2013

A Fraude: No Rasto do Dinheiro

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BPN: A Fraude - No Rasto do Dinheiro (Parte 3-4)






O debate


segunda-feira, fevereiro 11, 2013

NOTÍCIAS E DEBATES ONLINE


Sempre que é publicada, nas páginas online dos jornais nacionais, alguma notícia minimamente relacionada com a Monarquia Portuguesa surge quase de imediato uma espécie de debate Monarquia vs República na zona dedicada aos comentários dos leitores. Ler esses comentários é sempre interessante quanto mais não seja para verificar o desespero dos ‘anti-monarquia’ (que não são necessariamente republicanos), a sua ignorância (a respeito da questão de regime) e a fragilidade dos seus supostos argumentos. Com relativa frequência, a falta de argumentos sólidos por parte dos ‘anti-monárquicos’ leva-os a usarem o insulto e uma linguagem menos própria fazendo com que um debate que podia ser bastante proveitoso desça a um nível pouco recomendável.
Já há bastante tempo surgiu uma notícia online em que se afirmava a necessidade de haver um referendo sério, em Portugal, sobre a questão do regime. Inevitavelmente surgiu de imediato, na parte reservada aos comentários, um debate. Foram muitos os comentários mas um merece ser destacado pela sua seriedade e análise independente. Com a devida vénia ao autor, transcreve-se o referido comentário:

“A ler os comentários noto, salvo raras excepções para um lado e para o outro, uma tendência: Os que defendem a república metem-se em bicos dos pés, gritam muito, chamam betos aos outros, falam de repúblicas que, pensam eles, estão a funcionar e não sabem argumentar com factos históricos porque a desconhecem. Os que defendem a monarquia falam de factos, de economia, de patriotismo, de democracia (ou falta dela, neste caso), de crises de valores. Conclusões que eu, indiferente aos dois, retiro: Os que defendem a república têm medo da monarquia e inveja dos monarcas, os que defendem a monarquia têm amor ao país e conhecem bem a história… Quem estará a ganhar? Eu, indiferente, diria a monarquia, mas tanto me dá.”

Esta mensagem parece ser suficientemente importante para nela se meditar com verdadeira honestidade intelectual. Se não fossem os preconceitos que ainda existem sobre a Monarquia, tudo em Portugal podia estar bem melhor!

A Fraude: Anatomia de um Golpe

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SIC Grande Reportagem
BPN: A Fraude - Anatomia de um Golpe (Parte 2-4)




O debate

domingo, fevereiro 10, 2013

Audiência no Grupo de Trabalho parlamentar sobre o «Acordo» Ortográfico

Audiência concedida a 7 de Fevereiro de 2013 a Maria do Carmo Vieira, Vasco Graça Moura e Nuno Pacheco pelo Grupo de Trabalho parlamentar sobre o Acordo Ortográfico de 1990, no âmbito da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.


Imagens disponibilizadas pela ARTV (http://www.canal.parlamento.pt/)

Assine a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico (http://ilcao.cedilha.net/)


Um outro Portugal II: Entrevista - D. Duarte o Rei que "irritou" Marcello Caetano


A família real esteve exilada desde 1834 e só foi autorizada a regressar a Portugal em 1950.

Duarte, da parte do pai, e Pio, da parte do padrinho, o Papa Pio XII. Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, nasceu no estrangeiro, mas em território português: "Pela lei da monarquia só pode ser Rei de Portugal alguém que nasceu em Portugal e que seja português. Para assegurar essa hipótese, os meus pais conseguiram que a minha mãe ficasse instalada na Embaixada portuguesa, em Berna, e foi lá que nasci". A Família Real esteve exilada desde 1834 "após a vitória do exército liberal que invadiu Portugal e que derrotou o exército português e exilou o Rei Dom Miguel". Mais tarde, em 1910, "foi o exílio de Dom Manuel II". Apesar da Família Real ter demonstrado, por várias vezes, vontade de regressar a Portugal, só teve autorização para o fazer em 1950: "A Assembleia Nacional tinha bastantes deputados monárquicos. O governo não queria retirar o exílio, mas o grupo de deputados monárquicos lançou a proposta e acabou por ganhar".

O regresso só aconteceu três anos depois porque, apesar do governo ter aceite, ia dizendo "não venham já". Dom Duarte tinha oito anos quando chegou a Portugal e recorda com "grande emoção" os "três ou quatro dias de viagem de carro": "Tenho outra experiência menos agradável! Quando chegámos a Gaia, fomos comidos pelos mosquitos nas primeiras noites e a minha mãe foi buscar o véu do vestido de noiva e transformou-o num mosquiteiro para cobrir as nossas camas."

Ficaram "muitos anos" instalados na Quinta da Boavista, em Vila Nova de Gaia, propriedade da Condessa da Covilhã, porque não tinham onde ficar: "Quando o Rei Dom Manuel II morreu, o Estado expropriou as nossas propriedades de família e transformou-as numa Fundação". Mais tarde, "por instruções do governo, a Fundação passou a pagar uma quantia" à Família Real "e arranjou uma casa perto de Coimbra": "Era um antigo convento que foi restaurado e que o meu pai achava muito pouco prático porque gastava-se muito em aquecimento. E a minha mãe sofria muito com o frio porque era brasileira e não estava habituada."

Apesar de já estar em Portugal, aos olhos dos regimes vigentes, era como se a Família Real não existisse: "O meu pai e eu, em particular, fomos convidados para alguns actos oficiais. Mas havia cenas cómicas como, por exemplo, eu estava numa missa oficial ao lado da mulher do presidente da república, o Almirante Américo Tomás, e tiveram o cuidado de cortar a minha presença na foto."

O interesse pela agricultura levou Dom Duarte a escolher um curso de Engenharia Agrónoma, que teve de interromper para seguir outra paixão: "Queria ir para piloto desde criança e interrompi o curso para ir para a Força Aérea". Passou três anos e meio em Angola, que descreve como "uma experiência muito bonita", fez amigos, mas depois, teve "um azar": "um ministro da Defesa, muito fanático republicano, proibiu que eu voasse por razões políticas". Trocou o helicóptero por uma mota e passou a viajar pelo interior de Angola para perceber "os descontentamentos que havia". O governo português só ficou "muito zangado já no tempo de Marcello Caetano" porque Dom Duarte organizou uma lista da oposição "constituída, sobretudo, por candidatos angolanos" para as eleições do Parlamento português de 1972. Dom Duarte garante que "a lista estava muito bem encaminhada", mas acabou por ser expulso de Angola porque "o Governo de Marcello Caetano tinha um projecto secreto de independência em conjunto com os Estados Unidos e com a África do Sul".

Estava no Vietname do Sul, quando recebeu um telefonema do Presidente do Parlamento a dizer: "Os seus ganharam". Era o 25 de Abril de 1974.

Dom Duarte de Bragança acredita que “nunca teríamos chegado a esta situação de falência fraudulenta” com uma Monarquia.

Está em vias de ter tripla nacionalidade, mas é em Portugal que gostaria de reinar. Em entrevista ao "Conversas com Vida" do ETV, Dom Duarte, duque de Bragança, acredita que poderia colaborar mais com o actual Governo e garante que "90% dos filiados no CDS são monárquicos"


O jornal "El Pais" caracterizou--o como "um Rei sem reino". É assim que se sente?

Não. Eu sinto-me representante de uma História, de uma dinastia, de uma memória política e um português à disposição dos portugueses para o que for preciso. Se quiserem a minha presença como Chefe de Estado, estou disponível, mas há outras coisas que também posso fazer e tenho feito. E acho que o Estado português poderia ter utilizado muito mais as minhas possibilidades de acção. Colaborei com os governos portugueses na solução do caso de Timor, nas relações com a Indonésia, na Guiné-Bissau e em Angola, nas relações com o mundo árabe... Tenho tido acções que tento coordenar com os vários ministros dos Negócios Estrangeiros.


Mas continua a ser consultado pelos vários ministros dos Negócios Estrangeiros?

Actualmente, não tem acontecido. Mas com os ministros de Durão Barroso, Jaime Gama, houve bastante colaboração, em particular, em relação a Angola e Timor. E o Parlamento timorense, muito amavelmente, reconheceu que foi em parte graças à minha intervenção que se resolveu a ocupação indonésia e tiveram um gesto simpático que foi darem-me a nacionalidade timorense com passaporte timorense. Estou em vias também de passar a ser brasileiro porque a minha mãe era brasileira e a presidente Dilma Roussef confirmou que gostava muito que eu fosse brasileiro.


Mas porque é que acha que os ministros dos Negócios Estrangeiros não pedem a sua colaboração?

Não tem havido ocasião para isso.


Mas acha que podia dar um contributo relevante para a diplomacia portuguesa?

Em alguns casos, sim. Há países com os quais a situação é complicada, como a Guiné-Bissau, onde me dou muitíssimo bem com todos os grupos políticos e chefias tradicionais e chefes de tribo... Já ofereci a minha ajuda ao Dr. José Ramos Horta que vai agora como delegado especial das Nações Unidas para a Guiné... Fui duas vezes à Síria a pedido do Presidente da República e alguns membros da oposição... E chegámos a acordo, mas só não foi posto em prática porque há um movimento islamista radical.


No actual momento de crise, uma monarquia poderia dar um contributo diferente ao país?

Estou convencido que uma das razões porque em quase todas as Monarquias, talvez com a excepção de Espanha, não há uma crise financeira grave como temos em Portugal é porque, de algum modo, os Reis e as Rainhas, como são completamente independentes e não têm ligação aos partidos políticos, são escutados e aceites por todos os lados. No caso da Bélgica, da Rainha da Dinamarca, do Grão-duque do Luxemburgo eles colaboraram muito para que a oposição e o governo evitassem entrar em situações perigosas.


Quer dizer que Dom Duarte poderia ser uma peça importante no consenso político em Portugal?

Provavelmente, nunca teríamos chegado a esta situação de falência fraudulenta se tivesse havido um supremo juízo que pudesse controlar os desvios e exageros dos governos. Por outro lado, há o problema da corrupção. Segundo um programa da BBC, se a corrupção em Portugal tivesse sido controlada, estaríamos ao nível económico da Dinamarca porque perdemos, no mínimo, 10% do PIB com a corrupção. É fácil de perceber que, se tivéssemos poupado esses 10%, não estaríamos onde estamos hoje. E a corrupção não é só o dinheiro desviado é, sobretudo, a quantidade de obras inúteis, não produtivas de riqueza, que foram feitas, para que depois pudesse haver ganhos dos amigos.


Tais como?

O excesso de auto-estradas, a Expo, o Centro Cultural de Belém, o novo Museu dos Coches, os estádios de futebol... Uma quantidade de obras que não faziam falta nenhuma. Sempre protestei contra isso, mas até a Santa Madre Igreja caiu nesse erro: construiu aquele monstro no Santuário de Fátima ou a Igreja de Marco de Canavezes, quando o dinheiro podia ser muito mais bem utilizado para os fins próprios da Igreja. É como o Estado! Tem de nos esfolar todos em impostos excessivos para pagar os desvarios que foram feitos.


Se tivesse hipótese de reinar, o que faria de diferente?

O que o Estado tem de fazer é ver onde há despesas que não são necessárias, onde há funcionários que seria melhor reciclar para um trabalho mais útil porque se calhar estão a mais...
Se tínhamos 200 mil funcionários em 1974 hoje temos 700 mil. Certamente que há gente a mais. O Estado teria que encorajar directamente a produção, todos aqueles portugueses que fazem coisas fantásticas, produtos bons que são exportados para todo o mundo, mas que têm como principal dificuldade o Estado. O Estado português tem sido sempre o grande empecilho da produtividade e da criatividade. O tempo que demora a dar licenças, todas as dificuldades burocráticas... Penso que uma parte da burocracia existe para justificar a existência de tantos funcionários e organismos.


No actual Governo tem alguns simpatizantes da Monarquia...

Há muitos simpatizantes em todos os partidos políticos, até no Bloco de Esquerda. Os que não são simpatizantes da Monarquia são, pelo menos, meus simpatizantes.


Em particular, no CDS...

Algumas sondagens feitas lá indicam que 90% dos filiados são monárquicos. Mas no PSD e no PS também há bastantes.


Esses 90% fazem do CDS um partido monárquico?

Não porque a direcção não é, mas os militantes são. Mas uma sondagem da Comissão dos 100 anos da República perguntou quem era republicano em Portugal. 40% respondeu que não. Desses 40%, alguns serão anárquicos. Mas quem não é anárquico nem republicano, é monárquico.



Fonte: Económico, 08 de Fevereiro de 2013

Um outro Portugal: Visita de S.A.R. D. Duarte ao Colégio João Paulo II




"Hino ao Rei", composto pelos alunos do Colégio João Paulo II, 19 de Janeiro de 2013
Vídeo: MrMonarquia

sábado, fevereiro 09, 2013

Torrão em destaque...

... no programa da RTP, Praça da Alegria, que passou na Quinta-feira, dia 7 de Fevereiro.

Para ver clicar AQUI

sexta-feira, fevereiro 08, 2013

A FRAUDE: A Linha do Tempo

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SIC Grande Reportagem
BPN: A Fraude - Linha do Tempo (Parte 1-4)



O Debate


quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Autárquicas já mexem em Alcácer do Sal III: Pedro Paredes vai avançar, mesmo sem apoio do PS, à Câmara de Alcácer do Sal

Fonte: Diário da Região, 5.2.2013

Pedro Paredes, o ainda Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, confirmou de vez, a nove meses das eleições autárquicas, a ruptura e o virar de costas definitivo ao Partido Socialista e que será mesmo candidato independente ao município uma vez que descartou a hipótese de vir sequer a disputar democraticamente eleições primárias dentro do PS e se sujeitar ao sufrágio, para escolha do cabeça de lista, por, segundo o próprio, não valer a pena considerando que o novo processo de escolha dos candidatos adoptado pelo partido, desde que António José Seguro chegou à liderança, é um mecansimo inquinado e caciquista. Paredes, num certo tom de azedume, acusa os partidos políticos - e em particular o partido que o levou ao poder - de por vezes perderem a cabeça, que as estruturas nacionais flutuam e que as estruturas locais não têm vida própria e se perdem em vinganças mesquinhas e diz ainda que se sente mesmo aliviado por vir a encabeçar uma candidatura independente pois assim não tem que se sujeitar a qualquer tipo de concessões.

terça-feira, fevereiro 05, 2013

É mesmo de ficar de boca aberta

Vox populi in Facebook:

«Só me chateia pagar para o Aguenta-aguenta. A dona Isabel Diana referida no Despacho publicado no DR de 2011 é a esposa do Aguenta-aguenta Ulrich. Não teria nada a ver que a dona Isabel Diana desse consultas e nem queria saber a quem. Só me chateia ter de ser eu e os contribuintes a pagar as consultas que ela dá ao casal Cavaco. Já agora propunha ao ilustre casal presidencial que desse o dinheiro dos contribuintes que pagam as consultas da dona Isabel Diana aos sem abrigo para os ajudar a aguentar...»


A imagem do dia


Panorâmica aérea da vila do Torrão

Artigo de opinião: “sistemas eleitorais”, por Jorge Tavares

Muitos portugueses julgam que "vivem em democracia", porque "têm o voto". Mas poucos olham para o que esse voto decide: PRATICAMENTE NADA. A verdade é que os portugueses não têm os mesmos direitos políticos que os restantes europeus. Só são "cidadãos" para pagar impostos, portagens, taxas e "rendas". Mas quando se olha para a representação política que devia ser o outro lado da moeda, constata-se que não têm nenhuma. Os portugueses não têm sequer o direito básico de cidadania que é poder escolher o candidato em que gostariam de votar para os representar no parlamento.



O nosso sistema eleitoral é por vezes referido como "sistema representativo". É um logro: para ser representativo, seria essencial que houvesse uma relação directa entre as preferências dos eleitores e a ida de determinado candidato para o parlamento. Um "representante" só o é, se for ESCOLHIDO pelos representados, PREFERIDO entre várias opções. Se nós não podemos escolher o membro da lista que queremos para deputado, esse alguém NÃO nos representa. Seguramente que os deputados portugueses representam alguém... mas não é quem vota.


O verdadeiro nome do nosso sistema eleitoral é "sistema proporcional de listas fechadas", querendo "fechadas" (ou bloqueadas) dizer que a ordem das listas é IMPOSTA pelo partidos em vez de ser determinada pelos eleitores. Na Europa além de Portugal, a Albânia e a Bulgária são os únicos países europeus de dimensão próxima da de Portugal o usam (Fonte: Wikipedia "closed list" ou "lista fechada"). É com esses Países que nos queremos comparar em termos de democracia? Entre os países maiores, contam-se a Espanha, Itália, Ucrânia e Rússia. A Itália e a Espanha são os únicos regimes de democracia "não duvidosa" - e mesmo esses têm problemas de "fosso" entre cidadãos e políticos - por precisamente as mesmas razões que Portugal.


Os portugueses estão reduzidos a "votar" em listas cuja ordem já foi decidida - pelos próprios políticos! Na prática, os políticos elegem-se a si próprios: as verdadeiras "eleições", já tiveram lugar semanas antes, quando os partidos fizeram as suas listas de "candidatos". São essas listas que decidem quase tudo e é por isso que os partidos querem sempre muito tempo para as preparar, mesmo em estado de emergência nacional. Os primeiros lugares das listas - ditos "lugares elegíveis" - garantem um lugar no parlamento duma maneira que nada tem a ver com as preferências do eleitorado, mesmo quando o partido tem uma grande derrota nas eleições. O parlamento é a casa da partidocracia.


É sabido que faz parte da essência da democracia que o resultado duma eleição não possa estar decidido antes da sua realização. Mas em Portugal, há DEZENAS de candidatos que sabem que vão ser deputados, semanas antes de ser deitado o primeiro "voto". São VENCEDORES ANTECIPADOS! Isto pode ser comprovado pesquisando na Net a expressão "lugares elegíveis". Analisem os títulos de jornais que surgem nas primeiras páginas da pesquisa e constatarão que esses lugares são assumidos como RESERVADOS.


Na prática, este sistema sustenta em cada um dos maiores partidos uma oligarquia que não pode ser totalmente desalojada do parlamento pela via dos votos. Há pois muitos políticos que nunca foram verdadeiramente sujeitos ao escrutínio democrático. Quando a ordem dos candidatos nas listas dos partidos não depende das escolhas dos eleitores, tem de depender de alguma outra coisa - e qualquer que seja essa outra coisa, já não é democracia.


O que falta aos portugueses é o VOTO NOMINAL, ou seja, voto em nomes. Na Europa, existe quase sempre alguma forma de voto nominal. A generalidade dos países europeus de dimensão próxima da de Portugal usa o "sistema proporcional de listas abertas", querendo "abertas" dizer que a ordem de atribuição dos lugares de deputado é para quem recebeu mais votos. (Fonte: Wikipedia "open list"). São DEZENAS de países, incluindo a Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Noruega, Suécia, Suíça, etc (também na Itália, mas não em todas as eleições).


Também o Brasil usa listas abertas: presentemente, o Brasil é um país mais democrático do que Portugal!

Até o Iraque já usa listas abertas!


Com listas abertas, há escrutínio: um candidato só vai para o parlamento se merecer votos para isso. Em democracia, quando um político desilude ou é apanhado a mentir, o caminho é simples: nas eleições seguintes os cidadãos não votam nele, ele não é eleito e sai de cena. Em décadas de "democracia", os portugueses nunca puderam exercer um escrutínio deste tipo. As listas fechadas não o permitem. Os portugueses nem sequer podem travar a "eleição" dos candidatos nos primeiros lugares das listas eleitorais de alguns partidos nos círculos eleitorais grandes (e.g., Lisboa com 47 lugares e Porto com 39 lugares).


Mas o regime português ainda é mais restritivo e fechado pelo facto de ser imposto pela constituição, que nem sequer permite que cidadãos fora dos partidos se possam candidatar ao parlamento - outra direito básico de cidadania habitual no resto da Europa. Com estas restrições, não é possível negar o voto - quer a políticos individuais quer a partidos. Primeiro, porque o voto não é nominal. Segundo, porque apenas votos EM PARTIDOS contam: nada mais entra nas contagens, nem sequer os votos brancos. O parlamento enche-se sempre com 230 deputados, não importa quantos votem. Usando um determinado conjunto de listas eleitorais, duas eleições - uma com 99% do eleitorado e outra com 1% - podem resultar em EXACTAMENTE o mesmo elenco parlamentar.


Este sistema eleitoral propicia a corrupção, porque os lóbis têm mais influência no parlamento do que todo o eleitorado junto. Convém compreender que, quanto mais fraca é a influência do eleitorado sobre os deputados e governantes, mais forte é a influência de outras "forças". Nunca há vazios de poder. Como o escrutínio dos portugueses foi neutralizado, não podem servir de contrapeso à influência dos lóbis. Na prática, são os grupos de interesse que são representados no parlamento, não os eleitores.


Este sistema também bloqueia a renovação interna dos partidos. É costume ouvir-se dizer que "o sistema não é reformável por dentro". Claro que não é! Este tipo de sistemas NUNCA é reformável por dentro. A renovação dos partidos é SEMPRE dirigida por pressões externas. Nos regimes democráticos, essas pressões são os votos em eleições, que transmitem aos partidos os sinais sobre que políticos merecem progredir (porque têm votos) e que políticos devem sair de cena (porque ninguém vota neles). Mas para isso funcionar, os votos têm de ser NOMINAIS. A ausência de voto nominal abafa os sinais que os cidadãos têm para dar, impedindo-os de desempenhar o seu papel na renovação interna dos partidos.


Não é possível desbloquear a partidocracia sem introduzir o voto nominal na eleição dos deputados. Mas como os (actuais) deputados são os donos do sistema, convém não lhes dar bons pretextos para chumbar uma reforma eleitoral. A melhor estratégia é esquecer sistemas muito diferentes do nosso (como os círculos uninominais), pois seria acusada de ser uma "aventura". Também não se deve propor reformas que prejudicam uns partidos em relação a outros, para minorar as resistências. Ou seja, deve-se manter o factor de proporcionalidade tal como está.

Assim, a melhor estratégia é exigir que as listas passem a ser abertas à ordenação pelos votos. Há muita experiência, em muitos países, no uso desse sistema. Todo o resto do actual sistema português pode manter-se como actualmente, incluindo a proporcionalidade (entre número de votos e deputados) e o método de D'Hondt. Também seria importante terminar o monopólio dos partidos na apresentação de listas de candidatos.
Não se vêm argumentos fortes contra esta propostas.

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

O Universo: Viagens no tempo

Terminada a série «Reis de Portugal» que aqui passamos durante dois meses dedica-se agora este espaço blogsférico ao documentário cientifico. É imperdoável que tendo eu uma formação científica tão pouco ou mesmo nada o Pedra no Chinelo tenha devotado à Ciência durante estes quase oito anos de actividade. Por tal facto perante vós me penitencio. Mea culpa.

Separados por meio milénio. E esta hein?





Pedro Passos Coelho: Primeiro-Ministro de Portugal (Século XXI)

Autárquicas já mexem em Alcácer do Sal II: Torres Couto pré-candidato do PS à Câmara de Alcácer

 José Manuel Torres Couto, anterior líder da UGT e pré-candidato ao município alcacerense


Fonte: Jornal Sol, 1.2.2013


Depois do Correio da Manhã ter noticiado que o actual Presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Pedro Paredes, avançaria pela terceira vez à conquista da Câmara com ou sem o apoio do PS - facto de que demos conta aqui - , é a vez do jornal Sol na sua edição de 1 de Fevereiro dar conta de que o histórico e carismático ex-líder sindicalista da UGT, Torres Couto está na calha para ser o candidato socialista ao município alcacerense.

Saiba mais AQUI

sexta-feira, fevereiro 01, 2013

D. Manuel II - O Patriota

D. Manuel II era filho segundo do Rei D. Carlos e da Rainha D. Amélia. Subiu ao Trono com apenas 18 anos e reinou apenas 2 anos e no entanto foi o suficiente para ser, a seguir a seu pai, o melhor Chefe de Estado que Portugal teve em todo o século XX. Qualquer presidente que se seguiu áquele rapaz, ao pé dele, de D. Manuel II é uma sombra pequenina.
Grande partiota, generoso e de grande carácter assim foi em traços gerais o, até agora, último Rei de Portugal.

D. Carlos - O Diplomata

Segundo António Sardinha, D. Carlos foi um antecipado e por isso mesmo assassinado para que a desordem e a mediocridade pudessem continuar a campear.
Passam hoje 105 anos desde o brutal atentado terrorista que matou El-Rei D. Carlos - na minha opinião o melhor Chefe de Estado que Portugal teve em todo o século XX - e o Príncipe Real D. Luis Filipe. Foi por isso que guardei os dois últimos episódios da série «Reis de Portugal» afim de serem exibidos precisamente neste dia 1 de Fevereiro de 2013.
Patriota, diplomata, mártir, desportista, pintor, cientista e sobretudo um grande Rei.

Diferenças entre o passado e o presente? É ver e comparar.