tag:blogger.com,1999:blog-14566352.post4906103076705275881..comments2023-04-25T16:07:37.919+01:00Comments on PEDRA NO CHINELO: PETIÇÃO NACIONAL - TERRORISMO NÃO DEVE MERECER HONRAS DE ESTADO; NÃO LEVEM Aquilino Ribeiro para o PanteãoPaulo Selãohttp://www.blogger.com/profile/06960024353114866256noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-14566352.post-77993498932250796602007-05-29T12:37:00.000+01:002007-05-29T12:37:00.000+01:00Não me sinto à vontade para discutir questões liga...Não me sinto à vontade para discutir questões ligadas ao fim da monarquia porque, por manifesta falha minha, não conheço os factos como o Paulo conhece. Também já percebi que é Monarca, o que o faz ver as coisas desse prisma e sinta como injusto o facto de Aquilino Ribeiro ir, eventualmente, para o panteão. De qualquer forma, a minha argumentação não está enferma, nem considero que caia numa contradição por achar mais relevante um facto do que outro. São sensibilidades diferentes. Como Republicana e, acima de tudo, democrata, considero que aquilo que se passou antes do 25 de abril foi manifestamente mais grave que as conspirações republicanas. Há 30 anos atrás as mulheres não votavam, a taxa de analfabetismo era enorme, existia uma guerra colonial estupida onde morreram milhares de pessoas (portugueses e africanos)e é o antigo regime, cujo salazar e a pide são os marcos principais, que está na base do nosso atraso estrutural relativamente aos outros países europeus. Para além do país não ter desenvolvido durante 50 anos, tendo mesmo regredido em vários sectores, há uma coisa ainda mais importante que ficou: uma mentalidade formatada, em que as pessoas não eram convidadas a pensar, pois não tinham acesso à educação, à informação e que nos dias de hoje ainda se sente! E de que maneira...<BR/>Desta forma, considero essencial formar os jovens e informá-los sobre toda a história de Portugal, não só sobre os factos que conta, sobre o derrube da Monarquia e de quem conspirou contra a mesma, mas também sobre a época da ditadura. A partir daqui cada um decide sobre que facto é mais relevante e quem merece, ou não, ser glorificado antes ou após a morte. <BR/><BR/>Eu nasci a seguir ao 25 de Abril. <BR/>Nunca vivi em ditadura, mas não me consigo imaginar a viver num país cinzento, triste e injusto como foi o do salazar, da pide, da falta de liberdade e da guerra colonial. Por isso, acho que é importante educar as pessoas para que não se volte ao mesmo.<BR/><BR/>No que diz respeito à monarquia, parece-me uma situação totalmente resolvida no nosso país. Poucas pessoas desejarão o seu regresso, até porque não faz sentido. Mesmo os países com regime monárquico (Espanha) têm no rei um poder meramente simbólico. <BR/><BR/>Se D. Carlos foi o mais talentoso chefe de estado português de século XX, não sei. O que fez de tão importante? Distinguiu-se no quê? Aquilo que sei é que a monarquia estava podre e desadequada da realidade, isso estava. Basta ler Eça de Queiroz. Na sociedade daquela época, está a base do que somos hoje e Eça soube descrevê-la tão bem! As ideias liberais vingavam um pouco por toda a Europa e os mais iluminados, que tinham acesso a mais informação, acabaram por colocar em causa um regime de séculos mas que já não respondia às aspirações das pessoas, às necessidades de um país que já aí tinha tiques de não produtividade, de não desenvolvimento, com as elites muito centradas em copiar os modelos de fora e em produzir pouco ou nada...<BR/><BR/>E já agora, as coisas têm mesmo que ser vistas à luz da época, caso contrário, D. Afonso Henriques será considerado o pai do terrorismo nacional, tal não foram os métodos, técnicas e estratégicas bélicas utilizados para alcançar os seus fins! Sendo monárquico, acredito que terá este rei em grande consideração, já que é a base daquilo que somos hoje!<BR/><BR/>Enfim... a sua argumentação (como monárquico) será tão válida como a minha (como republicana).CarlaRamalhohttps://www.blogger.com/profile/07815537173257044716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-14566352.post-33282761009929766532007-05-27T11:13:00.000+01:002007-05-27T11:13:00.000+01:00Antes de mais, D. Carlos não foi o último monarca ...Antes de mais, D. Carlos não foi o último monarca mas foi sem a menor sombra de dúvida, a meu ver e no ver de muito boa gente, o melhor e mais talentoso Chefe de Estado que Portugal teve no século XX. Contudo o que está aqui em causa é o branqueamento do terrorismo levado a cabo por uma organização clandestina que perpetrava actos criminosos contra os cidadãos portugueses. A Familia Real portuguesa não foi a única vítima desta organizãção que espalhou o terror por Lisboa e não só.<BR/>Aquilino pode não ter sido o único que conspirou ILEGALMENTE contra o estado de direito que vigorava na época mas é o único até agora proposto para ir para o Panteão Nacional e isso não pode passar em claro porque ao contrário daquilo que diz tais actos não podem ser apenas vistos à luz da época como refere.<BR/> Afirma a senhora, e muito bem, que deveria ser feita isso sim uma petição contra o facto da antiga sede da PIDE, polícia política da 2ª República, vulgo Estado Novo, ser convertida em hotel de luxo pois deveria ser erguido em seu lugar um museu que «informe/forme os nossos jovens (e adultos) sobre o que foi a ditadura» mas de acordo com aquilo que afirma anteriormente eu serei forçado a perguntar PORQUÊ na medida em que a sua argumentação enferma de uma contradição grave pois se, como afirma, o terrorismo da Carbonária deve ser visto à luz da época o que equivale a dizer que se deve compreender e até perdoar tais actos pois eram apenas fruto da época então eu ou qualquer outra pessoa poderá retorquir se quiser igualar-se na sua argumentação que se calhar também seria escusado fazer uma petição relativamente à sede da PIDE/DGS pois os actos criminosos da polícia política (e não só; a Guarda Republicana - GNR - também praticou muitos assassinatos durante o Estado Novo e até mesmo durante a 1ª República algo que os senhores recusam a aceitar) devem ser vistos á luz da época. <BR/>Aquilino pagou um preço por participar em tais actos; custou-lhe o Prémio Nobel pois sabia-se da sua participação em actividades criminosas. Pelos vistos em Portugal, e numa altura em que o mundo está empenhado no combate ao terrorismo, tais factos são irrelevantes. Aquilino pode até ter sido um brilhante escritor mas não será certamente pelos seus belos escritos que irá para o Panteão mas sim pela sua «obra política» pois se assim não fosse porque não elevar ao Panteão outro qualquer escritor que não Aquilino Ribeiro e ainda mais quando se aproxima o centenário da República de 1910? Só não vê quem não quer que este acto é eminentemente político. Será o «justo» prémio atribuido durante a comemoração do centenário da imposição da República a quem usou todas armas para impor à força um regime apoiado por um franja residual da sociedade como os resultados eleitorais da época demonstram (o Partido Republicano era livre de concorrer a eleições e de exprimir os seus pontos de vista) e só não se premeia Buiça e Costa porque o despudor ainda não chegou para tanto ou porque sabem que o povo português jamais permitiria tal infâmia. <BR/>Homenageando um membro homenageia-se a organização e a sua «obra» e estamos ditos.Paulo Selãohttps://www.blogger.com/profile/06960024353114866256noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-14566352.post-74589878051981794162007-05-21T15:13:00.000+01:002007-05-21T15:13:00.000+01:00Nunca tinha ouvido falar desta situação ligada a A...Nunca tinha ouvido falar desta situação ligada a Aquilino Ribeiro o que não invalida que isso realmente tivesse acontecido. Mas participou no assassinato de um chefe de estado? Que chefe de estado? O nosso último monarca? Deve ser isso. Mas não deve ter sido o único a conspirar contra a monarquia e a favor do regime republicano. As coisas têm que ser vistas à luz da época. Caso contrário, como nos podiamos orgulhar do nosso passado colonizador? Fazer uma petição por causa disso parece-me exagerado. Mais grave é a antiga sede da PIDE ir agora tornar-se num empreendimento de luxo, em vez de aí se fazer um museu que informe/forme os nossos jovens (e adultos) sobre o que foi a ditadura. Enfim... mas respeito a sensibilidade de cada um.Anonymousnoreply@blogger.com