Gilberto Madaíl veio ontém a terreiro pedir desculpa a todos os portugueses pela derrota sofrida pela Selecção de Futebol frente à sua congénere do Brasil.
Por mim não é preciso! A mim não me deve nenhum pedido de desculpas; eu não estou ofendido. Por mim até podiam levar dez secas que não me aquecia nem arrefecia. Eu, que até enquanto a «Selecção de todos nós» encaixava meia duzia no Brasil dormia que nem um anjinho vejam lá! Não perco o sono, nem tempo com futebóis! Já lá vai o tempo! Há muito que eu abri a pestana! Os parvos de boca aberta a dar espetáculo e a sofrer sem ganhar nada em troca e essa gente que vive da bola a ganhar milhões... só o adepto é que não ganha nada, ainda perde quando vai ao estádio, e não é pouco... alimentar gulosos... E ainda por cima às seis da matina tinha que estar a pé para ir praticar exercicio físico.
Pus o despertador para tocar às 3 da manhã mas foi para ver a prova Olímpica da Naíde Gomes (infelizmente correu-lhe mal) e da Vanessa Fernandes, que não conseguiu ficar com o Ouro mas ganhou a Prata Olímpica. À sua frente ficou um das melhores atletas do mundo na modalidade e sendo uns Jogos Olímpicos que ainda por cima se disputavam no outro lado do mundo apesar de Vanessa também ser uma das melhores do mundo, em nada o segundo posto a desprestigiou. Agora a Selecção da futebolada a jogar em casa, ir à Final com uma Selecção «roscov» (com todo o respeito pela Selecção Grega que se qualificou para a Final e ganhou-a com mérito mas que temos que reconhecer que é bastante limitada tanto que nem se conseguiu qualificar para o Mundial 2006) e ficar em segundo... daass!!!
sexta-feira, novembro 21, 2008
quinta-feira, novembro 20, 2008
"Súbditos ou cidadãos?", por Nuno Castelo-Branco
Na "república portuguesa", os cidadãos são súbditos do livre arbítrio de quem jamais os convocou para um simples referendo à forma de representação do Estado, do processo descolonizador, da entrada na CEE ou à adesão aos Tratados da União Europeia. Os referendos são imaginosamente organizados, garantindo participações populares mínimas ou irrisórias, inseridos no normal combate interpartidário. Somos súbditos dos apetites de ministros que pretendendo garantir as subvenções ou um certo e bem conhecido clientelismo, hipotecam gerações que ficam à mercê do narcisismo, incompetência e criminosa ligeireza no estudo de processos que condicionarão irremediavelmente o futuro. Em Portugal, - esta aparente república de iluminados -, a República vive cercada por instituições "monárquicas" ou absolutistas, onde os detentores dos mais amplos e importantes poderes de decisão e julgamento, jamais passam pelo crivo da escolha popular.
Súbditos ou cidadãos?(...) O reino vizinho, vive hoje um período de inegável prosperidade, progresso material e fervilhar do seu espírito criativo. Os seus artistas são mundialmente conhecidos, a sua música ombreia com a anglo-saxónica e ultrapassa-a no âmbito da sua esfera tradicional de influência, o enorme espaço daquilo a que erroneamente chamamos América latina. Erroneamente, porque todos os países que se situam entre Tijuana e a Tierra del Fuego, são exclusivo património da gesta das duas nações ibéricas, onde uns pequenos e insignificantes pontos de excepção, confirmam a esmagadora regra. A Nueva Edad de Oro é mundialmente reconhecida e já é normal encontrarmos uma cadeira reservada para a Espanha, nas mesas onde se tomam as grandes decisões que influenciarão os destinos da humanidade. (...)Terminada a cerimónia no Vale dos Caídos (1975), a Espanha instaurou uma nova monarquia, diferente de todos os regimes precedentes. Diferente, porque pela primeira vez desde Fernando VII, o soberano detinha o poder discricionário, nas suas mãos concentrando os instrumentos que inelutavelmente ditariam o futuro próximo de quarenta milhões de espanhóis. Rei ou herdeiro de ditador? Antes de tudo, João Carlos de Bourbon foi desde o primeiro momento, Rei. Acalmou primeiramente, o evidente desespero dos órfãos do regime que desaparecia então de cena e que estava corporizado no defunto Caudilho. A nova monarquia garantiu a fidelidade das forças armadas, concitou uma espontânea e inédita adesão popular como jamais se vira no país. João Carlos foi Rei, porque soube conservar a autoridade moral para o ser. Podendo simplesmente outorgar uma já esperada Constituição, convocou o braço popular e contra poderes oposicionistas exteriores e internos, a democracia foi implantada de forma pacífica, célere e perfeitamente regrada. Ninguém hoje duvida do papel essencial da Instituição, que conseguiu pelo simples facto da sua existência, garantir uma normalidade bastante inesperada pelos observadores internacionais. No exacto momento em que Portugal se afundava no lodaçal do simulacro terceiro-mundismo de um castrismo patético e tardio, a Espanha da Pena de Morte e do garrote, a Espanha do milhão de mortos em 1936-39, a Espanha que jamais deixara de ostensivamente "saudar à romana", tornava-se num elemento habitual do bloco democrático do Ocidente europeu. Aceitando o novo regime, Dali e Picasso manifestaram o seu arreigado patriotismo e talvez estes dois representantes do espírito criador dos nossos vizinhos, seja o exemplo mais relevante do sucesso dessa verdadeira república que é a Monarquia Espanhola. País multi-étnico, com candentes problemas autonómicos, tudo pode discutir ou reivindica, pois existe o visível cimento aglutinador, sobre o qual se experimentam projectos de organização territorial, económica e social. Quando a nossa amiga Aaoiue aparenta deplorar a sua "condição de súbdita", demonstra a sua insatisfação pelo estatuto teórico que a Constituição e a Lei do reino lhe atribui. Mas o que é hoje ser súbdito em Espanha, ou no Reino Unido ou na Dinamarca, por exemplo? Creio que se trata de mera questão conceptual, ultrapassada pela prática e pela realidade vivida nos mais progressivos países onde essa "condição" não carreta qualquer ónus sobre o indivíduo que é mais que em qualquer outro local do mundo, o verdadeiro cidadão. Os espanhóis, não satisfeitos com o colossal feito de uma geração, querem mais e agora decidem discutir as questões "fracturantes ou conceptuais", pois para alguns, a questão do regime é uma questão fracturante. Não podemos estar mais de acordo, até porque o simples termo fracturante, denuncia de imediato o lógico caminho que o Estado espanhol inevitavelmente trilhará e que conduz à sua pulverização em entidades relativamente obscuras, sem peso anímico, demográfico ou estratégico que assegure o lugar tão trabalhosamente conquistado nos últimos quarenta anos.Súbditos? Sim, sem dúvida. Súbditos de uma história que os ergueu à companhia dos maiores. Súbditos de uma cultura única e universalmente respeitada e que por felicidade, encontra na rainha Sofia, uma abnegada entusiasta e severa guardiã do património. Os espanhóis são novos súbditos de uma legalidade e de um sentido de liberdades individuais sem par em toda a Europa. O rei, o monarca que em si encarna a soberania popular, não intervém no normal jogo partidário, nem se lhe conhecem favoritos. É solidário com aqueles que serviram o país, mesmo que já não exerçam a potestas de que tanto se orgulharam. O mundo aplaudiu João Carlos, quando defendendo um antigo primeiro-ministro - Aznar -, vincou o seu papel de supremo magistrado, que da imparcialidade faz valer o direito dos mais fracos, a voz dos ausentes. Ao contrário da nobreza comendadora em Portugal, não existe camarilha de Corte, em Espanha. Súbditos? Sim, súbditos de um reino onde os governos cumprem cabalmente os seus mandatos, sem temer a ira ou a parcial insatisfação do Chefe do Estado que é refém do seu próprio grupo de interesses. Súbditos? Sim, súbditos de um Estado onde é possível proceder a periódicas consultas referendárias, sem a exaltação de ânimos ou o reacender da fogueira do conflito interno, sempre devastador e estéril. Os súbditos do país vizinho, têm um Baltazar Garzón que é uma ameaça aos prepotentes. Os súbditos do rei de Espanha gozam os favores das autonomias pacificamente aceites pela imensa maioria e que nos momentos essenciais, se manifestam em uníssono naquilo que de uma mera expressão geográfica - Espanha! -, se tornou num brado de orgulhoso incentivo e defesa do bem comum. Portugal é uma república e somos cidadãos. Em teoria política, é esta a verdade estampada nos tomos e manuais escolares. Contudo, esta república submete "os cidadãos" à tirania de poderes que de tão latos, se tornaram absolutamente insusceptíveis de eleição ou consulta popular. Temos Supremos Tribunais, Procuradores Gerais e Governadores do bolso comum, que conformam usos, costumes e substituiram o antigo papel atribuído à Igreja, quanto estabelecimento dos cânones da moral. Na "república portuguesa", os cidadãos são súbditos do livre arbítrio de quem jamais os convocou para um simples referendo à forma de representação do Estado, do processo descolonizador, da entrada na CEE ou à adesão aos Tratados da União Europeia. Os referendos são imaginosamente organizados, garantindo participações populares mínimas ou irrisórias, inseridos no normal combate interpartidário. Somos súbditos dos apetites de ministros que pretendendo garantir as subvenções ou um certo e bem conhecido clientelismo, hipotecam gerações que ficam à mercê do narcisismo, incompetência e criminosa ligeireza no estudo de processos que condicionarão irremediavelmente o futuro. Em Portugal, - esta aparente república de iluminados -, a República vive cercada por instituições "monárquicas" ou absolutistas, onde os detentores dos mais amplos e importantes poderes de decisão e julgamento, jamais passam pelo crivo da escolha popular. Em Espanha, a Monarquia congrega em si a verdadeira república, a dos homens livres e do Estado livre, sendo uns indissociáveis do outro.Os cidadãos portugueses, ao contrário dos súbditos espanhóis, não vêm no Chefe do Estado um ente ideal que paira acima do emaranhado nodoso das agremiações partidárias, sindicais ou patronais. Em Portugal, os cidadãos sabem que o seu primeiro entre iguais, é uma parte interessada, fundamental e interesseira no jogo da parcialidade e da política facciosa, estando ao serviço do seus. Mesmo ostentando mutiladas condecorações ou Ordens de um passado glorioso, é um ente efémero, destinado ao esquecimento que é ditado pela sua temporal utilidade para benefício de alguns. Ao contrário do Chefe do Estado dos cidadãos, em Espanha, os súbditos do rei não o viram jamais contestar a vontade popular expressa nas urnas ou no Parlamento, mesmo que muitas vezes, o homem João Carlos de Bourbon, possa sentir os postulados e as normas de forma diferente daquela a que o rei João Carlos I, de uma penada as assina com o tradicional Yo, El Rey.
É por isso,(...), que também quero ser súbdito em Portugal. Súbdito de um Estado decente que tenha em conta o meu parecer e a visão daquilo que julgo ser o bem comum. Quero ser súbdito de alguém, em quem eu reveja a síntese de quase mil anos de uma História ímpar e de uma grandeza hoje amesquinhada ou ignorada por aqueles que a essa mesma história tudo devem. Quando formos súbditos do nosso rei Duarte, seremos verdadeiramente, cidadãos livres.
Nuno Castelo-Branco (18 de Novembro de 2008)
http://estadosentido.blogs.sapo.pt/
Súbditos ou cidadãos?(...) O reino vizinho, vive hoje um período de inegável prosperidade, progresso material e fervilhar do seu espírito criativo. Os seus artistas são mundialmente conhecidos, a sua música ombreia com a anglo-saxónica e ultrapassa-a no âmbito da sua esfera tradicional de influência, o enorme espaço daquilo a que erroneamente chamamos América latina. Erroneamente, porque todos os países que se situam entre Tijuana e a Tierra del Fuego, são exclusivo património da gesta das duas nações ibéricas, onde uns pequenos e insignificantes pontos de excepção, confirmam a esmagadora regra. A Nueva Edad de Oro é mundialmente reconhecida e já é normal encontrarmos uma cadeira reservada para a Espanha, nas mesas onde se tomam as grandes decisões que influenciarão os destinos da humanidade. (...)Terminada a cerimónia no Vale dos Caídos (1975), a Espanha instaurou uma nova monarquia, diferente de todos os regimes precedentes. Diferente, porque pela primeira vez desde Fernando VII, o soberano detinha o poder discricionário, nas suas mãos concentrando os instrumentos que inelutavelmente ditariam o futuro próximo de quarenta milhões de espanhóis. Rei ou herdeiro de ditador? Antes de tudo, João Carlos de Bourbon foi desde o primeiro momento, Rei. Acalmou primeiramente, o evidente desespero dos órfãos do regime que desaparecia então de cena e que estava corporizado no defunto Caudilho. A nova monarquia garantiu a fidelidade das forças armadas, concitou uma espontânea e inédita adesão popular como jamais se vira no país. João Carlos foi Rei, porque soube conservar a autoridade moral para o ser. Podendo simplesmente outorgar uma já esperada Constituição, convocou o braço popular e contra poderes oposicionistas exteriores e internos, a democracia foi implantada de forma pacífica, célere e perfeitamente regrada. Ninguém hoje duvida do papel essencial da Instituição, que conseguiu pelo simples facto da sua existência, garantir uma normalidade bastante inesperada pelos observadores internacionais. No exacto momento em que Portugal se afundava no lodaçal do simulacro terceiro-mundismo de um castrismo patético e tardio, a Espanha da Pena de Morte e do garrote, a Espanha do milhão de mortos em 1936-39, a Espanha que jamais deixara de ostensivamente "saudar à romana", tornava-se num elemento habitual do bloco democrático do Ocidente europeu. Aceitando o novo regime, Dali e Picasso manifestaram o seu arreigado patriotismo e talvez estes dois representantes do espírito criador dos nossos vizinhos, seja o exemplo mais relevante do sucesso dessa verdadeira república que é a Monarquia Espanhola. País multi-étnico, com candentes problemas autonómicos, tudo pode discutir ou reivindica, pois existe o visível cimento aglutinador, sobre o qual se experimentam projectos de organização territorial, económica e social. Quando a nossa amiga Aaoiue aparenta deplorar a sua "condição de súbdita", demonstra a sua insatisfação pelo estatuto teórico que a Constituição e a Lei do reino lhe atribui. Mas o que é hoje ser súbdito em Espanha, ou no Reino Unido ou na Dinamarca, por exemplo? Creio que se trata de mera questão conceptual, ultrapassada pela prática e pela realidade vivida nos mais progressivos países onde essa "condição" não carreta qualquer ónus sobre o indivíduo que é mais que em qualquer outro local do mundo, o verdadeiro cidadão. Os espanhóis, não satisfeitos com o colossal feito de uma geração, querem mais e agora decidem discutir as questões "fracturantes ou conceptuais", pois para alguns, a questão do regime é uma questão fracturante. Não podemos estar mais de acordo, até porque o simples termo fracturante, denuncia de imediato o lógico caminho que o Estado espanhol inevitavelmente trilhará e que conduz à sua pulverização em entidades relativamente obscuras, sem peso anímico, demográfico ou estratégico que assegure o lugar tão trabalhosamente conquistado nos últimos quarenta anos.Súbditos? Sim, sem dúvida. Súbditos de uma história que os ergueu à companhia dos maiores. Súbditos de uma cultura única e universalmente respeitada e que por felicidade, encontra na rainha Sofia, uma abnegada entusiasta e severa guardiã do património. Os espanhóis são novos súbditos de uma legalidade e de um sentido de liberdades individuais sem par em toda a Europa. O rei, o monarca que em si encarna a soberania popular, não intervém no normal jogo partidário, nem se lhe conhecem favoritos. É solidário com aqueles que serviram o país, mesmo que já não exerçam a potestas de que tanto se orgulharam. O mundo aplaudiu João Carlos, quando defendendo um antigo primeiro-ministro - Aznar -, vincou o seu papel de supremo magistrado, que da imparcialidade faz valer o direito dos mais fracos, a voz dos ausentes. Ao contrário da nobreza comendadora em Portugal, não existe camarilha de Corte, em Espanha. Súbditos? Sim, súbditos de um reino onde os governos cumprem cabalmente os seus mandatos, sem temer a ira ou a parcial insatisfação do Chefe do Estado que é refém do seu próprio grupo de interesses. Súbditos? Sim, súbditos de um Estado onde é possível proceder a periódicas consultas referendárias, sem a exaltação de ânimos ou o reacender da fogueira do conflito interno, sempre devastador e estéril. Os súbditos do país vizinho, têm um Baltazar Garzón que é uma ameaça aos prepotentes. Os súbditos do rei de Espanha gozam os favores das autonomias pacificamente aceites pela imensa maioria e que nos momentos essenciais, se manifestam em uníssono naquilo que de uma mera expressão geográfica - Espanha! -, se tornou num brado de orgulhoso incentivo e defesa do bem comum. Portugal é uma república e somos cidadãos. Em teoria política, é esta a verdade estampada nos tomos e manuais escolares. Contudo, esta república submete "os cidadãos" à tirania de poderes que de tão latos, se tornaram absolutamente insusceptíveis de eleição ou consulta popular. Temos Supremos Tribunais, Procuradores Gerais e Governadores do bolso comum, que conformam usos, costumes e substituiram o antigo papel atribuído à Igreja, quanto estabelecimento dos cânones da moral. Na "república portuguesa", os cidadãos são súbditos do livre arbítrio de quem jamais os convocou para um simples referendo à forma de representação do Estado, do processo descolonizador, da entrada na CEE ou à adesão aos Tratados da União Europeia. Os referendos são imaginosamente organizados, garantindo participações populares mínimas ou irrisórias, inseridos no normal combate interpartidário. Somos súbditos dos apetites de ministros que pretendendo garantir as subvenções ou um certo e bem conhecido clientelismo, hipotecam gerações que ficam à mercê do narcisismo, incompetência e criminosa ligeireza no estudo de processos que condicionarão irremediavelmente o futuro. Em Portugal, - esta aparente república de iluminados -, a República vive cercada por instituições "monárquicas" ou absolutistas, onde os detentores dos mais amplos e importantes poderes de decisão e julgamento, jamais passam pelo crivo da escolha popular. Em Espanha, a Monarquia congrega em si a verdadeira república, a dos homens livres e do Estado livre, sendo uns indissociáveis do outro.Os cidadãos portugueses, ao contrário dos súbditos espanhóis, não vêm no Chefe do Estado um ente ideal que paira acima do emaranhado nodoso das agremiações partidárias, sindicais ou patronais. Em Portugal, os cidadãos sabem que o seu primeiro entre iguais, é uma parte interessada, fundamental e interesseira no jogo da parcialidade e da política facciosa, estando ao serviço do seus. Mesmo ostentando mutiladas condecorações ou Ordens de um passado glorioso, é um ente efémero, destinado ao esquecimento que é ditado pela sua temporal utilidade para benefício de alguns. Ao contrário do Chefe do Estado dos cidadãos, em Espanha, os súbditos do rei não o viram jamais contestar a vontade popular expressa nas urnas ou no Parlamento, mesmo que muitas vezes, o homem João Carlos de Bourbon, possa sentir os postulados e as normas de forma diferente daquela a que o rei João Carlos I, de uma penada as assina com o tradicional Yo, El Rey.
É por isso,(...), que também quero ser súbdito em Portugal. Súbdito de um Estado decente que tenha em conta o meu parecer e a visão daquilo que julgo ser o bem comum. Quero ser súbdito de alguém, em quem eu reveja a síntese de quase mil anos de uma História ímpar e de uma grandeza hoje amesquinhada ou ignorada por aqueles que a essa mesma história tudo devem. Quando formos súbditos do nosso rei Duarte, seremos verdadeiramente, cidadãos livres.
Nuno Castelo-Branco (18 de Novembro de 2008)
http://estadosentido.blogs.sapo.pt/
«DA "ABORRECIDA" NORUEGA SÓ CHEGAM BOAS NOTÍCIAS»
«DA "ABORRECIDA" NORUEGA SÓ CHEGAM BOAS NOTÍCIAS», porLeonídio Paulo Ferreira
Da "aborrecida" Noruega, monarquia social-democrata, porém, nem sequer têm chegado ocasionais más notícias, como a crise financeira na Islândia ou os tiroteios em escolas na Finlândia. Muito pelo contrário, só positivas e até para o mundo. Como em Setembro, quando o primeiro-ministro Jen Stoltenberg anunciou mil milhões de dólares para salvar a Amazónia.(17 de Novembro de 2008). É normal muita gente não saber quase nada sobre a Noruega, apenas que de lá vem o bacalhau e de lá partiram os viquingues. E a culpa é dos próprios noruegueses. Do país costumam vir sobretudo boas notícias, daquelas que não fazem a primeira página dos jornais. Há dias, por exemplo, um relatório do Fórum Económico Mundial apontava a Noruega como o país onde a igualdade entre homens e mulheres mais se aproxima do ideal. A Suécia, anterior líder, fora ultrapassada, enquanto Arábia Saudita, Chade e Iémen se mantinham, sem surpresa, entre os últimos. Desde os anos 80, quando Gro Harlem Brundtland se tornou primeira-ministra, que o número de mulheres nos governos ultrapassa sempre a fasquia dos 40%. Hoje são nove em 18. Mas essa igualdade não se limita às elites. Atravessa antes todas as camadas de uma das sociedades mais igualitárias do mundo, só comparável à dos outros países nórdicos. E o frio não deve ser a explicação. Da "aborrecida" Noruega, monarquia social-democrata, porém, nem sequer têm chegado ocasionais más notícias, como a crise financeira na Islândia ou os tiroteios em escolas na Finlândia. Muito pelo contrário, só positivas e até para o mundo. Como em Setembro, quando o primeiro-ministro Jen Stoltenberg anunciou mil milhões de dólares para salvar a Amazónia. Migalhas para um país que graças à abundância de petróleo (e, acrescento eu, ao bom senso) acumulou uma riqueza que era inimaginável em 1905 quando se separou da Suécia (pacificamente, claro). E no seu orçamento para 2009, mais uma boa notícia: o compromisso de dedicar 1% do PIB à ajuda ao desenvolvimento. A esse nível, só... a Suécia. Outras boas notícias vindas de Oslo são todos os Dezembros a cerimónia do Nobel da Paz, com os noruegueses a levarem muito a sério a sua responsabilidade pelo prémio. Foram negociadores seus que nos anos 90 conseguiram sentar à mesa israelitas e palestinianos. São também os seus diplomatas que tentam acabar com a guerra civil no Sri Lanka. E, no terreno, tropas norueguesas esforçam-se por pacificar o Kosovo, o Sudão, a Bósnia e o Afeganistão. Em regra, estão ao serviço da ONU, a quem deram em 1946 o primeiro secretário-geral e da qual, apesar de serem menos de cinco milhões, surgem como o sétimo principal financiador.
Más notícias só mesmo com esforço de imaginação. Por exemplo, a selecção feminina de futebol, um dos orgulhos nacionais, desde 1993 que não é campeã da Europa e desde 1995 que falha o título mundial. Ou então, desde o ano passado que já não é o melhor país do mundo para viver. Só o segundo! Mas, com os recentes problemas da Islândia, até é provável que volte ao topo. Talvez aí, mesmo sendo uma boa notícia, a Noruega chegue à primeira página dos jornais. Finalmente.
Da "aborrecida" Noruega, monarquia social-democrata, porém, nem sequer têm chegado ocasionais más notícias, como a crise financeira na Islândia ou os tiroteios em escolas na Finlândia. Muito pelo contrário, só positivas e até para o mundo. Como em Setembro, quando o primeiro-ministro Jen Stoltenberg anunciou mil milhões de dólares para salvar a Amazónia.(17 de Novembro de 2008). É normal muita gente não saber quase nada sobre a Noruega, apenas que de lá vem o bacalhau e de lá partiram os viquingues. E a culpa é dos próprios noruegueses. Do país costumam vir sobretudo boas notícias, daquelas que não fazem a primeira página dos jornais. Há dias, por exemplo, um relatório do Fórum Económico Mundial apontava a Noruega como o país onde a igualdade entre homens e mulheres mais se aproxima do ideal. A Suécia, anterior líder, fora ultrapassada, enquanto Arábia Saudita, Chade e Iémen se mantinham, sem surpresa, entre os últimos. Desde os anos 80, quando Gro Harlem Brundtland se tornou primeira-ministra, que o número de mulheres nos governos ultrapassa sempre a fasquia dos 40%. Hoje são nove em 18. Mas essa igualdade não se limita às elites. Atravessa antes todas as camadas de uma das sociedades mais igualitárias do mundo, só comparável à dos outros países nórdicos. E o frio não deve ser a explicação. Da "aborrecida" Noruega, monarquia social-democrata, porém, nem sequer têm chegado ocasionais más notícias, como a crise financeira na Islândia ou os tiroteios em escolas na Finlândia. Muito pelo contrário, só positivas e até para o mundo. Como em Setembro, quando o primeiro-ministro Jen Stoltenberg anunciou mil milhões de dólares para salvar a Amazónia. Migalhas para um país que graças à abundância de petróleo (e, acrescento eu, ao bom senso) acumulou uma riqueza que era inimaginável em 1905 quando se separou da Suécia (pacificamente, claro). E no seu orçamento para 2009, mais uma boa notícia: o compromisso de dedicar 1% do PIB à ajuda ao desenvolvimento. A esse nível, só... a Suécia. Outras boas notícias vindas de Oslo são todos os Dezembros a cerimónia do Nobel da Paz, com os noruegueses a levarem muito a sério a sua responsabilidade pelo prémio. Foram negociadores seus que nos anos 90 conseguiram sentar à mesa israelitas e palestinianos. São também os seus diplomatas que tentam acabar com a guerra civil no Sri Lanka. E, no terreno, tropas norueguesas esforçam-se por pacificar o Kosovo, o Sudão, a Bósnia e o Afeganistão. Em regra, estão ao serviço da ONU, a quem deram em 1946 o primeiro secretário-geral e da qual, apesar de serem menos de cinco milhões, surgem como o sétimo principal financiador.
Más notícias só mesmo com esforço de imaginação. Por exemplo, a selecção feminina de futebol, um dos orgulhos nacionais, desde 1993 que não é campeã da Europa e desde 1995 que falha o título mundial. Ou então, desde o ano passado que já não é o melhor país do mundo para viver. Só o segundo! Mas, com os recentes problemas da Islândia, até é provável que volte ao topo. Talvez aí, mesmo sendo uma boa notícia, a Noruega chegue à primeira página dos jornais. Finalmente.
Noruega, uma monarquia....uma Democracia Social !
« "Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo (às15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez. A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao argumento, o mais igualitário. Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsh, nem em auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos e Euros. É tempo de os empresários portugueses constatarem que, na Noruega, a fuga ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados «devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as«ofertas» de património a familiares que, em Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica. Mais do que os costumeiros «bons negócios», deviam os empresários portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já agora, os políticos. Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de metro, e não se ofendem quando os tratam por tu. Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos. Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes. Mais: os noruegueses sabem que não se «projecta o nome do país» com despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade. Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratarem milhõesde contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa. Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola. Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali montaram negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à «social-democracia nórdica». Ao tempo para viver e à segurança social. Ali, naquele país, também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos de apontar binóculos para o céu. Não andam de jipe e óculos escuros. Não clamam por messias nem por prebendas. Não, se queixam do «excessivo peso do Estado», para depois exigirem isenções e subsídios. É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós! Seria meio caminho andado para nos civilizarmos"
terça-feira, novembro 11, 2008
PHONE-IX
Você sabia que:
- em pouco mais de 2 anos a Freguesia do Torrão já teve mais de uma duzia de carteiros?! PHONE-IX
- foi imposto que apenas 1 carteiro teria de conseguir cobrir diáriamente a totalidade da freguesia do Torrão sendo esta a segunda maior do país?! PHONE-IX
- o Centro de Distribuição Postal (CDP) do Torrão foi desmantelado e agregado ao de Alcácer do Sal pouco tempo depois de terem sido feitas aí obras de melhoramento e colocado um elevador eléctrico no valor de milhares de euros e que agora não servem para nada?! PHONE-IX
- as sucessivas perturbações que ocorrem com a mudança de carteiro implicam que a população só receba todo o tipo de correspondência com muito tempo de atraso?! PHONE-IX
- o carteiro que distribui no Torrão trabalha de sol-a-sol e se não se põe à tabela nem tempo tem para almoçar?! PHONE-IX
- se entregou a distribuição a um particular e que este é que acarreta com as despesas todas incluindo transporte?! PHONE-IX
- as regras impostas implicam que a este esteja vedada a entrada no CDP de Alcácer o que implica que este leva o nosso correio para a sua casa particular e aí o arrue?! PHONE-IX
- por consequência agora ninguém aqui sabe onde está sediado o giro 8 (Torrão), sabendo-se apenas que fica algures no Bairro do Laranjal em Alcácer do Sal?! PHONE-IX
- o pobre carteiro não consegue dar à conta arrastando a familia com ele o que implica que agora o Torrão - e não é qualquer cidade - tem quase meia duzia de carteiros?! PHONE-IX
- o Torrão agora até tem distribuição postal ao fim-de-semana?! Um luxo! PHONE-IX
- se exigia que os contratados para carteiro tivessem o 12º ano de escolaridade e este agora só tem o 6º ano?! PHONE-IX
- esta situação toda não sendo legal e tendo sido tudo denunciado à IGT, Ministéro do Trabalho, Ministério da tutela, etc... não aconteceu nada; afinal de contas estamos na república das bananas?! - PHONE-IX
e etc, etc, etc... PHONE-IX, PHONE-IX, PHONE-IX...
É caso para dizer estamos PHONE-IDOS mas também o que é que querem?! A população não se manifesta! É como digo: é dos PATOS-MUDOS que eles gostam mais. Mas comigo não... a mim ninguém me cala doa a quem doer! OLÁ! Tinha prometido a mim mesmo que não falaria mais deste assunto mas a pouca vergonha é tanta que não me aguento...
- em pouco mais de 2 anos a Freguesia do Torrão já teve mais de uma duzia de carteiros?! PHONE-IX
- foi imposto que apenas 1 carteiro teria de conseguir cobrir diáriamente a totalidade da freguesia do Torrão sendo esta a segunda maior do país?! PHONE-IX
- o Centro de Distribuição Postal (CDP) do Torrão foi desmantelado e agregado ao de Alcácer do Sal pouco tempo depois de terem sido feitas aí obras de melhoramento e colocado um elevador eléctrico no valor de milhares de euros e que agora não servem para nada?! PHONE-IX
- as sucessivas perturbações que ocorrem com a mudança de carteiro implicam que a população só receba todo o tipo de correspondência com muito tempo de atraso?! PHONE-IX
- o carteiro que distribui no Torrão trabalha de sol-a-sol e se não se põe à tabela nem tempo tem para almoçar?! PHONE-IX
- se entregou a distribuição a um particular e que este é que acarreta com as despesas todas incluindo transporte?! PHONE-IX
- as regras impostas implicam que a este esteja vedada a entrada no CDP de Alcácer o que implica que este leva o nosso correio para a sua casa particular e aí o arrue?! PHONE-IX
- por consequência agora ninguém aqui sabe onde está sediado o giro 8 (Torrão), sabendo-se apenas que fica algures no Bairro do Laranjal em Alcácer do Sal?! PHONE-IX
- o pobre carteiro não consegue dar à conta arrastando a familia com ele o que implica que agora o Torrão - e não é qualquer cidade - tem quase meia duzia de carteiros?! PHONE-IX
- o Torrão agora até tem distribuição postal ao fim-de-semana?! Um luxo! PHONE-IX
- se exigia que os contratados para carteiro tivessem o 12º ano de escolaridade e este agora só tem o 6º ano?! PHONE-IX
- esta situação toda não sendo legal e tendo sido tudo denunciado à IGT, Ministéro do Trabalho, Ministério da tutela, etc... não aconteceu nada; afinal de contas estamos na república das bananas?! - PHONE-IX
e etc, etc, etc... PHONE-IX, PHONE-IX, PHONE-IX...
É caso para dizer estamos PHONE-IDOS mas também o que é que querem?! A população não se manifesta! É como digo: é dos PATOS-MUDOS que eles gostam mais. Mas comigo não... a mim ninguém me cala doa a quem doer! OLÁ! Tinha prometido a mim mesmo que não falaria mais deste assunto mas a pouca vergonha é tanta que não me aguento...
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