No passado dia 12 de Agosto, vários grupos de extrema-direita americanos reuniram-se em Charlottesville, na Virgínia, para protestar contra a remoção de estátuas do General Lee.
Fizeram-no ao abrigo da liberdade de expressão e de reunião mas uma contra-manifestação de vários grupos associados à esuqerda degenerou em confronto e uma pessoa morreu vítima de atropelamento.
Donald Trump condenou a violência «de ambos os lados» e logo foi atacado.
O tema da nossa conversa de hoje vai ser «Os críticos dos críticos». Lembra-se da narrativa oficial inicial para explicar o que aconteceu em Pedrógão Grande?
Nem todos se deixaram hipnotizar pela mensagem subliminar que estava a intoxicar a opinião pública e puseram em causa essa narrativa: os sempre incómodos críticos.
Logo apareceram críticos para criticar... os críticos.
São de três tipos esta casta:
1 - Os afectos ao clube geringonça; 2 - Os afectos ao clube rival;
Foto que circula nas redes sociais e que dá conta de uma alegada carga a cavalo da GNR sobre os camponeses que defendiam os olivais que iriam ser substituídos de forma criminosa por eucaliptais. VALPAÇOS, 1989. 3 - E você, que se estava a deixar intoxicar e a preparar para «papar» aquilo tudo.
Os dois primeiros não estão interessados em resolver o problema mas tão só em ver a coisa de uma óptica partidária e tirar dividendos políticos.
Tal como prometido, voltei às lides blogsféricas. Por dificuldades logísticas e, convenhamos, por uma questão de comodidade (minha e sobretudo sua) vamos passar a ter umas conversinhas cara-a-cara ou, como diria o outro, olhos nos olhos.
A conversa de hoje:
1 - A jornalista Judite de Sousa, no decurso da tragédia que se abateu sobre Pedrógão Grande, fez um directo com um cadáver nas costas. Logo choveram insultos nas redes sociais.
A minha opinião? Uma questão de sensibilidade... meramente.
Antes dos incêndios de Pedrógão, e à míngua de notícias, considerou-se "insólito" Donald Trump aparecer numa festa de casamento que decorria em propriedade sua. Foi inclusive considerado um penetra. Mas... penetras há muitos; não há bela sem senão.
É sempre a mesma coisa. Sempre que um bombeiro morre no decurso de operações de combate a incêndio toda uma cáfila de gente, da esquerda à direita, se vai amesendar nos exéquias fúnebres... e não consta que tenham sido propriamente convidados. Aparecem ainda para mais em época eleitoral, tá a ver? Então estes já não são penetras?
Carpideiras será o termo mais apropriado. Choram muito pesarosos. Lágrimas de crocodilo? Hipocrisia? Porquê?
O que é que o Paulo Selão faria se aquele que jazia fosse alguém próximo de si?