sábado, novembro 30, 2013

Que não haja dúvidas...


...a democracia em Portugal degenerou claramente numa ineptocracia.

Ineptocracia: um sistema de governo onde os menos capazes de liderar são eleitos pelos menos capazes de produzir, e onde os membros da sociedade com menos chance de se sustentar ou de ser bem-sucedidos são recompensados com bens e serviços pagos pela riqueza confiscada de um número cada vez menor de produtores.

Esta definição remete-nos automaticamente para a descrição feita pela filósofa russa Ayn Rand:

Quando você perceber que para produzir, precisa de obter autorização de quem não produz nada;
quando comprovar que o dinheiro flui para quem negoceia não com bens mas com favores;
quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência mais que pelo trabalho e que as leis não nos protegem deles mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você;
quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício;
então poderá afirmar, sem temor de errar que a sua sociedade está condenada.

sexta-feira, novembro 29, 2013

BPI do Torrão apoia Centro Social e Paroquial

Está a decorrer uma iniciativa do banco BPI intitulada BPI Solidariedade cujo objectivo é oferecer um presente a uma criança apoiada por uma instituição. A instituição escolhida no Torrão é o Centro Social e Paroquial.
Para saber mais e ver quais as instituições apoiadas a nível nacional, clique aqui e aqui e veja as imagens abaixo.








domingo, novembro 24, 2013

Reuniões de executivo da Junta de Freguesia passam a ser na última Sexta-feira do mês


As reuniões ordinárias mensais do executivo da Junta de Freguesia do Torrão vão passar a decorrer na última Sexta-feira do mês, pelas 21 horas. De referir ainda que estas reuniões são públicas.
Recorde-se que inicialmente em edital semelhante, a deliberação apontava para o dia 30 de cada mês com a particularidade de não exceptuar o mês de Fevereiro que, como se sabe, tem apenas 28 dias (29 se o ano for bissexto) e que também foi notícia aqui.

quarta-feira, novembro 20, 2013

Uma questão de bom gosto... e de justiça

Bem sabemos que alguns vão encher os bolsos enquanto outros andam a berrar «golo». No Europeu de 2010, apesar de Portugal estar em crise foi a sua selecção a que dispendeu mais dinheiro. Vamos ver como será agora no Brasil. É por essas e por outras que estou sempre relutante em relação ao futebol e este é coisa que me passa ao lado. É um negócio, é uma «mafia» e pouco tem já de desporto. Ainda assim, e sejamos justos - e mesmo por uma questão de bom gosto - saudemos o «feito» com as verdadeiras cores de Portugal.



 E agora uma proposta decente para o equipamento da selecção portuguesa de futebol para o Mundial do Brasil de 2014.



E por fim, Bandex, o «sargento» e o «comandante».

Afinal em que é que ficamos?



Tem lugar amanhã, dia 21 de Novembro, a reunião pública de Câmara cuja ordem de trabalhos pode ser consultada aqui.
E se quanto à localização, dia em que decorrerá e ordem de trabalhos não há dúvidas, já relativamente à hora em que esta terá lugar há ambiguidade que, a bem da imagem e da precisão e correcção da informação prestada, urge esclarecer.
Consultando o site do município, vemos que a informação que ali consta dá conta de que esta terá lugar às 9.30h - presume-se que da manhã.



 Contudo, ao acedermos à página de Facebook da Câmara de Alcácer, verificamos que inicialmente a reunião do executivo estava marcada para as 9.30h e que entretanto passou para as 21.30h como se pode ver nas imagens abaixo:








 É pois caso para perguntar: AFINAL EM QUE É QUE FICAMOS? A REUNIÃO PÚBLICA DE CÂMARA É ÀS NOVE E MEIA DA MANHÃ OU ÀS NOVE E MEIA DA NOITE?

Não sabemos se a gestão do site e do Facebook do município é comum ou não. Seja como for, se é comum, não se percebe o porquê da contradição. Se no entanto há mais do que uma entidade a gerir a informação é imperioso corrigir essa situação pois tal viola um dos princípios basilares do controlo e gestão de informação: É QUE ESTA DEVE SER CENTRALIZADA E NÃO DISPERSA E DIFUSA POR MAIS DO QUE UMA ENTIDADE... justamente por este (e outros) mesmo motivo.

Município instala luminárias economizadoras - informação complementar


A Câmara Municipal de Alcácer do Sal está a proceder à substiuição das antigas luminárias por novos equipamentos de iluminação pública baseados na tecnologia LED tal como consta num comunicado divulgado ontem e que consta na imagem. Tal como o referido documento especifica, os novos equipamentos são de facto mais economizadores (permitem uma poupança de energia da ordem dos 80% com o mesmo desempenho). Para além disso, as lâmpadas LED têm o triplo do tempo de vida das lâmapdas tradicionais. Outra vantagem desta tecnologia - que não está especificada no documento prende-se com o facto desta ser uma «luz fria» isto é, emite pouca ou nenhuma radiação ultra-violeta o que implica que não atrai ou atrai em menor números os indesejáveis insectos que de Verão gravitam em torno das luminárias.
Como complemento, e porque tal não consta no comunicado - nem teria que constar se bem que até poderia figurar ali - e porque aqui no Pedra no Chinelo a informação é mais detalhada e precisa, a aquisição do equipamento foi efectuada à Vibeiras - Sociedade Comercial de Plantas, S.A. e custou ao município a quantia de 221.267,88€, tal como se pode constatar aqui.


Curiosamente, de acordo com o descrito no BASE, a aquisição de luminárias com tecnologia LED prende-se com a requalificação do espaço público da margem norte do Rio Sado embora o comunicado refira que estas foram implementadas no Torrão, Santa Catarina e em Alcácer do Sal (Bairro da Casa do Povo e Urbanização do Parque).

Câmara Municipal de Alcácer do sal (e Junta de Freguesia do Torrão) sabem publicar contratos no BASE?

As entidades públicas têm o dever de publicar os seus contratos públicos no portal oficial de contratos públicos (portal BASE) em que cada contrato tem associada uma categoria, segundo a categorização oficial da União Europeia. O BASE é portanto uma ferramenta criada com o propósito de tornar mais transparente e permitir que os cidadãos tenham uma maior conhecimento acerca da gestão da coisa pública.
Sempre que um município adiciona um contrato ao BASE, tem de colocar a categoria que melhor se adequa ao contrato. Isto é, escolher uma categoria mais ou menos específica. Claro que na prática, os municípios têm comportamentos bastante dispares o que levou Jorge Leitão a decidir hierarquizar os municípios portugueses neste âmbito para saber quem é bom cumpridor e quem tem a melhorar nesta área. Vale a pena consultar o trabalho aqui. 
Da análise do referido trabalho constata-se que a Câmara Municipal de Alcácer do Sal se encontra num modesto 103º lugar de um total de 292 municípios.


Clicando em «Município de Alcácer do Sal» vamos directamente ao BASE e temos acesso a dados mais pormenorizados.

As publicações no BASE iniciaram-se em 2008 e daí para cá constatamos que o montante gasto pelo município alcacerense é de 14.439.180,92€.

Embora as entidades publicas tenham o dever legal de publicar os seus contratos públicos no BASE, constatamos ainda que relativamente à Freguesia do Torrão, das dezenas de contratos públicos que efectuou - a maioria deles por ajuste directo - onde foram gastas dezenas de milhar de euros, poucos ou nenhuns são aqueles que figuram no BASE. Por desconhecimento ou por outro motivo qualquer, o que é facto é que esta ignorou olímpicamente o facto de ter que publicar os seus contratos, on line no BASE.

A resposta à pergunta que serve de título a este artigo é portanto, pouco ou nada.

Esperemos que de ora em diante o panorama sofra algumas alterações.

Qual o estado financeiro das empresas municipais do seu concelho? - Situação da EMSUAS não é famosa

De acordo com o blog «Má Despesa Pública», a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) apresentou esta terça-feira uma actualização do “Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses”

Algumas conclusões:
- 111 empresas municipais terão de ser extintas por não terem saúde financeira. Estas empresas representam mais de 40% do universo do Sector Empresarial Local (SEL);
 
-  Há mais empresas sem endividamento mas a dívida total cresceu 3,4% em 2012;
 
- As empresas municipais têm de cumprir estes critérios: 
  1. As receitas dos últimos três anos têm de ser superiores a 50% das despesas;
  2.  Os apoios públicos no mesmo período têm de ser inferiores a 50% das receitas;
  3.  Os resultados operacional e líquido acumulados desde 2010 têm de ser positivos.
 Basta que um critério não seja cumprido para que a empresa tenha de fechar. 


Uma análise ao documento permite concluir que a situação da EMSUAS, EM - Empresa Municipal de Serviços Urbanos de Alcácer do Sal, Empresa Municipal, não é das melhores.


segunda-feira, novembro 18, 2013

terça-feira, novembro 12, 2013

Exposição de fotografia no Torrão


Vai decorrer no Museu Etnográfico do Torrão uma exposição de fotografia da autoria de Ricardo Alegre, como se pode ver na imagem. De acordo com a nossa fonte, o evento irá decorrer no próximo Sábado, dia 16 de Novembro, a partir das 16.00 horas. Constata-se ainda que o cartaz não menciona o dia nem a hora. Uma situação a corrigir.

Assembleia Municipal regressa ao Salão Nobre da Câmara


As sessões da Assembleia Municipal de Alcácer do Sal voltam a realizar-se no Salão Nobre do edifício da Câmara Municipal, sessões essas que decorreram nos últimos anos no Auditório Municipal.
A próxima sessão, de carácter extraordinário, é já hoje, dia 12 de Novembro. Para conhecer a ordem de trabalhos clique aqui.

domingo, novembro 10, 2013

Foi assim: Teatro Vicente Rodrigues - 1998




In memoriam 
Luís Manuel C. Bruno 

Com os nossos agradecimentos aos administradores da página de Facebook «Torrão Torranense».

sábado, novembro 09, 2013

Pedaços da história do Torrão

Já o havia feito no Facebook mas para que todos tenham acesso, resolvi colocar aqui no nosso cantinho um pedaço de património que resiste em terras de Bernardim. Aquilo que vos vou apresentar é uma lápide. Situa-se no Torrão mais concretamente no chamado Convento das Freiras ou Convento de Nossa Senhora da Graça.
Digo-vos também desde já que vou ter a audácia de tentar fazer aquilo que se calhar poucos ou nenhuns se deram ao trabalho de fazer durante os últimos séculos: tentar traduzir ou transcrever o que conseguir do epitáfio para português actual para que seja de melhor e mais fácil compreensão. 
O que eu não faço por vós...

Imagem da torre do convento


Vista geral da lápide tumular. 

Epitáfio principal (em latim):
 
        HIC EXPECTO CARNIS RESURECTIONEM

O meu latim é fraco mas esta expressão é-me minimamente inteligível. Será qualquer coisa como:

«Aqui espero o dia da ressurreição» ou «Aqui espero a ressurreição do corpo» ou ainda, tradução ipsis verbis, isto é, exactamente pelas mesmas palavras, «Aqui espero a ressurreição carnal».




Pormenor da lápide e do epitáfio secundário, o qual descreve entre outras coisas, para os vindouros, quem foi aquele que ali se encontra.

Peço a quem consiga traduzir com mais precisão um complemento. Obrigado.

SA DODor (?) FR (Frei? Francisco?) SIMÃO SOARES DE CARVALHO. FOI COMENDADOR DA ORDEM DE CRISTO, FIDALGO DA CASA DE SUA MAJESTADE, DO SEU CONSELHO, SEU DESEMBARGADOR DO PAÇO E UM TAMBÉM (?) CONSELHEIRO DE SUA REAL FAZENDA E JUÍZ (?) DAS IUSTIFICAÇÕES (?) DELA. FIDALGO NA CORTE DE MADRID, SERVINDO DE CONSELHEIRO A SUA MAJESTADE NO CONSELHO DE PORTUGAL ONDE FALECEU AOS 13 DIAS DO MÊS DE FEVEREIRO DO ANO DE 1631. FOI SEU CORPO DEPOSITADO NO CAPÍTULO (?) DO COLÉGIO IMPERIAL DA COMPANHIA DE JESUS E DAÍ TRASLADADA SUA OSSADA NO ANO DE 1633 PARA ESTA SUA CAPELA DA INVOCAÇÃO DAS CHAGAS DE CRISTO AOS 22 DIAS DO MÊS DE OUTUBRO DE CUJO (?) PADROADO FOI FUNDADOR E DELA SERÃO PADROEIROS OS SUCESSORES NO MORGADO QUE INSTITUI COMO OBRIGAÇÃO DE MISSÃO QUOTIDIANA ENQUANTO O MUNDO DURAR E A MISSA CONVENTUAL DESTE MOSTEIRO SERÁ AQUI A CADA DIA A CELEBRAR POR OBRIGAÇÃO DESTA CAPELA OU SEJA (?) REZADA OU CANTADA A QUAL DIRÁ NA DITA CAPELA (?) O CAPELÃO O QUE OS DITOS SUCESSORES APRESENTAREM E O SERÁ DAS DITAS RELIGIOSAS SEMPRE A DIZER A MISSA NA HORA ORDENADA POR SUA REGRA E NO FIM SAIRÁ COM ÁGUA BENTA E RESPONS (?) REZADO OU CANTADO CONFORME SE DISSER A MISSA SOBRE SUA SENHORIA (?) PRA O QUE E PARA A FÁBRICA E REPARO DA DITA CAPELA ESTÃO OBRIGADAS AS RENDAS DO DITO MORGADO QUE POR EXTINÇÃO DA GERAÇÃO DOS ....???? A ESTE MOSTEIRO... ??? DECLARADAS.



Lamento, mas como no final a tinta e as letras estão sumidos só no local é que poderia chegar ainda um pouco mais além.
Sendo eu um leigo em latim e português antigo e não sendo historiador, arqueólogo ou da área competente peço de antemão que me seja perdoado qualquer erro grosseiro.
Seja como for, mais algumas haverá por aí à espera que alguém paciente e mínimamente culto as traduza ainda que de forma grosseira. 
Se o vosso escriba tiver tempo poderá sempre fazer uma «perninha».

sexta-feira, novembro 08, 2013

Casas de banho públicas do Torrão também encerraram por greve

As casas de banho públicas do Torrão também encerraram portas e estão em greve. Tanto a que se situa na Rua do Relógio como a que se situa no Jardim Público estão fechadas, trancadas e acorrentadas. Quem não faz greve é a Natureza e se alguém tiver vontade de fazer seja o que for das duas uma: ou faz em casa ou num café ou então terá que fazer na rua.
Não cairia os parentes na lama a ninguém se alguém pegasse na chavinha e abrisse apenas as portas. Mas por cá é que temos e vale tudo.







terça-feira, novembro 05, 2013

domingo, novembro 03, 2013

DO MINHO AO ALGARVE: O Torrão nos anos 50

TORRÃO - Onde o amor pelo teatro
VENCE O FUTEBOL


Situada entre três capitais de distrito - Évora, Beja e Setúbal - pertenceu a linda terra de Bernardim Ribeiro em tempos ao distrito de Lisboa, passando, no entanto, a partir de 1927 para o de Setúbal.

Terra genuínamente alentejana, é atravessada pela estrada internacional que liga Lisboa a Ficalho e a Vila Real de Santo António, que o mesmo é dizer: o progresso passa por ela a 120 quilómetros horários sem se deter uns instantes, salvo quando nessas máquinas chicoteadas por um pequeno pedal falta o combustível que lhes aumenta a velocidade. Assim esquecida pelo progresso, não obstante o periodo de grande actividade que conheceu quando da construção da barragem «Trigo de Morais» (Vale de Gaio) no rio Xarrama, que é vizinho dessa localidade, os seus habitantes deslocam-se quase diáriamente a Lisboa (pelo menos aqueles que o podem fazer) na ânsia, compreensível, de uma civilização técnica e cultural que lhes tem sido negada. E o que procura o homem do Torrão em Lisboa? Apenas e quase exclusivamente o Teatro, o bom teatro que eles praticam com a devoção de um amadorismo que dura há mais de cinquenta anos, numa herança de pais para filhos e em tradição arreigada na gente do povo, que o bom timoneiro, que foi Vicente Rodrigues, conduziu a bom porto. E hoje, as récitas de amadores do Torrão constituem bilhete de êxito em todas as terras de província, mormente no Alentejo, onde se desolcam. É aquela gente, rapazes e raparigas, que trabalha nas ceifas, na cortiça, nos arrozais, quem à noite veste os ouropéis de cena e se transfigura - alguns em verdadeiros artistas consumados. Ainda há pouco tempo, Moura, terra por onde tem passado das melhores vedetas da cena portuguea, aplaudiu sem reservas este agrupamento teatral de amadores.
Satisfeita uma velha aspiração que foi a inauguração da luz eléctrica, muito ainda está por realizar. Empreendimentos levados a efeito noutras localidades de menor importância e que em Torrão foram votados a um ostracismo incompreensível. Assim: a construção de um mercado coberto, os esgotos, arranjos em algumas ruas, e... mais um ponteiro no relógio da torre, um relógio que marca o tempo de hora a hora para que os seus habitantes não possam dizer que contam os minutos esperando a realizaçãos dos melhoramentos de que mais carecem.
Torrão, cuja economia depende muito dos bons anos de trigo, cortiça e arroz, precisa conhecer uma fase de empreendimentos que a despertem do hibernar que empobrece o seu comércio e a sua indústria, e que os seus habitantes lamentam com justificada razão.
E para quando o monumento a Bernardim Ribeiro?

Revista de Turismo do Distrito de Setúbal - o concelho de Alcácer do Sal em 1944: Publicidade









sexta-feira, novembro 01, 2013

Revista de Turismo do Distrito de Setúbal - o concelho de Alcácer do Sal em 1944: última parte

A histórica Vila do Torrão

A sua grande riqueza agrícola


Embora a sua vizinhança com a Estremadura e incluída no distrito de Setúbal, a Vila do Torrão é tipicamente alentejana - na expressão da terra, na faina agrícola, nos usos e tradições.
É uma pitoresca vila antiga, com importância histórica, já existindo - segundo dizem - no tempo dos romanos, sendo-lhe conferido o primeiro foral em 1260, pelo Mestre da Ordem de S. Tiago, e alcançando em 1512 o segundo foral, que lhe foi dado pelo rei D. Manuel.
A sua igreja matriz, de porta manuelina, e a ponte romana sôbre o rio Xarrama, atestam a antiguidade da vila que, além de outros títulos honrosos, pode orgulhar-se de haver sido o berço do famoso e discutido poeta Bernardim Ribeiro.
Foi a vila do Torrão sede do concelho de Alvito, passando, mais tarde, a fazer parte do concelho de Alcácer do Sal, onde ainda se conserva, estando hoje, com êste concelho, integrada na província do Baixo Alentejo.
Como dissemos, é uma vila tipicamente alentejana, com muitas e abastadas casas agrícolas, produzindo a freguesia muitos cereais, legumes, cortiças, azeite, vinho, mel e carvão vegetal.
É um centro agrícola de muito importância e a vila é atravessada pela estrada internacional que liga a margem sul do Tejo ao Alentejo e Algarve.
População das mais hospitaleiras.





A Casa Gil

Uma das importantes e antigas do concelho de Alcácer do Sal

Dando um ligeiro balanço às maiores actividades agrícolas do Torrão, não poderíamos deixar de fazer referência à antiga Casa Gil, conhecida em todos os centros agrícolas do país, não apenas pela sua importância agrícola e pecuária, mas pela sua antiguidade - pois é das casas agrícolas mias antigas do concelho de Alcácer do Sal, existindo já no tempo do Marqês de Pombal.
Como é sabido, a Casa Gil alarga hoje a sua prodigiosa actividade por diversas herdades, dedicando-se, especialmente, à cultura do trigo  e outros cereais, e aos seus opulentos montados de azinheiras e cortiças.
Em tôda a região é digna de nota a actividade agrícola da Casa Gil, que também se dedica, com esmêro, à indústria pecuária.
Quem visitar algumas das dependênas da Casa Gil encontraráos melhores tipos das raças cavalar e taurina, e do melhor e mais bem tratado gado suíno que se cria no Alentejo.
Casa de velhas tradições agrícolas, nela se desenvolveam a lavoura e a pecuária consoante os melhores processos e ensinamentos, de forma que os seus produtos têm a melhor reputação nos mercados.
Dispondo de um dos mais modernos lagares de azeite, com prensas hidráulicas, é uma das casas que muito concorre para o prestígio da lavoura nacional e para a valorização económica da região.