Monarquia: A unir Portugal desde 1143
Neste dia,
há precisamente oitocentos e sessenta e nove anos, nascia formalmente o que já
se anunciava: uma ideia, um projecto, uma Nação que veio a ser
Portugal.
Neste dia, oitocentos e sessenta e nove anos depois, é o
País que está em risco. Privado de uma fatia importante da sua soberania, e
financeiramente dependente do exterior, Portugal encontra-se, perigosamente, à
beira de um abismo.
Os dias estão carregados da indignação de quem sofre sem
saber para quê, do desespero de quem não encontra alternativa para os seus
problemas. Os tempos que vivemos são marcados pela ausência de esperança de
todos os que procuram, mas não encontram, uma saída.
Mas ela existe.
Procuram-se saídas sem se olhar para o verdadeiro
problema, pois a nossa situação requer soluções muito mais profundas.
Estamos aqui para lembrar que Portugal vive. Que é maior
do que a crise, as políticas e muito maior do que quaisquer indivíduos que
conjunturalmente nos governem.
Estamos aqui para lembrar que não desistimos da ideia de
um Portugal soberano e independente. De um Portugal livre. É o mesmo espírito
de união, a mesma ideia e o mesmo projecto que nos anima desde 1143. Portugal
não é um desafio impossível nem um problema irresolúvel. Acreditamos que existem
soluções. Soluções reais, para causas reais.
Ao contemplarmos o futuro, vemos a possibilidade de uma
democracia mais representativa, mais eficaz, mais transparente, uma democracia
mais plena, assente num sistema político que sobreponha os interesses de
Portugal e dos portugueses aos interesses próprios de cada um, de cada partido.
Estamos convictos da absoluta e imperiosa necessidade de termos um país onde os
cidadãos recuperem o orgulho da sua identidade e a confiança em quem os
representa para que possam realmente viver em liberdade e que em momento algum
lhes serão pedidos sacrifícios vãos ou injustos.
Olhando à nossa volta, para os nossos parceiros europeus,
constatamos que a Instituição Real é o elemento que permite devolver o futuro
aos Portugueses, recuperar plenamente a ideia de Portugal, protegendo a nossa
identidade, a nossa língua, a nossa história, o nosso futuro, a nossa essência.
É nossa profunda convicção que só uma alternativa encimada pela Instituição Real
nos poderá libertar de um regime obsoleto, gasto e imposto pela força, que após
16 anos de caos e de infâmia, de 40 anos de paternalismo e de 38 de
prodigalidade e desgoverno financeiro nos deixou, a todos, falidos e
desnorteados.
Só um Chefe de Estado, total e verdadeiramente
independente de todos os grupos políticos e económicos, e com uma ligação
profunda à essência da Pátria, pode garantir uma Nação verdadeiramente livre.
Só um Chefe de Estado movido por nenhum outro interesse
que não seja o do interesse nacional pode ser o efectivo garante do regular
funcionamento da democracia, assegurando a separação de poderes de um Estado de
Direito, ao mesmo tempo que se submete constantemente ao escrutínio dos
Portugueses.
A
Chefia de Estado que o regime monárquico defende, é a que melhor compreende o
presente, oferecendo um olhar renovado para o futuro onde Portugal e os
Portugueses estarão, garantidamente e sempre, em primeiro lugar.
É
hora de pensar com ambição e esperança.
É
hora de oferecer a possibilidade de dias mais luminosos.
É
hora de sermos audazes e de encontrarmos de novo um sentido para o nosso país
que hoje cumpre oitocentos e sessenta e nove anos de
vida.
Apelamos ao povo português para que pense, sem
preconceitos, sem utopias, sem demagogia, na alternativa que apresentamos. Uma
alternativa real.
Porque somos consequentes com este manifesto – e porque
estamos convictos de que é na Instituição Real que reside o futuro de Portugal –
assumimos o firme compromisso de ir ao encontro dos portugueses, em Portugal e
no estrangeiro, para esclarecer todos os cidadãos das características e
benefícios de uma monarquia moderna para o Portugal que gostaríamos de ter no
século XXI.
É
nisto que acreditamos, é isto que defendemos. Pela restauração de Portugal, com
o mesmo entusiasmo que guiou as vontades de quem viveu este dia, há oitocentos e
sessenta e nove anos.
Viva
Portugal !
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