Acerca do Rio Sado, já dizia Duarte Nunes de Leão na sua obra «Descrição do Reino de Portugal», no século XVII que "Este rio não tem nascente alguma própria, mas é um ajuntamento de águas das ribeiras de Xarrama, de Odivelas, de Garcia Menino e de Santa Detença, a tempo que já vão muito grandes, pelas águas que colheram de muitas ribeirinhas, regatos e fontes; e se juntam todas em certo passo, do qual se faz um rio grande que se chama Sado.
Seu curso é de quatro léguas, no cabo das quais se mete no esteiro de Alcácer que vem por Setúbal. Neste rio, até onde chamam Porto de Rei, se navega por barcos grandes e se matam infinitas tainhas muito grandes e formosas, barbos e bogas e enguias; pela grande pescaria que ali se faz e a muita caça que naquela parte há, de coelhos e perdizes e muitas aves para caça de falcões, e pela muito aprazível verdura deste espaço de terra, muitos homens nobres na Primavera vão ali folgar”.
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