A falta de limpeza das ervas daninhas e mesmo de lixo em algumas parcelas da Zona H2, no Torrão, está proporcionar o crescimento desmesurado destas verificando-se inclusive zonas de autêntico matagal em algumas parcelas o que está a indignar e a revoltar quem ali mora. Os moradores estão indignados com a autarquia por esta estar a descurar nas tarefas urbanas do bairro conforme lhe compete ao mesmo tempo que o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) cobrado pela autarquia naquela zona é supostamente o mais alto relativamente à restante vila do Torrão.
É o caso de Nádia Guerreiro, estudante do 1º ano de Direito na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, que se encontra de férias na sua terra, e que denunciou a situação no Facebook ao tirar uma fotografia e lamentar o facto. "Supostamente isto é uma travessa (caminho térreo) entre a minha casa e a
casa de um vizinho, mas é quase impossível alguém conseguir passar por
aqui", lamenta indignada a estudante. "Contra factos não há argumentos. Este bairro é onde se paga o
IMI mais alto da vila e merece estar nesta figura descuidada? Onde andam
os trabalhadores da câmara? Onde andam os trabalhadores da junta?" prossegue.
A jovem estudante de Direito manifesta ainda o seu desânimo e revela o seu cepticismo e descrédito para com os diversos políticos e a forma como se comportam antes e depois das eleições. "Prometem mundos e fundos na época eleitoral mas posteriormente a isso
não cumprem nem metade das necessidades da população. Isto para não
falar na zona ajardinada que tanto se falou e nunca nada se viu
concretizado" e remata a sua indignação na rede social escrevendo: "É uma vergonha autêntica... Querem credibilidade, façam
por ela!"
Recorde-se que o agora chamado Bairro Miguel Torga (Zona H2) foi projectado inicialmente para ser a zona industrial (ZIL) do Torrão. Contudo a Câmara Municipal de Alcácer do Sal foi ao longo do tempo alterando a planificação inicial, vendendo lotes destinados à habitação. A falta de ordenamento e planeamento urbanístico adequado levou ao aparecimento de «ilhas» ou zonas de baldio onde nada foi entretanto construido ou requalificado.
O enorme largo central onde há muitos anos se promete o nascimento de uma zona ajardinada
As «ilhas», zonas de baldio resultantes de má planificação e urbanismo do bairro e onde crescem as ervas de forma descontrolada
Em algumas zonas há ainda lixo acumulado
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