Eu , algumas vezes, sou obrigado a falar no mesmo repetidamente porque eu não consigo obter respostas mas vou continuar a procurá-as pois considero que não é pelo facto de eu não ser formado em nada de jeito - e portanto a sociedade logo não me dar crédito - que eu me devo calar até porque os formados de jeito e dignos de crédito burlaram, roubaram, destruíram milhares de vidas e deram-me como resposta a mim (e agora a muitos mais milhares): emigre. Depois ouve, ou seja, neste caso lê quem quer e, talvez mais cedo que pensa, devia ser obrigado a engolir as ideias ou o próprio manuscrito se achar que não tenho direito de opinar.
Então mas afinal que vida nos propõem no futuro? Sim repito, NOS PROPÕEM NO FUTURO, porque ninguém está livre de seguir os passos do nosso Manuel de Oliveira, que Deus o mantenha entre nós por alguns anos mais, não sabendo eu ou qualquer outra pessoa quando iremos “apagar o maçarico” e, se para umas coisas o ditado “até ao lavar dos cestos é vindima” vale, também deve valer para os seres humanos. Daí que eu, mais para lá do que para cá é certo, tenha de falar de futuro. Do meu e dos meus descendentes. Quem inventa uma lei que reforma as pessoas aos 40, 50, 60 ou 65 anos que será a mais que um Hitler que se arrogava o poder de decidir até a côr dos olhos e dos cabelos das pessoas? Quem é que tem o direito de decidir a que altura devo parar de trabalhar, a não ser por motivos médicos? Teria esse direito sim senhor, se tivesse inteligência de me proporcionar um meio de sobrevivência digno. Mas quem é que se arroga o direito de decidir que um jovem que se acabou de formar, ou não, pode sobreviver com 200€ mensais como há tantos (e alguns até sem nenhum) se não tem inteligência de lhes encontrar uma forma de sobreviverem com dignidade? Eu posso-lhes garantir que se eu tivesse 30 anos tudo faria, até mesmo a morte, para apagar da face da terra todos esses “bem enfatados e perfumados” que destruíram uma ou duas gerações - até agora porque a coisa não vai ficar por aqui! Sim porque não duvidem que não existem saídas diplomáticas pois se existissem há muito que a vida estava mais ou menos justa para todos. Diplomacia é a maneira mais eficaz de entreter o povo durante décadas. Eu não gosto muito de falar no radicalismo nem no passado mas aqueles que chegaram a esse ponto que terão por detrás da vida deles? Os que botam palavra contra, têem alguma noção do que está por detrás? Nem estão interessados em saber! Sabem o que é viver descalço, sem comida, sem direitos, escravizados? Claro que não sabem. São idiotas que se limitaram a seguir o rebanho e a assistir ao desmoronamento do mundo por um sistema de capitalismo selvagem e de açambarcamento financeiro sem mexerem uma palha. Exemplo: Um contabilista do BES que sabia das falcatruas todas não teria o direito de andar agora armado em vítima a acusar os seus cúmplices. Os outros que roubaram na compra dos submarinos nunca mais teriam vontade de roubar. Só lhes falta dizer: Fui obrigado a fazer o sacrifício de ficar com os milhões senão.... Mas será difícil perceber as diferenças entre Alemanha e Portugal? Na Alemanha estão “arrecadados” e quase a sair com a pena cumprida. Em Portugal os que roubam, em condições, vão para Cabo Verde e passem por cá muito bem seus otários. Outros continuam a comer robalos tranquilamente. Outros reformam-se com 14.000€ mensais por meia dúzia de meses a “servir” a Pátria. Eu e muitos milhões que andaram 6 anos a fazer a mesma coisa pertencemos aos tais destinados a morrer na miséria. Nós não fizemos nada de jeito pela Pátria. Claro que há pessoas que se indignam com a prisão do «Sócras» não por ele estar preso mas mais pelos que estão à solta. Não sei se repararam nas caras e respostas dos nossos amigos gregos no dia seguinte ás eleições. E nos discursos acesos e acelerados de que a Europa tinha virado à esquerda. Como se virar para qualquer lado fosse assim estalar os dados e pronto e não houvesse caminho a percorrer que vai demorar a repôr coisa nenhuma. Encostaram a Merkel à parede!!! Santa ignorância, como se a Merkel fosse encostável a qualquer lado. Eu acredito que começou o principio do fim de uma nação que deu cultura ao mundo. Se ela vai arrastar alguém com ela, penso que não. Os do costume apressaram-se a mandar telegramas de felicitações à Grécia e de felicidade total à Merkel porque não vá o diabo tecê-las.
Uma boa semana para todos e pensem.
Jorge Mendes
Bruxelas, 31/01/2015
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