Uma
sessão de esclarecimento público pouco dinâmica, desmotivante e sem grande possibilidade
de intervenção pois que não deu grandes chances ao público, que esgotou a sala,
de participar, motivada pela má gestão do tempo que coube em parte de leão à
mesa, sobre a situação do correio no Torrão, e que decorreu dia 14 de Maio na
Sociedade 1º de Janeiro Torranense. Com alguns precalços pelo meio, pois às 21
horas ainda as portas da 1º de Janeiro Torranense se encontravam encerradas isto
quando já havia imensa gente à espera, entre eles o ainda Presidente da Câmara
Municipal de Alcácer do Sal. Abertas as portas constatou-se que a sala não
estava preparada (!) pois que as mesas e cadeiras destinadas aos oradores nem
sequer estavam a postos.
A
mesa contou com os cessantes Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal,
Pedro Paredes e Presidente da Junta de Freguesia do Torrão Décio Fava e com os
representantes do Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações (SNCTC) –
afecto à CGTP – José Oliveira, João Maneta e Domingos Seia. Outro facto curioso
foi que incrível e inexplicavelmente na mesa não constou o também cessante Presidente da
Assembleia de Freguesia, João Lavradorinho (!). Constou o número dois do também cessante, ou não estivéssemos a escassos cinco meses das eleições autárquicas, executivo da Junta de Freguesia, Hélder Montinho, que apenas fez figura de
corpo presente quando era importante se calhar ouvir o Presidente da
Assembleia. Mais: Estar na mesa de oradores pois a Assembleia de Freguesia é um
órgão distinto do executivo.
A
palavra coube inicialmente ao anfitrião, o Presidente da Junta de Freguesia,
que não trouxe nada de novo; ao invés invocou mais uma vez as mil e uma moções
como se estas fossem uma panaceia e resolvessem o que quer que fosse embora se reconheça a sua utilidade enquanto instrumentos políticos. O uso e abuso destas é que leva a que quase que
se possa falar nas moções mágicas de Décio Fava. Foi referido ainda o apoio da
Câmara nomeadamente através do seu gabinete jurídico. Décio Fava referiu ainda
que todos os torranenses devem acompanhar a situação.
Já
o sindicalista José Oliveira, referiu que com a entrada de Portugal na
CEE/União Europeia, alguns sectores do Estado têm estado na mira dos grandes
interesses nomeadamente graças a uma directiva que impõe a abertura do mercado.
Oliveira
aludiu ainda aos problemas ao nível da distribuição de correio. Foi feita ainda
uma análise da situação que acontece pelo país fora onde foi revelado que neste
momento cerca de um milhão de portugueses (10%) estarão já sem estação de
correio e o que implica a transferência do serviço para os privados. Foi
revelado ainda que a administração dos correios impõe aos seus funcionários a
lei da rolha em que estes não podem revelar o que se passa aos utentes sob pena
de sofrerem represálias.
Já
com a noite bem alta e face a uma debandada crescente de uma enfadada assistência começou a
fazer-se ouvir por fim a assistência. Uma das intervenções mais fortes e expressivas da noite
coube a Duarte Toscano que afirmou de forma peremptória que só com moções o
Torrão não vai lá e que qualquer dia na placa rodoviária que assinala o nome da
vila do Torrão constará o escrito ENCERRADO pois tudo está a fechar ou em risco
de fechar no Torrão, aludindo ainda à questão colateral do IMI que, segundo ele,
é dos maiores que se pratica na região.
De referir ainda que na tarde de Terça-feira, os CTT já teriam aceite uma das propostas levadas a cabo pela iniciativa privada pelo que tudo indica que a estação de correios estará assegurada mas com as limitações inerentes a essa situação.
Aguardam-se agora novos desenvolvimentos sobre a situação.
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