quinta-feira, maio 16, 2013

Sessão de esclarecimento gera fraca motivação




Uma sessão de esclarecimento público pouco dinâmica, desmotivante e sem grande possibilidade de intervenção pois que não deu grandes chances ao público, que esgotou a sala, de participar, motivada pela má gestão do tempo que coube em parte de leão à mesa, sobre a situação do correio no Torrão, e que decorreu dia 14 de Maio na Sociedade 1º de Janeiro Torranense. Com alguns precalços pelo meio, pois às 21 horas ainda as portas da 1º de Janeiro Torranense se encontravam encerradas isto quando já havia imensa gente à espera, entre eles o ainda Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal. Abertas as portas constatou-se que a sala não estava preparada (!) pois que as mesas e cadeiras destinadas aos oradores nem sequer estavam a postos.
A mesa contou com os cessantes Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Pedro Paredes e Presidente da Junta de Freguesia do Torrão Décio Fava e com os representantes do Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações (SNCTC) – afecto à CGTP – José Oliveira, João Maneta e Domingos Seia. Outro facto curioso foi que incrível e inexplicavelmente na mesa não constou o também cessante Presidente da Assembleia de Freguesia, João Lavradorinho (!). Constou o número dois do também cessante, ou não estivéssemos a escassos cinco meses das eleições autárquicas, executivo da Junta de Freguesia, Hélder Montinho, que apenas fez figura de corpo presente quando era importante se calhar ouvir o Presidente da Assembleia. Mais: Estar na mesa de oradores pois a Assembleia de Freguesia é um órgão distinto do executivo.
A palavra coube inicialmente ao anfitrião, o Presidente da Junta de Freguesia, que não trouxe nada de novo; ao invés invocou mais uma vez as mil e uma moções como se estas fossem uma panaceia e resolvessem o que quer que fosse embora se reconheça a sua utilidade enquanto instrumentos políticos. O uso e abuso destas é que leva a que quase que se possa falar nas moções mágicas de Décio Fava. Foi referido ainda o apoio da Câmara nomeadamente através do seu gabinete jurídico. Décio Fava referiu ainda que todos os torranenses devem acompanhar a situação.
Já o sindicalista José Oliveira, referiu que com a entrada de Portugal na CEE/União Europeia, alguns sectores do Estado têm estado na mira dos grandes interesses nomeadamente graças a uma directiva que impõe a abertura do mercado.
Oliveira aludiu ainda aos problemas ao nível da distribuição de correio. Foi feita ainda uma análise da situação que acontece pelo país fora onde foi revelado que neste momento cerca de um milhão de portugueses (10%) estarão já sem estação de correio e o que implica a transferência do serviço para os privados. Foi revelado ainda que a administração dos correios impõe aos seus funcionários a lei da rolha em que estes não podem revelar o que se passa aos utentes sob pena de sofrerem represálias.
Já com a noite bem alta e face a uma debandada crescente de uma enfadada assistência começou a fazer-se ouvir por fim a assistência. Uma das intervenções mais fortes e expressivas da noite coube a Duarte Toscano que afirmou de forma peremptória que só com moções o Torrão não vai lá e que qualquer dia na placa rodoviária que assinala o nome da vila do Torrão constará o escrito ENCERRADO pois tudo está a fechar ou em risco de fechar no Torrão, aludindo ainda à questão colateral do IMI que, segundo ele, é dos maiores que se pratica na região.
De referir ainda que na tarde de Terça-feira, os CTT já teriam aceite uma das propostas levadas a cabo pela iniciativa privada pelo que tudo indica que a estação de correios estará assegurada mas com as limitações inerentes a essa situação.
Aguardam-se agora novos desenvolvimentos sobre a situação.

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