Em todas as competições de bola é a mesma coisa. Portugal é sempre campeão por antecipação. Ganha sempre. Ganha salvo seja pois no momento da verdade... é o que se sabe. Claro que nesta prova não é excepção. Pois lamento informar mas o vencedor há muito que está encontrado... e não é nem nunca será Portugal. Não é porque não tem equipa para isso e não é porque o regime futebolístico já tem um vencedor - o Brasil.
Qual a fundamentação para esta afirmação?
Bem, antes de mais é notório que a equipa da casa, seja onde for, é sempre ajudada - não é por acaso que é directamente apurada - para manter o público local galvanizado. A acrescentar a isso, este é um dos mundiais mais polémicos de sempre. A organização brasileira esteve sempre debaixo de fogo pelos prazos não cumpridos, pelos acidentes mortais durante as obras, pelos custos do evento devido às derrapagens astronómicas que elevaram a conta para valores estratosféricos - estima-se que este mundial custou tanto como a soma dos dois anteriores. E finalmente a vaga de protestos que se faz sentir por todo o Brasil. Perante tudo isso, só a vitória da equipa da casa permite que as atenções se desviem e as polémicas se esbatam.
Uma hipotética e inesperada eliminação prematura da equipa da casa levaria ao desânimo e à frustração e traria mais protestos para as ruas algo que a pouco democrática FIFA não quererá como se tem visto, onde os protestos são abafados a todo o custo e a repressão é violenta e se faz passar uma imagem de alegria que não existe.
Ora uma vitória do Brasil (e a conquista do «hexa»), ainda para mais se for contra um adversário e rival (sim, estou a pensar na Argentina mas o adversário é pouco relevante) levará à euforia e ao efeito de contágio e por consequência ao esvaziamento dos protestos e ao isolamento daqueles que protestam e fariam o povo esquecer os milhões que foram gastos em estádios e desviados de outras áreas fundamentais como educação e saúde, como reivindicam os manifestantes. Essa será a política e a estratégia da FIFA que irão fazer o que estiver ao seu alcance para «encaminharem» a coisa nesse sentido - a Croácia que o diga.
Falou-se em investigações da Interpol por haver suspeitas de resultados combinados. Comparo isso com a emissão de moeda. Só o governo pode emitir moeda e tal como aí o regime futebolístico não quer concorrência nem perder o monopólio. Sabemos como as coisas funcionam. Quem vê futebol sem fanatismo apercebe-se de certos factores no mínimo estranhos e, claro, é como não acreditar em bruxas «pero que las hay, las hay».
Desenganem-se pois os portugueses. Deixem-se disso. Caiam na real. O desfecho é sempre o mesmo até porque há muita coisa em jogo e valores mais altos se levantam. A FIFA só é poderosa porque vós os alimentais. E cá também interessa ter os «tugas hipnotizados» com a bola e o «CR7». Eu da minha parte, sei que há aí qualquer coisa mas «tou nem aí». Espero sim, os Jogos Olímpicos... também em terras de Vera Cruz.
Sem comentários:
Enviar um comentário