A V edição da Feira Renascentista do Torrão terminou com um fraco espectáculo de encerramento. Na verdade, esteve muito aquém do espectáculo de encerramento da edição anterior (2013).
O balanço que se pode fazer desta edição é claramente positivo mas com lacunas significativas que terão que ser forçosamente colmatadas no futuro.
Uma delas prende-se com a data - assunto que foi abordado numa das reuniões preparatórias. Na verdade a data da Feira Renascentista do Torrão sobrepôs-se a dois eventos importantes: Braga Romana e o Festival Islâmico de Mértola. Outra das estratégias a ver prende-se com a inclusão das ruas dos Cardins e do Relógio na totalidade embora mantendo a Rua da Matriz e o Largo do Cruzeiro - a tendência tem que ser de expandir. Pensar grande, pensar ser melhor que o anterior. E por fim, não concentrar os bares, tasquinhas e barracas de ginginha na praça mas ao invés espalhar na medida do possível pelo perímetro da feira pois aquilo que se viu foi que toda a gente estava concentrada na praça e a periferia estava literalmente às moscas. Na edição de 2013 a barraca de ginginha estava na Rua do Relógio, havia ainda uma barraca no início da Rua das Torres e isso levou gente a essa rua e a uma maior dispersão. Foi um erro também a gerência do Bar 4 não ter podido fazer como das outras vezes, ocupando o espaço onde era o Motoclube, na Rua dos Cardins. É que se estas pessoas que estavam nestas ruas estiverem a olhar para o vazio para a próxima não virão. Bem, e há que haver regulamento sim mas mais flexível pois isso leva a que muita gente fique desmotivada e não faça nada ou não se desloque ao Torrão.
Quanto à divulgação, este ano esta foi efectivamente uma realidade mas ao invés de apostar no anúncio de jornal, que passa despercebido e é um balúrdio, há que fazer uma divulgação de base primeiramente. É megalómano pôr um outdoor em lisboa. A televisão é uma boa aposta mas o mais importante é a distribuição de cartazes em estabelecimentos num raio de 50 a 60 km. Apostar na distribuição em Beja, Évora, Setúbal e nas localidade vizinhas. É que o cartaz vê-se todos os dias e na televisão as pessoas assistem hoje mas amanhã já não se lembram. Em suma, divulgação sim mas baseada na distribuição de cartazes e com um extra na televisão e rádio mais ouvidas.
Devia-se ainda, na semana que antecedia o evento organizar umas coisas no museu. Música de época, um documentário - foi proposto na dita reunião o documentário Caravelas e Naus, um Choque Tecnológico no Século XVI que foi considerado boa ideia mas depois ficou tudo em águas de bacalhau - ou mesmo alguém vir falar de um tema de época. Faltou falar de Pedro Nunes. Falar do século XVI e do Renascimento e não falar de Pedro Nunes - ainda para mais no concelho de onde é natural - é uma lacuna grave e é uma mensagem errada que é passada. Por um lado dá-se a ideia que se despreza a ciência, sem a qual Portugal não teria levado a cabo os Descobrimentos e por outro passa-se a ideia junto dos jovens que a ciência não é importante e é uma coisa obscura pela qual não vale a pena nutrir qualquer espécie de interesse.
Devia-se ainda, na semana que antecedia o evento organizar umas coisas no museu. Música de época, um documentário - foi proposto na dita reunião o documentário Caravelas e Naus, um Choque Tecnológico no Século XVI que foi considerado boa ideia mas depois ficou tudo em águas de bacalhau - ou mesmo alguém vir falar de um tema de época. Faltou falar de Pedro Nunes. Falar do século XVI e do Renascimento e não falar de Pedro Nunes - ainda para mais no concelho de onde é natural - é uma lacuna grave e é uma mensagem errada que é passada. Por um lado dá-se a ideia que se despreza a ciência, sem a qual Portugal não teria levado a cabo os Descobrimentos e por outro passa-se a ideia junto dos jovens que a ciência não é importante e é uma coisa obscura pela qual não vale a pena nutrir qualquer espécie de interesse.
Ficam aqui identificadas algumas lacunas para memória futura, para análise e retrospectiva e para corrigir.
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