Depois de termos ido ontém à tarde constatar «in loco» - junto à estrada que dá acesso à fonte da Rata - o estado em que se encontrava a burra, que foi notícia pelas piores razões na semana anterior, facto que foi aqui noticiado, e de nos termos deparado com o cenário degradante que as imagens revelam, foi enviada uma mensagem particular, via Facebook, a informar do desenvolvimento da situação, a quem tinha dado início ao processo, e de cujo teor sublinha-se este trecho:
Entretanto o asno vai agonizando lenta e
dolorosamente sob o impiedoso calor do Alentejo e, pese embora o facto de estar
debaixo de uma oliveira, passa fome e sede pois está sem forças para sequer se
levantar. Entretanto os oportunistas do costume já apareceram: uma legião de
moscas varejeiras que impiedosamente fustigam a burra que, sem forças para as
afugentar, as deixa poisar nos olhos, boca, vagina e ânus. Provavelmente estas
iniciarão brevemente, se é que não iniciaram já, a sua macabara tarefa: a
postura de centenas de ovos nos referidos locais; ovos que eclodirão e cujas
larvas começarão de imediato a alimentar-se, se ela entretanto resistir, do
animal ainda vivo.
Só há duas
soluções viáveis: o abate ou o recolhimento do animal para dignamente terminar
os seus certamente escassos dias e
minimizando o seu sofrimento.
Imagens recolhidas a 24 de Julho por volta das 18:00 horas
Hoje voltamos ao local e constatou-se o inevitável. A burra jazia inanimada. Como teste, o arremesso de uma pequena pedra sobre o corpo do animal que não deixou a mínima dúvida: a sua não reacção e a natureza do impacto que deu para perceber que o corpo já estava em «rigor mortis», rígido, indicio de que já estaria morto há algumas horas. Havia, enfim e por fim, terminado a sua agonia. A morte foi piedosa para com o malogrado animal e veio cedo, antes que o inevitável cenário traçado se tornasse uma realidade. Posteriormente, depois de nos dirigirmos à GNR para dar conta do facto, por este ser um problema de salubridade pública, fomos informados de que esta já tinha conhecimento de facto e que o veterinário tinha estado junto ao animal por volta das onze horas. Foi sensivelmente por essa altura que o animal pereceu, ficando totalmente dissipadas todas as dúvidas e confirmada a análise feita minutos antes a qual se revelou correcta.
Agora há que proceder rapidamente à remoção da carcaça pois o número de moscas praticamente triplicou e a decomposição vai iniciar-se e será acelerada pelo facto de ser Verão o que implica que ali está um foco de elevado risco para a saúde pública.
Mais um nódoa para o Torrão no que à saúde e bem estar animal diz respeito. Lamentável e evitável.
Imagens recolhidas a 25 de Julho por volta das 14:00 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário