D. Dinis, a quem foi chamado de O Lavrador, era filho de D. Afonso III e de D.Beatriz de Castela. Terminada a reconquista, D. Dinis continou a política de consolidação do Reino de Portugal. Foi no seu reinado que os documentos oficiais passam a ser definitivamente redigidos em português e não, como até aí, em latim. Foi também no seu reinado que foram delimitadas as fronteiras de Portugal, com a assinatura do Tratado de Alcanizes (1297), as quais sofreram apenas pequenas alterações matendo-se praticamente inalteradas até hoje, o que faz de Portugal o país com as fronteiras mais antigas do mundo. Mandou plantar o pinhal de Leiria, que iria ser uma grande fonte de madeira, matéria-prima muito usada na época e muito usada na construção naval. Teve ainda a inteligência de não só perseguir os Templários e dissolver a Ordem como os protegeu e ainda permitiu que os Pobres Cavaleiros da Ordem do Templo, provenientes de diversos pontos da Europa, implacávelmente perseguidos por todos os poderes de então, encontrassem asilo em portugal. Habilmente refundou a Ordem criando uma «nova» Ordem religiosa: a Ordem de Cristo, tendo assim um pretexto para evitar o decreto papal que ordenava o desmantelamento da Ordem do Templo e a perseguição e prisão dos seu membros e com isso vieram para Portugal todos os conhecimentos Templários. Seria a Ordem de Cristo, quem mais tarde iria ser o pilar da gesta dos Descobrimentos. Foi um grande Chefe de Estado e, foi aquele que, na opinião quase unânime de todos, por todas as razões atrás descritas, deu condições para que Portugal se pudesse projectar no mundo um século depois.
É dele que iremos falar hoje em «Reis de Portugal».
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