D. Henrique, irmão de D. João III, subiu ao Trono de Portugal depois do desastre de Alcácer Quibir, em 1578, sucedendo a seu sobrinho-neto, D.Sebastião. Cardeal - antes Bispo, Arcebispo - quase Papa, Inquisidor-mor do Reino, fundador e protector da Universidade de Évora, de um fanatismo religioso quase extremo, impossibilitado de ter filhos, já de idade avançada. Como Rei foi fraco, muito fraco. Reinou dois anos e o seu reinado mais não foi senão a antecâmara do domínio espanhol em Portugal.
Começa-se a entrar no mundo moderno e começam a surgir os primeiros efeitos perniciosos sobre Portugal. Traidores sempre os houve e sempre os há-de haver. Alguns quiseram sacrificar a independência a troco de regalias e riqueza para si. Cristóvão de Moura, português renegado ao serviço de poderes estrangeiros tudo corrompia. D. Henrique acobardado, indefinido... O Povo, sempre o povo, quem nada tinha, quem não era comprado pelo ouro da Europa... de Espanha, nesta época, profundamente patriota insurgia-se contra a entrega da Coroa de Portugal a um pretendente estrangeiro e versejava:
Viva o Cardeal D. Henrique
no Inferno muitos anos
pois deixou em testamento
Portugal aos castelhanos
Viva o Cardeal D. Henrique
no Inferno muitos anos
pois deixou em testamento
Portugal aos castelhanos
Estes acontecimentos aqui narrados bem que se podem comparar com o presente. Veja-se e compare-se. Qualquer semelhança...
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