No coração de Alcácer do Sal esconde-se um gravíssimo risco para a saúde pública. Autoridades competentes têm conhecimento há muito tempo da situação mas o caso ainda não foi resolvido.
Texto: Paulo Selão e Vital Mirra
Fotografia: Vital Mirra
Um verdadeiro atentado e um gravíssimo risco para a saúde publica esconde-se bem à vista de todos em pleno centro de Alcácer do Sal. Na Avenida dos Aviadores, coração da cidade à beira Sado, encontra-se uma verdadeira jóia arquitectónica infelizmente em avançado estado de degradação. A sua fachada única é fotografada e admirada pelos turistas que visitam a localidade. A propriedade foi acupada no pós-25 de Abril e serviu de infantário. Entretanto foi abandonada e desde então o seu estado foi-se degradando.
Poucos conhecem porém que por detrás do edifício está uma autentica selva, propícia para abrigar todo o tipo de animais selvagens, inclusive ratazanas, um importante vector de perigosas doenças infecto-contagiosas. Moradores nos prédios vizinhos asseguram que já ali viram cobras com mais de metro e meio de comprimento. Já quem passar na avenida pode constatar a autêntica lixeira a céu aberto que se encontra na parte da frente à vista de todos.
O caso torna-se ainda mais preocupante por imediatamente ao lado se encontrar uma pastelaria e por um sem-abrigo, vindo do também devoluto edifício do cine-teatro que se encontra uns metros à frente, ali procurar agora refúgio, pondo em risco a sua saúde e segurança.
Tanto a delegada de saúde como a Câmara Municipal já têm conhecimento do caso há muito tempo. O anterior executivo camarário teve conhecimento do assunto. O ex-presidente da câmara, Pedro Paredes, deslocou-se inclusive ao local a pedido dos moradores que garantem que este olhou e viu mas entretanto nada foi feito. Também a nova vereadora do pelouro, Ana Soares, já recebeu fotos do local o qual visitou posteriormente. Da mesma forma, o novo presidente da mega-junta de freguesia de Alcácer do Sal, Arlindo Passos, tem conhecimento de toda a situação. Os moradores não escondem a sua apreensão e estão impacientes com o impasse e a demora na resolução do caso, facto que consideram inaceitável.
O principal argumento das autoridades competentes para a demora na resolução do caso prende-se com o facto desta ser propriedade privada.
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