- Do emprego (DELES)
- Do salário (DELES)
- Dos direitos (DELES)
- Dos serviços públicos ao serviço (das populações? Errado!) DELES
E não. Podem ficar descansados todos os torranenses. A Freguesia do Torrão não vai ser extinta e consequentemente a Junta de Freguesia não vai encerrar.
Ontém, quarta-feira, de manhã, na Rua do Poço Mau, em frente ao futuro lar de idosos, uma ruptura na canalização, com escoamento subterrâneo das águas, levou a que o chão abatesse mal uma viatura ali estacionou. Para reparar a fuga, a água foi cortada durante boa parte da manhã. Como se vê, a conduta é enorme, tem para aí 1 metro e tal de diâmetro. E o abatimento provocou uma enorme cratera, como se vê. Só tal explica que durante um dia inteiro não tivesse havido tempo para tapar o buraco. Hoje meteu-se a greve e lá ficou o burco aberto.
Estes senhores «choram», grande parte deles, de barriga cheia. Parte deles, ganham de mil euros para cima. O ritmo de trabalho é o do caracol. Têm um sistema de saúde à parte (ADSE) para eles e familia, pago por todos nós, e do qual usufruem mesmo depois de reformados. Têm um sistema de segurança social exclusivo (Caixa Geral de Aposentações) o que lhes permite uma boa reforma enquanto os demais mortais estão no regime geral da Segurança Social, que lhes dá direito a uma pensão tão miserável que, em alguns casos, nem para os medicamentos chega. Alguns deles são excedentários e, ao invés do que acontece em qualquer empresa, quem entra para os quadros do Estado não pode ser despedido. E depois os seus direitos adquiridos não podem ser beliscados nem mesmo que o país vá ao fundo e milhões de portugueses tenham que ser sacrificados em prol de uma casta privilegiada. E depois ainda se dão ao luxo de fazer greve e dizer coisas destas?!
Há quarenta anos atrás quando Portugal ia do Minho a Timor, não havia satélites, só existiam telefones, telexes e telefaxes, havia apenas cerca de 100.000 funcionários públicos. Hoje Portugal está reduzido à sua condição europeia, com internet, computadores e tecnologia de ponta e são quase um milhão (!) de almas. Uma enorme parte do orçamento de Estado serve para pagar um funcionalismo público que mais do que excedentário é já parasitário.
Eles têm direitos adquiridos e os restantes portugueses têm deveres adquiridos: dever de estarem vergados a uma brutal carga tributária para eles se banquetearem, dever de serem precários para eles estarem amesendados uma vida inteira, etc, etc, etc. Esses sim é que deviam fazer greve a começar por uma greve aos impostos.
Há muitos e bons motivos para a esmagadora maioria dos portugueses fazerem greve e eu estou solidário com eles mas estes cavalheiros (ou parte deles) não têm a mínima legitimidade para fazer greve como aqui o explicita, e bem, Miguel Sousa Távares. E não é só nos transportes. Por isso é que não querem nem ouvir falar em privatizações. Por isso é que não querem nem ouvir falar em reestruturações. Por isso é que não querem nem ouvir falar em reformas. Pudera! Os otários que paguem... ad eternum.
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