Algumas pessoas que felizmente me vêm lendo vão-me chamando a atenção quer
para vários e determinados temas como para as abordagens pouco profundas dos
“Pensamentos Manhosos”. Eu claro que
agradeço as chamadas de atenção mas tenho a alegar em minha defesa que:
1- Considero-me um semi-analfabeto, auto-didacta, apartidário, livre e
independente.
2- Não é minha intenção
dar soluções que não tenho nem tenho pretensões a não ser realmente pensar e escrever
o que penso.
3- Tento contagiar as
outras pessoas a pensar tipo: se este “esparveirado” escreve eu também consigo.
Por isso não tenham preguiça e quem não conseguir falar, tente pelo menos
escrever que ficamos muito bem depois de o fazer porque enquanto a palavra
escrita tem o valor de ficar vincada, a palavra dita esté sempre sujeita a: ao “ah
e tal eu não disse isso!” e às etiquetas do “politicamente incorrecto”. Aqui
não; fica escrito e depois até se poder corrigir enquanto a palavra dita “saiu”
e já lá vai.
4- Não tenho vergonha de ter de mudar e,
obrigado pelas evidências, ter de pedir desculpa ou mudar uma opinião. Só os
burros não mudam e eu ainda não cheguei a esse estado.
Posto isto e continuando com os “Pensamentos Manhosos” dou muitas vezes
comigo a pensar: E se não houvesse corruptos? E se não houvesse ladrões? E se
não houvesse desonestos? E se não houvesse Políticos traidores à Pátria, aos cidadãos
e aos ideais? O Mundo seria um caos. Não eram precisos juízes, não eram
precisos polícias para prenderem os ladrões, não precisávamos de andar sempre
com “um olho no burro e outro no cigano” por causa dos desonestos… nem eram
precisas pessoas para votar eleições políticas! Viveríamos numa sensaboria. Ora
bem, passa-se o mesmo com o Estado Islâmico. Sem raptos, sem prisioneiros, sem
armas, sem cabeças para cortarem e sem pessoas a quem aterrorizar, a vida deles
seria um caos. Nós, sociedades ocidentais, de há algumas centenas de anos a
esta parte temos vindo a criar um tipo de sociedade baseada em princípios que
valerão o que valem mas são os nossos, nos quais acreditamos e que estamos a
ver serem destruídos todos os dias, afastando-nos cada vez mais da Paz, do Pão,
da Habitação, da Saúde e da Educação. Mas não somos nós que nos estamos a
desviar do caminho como nos pretendem fazer crer. Alguém o está a fazer a mando
de outro alguém. Os nossos inimigos moram e convivem tranquilamente connosco.
São aqueles traidores que negoceiam com os países onde não se respeita nada nem
ninguém. Traiçoeiros que apoiam a Malala, dizem que estão contra o que lhe
fizeram e depois negoceiam com o Paquistão. E com a Índia. E com a União
Sóviética a quem deixaram de vender botões para as calças para parecerem que os
estão a boicotar comercialmente. E dão dinheiro ao Hamas para Israel ter mais
casas para derrubar, que por sua vez compram as armas aos americanos e chineses.
Continuam a fomentar experiências em laboratórios para que na altura em que se
encontrarem encurralados, porque o vão estar um dia, basta apenas largar um
Èbola, uma SIDA, uma peste qualquer e em 10 minutos vão destruir milhões de
forma a que só cá fiquem os que lhes fizerem falta. E os Orçamentos de Estado que
continuam a dispensar dinheiro para a Ciência da qual depois só uma minoria
pode usufruir. Um pobre com um cancro tem 1 ano de vida - se tiver e se
precisarem dele para mais experiências. Um rico vive uma eternidade com o
mesmo. Já pensaram que a profissão mais frustrante deve ser a de médico?
Estudam uma vida inteira para depois passarem essa mesma vida a “atamancar” a
vida dos outros porque não têem meios de vencer a morte ?
Isto que eu aqui escrevi hoje, será uma cabeça de alfinete que caíu mesmo
no centro do Oceano Pacífico. Esta salada de pensamentos reflete um pouco a
minha desordem tipo: Toco guitarra, toco piano, gira-disco, campaínhas de porta,
canto, assobio, escrevo letras, escrevo música e não faço nada destas coisas em
condições. Mas sou persistente. A melhor definição que encontro para isto é ”Polivalência
de Pensamentos Manhosos”.
Realmente há pessoas que só têem “pensamentos manhosos”.
Uma boa semana para todos e pensem.
Jorge Mendes
Bruxelas, 14/10/2014
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