O proprietário de um café nos Brejos da Carregueira de Baixo, no concelho de Alcácer do Sal, está desesperado com o estado do acesso ao local, que, de acordo com o proprietário do restaurante, é da responsabilidade do município, e com o impacto que isso tem no seu negócio e fez chegar a sua preocupação e as imagens da via altamente degradada às redes sociais.
«Venho por este meio dirigir-me aos responsáveis pelas estradas municipais da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e a todos os que de alguma forma possam solucionar o actual estado da estrada de acesso aos Brejos da Carregueira de Baixo. Nós, que cá vivemos desde sempre e que com o nosso restaurante tentamos equilibrar as nossas contas para não dever nada a ninguém, nomeadamente temos os nossos impostos em dia, estamos agora isolados devido a obras na estrada já mencionada, que pararam de um dia para o outro. Esta espécie de acesso está praticamente intransitável e para quem ganha a vida com um negócio num local onde se torna cada vez mais difícil, perguntamos: Para quando uma solução? Será necessário chamar uma equipa de reportagem?»
O estado das estradas no concelho de Alcácer do Sal, um concelho onde o desemprego mais cresceu na última década e que procura desesperadamente incrementar a sua economia, é um factor problemático não só para a economia local porque por um lado desincentiva ao investimento e por outro lado coloca em sérios problemas aqueles que fixaram aqui os seus negócios como, e sobretudo, em termos de segurança rodoviária e tanto estradas municipais como estradas nacionais apresentam sinais de preocupante degradação. A título de exemplo, e para além da estrada dos Brejos da Carregueira de Baixo, temos a estrada que liga S. Romão do Sado, na freguesia do Torrão a Grândola, da qual demos notícia aqui. Contudo o caso mais mediático tem sido o da estrada que liga Alcácer do Sal a Grândola (IC1). Há muito que as populações lutam e exigem ao governo as necessárias obras que requalificação de uma estrada onde já se verificaram múltiplos acidentes dos quais alguns já causaram vítimas mortais. Este é também o único caso que desperta o interesse da autarquia local e também da comunicação social, como se pode ver aqui.
Em declarações à RTP, aquando do último protesto, no passado mês de Junho, o presidente da câmara de Alcácer, Vitor Proença, marcou presença na manifestação e insurgiu-se contra o governo e contra a Estradas de Portugal por nada fazerem relativamente a este caso e classificou mesmo a estrada como «uma armadilha sucessiva» e pede um consenso para se «encontrar soluções para que se inicie rapidamente a intervenção desta obra». No entanto, é agora a câmara municipal acusada de ter exactamente o mesmo comportamento relativamente a esta estrada sob a sua tutela.
Fotos: Casa Messejana Gervásio António (Facebook)
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