O Mundo em geral e Portugal em particular, porque é o que mais directamente me diz respeito, estão a ser (des)governados por um bando de sacripantas dirigidos por meia dúzia de velhos caquenhos que a partir da sua invisibilidade e do dinheiro que foram roubando ao longo de décadas se arrolam o direito de decidir da vida da humanidade. Se repararmos atentamente nas tristes figuras e nos discursos dos dirigentes(?) políticos fácilmente descortinamos a falta de substrato e cultura para ocuparem seja que cargo for. Quando um individuo que se quer responsável diz: A partir de agora quem quizer vir dormir em Lisboa tem de pagar mais 1 euro, terá forçosamente de se tratar de uma mente distorcida e totalmente isenta de qualquer escrúpulo e noção de civismo. Com tanta maneira que há de lançar impostos escolhe-se exactamente a mais ridícula tipo: venham jantar a minha casa mas tragam a comida. Com que propósito exactamente? Como é que vão controlar isso exactamente? Antigamente, até há muito pouco tempo e não tenho a certeza se a lei não existe ainda, todas as unidades hoteleiras eram obrigadas a preencher as Fichas de Polícia dos hospedes que depois eram enviadas ás esquadras de Polícia ou GNR da área e mediante o número de registos se pagava uma determinada quantia para o estado. Provavelmente com receio de que estes registos comprometessem certos figurões intocáveis que se alambazam nas carnes de prostitutas, contra as quais não tenho absolutamente nada contra, antes pelo contrário, e dos prostitutos que também não me aquecem nem arrefecem, por esses hóteis fora, a medida deixou de ser aplicada à risca. Mas o dito cérebro podia ainda ter dito: o dinheiro vai servir para dar uma cama aos sem-abrigo de Lisboa que dormem no túnel do Marquês, ou nas entradas das estações de Metro. Este António Costa começa a parecer-se muito com o Bruno de Carvalho; disparam rajadas em todas as direcções para ver se acertam em alguma coisa. Mas há mais, porque cérebros destes felizmente são o que não falta neste País de génios. Como é que um miúdo destes que nos desgoverna, ousa ofender continuamente os “velhos” deste País que foram quem lhes proporcionou esta vida de chulos que levam. Quem são estes vermes para decidirem quando é que eu tenho de deixar de trabalhar e reformar-me? Para decidirem se eu me tenho de reformar aos 60, aos 65 ou aos 67 teriam de me garantir condições dignas de vida. Mas o que é que o “bétinho” do Lambretas sabe da dificuldade da vida das pessoas para ser Ministro do Assuntos Sociais e não sei de quantas tretas mais? Mas o que é que o Pires de Lima tem a defender para os da minha classe? Até os que vieram da miséria do pé descalço quando sobem as escadas da Assembleia da República deixam de ter algo a defender do meu lado porque o lado deles passa a ser o outro onde ainda não estavam só porque não conseguiam, mas a que sempre sonharam pertencer. Estou a atingir o ponto de saturação desta palhaçada toda e como eu milhares de outros também o estão. Servi a Marinha Portuguesa com um orgulho enorme entre 1967 e 1973 e nunca me senti tão descriminado, enxovalhado, desrespeitado como nesta democracia da treta onde conta mais o que dizem do que o que fazem. Venho do tempo em que as medalhas eram ganhas por actos de bravura e relevo em prol do País. Tenho nojo destes medalhados que se devem perguntar: porquê? Quem dorme com uma medalha ao peito porque desgraçou a vida de milhões de pessoas só consegue dormir porque nem noção tem dos horríveis actos criminosos que cometeu para a ganhar.
Começo mesmo a pôr em duvida a utilidade da escrita e da palavra em vez da acção. Começo mesmo a ter muitas dúvidas em relação a muita coisa. Sou um homem felizmente saudável, que penso continuar equilibrado emocionalmente, mas a sentir-me empurrado para a inutilidade pelos tais sacripantas que se arrolam o direito de decidirem tudo por mim.
Uma boa semana para todos e pensem.
Jorge Mendes
Bruxelas, 12/11/2014
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