sábado, fevereiro 14, 2015

PENSAMENTOS MANHOSOS – “Gregos e Troianos”

Sinceramente a história repete-se quando não se aprende com a História. Os gregos têem o hábito de andar sempre à bulha por causa das mulheres. Por volta de 1200 A.C. foi com os troianos por causa de Helena; em 2015 é com os europeus por causa da Merkel. Alexis Tsipras ganhou o voto de confiança na madrugada de Quarta-feira, com o apoio de 162 Deputados. Ora logo 138 Deputados, que também são gregos, não lhe deram confiança. Quando se transforma isto numa estrondosa victória (Português arcaico) há algo que não soa bem. Hoje, a mesma Quarta-feira, o homem está aqui a 1 Km de minha casa a cobrir-se de ridículo pretendendo encostar os europeus (eu incluído) à parede: «Se não fizerem o que eu quero, viro-me para os russos e os chineses». Claro que é a coisa mais estúpida que alguma vez ouvi na minha vida. Acredita o homem que os russos e os chineses gostam muito dos lindos olhos dos gregos e vão dar-lhes tudo o que precisam de mão beijada, sem juros, sem austeridade, assim: «Tomem lá e continuem a gastá-lo nas esplanadas e restaurantes, como fizeram até aqui». Realmente Portugal não tem mesmo nada a ver com a Grécia. Nós, com toda a roubalheira pelo meio, ainda construímos auto-estradas e investimos em tecnologia; os gregos não fizeram absolutamente nada no país. Estão, claro, muito pior que quando entraram para a UE. Os Onassis dos anos 70 (homem mais rico do mundo) aprenderam e retiraram o capital deles para local seguro. Os democratas gregos - sub-entenda-se novos ricos - ao contrário, passaram a ostentar a fortuna que lhes chegava todos os dias da CEE em festas e jantaradas. Destruíram a maior frota petroleira do mundo. Ainda não chegaram ao fundo do poço mas estão próximo. Quem não produz gasta o que os outros produziram. Quem não tem deveres não pode ter direitos. Será que os gregos nem compreendem que a Suiça só não pertence à Comunidade Europeia, porque tem servido, até aqui, de refúgio onde os ladrões Europeus põem, ou punham, a salvo os produtos dos assaltos, ao abrigo de leis não Europeias? Vizinhos sim mas nem tanto. Quando houver necessidade, a União Europeia cria um decreto qualquer e diz: 
«para circular nas nossas estradas pagam X, para sobrevoarem o nosso espaço aéreo pagam Y. Como é que os suíços se mexem? Os suíços, os gregos, os ingleses, os dinamarqueses e mais uns quantos renitentes? Sim; que lá que passem à nossa rua ainda vai mas para entrar na nossa casa têem que respeitar os nossos hábitos. Eu para entrar numa mesquita tenho de deixar os sapatos á porta. As regras são deles e se eu quiser entrar, cumpro. Os países têem que se unir e não desunir. As grandes multinacionais que dominam o mundo são o resultado de uma união do capital que impôs as regras. Não é lá porque os russos não conseguiram manter os seu estados unidos (na miséria), que passam a ter razão. Então mas a união não faz a força? Ou é só retórica? Então os russos andam a chorar que as sanções económicas impostas pelo caso da Ucrânia estão a afectar a economia do país e agora têem dinheiro para desenrascar os gregos? Mas os russos querem ajudar os gregos ou ocupar a Europa? Eu não quero ser russo. Eu quero ser português com deveres e direitos no mundo, embora na realidade ainda não me tenha sido permitido. Eu não quero virar a uma esquerda que há 40 anos ainda não soube fazer nada de jeito. Se houver queijo, ainda que pequeno, calha uma “falhinha” a cada um mas se não houver queijo ninguém petisca. Em Portugal sempre houve queijo só que a petiscar foram poucos os eleitos. Eu não quero governantes de mochila ás costas, nem Mujicas que são muito “ternurentos” mas mantêem o Povo na miséria. Quando Soares, sim esse, foi à Suécia dizer a Olof Palme, a seguir ao 25 de Abril, que ia acabar com os ricos em Portugal a resposta foi: «Não será melhor acabar com os pobres?» Claro que o bochechas não percebeu e teimou em acabar com os ricos, menos ele claro.
 Eu quero é gente competente nos cargos que ocupa e que façam o trabalho deles enquanto eu faço o meu. No entanto, para mim, realmente isto só lá vai à estalada e por isso em vez de ser amanhã que seja já hoje que não há mais tempo a perder. Conversas e mais conversas e eu sem poder voltar, já eu escrevi e gravei há 30 anos. Andei eu a tentar evitar pronunciar-me sobre o assunto, para agora partir a loiça toda, mas é o que eu penso “prontos”.


Uma boa semana para todos e pensem.

Jorge Mendes
Bruxelas, 11/02/2015

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