A praça não é só o lago

Quem ver o lago da Praça Bernardim Ribeiro nunca poderá imaginar que até Abril passado o cenário era este. Quem não se lembra que exactamente no ano passado por esta altura, o lago estava despejado e tapado com um tampão de madeira? Claro que assim está muito melhor infelizmente estamos em período eleitoral e como tal tudo tem que estar num brinco.

Imagem actual do lago da Praça Bernardim Ribeiro

Ainda há escassos quatro meses era este o ambiente 

Mas não há bela sem senão. A praça não é só o lago e, se repararmos mais atentamente, não está assim tão arranjadinha como possa parecer senão vejamos:

 Um parte da praça foi, bem ou mal, ornamentada com esferas de pedra. Algumas delas foram arrancadas em actos de vandalismo ou outros motivos quaisquer. Assim, infelizmente a praça parece «uma boca desdentada» com zonas onde algumas esferas ainda resistem e outras sem esferas. Para onde teriam rebolado as esferas? E outra pergunta: fica assim? É que dá uma má imagem.

 
Zona onde foram removidas as esferas de pedra. As respectivas bases encontram-se ainda no local

Zona onde ainda estão algumas esferas de pedra ornamentais

E por fim, um outro pormenor que passa despercebido. Quem projectou o novo desenho da praça não se esqueceu da estátua de Bernardim Ribeiro, poeta maior do Torrão, onde dois focos de luz foram colocados no chão por forma a iluminá-la de noite. Há quantos anos os focos não dão luz? Quando será que se faz luz?

 Imagens recolhidas de dia sendo bem visíveis os focos.

Imagens recolhidas de noite. Como se pode ver, os focos estão apagados

Como se pode ver, há pormenores que passam despercebidos. O que chama a atenção é lógicamente o lago devido ao espalhafato de luzes, cores e pelo barulho da água. Também quando o mecanismo está avariado o lago chama a atenção devido ao facto de se converter numa charca de água verde, uma incubadora de mosquitos e ao mau cheiro.

Quanto mais à vista está, mais escondido fica.