Certamente que não foi só este ano que a Secretaria de Estado da Cultura e do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) levaram a cabo esta iniciativa. Porém, e porque estamos em altura de eleições autárquicas, pela primeira vez, tanto a câmara como a junta de freguesia apoiaram a iniciativa e de forma oportunista não só quiseram trazer o evento como quiseram oferecer mais um espectáculo ao bom povo e faze-lo passar como algo de sua própria iniciativa pois não é por acaso que nos prospectos os logotipos das referidas autarquias se destacam enquanto os logotipos do governo e do ICA ficaram em tamanho pequeno para passar despercebido.
Acontece que em cima da hora não houve rigorosamente nada pois supostamente houve receio de se abater uma trovoada.
Perante o bluff e o fiasco e sem que houvesse explicações, as poucas pessoas que se deslocaram ao jardim público para assistir a cinema ao ar livre, coisa que não se vê no Torrão há décadas, ficaram frustradas e furiosas... imaginem com quem.
Quando nem o próprio tempo já nem quer nada com a situação...
Já outra iniciativa, promovida pela Secretaria de Estado da Cultura, que também foi aproveitada - onde é que andaram nos outros anos? - foi a dos concertos nos coretos. Mas também aqui já houve um equívoco pois inicialmente o evento estava previsto para o dia 7 de Setembro. Agora já é dia 22... até ver.
Seja como for, pela primeira vez em muitos anos, o coreto, que, para quem não sabe, se situa no mesmo jardim público, que esteve literalmente entregue aos bichos - mais concretamente às andorinhas - volta a acolher um evento. Resta saber se será apenas este ano por ser um ano... especial.
De saudar ainda o facto de estar a ser posto em prática aquilo que aqui foi sugerido. Relembremos as palavras escritas no passado dia 22 de Agosto:
Seja como for, agora foi aberto um precedente na medida em que qualquer que seja a associação (ou mesmo a gerência do quiosque) pode pedir o recinto do jardim público, e respectiva iluminação para realizar ali bailes ao ar livre ou até DJs a passarem música, em suma, festas de Verão. E, pensando bem, até talvez não fosse má ideia. Assim como assim, sempre o coreto que foi ali construído em 1998 e que pouca ou nenhuma utilidade tem tido, serviria para alguma coisa e sempre se dava outra dinâmica ao jardim. Desde que se vedasse o espaço relvado, porque não? Fica a sugestão.
Lá está, levam tempo mas chegam lá.
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