Coisa rara é o clima particular que se abateu sobre a vila do Torrão e arredores. Na verdade um expesso manto de nevoeiro cobre a vila como um véu há quase uma semana. Pessoalmente nunca tinha visto nada assim. Nevoeiro é comum por aqui e em algumas zonas da freguesia - durante a noite, madrugada e manhã - que têm uma espécie de microclima no que a isto diz respeito como é o caso das zonas mais baixas de que são exemplo a Vargem da Mó, Herdade dos Frades, Casa Branca, S. Romão onde o nevoeiro se forma e onde demora mais a dissipar-se agora uma nebelina presistente é que é coisa rara. Particularmente, ontém, 6 de Janeiro, Dia de Reis, durante todo o dia, como por aqui se diz, o sol nunca chegou a descobrir ou o dia não descobriu ou ainda o nevoeiro não levantou. Só agora que eu estou a postar é que finalmente está a descobrir o sol.
Espero que este nevoeiro seja um bom pernuncio, o pernuncio não do regresso d´el Rei D. Sebastião mas do regresso da alma lusa, da portugalidade a Portugal.
Este fenómeno proporciona imagens de rara beleza no entanto o nevoeiro não é suficientemente denso para ocultar a negritude que infelizmente cobre a torre e as partes mais altas da igreja Matriz.
Esta imagem mostra o véu de névoa sobre a vila.
Esta foto não deixa duvidas sobre o manto de nevoeiro que cobriu a vila no dia de ontém. Para além do espectro fantasmagórico da árvore e de algumas casas pouco mais se consegue enxergar da vila a partir deste ponto - o pulpito exterior da igreja Matriz que dá acesso á porta da sacristia e que está virado para o largo da Matriz.
Se o nevoeiro não se dissipou de dia não seria certamente à noite que iria partir. Noite dentro a humidade do ar era elevada. Já não era nevoeiro mas uma densa e muito húmida cacimba. Este dia foi de nevoeiro mas definitivamente não foi dia de calmeiro.