domingo, fevereiro 24, 2008

Boca no trombone - Resposta e esclarecimento

Para concluir este assunto e em resposta e face ao conteúdo do comunicado acima divulgado cabe-me fazer o seguinte esclarecimento até porque tenho sido mal intrepertado e haja até quem se mostre ofendido:


1. Efectivamente fui contratado a termo no CDP de Alcácer do Sal durante ano e meio. Face ao teor da minha primeira intervenção em que relato a situação «delicada» dos correios em Alcácer quem quer que fosse minimamente inteligente perceberia que face ao conhecimento que demonstrei certamente que deveria ou ter trabalhado ali ou teria de ter alguém que me relatasse o que ali continua a acontecer. Contudo omiti de propósito tal facto justamente porque não queria – porque não é em absoluto essa a razão – que se pensasse que estava a pedinchar ou a reclamar para mim o que quer que fosse embora soubesse que esse argumento seria o primeiro usado pela empresa. Aliás quem ler com olhos de ver constatará que não há no referido texto uma única virgula que seja que aponte nesse sentido.
Sou licenciado em Física pela Universidade de Évora desde 2005, terminando o curso com 14 Valores e classificação de Bom. Como é bom de ver, sou um dos milhares de licenciados que teve de ir fazer um trabalho para o qual as habilitações literárias que tem são muito superiores para o que é exigido para esse tipo de trabalho – como está em moda – como tal é fácil constatar que não acalento nem nunca acalentei o sonho de ser carteiro dos CTT nem tinha qualquer motivação extra para tal. Também nunca criei expectativas para ficar como carteiro por um lado pelo que atrás referi, por outro pelo que se passa em matéria de condições de trabalho e por outro porque sabia perfeitamente que estava a prazo ou não fosse essa a política seguida um pouco por todas as empresas a qual esta não é excepção. Contudo se alguém cria expectativas são justamente os CTT na medida em que quando somos entrevistados nos prometem mundos e fundos, como foi o caso do então chefe de CDP, que me entrevistou, onde falou em efectividade e promoções rápidas embora eu tenha percebido que isso é uma estratégia usada para pôr os novos recrutas a suar as estopinhas guiados por uma ilusão o que não foi de todo o meu caso por isso não me desiludi. Aliás quem se iludiu foi um outro colega, brasileiro, que passou pelo CDP de Alcácer, que trabalhava de sol-a-sol no pino do verão, em 2007, comendo uma simples sandes em 10 minutos pois queria agradar às chefias com o objectivo de ficar em Alcácer, cidade da qual ele muito gostava. Eu ainda o alertei! A recompensa? Foi transferido sem apelo nem agravo para Mem Martins.
Para finalizar este ponto, há 32 anos que vivemos em democracia onde a liberdade de expressão e de opinião são valores inquestionáveis. Apela-se muito à opinião dos cidadãos e à sua participação cívica mas parece que isso em Portugal é fogo de vista pois quando algum se atreve, repito; se atreve a exercer os seus direitos, como é o meu caso, no sentido de dar a conhecer à opinião publica situações escabrosas, tentar que se conheçam os factos porque a política das chefias é abafar, como disse na primeira intervenção, tentar que a qualidade do serviço seja real e não virtual, que os direitos de quem trabalha sejam minimamente respeitados, tentar que os correios, uma empresa base de comunicações, área vital e absolutamente estratégica para um país (embora muito bom chefe aparente não ter essa consciência face às experiências e brincadeiras que levam a cabo) logo o primeiro expediente usado para refutar a argumentação usada seja querendo fazer ver segundas intenções como sendo o caso de mesquinhez, ingratidão, vingança, expectativas alegadamente defraudadas, etc.


2. Em relação ao ponto dois, os baixos saldos verificam-se porque na maioria das vezes os dados colocados nas folhas para o efeito, pelos carteiros, são manipulados, diminuindo-se ou até mesmo omitindo-se os saldos devido a pressões das chefias e devido à vergonha que os carteiros sentem de não conseguirem levar tudo sendo que por vezes levam apenas metade do correio normal que vem. Quanto aos padrões de qualidade, e foi por isso que no ponto 1 falei em qualidade real em detrimento de qualidade virtual são aferidos em função do numero de reclamações constantes no respectivo livro. Quando as pessoas reclamam fazem-no por boca na estação ou ao próprio carteiro muitas vezes com agressividade como se este fosse o responsável por tudo. Esquecem contudo ou não sabem que existe um livro de reclamações e que o devem utilizar sempre que se sintam lesadas. E assim se explica a diferença entre qualidade real e qualidade virtual. Assim se explica que Chefes de Estação e funcionários de atendimento (TPG) tenham instruções para usar todos os argumentos possíveis para convencer os clientes que reclamam no sentido de evitar que uma reclamação passe para o papel. Aliás certamente se pode constatar que quando vamos reclamar não nos ponham logo o livro em cima da mesa. Mas há mais: a empresa refere-se a padrões. O que é isto? Pois bem os padrões são os prazos e a forma como devem ser entregue os objectos postais. Por exemplo o correio normal tem 3 dias para ser entregue a partir do dia em que chega ao CDP, o padrão do correio azul é ser entregue no próprio dia, etc. Quanto a cartas, há correio normal a ser entregue muito para lá dos prazos mas como por vezes não se aponta saldos e as pessoas não sabem e portanto não reclamam ou se reclamam quando são facturas e o prazo tem passado não o fazem no livro e portanto para todos os efeitos os padrões são cumpridos mesmo que, como foi o caso da factura da água de Dezembro e agora também com a de Fevereiro, tivesse havido cartas a sair do CDP duas ou três semanas depois. Poucas são as pessoas e ainda para mais num concelho rural, dispersas por aldeias que saibam quais são ou simplesmente o que são padrões. Por exemplo uma encomenda é uma encomenda. Ninguém ou pouca gente sabe qual é a diferença e quais são os padrões de um PP (Pacote Postal) registado, um simples volumoso ou um EMS (Express Mail Sevice ou encomendas urgentes) sendo que os EMS se dividem em Quick (expresso mais barato que pode ser entregue ou dado como avisado até às 18h e 59min), EMS 12 (expresso que tem que ser entregue ou dado como avisado até às 12h e 59min), EMS 18 (expresso que tem de ser entregue ou dado como avisado até às 18h e 59min). Há ainda os casos particulares de EMS 12 e 18 que têm de ser entregues não podendo ser avisados sendo que o carteiro tem de fazer várias tentativas de entrega. Há outros mas os que são expedidos e os que chegam ao concelho de Alcácer do Sal são basicamente estes. Tudo isso são tipos de encomenda. É claro que quem não o sabe não pode reclamar. E se o carteiro procede à entrega, por exemplo de um EMS 12 para lá das 13h aponta na lista, por exemplo, 12.30, o cliente não faz ideia e para todos os efeitos o padrão é cumprido. Assim se explicam «os resultados apreciáveis no cumprimento dos padrões de qualidade» referidos no comunicado. A qualidade de que fala é a virtual aqui está explicitada a qualidade real. Como se vê há uma diferença substancial.


3. Efectivamente, o site da Associação Nacional dos Municípios Portugueses refere que a população do concelho tem decrescido nos últimos anos. Contudo ao que parece, prevê-se que esta tendência irá sofrer uma inflexão contribuindo para isso a nova dinâmica que será impulsionada não só pela construção do futuro aeroporto em Alcochete como também pelos novos empreendimentos turísticos que irão ser implementados em particular o empreendimento turístico da Comporta. Importa ainda salientar um facto curioso e que o comunicado não menciona: é que mesmo havendo um decréscimo em termos populacionais, o tecido urbano, tanto de Alcácer como do Torrão, tem crescido a olhos vistos nos últimos anos; algo que os carteiros que fazem o giro na cidade constatam. Laranjal, Bairro de S. João são exemplos de bairros que têm crescido bastante. Tem ainda havido lugar à construção de novos bairros. No que toca ao Torrão, desde 1993 (quando a vila passou a ser servida por 2 carteiros) que o tecido urbano do Torrão também tem crescido. A título de exemplo, a zona H2 passou de meia dúzia de casas para ter apenas meia dúzia de lotes por atribuir. É curioso verificar que a população diminui e o tecido urbano das maiores povoações do concelho aumenta. A explicação que eu encontro é que as estatísticas incidem sobre todo o concelho não havendo estatísticas pontuais sendo que é nas povoações mais pequenas que a população está mais envelheciada o que implica que são as aldeias do concelho a contribuir negativamente para a média. Outra explicação que eu aqui vejo foi que aqueles que hoje estão a adquirir lotes em novos bairros são aqueles que viviam com os pais (constato isso aqui no Torrão mais ainda porque é o pessoal da minha geração) há 10 anos atrás sendo que as zonas mais antigas da vila continuam habitadas. Não há desertos nem clareiras no Torrão. A população distribui-se de forma homogénea e aquilo que eu chamo factor de dispersão de correspondência é praticamente constante. Vem sempre diariamente correio de todo o tipo para todo o lado de forma igualmente homogénea. Não há bairro, rua nenhuma que diariamente não receba correspondência. Antes o carteiro deixava a correspondência de todos no mesmo local e agora os então agregados familiares fragmentaram-se criando-se novos agregados levando o carteiro a dispersar-se. O que dificulta a vida ao carteiro é a expansão das povoações na medida em que tem de ir a mais locais, perde mais tempo a cobrir uma área maior. Isto é que ninguém percebe… ou não quer perceber!


4. Outro argumento falacioso é este que refere que as aldeias, em particular as aldeias da freguesia do Torrão, são servidas por blocos individuais de correio, as chamadas BRIC. O problema meus senhores não está na distribuição está nas distancias que se têm que percorrer e do tempo que se leva de caminho até às povoações. Não nos esqueçamos que estamos num concelho rural em que as populações estão dispersas e que estamos a falar de uma das maiores freguesias do país, da Europa! No caso do Torrão, para ir a Vale de Gaio (onde está a pousada e duas casas de habitação), Rio de Moinhos, Batão, S. Romão e Casa Branca são gastas em média três horas (37,5% do horário de trabalho). Se o carteiro levar em média meia hora a distribuir todo o correio (e para fazer esse tempo terá que já ter bastante conhecimento e destreza) significa que perdeu duas horas e meia no caminho; 83,3% do tempo gasto é em caminho por isso…


5. O que é ponto assente é que o tempo de trabalho é fixo e são oito horas de trabalho por dia! As mudanças de horário são absolutamente irrelevantes! Se antes, de manhã, se começava às 7.30h e acabava às 12.30h, agora começando às 7.00h termina-se às 12h. O caso não é começar mais cedo; nem que começassem às 5 da manhã! A não ser que me digam que se entra mais cedo ao serviço e sai-se à mesma hora porque aí já se está a trabalhar para além das oito horas diárias, aí já estamos a falar de trabalho extraordinário a questão é saber se é remunerado ou não – o que eu duvido.
Quanto ao reforço, foi muito fraquinho na medida em que foi criado um posto de trabalho (salvo erro a recibo verde) para supostamente fazer a publicidade. E digo supostamente porque me chegou aos ouvidos que essa pessoa por vezes também distribui correio algo que não é da sua competência e os carteiros ainda distribuem publicidade isso porque há ainda outro facto que foi escamoteado no comunicado: é que essa pessoa não está agregada única e exclusivamente ao CDP de Alcácer do Sal sendo que o seu raio de acção é, para além de Alcácer os CDP vizinhos, a saber: Grândola, Santiago do Cacem e Sines; pelo menos, sendo solicitada e destacada para onde a situação seja mais difícil. Quando vem publicidade em simultâneo terá que haver um ou outro carteiro que terá que fazer pela vida. E não nos esqueçamos que a publicidade também tem um padrão de entrega: 7 dias; à pois é!!! Belo reforço!


6. Em relação a este ponto, é válida a argumentação que refuta o que é dito no ponto 2 não havendo necessidade de mais comentários mas obrigado pela parte que me toca!


7. Nunca a expressão «optimização dos recursos humanos» assentou tão bem como neste caso. Na verdade esta expressão vem mesmo a calhar! Acontece que o carteiro que tem o azar de vir fazer o giro 8 (Torrão) não tem outro remédio senão trabalhar um dia inteiro para conseguir ir a todo o lado. O carteiro que actualmente faz este giro vê-se em bolandas sendo que almoça sempre tarde e más horas, obviamente muito para além da hora de largar. Naturalmente que entre outros factores muito contribui o facto de perder bastante tempo no caminho. Houve até quem já o visse a comer umas simples sandes enquanto distribuía em simultâneo o correio. Quanto às aldeias da freguesia, são servidas por outro carteiro (giro 6) que tem a seu cargo a entrega de todas as encomendas em toda a cidade de Alcácer sendo que ainda tem de ter tempo suficiente, da parte da tarde, para ir às aldeias onde perde em média cerca de três horas. Há ainda outro facto curioso: Tudo quanto sejam registos e expressos, se forem avisados, o carteiro (giro 6) leva-os de volta para Alcacer e só no outro dia o outro carteiro (giro 8) é que leva os objectos para a estação do Torrão. Há mais probabilidade das coisas se perderem e cada um dos dois carteiros fica responsável e dependente da responsabilidade do outro! Depois ainda há o facto de pontualmente o Chefe da Estação do Torrão, compreensivelmente se confundir, perder o norte, não sabendo onde pára determinado objecto assumindo que tal nunca lhe foi entregue entregando o ónus da responsabilidade aos carteiros que tendo já muito com que se preocupar ainda ficam mais baralhados e nervosos e depois é a confusão na medida em que há gente a mais envolvida na distribuição. O percurso é este: Os objectos saem de Alcácer voltam a Alcácer e depois é que vão para a estação do Torrão. Bonito! Sinergias?! Só se forem as da confusão! Definitivamente, o processo de distribuição de correio no concelho de Alcácer do Sal não é SIMPLEX. Não se está mesmo a ver o tipo de optimização? Poucos a fazer o trabalho de muitos o que implica trabalho extraordinário oferecido à casa entenda-se.


Para concluir gostava apenas de referir que o objectivo principal foi o de dar conhecimento público daquilo que se passa, em termos de distribuição de correio, no concelho de Alcácer do Sal. Creio que tal desiderato foi bastante satisfatório. Pretendeu-se ainda abrir uma janela de oportunidade de forma a que os trabalhadores dos correios de Alcácer aproveitassem para iniciar uma luta por melhores condições. Apelo assim para que ponham em prática aquilo que os sindicalistas me disseram. Não ir na conversa das chefias e quando chegar à hora de saída e de almoço telefonar-lhes para informar de que está na sua hora de descanso e que ainda têm bastante correio e perguntando-lhes como é que é. Mais: Dias em que há bastante correio ou em outras situações entregar uma declaração às chefias para que estas se comprometam no sentido das horas extra serem remuneradas.
Por fim um apelo ao signatário do comunicado acima exposto, Sr. Saturnino Rodrigues. Por coincidência ou não coube-lhe a si, o senhor é meu conterrâneo, a responder em nome da empresa. Na verdade o senhor é familiar do antigo Chefe de Estação dos correios do Torrão. Não tenho o prazer de o conhecer contudo tenho ouvido falar bastante do senhor. Gostaria, sendo torranense ou torranejo como dizem os de Alcácer, que aceitasse o repto que lhe vou lançar: Agora que os dias primaveris se avizinham, aproveite para dar um passeio pela nossa vila e para se inteirar acerca da forma como o processo de distribuição de correio é posto em prática. Desafio-o a si a pôr em prática aquilo que disse inicialmente: que os altos quadros da empresa saiam dos seus gabinetes e avaliem a situação real, in loco. Aproveite pois para falar com o povo! Propunha ainda um passeio pela nossa freguesia, indo às aldeias do Batão, Rio de Moinhos, S. Romão e Casa Branca e oiça com os seus ouvidos o que as populações locais têm para dizer. De certeza que será mais proveitoso e real do que os números e estatísticas frios – que acarretam sempre consigo margens de erro consideráveis e escamoteamento de situações pontuais – que invoca no seu comunicado.
Com os melhores cumprimentos,
Paulo

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Aniversário do grupo Sol - O filme

Baile da Pinha

Sociedade 1º de Janeiro Torranenese
Fundada a 1-1-1923
SOCIEDADE 1º DE JANEIRO TORRANENSE
CONVIDA TODOS OS SÓCIOS E POPULAÇÃO EM GERAL



BAILE DA PINHA

DIA 15 DE MARÇO A PARTIR DAS 22.OOH

ABRILHANTADO PELO CONJUNTO MUSICAL

BANDA 5

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

A COLECTIVIDADE MAIS DINÂMICA DO CONCELHO

A Sociedade 1º de Janeiro Torranense põe à disposição dos sócios e população em geral as seguintes actividades:

MÚSICAOnde podes aprender teoria musical, a tocar um instrumento que gostes e a fazer parte da nossa Banda Filarmónica

KARATÉVem aprender artes marciais e a saber defender-te

DANÇAAprende a dançar Ballet, Sevilhanas e Danças de Salão

CICLOTURISMOÉ só dar ao pedal e curtir a Natureza

CAPOEIRAUma arte marcial made in Brazil com muita música e boa disposição

Informa-te na Sociedade 1º de Janeiro Torranense
Inscreve-te já!!!

A COLECTIVIDADE MAIS DINÂMICA DO CONCELHO

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

O correio no Torrão - Uma história de encantar

A história que eu vou contar
muito tem para ensinar.
É sobre o nosso correio
e a todos vai encantar.
Veio sempre pró Torrão
toda a nossa correspondência
até que veio um cabrão
cagar a sua sentença.
A Alcácer vai parar
o correio do Torrão,
da Casa Branca, S. Romão,
Rio de Moinhos e Batão.
Dois carteiros tinha a freguesia
tal não era o serviço
mas o cabrão fez razia
também pôs um fim a isso.
Ficou um só carteiro
encarregue da vila inteira
e de Alcácer tem de vir
vejam lá a brincadeira!
De Alcácer também vai
outro carteiro às aldeias
ficou tudo às aranhas
por ver o trabalho a meias.
Tempo para tudo não há
mesmo que não seja mole.
Se não barafustar lá
trabalha de sol-a-sol.
E é vê-lo apressado
andar sempre stressado
muitas vezes irritado
outras até danado.
Por querer a todos acudir
e a todo o lado ir
a todos satisfazer
ao povo inteiro bem servir.
E depois não basta o correio
ainda há a papelada.
Dá um grande trabalhão
e só faz poluição.
E se o outro às aldeias
não consegue acudir
fica o trabalho a meias
não vai lá distribuir.
Viram-se então pró carteiro
que já faz todo o Torrão,
exigem-lhe que faça tudo
como antes de vir o cabrão.
Para às aldeias ter tempo
de ir fazer a distriubuição
não distribui em todo o lado
faz só metade do Torrão.
E quando já tudo sabe
ea todos bem conhece
vem outro que nada sabe
e muito menos conhece.
Nem sequer é do Torrão
ficou tudo logo encalhado
até pagou para aprender
e ainda trabalha ao feriado.
Está tudo sempre atrasado
correio para as aldeias só à noite.
E querem outra verdade?
Pró Torrão só vem metade!
E agora em Alcácer do Sal
correio do Torrão é aos «moitões»
é facturas e pensões
é só tratarem-nos mal.
E quando já tudo saber
aquele que hoje anda a tacto
acabam-lhe com o contrato
e põem-no logo a mexer.
Vejam lá esta desgraça
que nos foi acontecer
vamos esperar meuas amigos
que não o ponham a correr.
E se o porem a andar e isto continuar
vamos todos para a rua gritar:
- Por causa de um paneleirão
sofre a freguesia do Torrão.
Pois é! Chegou o momento de fazer um apelo a todo o povo da nossa freguesia do Torrão para que nos insurjamos contra a pouca vergonha e total falta de respeito com que os CTT nos têm vindo a tratar. Começaram por propor ao anterior executivo para que a Junta de Freguesia funcionasse como posto de correios pois era intenção desta empresa acabar com a nossa estação. Não levando a sua avante, há quase dois anos acabaram com o Centro de Distribuição Postal (CDP) do Torrão indo o nosso correio todo parar a Alcácer. Como se não bastasse ficou um só carteiro para fazer a vila inteira e de Alcácer vai outro para o Batão, Rio de Moinhos, Casa Branca e S. Romão com a agravante de trocarem de carteiro como quem troca de camisa. Os resultados (desastrosos para todo o povo da freguesia) estão à vista. Vamos reivindicar a restauração do nosso CDP e exigir que tudo volte a estar como antes e que o carteiro se mantenha o mesmo pelo menos dois anos consecutivos e se assim não for boicotemos os correios indo lá só pelo essencial, pagando as facturas noutro local, não comprando os seus produtos e usar outros meios de comunicação só escrevendo carta em ultimo caso. Só é pena os jornais da freguesia (Jornal do Torrão e Boletim da Junta de Freguesia) se mostrarem insensíveis e não se mostrarem muito preocupados com estes factos ao contrário do Jornal A Voz do Sado e outros meios de comunicação social. Mais uma vez se prova que santos da casa não fazem milagres. Chamemos a televisão. Lutemos. Está na hora de todos mostrarmos o nosso descontentamento.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

1 de Fevereiro de 1908 - 1 de Fevereiro de 2008

«Que infames! Para completarem a sua atroz malvadez e sua medonha covardia fizeram fogo pelas costas.»
D. Manuel II in Notas Absolutamente Íntimas
POR PORTUGAL
IN MEMORIAM
Rei D. Carlos I: 28 de Setembro de 1863 - 1 de Fevereiro de 1908

Príncipe Real D. Luís Filipe: 21 de Março de 1887 - 1 de Fevereiro de 1908

VÍTIMAS DO TERRORISMO DA CARBONÁRIA