domingo, maio 31, 2015

O tampão

Se há coisa que é sui géneris no Torrão é o tampão no lago da Praça Bernardim Ribeiro. A jogada é sempre a mesma: Depois da Feira Renascentista o tampão que é posto no lago fica e entretanto vão empalhando com a desculpa de fazer um bailinho durante a feira e outro no dia 15 de Agosto para manter o lago tapado como se não houvesse mais espaços no Torrão, como o coreto (o «elefante branco» do Torrão) por exemplo. Esta manobra é a prova provada de que o lago é dispendioso tanto em água como em electricidade. A outra opção é deixar a água apodrecer coisa que de Verão é um processo rápido em águas estagnadas.
Mais uma vez, não há distinção entre o que se faz agora e o que se fez no passado. Igualzinho, sem tirar nem pôr. É mais do mesmo.
O lago do Torrão, ora é uma charca de água podre ora tem um tampão. Até rima. Ao que chega o miserabilismo e a indigência mental.
Não se vê disto em lado nenhum. Vê-se no Torrão claro está. Quem quiser ver uma coisa rara já sabe.
Atrasos de vida é outra loiça.
Aqui só há duas opções: ou optam por escolher o lago e este deve estar ali à vista com águinha e tudo ou então que se tape e se avance para outra solução. Esta situação é que nem é carne nem é peixe, é apenas uma ilusão para enganar a malta.
E é assim que o Torrão tem vindo a ser (des)governado nas últimas décadas. Até quando este estado de coisas se manterá e esta gentuça irá continuar a mostrar a sua gritante incompetência? 
O Torrão só tem aquilo que merece. Há que mudar de vida quanto antes.


O lago da Praça Bernardim Ribeiro entaipado e abafado com um tampão de madeira. Agora fazem ali uns bailaricos para iludir os mais incautos. A sala de visitas do Torrão é esta. Está jeitoso.


A outra face original. Quando não tem o tampão é uma charca de água podre. Tudo como dantes no quartel de Abrantes.

O «elefante branco» do Torrão. O coreto foi construído para ficar a servir para as andorinhas fazerem ninho. 


Está bonito não está?



sexta-feira, maio 29, 2015

Os parentes pobres enriqueceram... mas pouco

No passado dia 12 de Maio chamamos a atenção (aqui) para o facto dos bancos junto à Igreja Matriz estarem desprezados ao invés dos que se situam na praça ou noutras «zonas nobres», o que revela que os Castelos são também o parente pobre da vila do Torrão.
Voltamos ontem ao local e constatamos que estes também já foram intervencionados contudo, contrariamente aos bancos da praça, que foram levados para o estaleiro municipal para serem devidamente pintados, estes foram pintados mesmo ali. Pintados que é como que diz; lambuzados. Um olhar mais atento permitiu ver que o produto deve ter sido aplicado directamente e do qual foi dada apenas uma camada. Um olhar atento permite ainda ver que só a parte da frente levou o dito produto enquanto a parte de trás ficou da mesma. Mais uma vez, a obra de fachada, a chamada obra para lavar a vista aos parvos. O que faz falta é iludir a malta.




Aqui pode-se ver o contraste entre a parte das tábuas que foi envernizada e a parte que ficou igual




É caso para dizer que os parentes pobres enriqueceram... mas pouco. Sempre ficou melhor do que estava e isto graças ao «Pedra» senão continuavam ressequidos.


ANTES: 12 DE MAIO DE 2015


DEPOIS: 28 DE MAIO DE 2015

terça-feira, maio 26, 2015

Feira Renascentista do Torrão termina com fraco espectáculo de encerramento

A V edição da Feira Renascentista do Torrão terminou com um fraco espectáculo de encerramento. Na verdade, esteve muito aquém do espectáculo de encerramento da edição anterior (2013).
O balanço que se pode fazer desta edição é claramente positivo mas com lacunas significativas que terão que ser forçosamente colmatadas no futuro.
Uma delas prende-se com a data - assunto que foi abordado numa das reuniões preparatórias. Na verdade a data da Feira Renascentista do Torrão sobrepôs-se a dois eventos importantes: Braga Romana e o Festival Islâmico de Mértola. Outra das estratégias a ver prende-se com a inclusão das ruas dos Cardins e do Relógio na totalidade embora mantendo a Rua da Matriz e o Largo do Cruzeiro - a tendência tem que ser de expandir. Pensar grande, pensar ser melhor que o anterior. E por fim, não concentrar os bares, tasquinhas e barracas de ginginha na praça mas ao invés espalhar na medida do possível pelo perímetro da feira pois aquilo que se viu foi que toda a gente estava concentrada na praça e a periferia estava literalmente às moscas. Na edição de 2013 a barraca de ginginha estava na Rua do Relógio, havia ainda uma barraca no início da Rua das Torres e isso levou gente a essa rua e a uma maior dispersão. Foi um erro também a gerência do Bar 4 não ter podido fazer como das outras vezes, ocupando o espaço onde era o Motoclube, na Rua dos Cardins. É que se estas pessoas que estavam nestas ruas estiverem a olhar para o vazio para a próxima não virão. Bem, e há que haver regulamento sim mas mais flexível pois isso leva a que muita  gente fique desmotivada e não faça nada ou não se desloque ao Torrão.
Quanto à divulgação, este ano esta foi efectivamente uma realidade mas ao invés de apostar no anúncio de jornal, que passa despercebido e é um balúrdio, há que fazer uma divulgação de base primeiramente. É megalómano pôr um outdoor em lisboa. A televisão é uma boa aposta mas o mais importante é a distribuição de cartazes em estabelecimentos num raio de 50 a 60 km. Apostar na distribuição em Beja, Évora, Setúbal e nas localidade vizinhas. É que o cartaz vê-se todos os dias e na televisão as pessoas assistem hoje mas amanhã já não se lembram. Em suma, divulgação sim mas baseada na distribuição de cartazes e com um extra na televisão e rádio mais ouvidas.
Devia-se ainda, na semana que antecedia o evento organizar umas coisas no museu. Música de época, um documentário - foi proposto na dita reunião o documentário Caravelas e Naus, um Choque Tecnológico no Século XVI que foi considerado boa ideia mas depois ficou tudo em águas de bacalhau - ou mesmo alguém vir falar de um tema de época. Faltou falar de Pedro Nunes. Falar do século XVI e do Renascimento e não falar de Pedro Nunes - ainda para mais no concelho de onde é natural - é uma lacuna grave e é uma mensagem errada que é passada. Por um lado dá-se a ideia que se despreza a ciência, sem a qual Portugal não teria levado a cabo os Descobrimentos e por outro passa-se a ideia junto dos jovens que a ciência não é importante e é uma coisa obscura pela qual não vale a pena nutrir qualquer espécie de interesse.
Ficam aqui identificadas algumas lacunas para memória futura, para análise e retrospectiva e para corrigir. 



segunda-feira, maio 25, 2015

Torrão recebeu a visita de D. Duarte de Bragança

D. Duarte Pio visitou no passado Domingo, a convite da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e da Junta de Freguesia local, a vila do Torrão. A recepção foi feita no Museu Etnográfico do Torrão e a recebe-lo estavam o Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vitor Proença; o Presidente da Junta de Freguesia do Torrão, Virgílio Silva; o Presidente da Assembleia Municipal, António Balona e demais vereadores, elementos do executivo e da Assembleia de Freguesia e populares.
A recepção de boas-vindas começou com uma visita guiada ao museu, seguida pelas intervenções de D. Duarte, dos presidentes da câmara e da junta e da responsável pelo museu do Torrão, Patrícia Baião.
No final das intervenções, o Chefe da Casa Real Portuguesa foi presenteado com produtos típicos da vila do Torrão. Seguiu-se depois o almoço na companhia das entidades autárquicas. 
D. Duarte de Bragança, sempre acompanhado pelo Presidente da Câmara Municipal, pelo Presidente da Assembleia Municipal, pelo Presidente da Junta de Freguesia do Torrão, pelos vereadores, restante staff e populares, visitou depois todo o recinto da feira.
Na visita ficou ainda expressa toda a sua simplicidade e permanente disponibilidade, acessibilidade e afabilidade. De sublinhar ainda a simpatia e carinho com que os torranenses receberam o Duque de Bragança.








Último dia da Feira Renascentista marcado pela visita do Herdeiro da Coroa Portuguesa

O último dia da V edição da Feira Renascentista do Torrão - Torrão ao tempo de Bernardim Ribeiro ficou indelevelmente marcado pela visita do Herdeiro da Coroa Portuguesa, S.A.R. D. Duarte de Bragança.
Para além da visita Real, o dia dia ficou ainda marcado pelo tradicional espectáculo de encerramento.
Recorde-se que o certame decorreu durante três dias, entre 22 e 24 de Maio e contou com a participação de centenas de visitantes e imensos torranenses que vivem fora da freguesia.


Rua do Relógio pela manhã



Uma boa ideia esta de também decorar os sanitários públicos


Igreja de Nossa Senhora da Albergaria vulgarmente conhecida como Igreja da Misericórdia. A sua atribulada construção começa nos fins do século XV e só termina na primeira metade do século XVII.




No Largo do Cruzeiro



A Igreja Matriz do Torrão com a sua porta Manuelina




Rua da Matriz


Solar dos Carneiros, casa senhorial dos séculos XVI/XVII

Infelizmente em risco de ruína, casa com porta datada do século XVI




Palácio dos Duques de Aveiro e posteriormente Viscondes do Torrão. É hoje pertença da Santa Casa da Misericórdia local.

Placa evocativa da atribuição da Carta de Foral ao então concelho do Torrão, por S.M. el-Rei D. Manuel I

Vista da Praça Bernardim Ribeiro


Desfile histórico que se realiza nos dias de abertura e encerramento


D. Duarte de Bragança esteve presente no Torrão, onde foi muito bem recebido, a convite da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e da Junta de Freguesia do Torrão








D. Duarte de Bragança, sempre acompanhado pelo Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vitor Proença; pelo Presidente da Assembleia Municipal, António Balona; pelo Presidente da Junta de Freguesia do Torrão, Virgílio Silva; pelos vereadores, restante staff e populares, visitou todo o recinto da feira.
Na visita ficou expressa a sua simplicidade e permanente disponibilidade, acessibilidade e afabilidade. De sublinhar ainda a simpatia e carinho com que os torranenses receberam o Duque de Bragança.
  
O imponente bufo-real


O pequeno falcão peneireiro americano.










As aves de rapina, em especial as nocturnas, são sempre a atracção principal deste certame. A coruja-das-torres e o bufo-real foram os espécimes que chamaram mais a atenção.





Interior da Igreja da Misericórdia

O Quim, figura pitoresca do Torrão, dormindo a sua habitual sesta no banquinho do Largo do Cruzeiro, à sombra da oliveira que ali existe.


Rua da Matriz