Ridendo castigat mores (A rir se corrigem os costumes)
Querido Pai Natal
Quero antes de mais agradecer-te as prendinhas que me deste ano. Sei que não foram muitas mas fiquei satisfeito. É justo! Escrevo esta singela carta para te agradecer mas também para te elucidar acerca do insólito trabalhinho que certamente já te apercebeste aqui por terras de Bernardim. Naturalmente que já pusestes os olhos neste lindo servicinho que aqui é feito há dois anos consecutivos e certamente já deu para uma pequena reflexão.
Não sei se tal te desagrada ou não nem sei se tu, porventura durante a tua longa vida, já viste algo do género. Aliás, tal como eu, já te deves ter interrogado com questões do género: Como é possível permitir-se uma coisa destas? Como é que é possível alguém autorizar outrem a carregar árvores inteiras para serem queimadas em plena via publica? Por acaso foi solicitado deferimento a quem de direito? E se foi, autorizaram? E se autorizaram, quem em concreto é que assinou? E quem assinou por acaso tem noção daquilo que autorizou?
Caso porventura queiras contar as tuas peripécias aos teus amigos e se eles ficarem incrédulos ou na duvida podes sempre mostrar-lhes as fotos pois como se costuma dizer: uma imagem vale mais que mil palavras e longe de mim eu querer que tu passes por mentiroso.
Vê lá tu que há dois anos seguidos, para aí uma semana antes do Natal até depois do Ano Novo, o que dá um período de tempo de mais ou menos duas semanas, troncos de árvores e, pior, a base do tronco e raízes atafulhadas de lama, barro, terra e pedras são carregados para o Largo do Cruzeiro para aí serem consumidos num fogo ininterrupto durante o período de tempo referido.
Para além de constrangir o trânsito sendo aquela uma zona problemática por dificuldades de manobra quando dois veículos se cruzam naquele ponto – o que vale é que tu quando ali passas já a noite vai alta e não se vê vivalma senão metias o Rodolfo e restantes renas em cargas de trabalhos quando para mais nós sabemos que os trenós não podem fazer marcha atrás - ainda há lugar a poluição visual e poluição física do local com lama, barro, terra, areia, cinza (que entretanto se vão acumulando), tições, fuligem e fumo e ainda por cima sendo este um período do ano em que chove bastante estão reunidas todas as condições para a conversão do sitio num autentico lamaçal ou, como se diz por cá, num autentico atasqueiro. Segundo consta, este serviço é feito por uma auto intitulada comissão de festas(?) e acaba por beneficiar terceiros com a agravante de fazer, sujar, usar e depois para limpar como seria o seu dever, não. Ao invés disso é solicitado aos serviços camarários, pagos com o dinheiro dos contribuintes, vê lá tu, para que limpem e deixem tudo como estava antes cabendo a tarefa de limpar o que outros deliberadamente sujaram, aos funcionários da Câmara!!! É que ainda se fosse no adro da igreja matriz mesmo sabendo que tal nem sequer é tradição secular por estas paragens ainda vá que não vá! Vamos imaginar que quaisquer outras pessoas… sei lá… assim de repente… comerciantes e donos de cafés por exemplo, iriam querer tomar a iniciativa e fazer o mesmo. Se se autoriza num local tem que se autorizar em todos os demais sob pena de haver desigualdade de trato. Vamos imaginar que mais alguém iria querer fazer algo semelhante no Largo de S. Francisco, na Rua do Relógio, na Praça Bernardim Ribeiro e por aí fora. Como é que os senhores que autorizaram, se é que autorizaram, se é que tiveram conhecimento, descalçavam essa bota?
Não sei qual é a tua opinião. Talvez até tu não só concordes como até aplaudas tal iniciativa pois o teu trabalho deve ser de tal forma extenuante que te apeteça fazer umas pausas ao longo da noite e ainda para mais numa noite fria como é a do Natal é sempre reconfortante e revigorante parar junto a uma lareirazinha sem importância (como é o caso) onde está quentinho. Quem sabe até se tu já precavido do ano passado, sabendo da existência de tal, trouxestes um farnel – pois, porque àquela hora já não dá para comprar nada em lado nenhum tal é o adiantado da hora - para matar a fome e retemperar forças? Um bocado de toucinho rançoso ou uma chouriça manhosa assados na brasa regados com um vinhito a martelo ou uma «bjeca» enquanto tu te aqueces... Não te censuro! Quantos não há por aí que aproveitando tal borralho fazem o mesmo, deglutindo uma lauta petiscada enquanto olham para as brasas? Até lambem os beiços… Agora imagina que eu e outros como eu também iriam querer dar-te as boas vindas e para isso desatava a carregar umas arvorezitas para o meio da rua e acendíamos um belo dum fogo para tu te aqueceres! Então não podemos nós também ser gentis para com o Pai Natal e ajudá-lo a ganhar alento para levar a bom termo tão hercúlea tarefa?!
Que se façam uns arraiais pelos santos populares muito bem. É pitoresco, é tradição e só dura um curto período de tempo, não suja e trás cor e alegria e desde já te convido pois ao contrário da longínqua e gélida Lapónia o clima por estas latitudes é bem melhor daqui a seis meses do que agora. Te asseguro. Que se faça um presépio e se embelezem as ruas pelo Natal é bonito, é original e não prejudica ninguém e é uma forma de decorar a vila, no fundo uma forma de te dar as boas vindas. Assim se fizessem mais. Agora aquilo, perdoa-me o desabafo, é nitidamente um exagero, uma ocupação ilegítima e abusiva da via pública. Se fosse uma coisita pequenina e sem significado, agora uma coisinha àquela escala tanto no tempo como em termos de dimensão?! Acaso não concordarás comigo e não acharás falta de bom senso apesar de tudo?
Bem, não te maço mais, espero sinceramente que ponderes o meu convite. És e serás sempre bem-vindo ao Torrão e quem sabe se para o ano não haverá uma mas várias fogueiras desgarradas a darem-te as boas vindas. Cumprimentos para ti e teus amigos e votos de feliz ano novo.
Aquele abraço
Paulo Selão
terça-feira, dezembro 28, 2010
domingo, dezembro 26, 2010
A grande missão do Pedra no Chinelo
«-....mais uma vez, e através de ti, venho a ter informações da nossa Terra. Gostaria então que por este meio viesses a dar os meus agredecimentos a todos os envolvidos nesta enormíssima obra, e para Ti um enorme obrigado com o desejo de boas Festas para Ti e Tua Mãe com um Abraço,....Inacio Vaz»
Estas palavras do Inácio, que poderiam ser de qualquer um dos inúmeros torraneses que emigraram para outras paragens espelham bem a importância de um espaço onde se possa ter notícias do Torrão, do Alentejo, de Portugal. O Pedra é, há muito, pelo que me chega aos ouvidos, uma referência para quem está fora, um cantinho que dá a conhecer o Torrão a quem saiu mas também a qualquer pessoa por esse mundo fora e é prinicipalmente isso que me dá força, alento, motivação e estímulo para escrever neste nosso blog. É por isso também que eu não me restrinjo apenas a uma determinada matéria antes procurando escrever desde política até notícias mais mundanas, desporto, comentários a factos, etc, etc fazendo do Pedra um blog eclético, assim por dizer. Sim porque o Pedra no Chinelo é de todos nós, não só meu mas de todos aqueles que o visitam por bem. Um grande bem haja para vós todos e Boas Festas são os sinceros votos do Paulo Selão.
Estas palavras do Inácio, que poderiam ser de qualquer um dos inúmeros torraneses que emigraram para outras paragens espelham bem a importância de um espaço onde se possa ter notícias do Torrão, do Alentejo, de Portugal. O Pedra é, há muito, pelo que me chega aos ouvidos, uma referência para quem está fora, um cantinho que dá a conhecer o Torrão a quem saiu mas também a qualquer pessoa por esse mundo fora e é prinicipalmente isso que me dá força, alento, motivação e estímulo para escrever neste nosso blog. É por isso também que eu não me restrinjo apenas a uma determinada matéria antes procurando escrever desde política até notícias mais mundanas, desporto, comentários a factos, etc, etc fazendo do Pedra um blog eclético, assim por dizer. Sim porque o Pedra no Chinelo é de todos nós, não só meu mas de todos aqueles que o visitam por bem. Um grande bem haja para vós todos e Boas Festas são os sinceros votos do Paulo Selão.
Olhe faz favor é um ginásio como deve ser, se não for pedir muito
Esta é a sala de ginásio do novo pavilhão municipal. Já ouvi dizer que será para aulas de dança e também o pessoal do karaté se anda a «afiambrar» ao espaço mas eu pergunto: Danças? Danças???
Então na Sociedade já há aulas de dança desde 2007! As opções são ballet, sevilhanas e danças de salão e no entanto só existe ballet que é dado a crianças. Já houve sevilhanas e danças de salão, opções que neste momento estão fechadas por falta de inscrições e agora querem-me pôr danças no pavilhão?! Devem pensar que é só por ser no pavilhão que meio mundo quer ir ter aulas de dança... Não, não descobriram a pólvora, lamento informar e perdoem-me vos ter desiludido mas não há nada pior do que uma ilusão quimérica. Pergunto ainda: Porque não um ginásio equipado como deve ser? Há pra aí muito jovem de ambos os sexos a terem que sair do Torrão para frequantar um ginásio o que é incrivel. Ferreira tem, Viana tem, Alcácer tem, Évora naturalmente tem, Alcáçovas presumo que também tem, Grândola tem - aliás, em Grândola o polidesportivo municipal tem naturalmente um ginásio equipado havendo uma oferta, mediante o pagamento de uma determinada quantia por mês pois a manutenção de tal espaço assim o exige, que vai desde o yoga, passando pelo body combat, aérobica, fitness, musculação, etc. - e o Torrão mais uma vez para variar é uma ilha de desolação relativamente a tal.
Vamos lá a ver: existem outras infraestruturas para praticar desportos no Torrão; a saber: pavilhão e campo do Torino, piscinas e polidesportivo e há ainda a Sociedade. As aulas de dança são ministradas na Sociedade bem como o karaté. No pavilhão do Torino, está instalado, provisoriamente o lar de idosos até o novo lar estar pronto. Quando sairem de lá fica um espaço daqueles às moscas? Não me parece sensato.
Não há só desportos com bola. Nem eu, nem outros como eu temos que andar forçosamente feitos estúpidos a correr atrás de uma bola e é se quisermos e se não quisermos termos que ir para fora.
Há outros desportos que são de importância capital para a manutenção física e que podem ser praticados por gente de ambos os sexos e de todas as idades tais como o spinning, o fitness, o cardiofitness, o treino de contra-resistência, vulgo musculação, o yoga, etc., etc.
E mais: se não houver este tipo de actividades que terão mais adeptos de ambos os sexos do que muita gente pensa e se pensar só em karatés, danças e tal vão-se preparando pois este pavilhão, um dos melhores em toda esta região, será mais um que ficará com pouca utilização não justificando a verba dispendida.
Será que tem que andar tudo em bando mudando para o espaço mais recente deixando os outros espaços ao abondono? Será que devemos fazer juz ao ditado: por causa dos amores novos esquecem-se os velhos?
Haja diversidade. Quanto maior a oferta menos monótono se torna o Torrão e mais apelativo este é para gente de fora... e de dentro.
Então na Sociedade já há aulas de dança desde 2007! As opções são ballet, sevilhanas e danças de salão e no entanto só existe ballet que é dado a crianças. Já houve sevilhanas e danças de salão, opções que neste momento estão fechadas por falta de inscrições e agora querem-me pôr danças no pavilhão?! Devem pensar que é só por ser no pavilhão que meio mundo quer ir ter aulas de dança... Não, não descobriram a pólvora, lamento informar e perdoem-me vos ter desiludido mas não há nada pior do que uma ilusão quimérica. Pergunto ainda: Porque não um ginásio equipado como deve ser? Há pra aí muito jovem de ambos os sexos a terem que sair do Torrão para frequantar um ginásio o que é incrivel. Ferreira tem, Viana tem, Alcácer tem, Évora naturalmente tem, Alcáçovas presumo que também tem, Grândola tem - aliás, em Grândola o polidesportivo municipal tem naturalmente um ginásio equipado havendo uma oferta, mediante o pagamento de uma determinada quantia por mês pois a manutenção de tal espaço assim o exige, que vai desde o yoga, passando pelo body combat, aérobica, fitness, musculação, etc. - e o Torrão mais uma vez para variar é uma ilha de desolação relativamente a tal.
Vamos lá a ver: existem outras infraestruturas para praticar desportos no Torrão; a saber: pavilhão e campo do Torino, piscinas e polidesportivo e há ainda a Sociedade. As aulas de dança são ministradas na Sociedade bem como o karaté. No pavilhão do Torino, está instalado, provisoriamente o lar de idosos até o novo lar estar pronto. Quando sairem de lá fica um espaço daqueles às moscas? Não me parece sensato.
Não há só desportos com bola. Nem eu, nem outros como eu temos que andar forçosamente feitos estúpidos a correr atrás de uma bola e é se quisermos e se não quisermos termos que ir para fora.
Há outros desportos que são de importância capital para a manutenção física e que podem ser praticados por gente de ambos os sexos e de todas as idades tais como o spinning, o fitness, o cardiofitness, o treino de contra-resistência, vulgo musculação, o yoga, etc., etc.
E mais: se não houver este tipo de actividades que terão mais adeptos de ambos os sexos do que muita gente pensa e se pensar só em karatés, danças e tal vão-se preparando pois este pavilhão, um dos melhores em toda esta região, será mais um que ficará com pouca utilização não justificando a verba dispendida.
Será que tem que andar tudo em bando mudando para o espaço mais recente deixando os outros espaços ao abondono? Será que devemos fazer juz ao ditado: por causa dos amores novos esquecem-se os velhos?
Haja diversidade. Quanto maior a oferta menos monótono se torna o Torrão e mais apelativo este é para gente de fora... e de dentro.
Porém...
Pavilhão Municipal do Torrão - Jogo inaugural
Finda a cerimónia de inauguração do pavilhão municipal, decorreu em seguida, tal como anunciado no filme, o jogo inaugural entre os juniores do Benfica e, ao contrário do que foi dito por lapso, não as velhas glórias do Torino Torranense, mas um conjunto de jovens que jogam futsal já há muito tempo juntos e que, em homenagem ao Torino, clube que neste momento está extinto, envergaram as cores e representaram o emblema deste que foi até há cerca de sensivelmente uma década o clube desportivo representativo do Torrão.
sábado, dezembro 25, 2010
Cerimónia de inauguração do pavilhão municipal do Torrão
Cerimónia de inauguração do novo pavilhão municipal do Torrão. Este evento teve lugar no dia 19 de Dezembro de 2010.
Deixa-me lá ver se eu percebo isto
De acordo com este texto, que se socorre de uma notícia veiculada pelo jornal O Diabo, refere-se relativamente ao actual presidente que sendo este «apoiado formalmente por dois partidos, PSD e CDS-PP, Cavaco tem zero euros na rubrica orçamental de "contribuição de partidos". No entanto de acordo com este outro, «O candidato à Presidência da República Cavaco Silva foi o candidato que apresentou o orçamento mais elevado para a campanha eleitoral, de 2,1 milhões de euros.»
Então vamos lá recapitular: A campanha de Cavaco apresenta zero euros no seu orçamento quanto a comparticipações dos partidos que o apoiam no entanto, a fazer fé num outro texto, este é o mais elevado de todos ascendendo a cerca de 2,1 milhões de euros. Agora eu pergunto: Afinal de onde vem este dinheiro todo? Do PS é que não vem de certeza absoluta. Quem financia esta candidatura em particular e porquê?
Lá está. Como é dito aqui: «As despesas eleitorais são hoje vultuosas e quem não competir nesses gastos não pode acalentar quaisquer ilusões quanto aos resultados. A política eleitoral fez-se em grande parte um negócio com empresários nos bastidores. Os apoios financeiros não são prestados gratuitamente; terão de ser recompensados pelo Poder.»
Então vamos lá recapitular: A campanha de Cavaco apresenta zero euros no seu orçamento quanto a comparticipações dos partidos que o apoiam no entanto, a fazer fé num outro texto, este é o mais elevado de todos ascendendo a cerca de 2,1 milhões de euros. Agora eu pergunto: Afinal de onde vem este dinheiro todo? Do PS é que não vem de certeza absoluta. Quem financia esta candidatura em particular e porquê?
Lá está. Como é dito aqui: «As despesas eleitorais são hoje vultuosas e quem não competir nesses gastos não pode acalentar quaisquer ilusões quanto aos resultados. A política eleitoral fez-se em grande parte um negócio com empresários nos bastidores. Os apoios financeiros não são prestados gratuitamente; terão de ser recompensados pelo Poder.»
sexta-feira, dezembro 24, 2010
Elementar meus caros
Para enquadrar melhor o que afirmo nas duas últimas postagens, a saber: 'República é isto' e 'República é também isto' e para enquadrar também o que se passa no seio das ditas repúblicas a começar pela de cá, onde a labuta pelo alojamento em Belém e no vértice do Estado português começa a fazer-se sentir, seria interessante ler algumas passagens do livro Razões Reais da autoria de Mário Saraiva, editado por Universitária Editora. Quem quiser de facto saber mais, aconselho a sua leitura. Não é pesado em termos de leitura e pode ser lido até pelos menos cultos.
Atentemos pois nalgumas das mais interessantes passagens:
«É indiscutível que um Presidente, porque é eleito, representará apenas uma parcela - o sector maior ou menor dos seus eleitores - e nunca poderá, com algum fundamento, atribuir-se-lhe a representação dos que não quiserem votá-lo e de quantos preferiram os candidatos seus opositores.»
«A eleição é uma escolha e, como tal, pressupõe divergências de opiniões, a discussão generalizada e a divisão do país em volta dos candidatos propostos.»
«(...) Nos periodos eleitorais respira-se a atmosfera de uma guerra civil.»
«Podem apresentar-se ao país dois, três ou quatro nomes indigitados à Presidência da República, mas quem os escolheu senão os directórios dos partidos ou dos agrupamentos políticos, em actividade eleitoral?»
«(...) Um Presidente, seja qual for a sua estrutura mental, o que é neste particular senão um improvisado? Não nasceu, nem foi preparado para a Presidência. Não tirou qualquer curso de Presidente, que os não há. Vai, sujeito a todas as contingências, exprimentar-se. A sua actuação terá um carácter precário e de surpresa. Naturalmente os primeiros tempos serão gastos a conhecer o meio e a adaptar-se ao lugar. Depois, passado esse periodo inicial de auto-aprendizagem, quando poderia começar a sentir-se suficientemente apto, ensaiando com relativa segurança e consciência a acção presidencial, então estará chegado o termo constitucional do seu mandato... e um novo eleito, outro improvisado, irá substitui-lo, repetindo o mesmo ciclo improfícuo e insensato.»
«Um Presidente da República teve de ser proposto, a sua candidatura teve de ser pertinazmente defendida, a eleição afanosamente trabalhada e dispendiosamente conseguida. E por quem, se não por um partido ou por um agrupamentodo do qual o candidato seja pessoa de confiança? Ao fim, a vitória alcançada sobre as forças políticas adversárias não exprimirá tanto um exito pessoal do novo Presidente, como o triunfo da força política que o escolheu e levou ao poder.
Na mecânica normal do sistema republicano, a Presidência tem necessáriamente um côr política e partidária. Nestas condições, como poderia caracterizar-se pela independência e imparcialidade da sua acção o Chefe de Estado que, como candidato, começa por ficar dependente dos compromissos que o ligam ao seu partido ou à corrente política que o propõe; e, como eleito, sujeito às forças que o apoiaram?
Acaso poderá confiar-se que, uma vez no poder, o eleito rompa, deslealmente, com os amigos e correligionários que nele confiaram e o elegeram, para dispensar tratamento de igualdade às oposições que o combateram nas eleições e contra as quais sempre se defrontou como adversário político?
É necessário ser demasiado crédulo para se fiar na imparcialidade de funções, a partir de uma disputa eleitoral do cargo.»
«(...) o mal não vai dos homens mas, do determinismo dos sistemas. As despesas eleitorais são hoje vultuosas e quem não competir nesses gastos não pode acalentar quaisquer ilusões quanto aos resultados. A política eleitoral fez-se em grande parte um negócio com empresários nos bastidores. Os apoios financeiros não são prestados gratuitamente; terão de ser recompensados pelo Poder.»
«Debatendo-se com o predominio das oligarquias capitalistas que se assenhoreiam facilmente do poder oriundo da eleição (pois não é o dinheiro que acciona a máquina da propaganda que ganha ou compra a maioria dos votos?), sem uma autoridade superior e independente que as neutralize, resta no estado republicano, como geralmente mais viável, o caminho da revolução, mas esta leva às soluções extremistas com o nivelamento por baixo o que não é, evidentemente, um progresso.»
«Quer os Governos, quer os Parlamentos, quer o Presidente, estão sujeitos periodicamente e a curto prazo às mais imprevistas e súbitas mutações dependentes das contingências eleitorais.
No sistema republicano não existe nenhum órgão, nenhuma instituição, que represente a continuidade da Pátria. Todos os poderes são caracterizadamente partidários, na origem, nas funções, no significado e, como tal, inconstantes e instáveis como a opinião pública de onde provêm.»
«As impugnações da legitimidade das eleições presidenciais têm sido, aliás, tão invariávelmente apresentadas pelos próprios adeptos do método eleitoral, quando delas saem vencidos, que não vale a pena reeditá-las.»
«Que a instabilidade das repúblicas provém em grande parte do inconveniente modo de preenchimento da chefia do estado, encontra-se, aliás, abundantemente demonstrado na prática. A disputa repetida do lugar da Presidência conduz, via da regra, aos dois males extremos: ou à desordem produzida pelo choque das facções políticas, ou à imposição ditatorial de uma dessas facções políticas. O estado de equilibrio é raro, difícil e sempre instável.
As repúblicas existentes confirmam esta observação que, de resto, vem de todos os tempos.»
Qualquer república que se preze, a começar pela local, não deixa os seus créditos por mãos alheias esforçando-se briosa e heroicamente com galhardia para que todas estas permissas sejam válidas uma por uma.
República é isto!
- Eu sou mais isento do que tu.
- Nada disso; eu é que sou mais isento.
- Eu sou o mais isento de todos.
- Eu não sou um presidente de facção. Isto é uma campanha suja.
...
Estas e outras temos ouvido - salvo seja que eu não lhes passo cartão; como dizem os brasileiros: «comigo não, violão» - a rodos. Nunca antes se falou tanto de isenção e todos competem para ver quem é que é de facto isento e o menos faccioso como se tal fosse possível.
Afinal república é isto mesmo.
- Nada disso; eu é que sou mais isento.
- Eu sou o mais isento de todos.
- Eu não sou um presidente de facção. Isto é uma campanha suja.
...
Estas e outras temos ouvido - salvo seja que eu não lhes passo cartão; como dizem os brasileiros: «comigo não, violão» - a rodos. Nunca antes se falou tanto de isenção e todos competem para ver quem é que é de facto isento e o menos faccioso como se tal fosse possível.
Afinal república é isto mesmo.
A fuga do açucar
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..."
Guerra Junqueiro (1850-1923)
O que também deu que falar foi o facto de perto do Natal o açucar ter escasseado. Logo nesta altura! Que coincidência!
No entanto foi positivo ter acontecido algo do género pois assim ficamos a saber que Portugal há muito que acabou com a produção de açucar a partir da beterraba (por imposição europeia, só pode) ao invés de França e Alemanha que fizeram orelhas moucas e continuaram a produzir. Mais uma vez ficou demonstado que Portugal fica nas mãos de terceiros até para ter açucar e claro, para o ter tem que pagar e alguém tem que lucrar. Quinhentos anos depois de termos detido o monopólio do comércio deste produto. Realmente a república tem espatifado tudo. É impressionante! O povo português já não é expoliado com subtileza; é descaradamente roubado por tudo e todos sem contudo esboçar um só esgar sendo deste modo também culpado e cumplice numa situação que, se vermos bem, afinal merece.
Este era um bom tema para confrontar o Sr. Silva pois foi durante os governos por ele presididos que se deram os maiores incentivos ao abate da frota pesqueira e à liquidação de boa parte da agricultura nacional. Já o ouvimos afirmar - para além de ter dito que não era responsável(!!!) pelo estado a que o país chegou - que temos de nos voltar para o mar - esquecendo-se contudo de dizer quem foi que lhe virou antes as costas. Não me espanta nada se ele vier dizer que temos que nos dedicar à cultura da beterraba.
Realmente, a cara de pau de certa gente não conhece mesmo limites.
Guerra Junqueiro (1850-1923)
O que também deu que falar foi o facto de perto do Natal o açucar ter escasseado. Logo nesta altura! Que coincidência!
No entanto foi positivo ter acontecido algo do género pois assim ficamos a saber que Portugal há muito que acabou com a produção de açucar a partir da beterraba (por imposição europeia, só pode) ao invés de França e Alemanha que fizeram orelhas moucas e continuaram a produzir. Mais uma vez ficou demonstado que Portugal fica nas mãos de terceiros até para ter açucar e claro, para o ter tem que pagar e alguém tem que lucrar. Quinhentos anos depois de termos detido o monopólio do comércio deste produto. Realmente a república tem espatifado tudo. É impressionante! O povo português já não é expoliado com subtileza; é descaradamente roubado por tudo e todos sem contudo esboçar um só esgar sendo deste modo também culpado e cumplice numa situação que, se vermos bem, afinal merece.
Este era um bom tema para confrontar o Sr. Silva pois foi durante os governos por ele presididos que se deram os maiores incentivos ao abate da frota pesqueira e à liquidação de boa parte da agricultura nacional. Já o ouvimos afirmar - para além de ter dito que não era responsável(!!!) pelo estado a que o país chegou - que temos de nos voltar para o mar - esquecendo-se contudo de dizer quem foi que lhe virou antes as costas. Não me espanta nada se ele vier dizer que temos que nos dedicar à cultura da beterraba.
Realmente, a cara de pau de certa gente não conhece mesmo limites.
segunda-feira, dezembro 13, 2010
Portugal dá cartas no atletismo
Depois de duas semanas atarefadíssimas eis que estou de regresso; para gáudio de uns e para infelicidade de outros que pensavam que eu se calhar já tinha emigrado (o que, pensando bem, até nem era má ideia).
O desporto português está mais uma vez de parabéns. No 17º Campeonato da Europa de Corta-Mato, que se realizou em Albufeira, as portuguesas Jéssica Augusto e Dulce Félix conquistaram respectivamente a medalha de ouro e a medalha de Bronze. Deste modo, a Selecção Nacional feminina foi a que subiu ao lugar mais alto do podium. Também nos masculinos a Selecção Nacional almejou o segundo lugar tal como Eduardo Mbengani. Também em terceiro, nos juniores, ficou Rui Pinto ficando no segundo posto a selecção em que está integrado.
Quem também brilhou foram os sub-23 que ficaram no top-10.
Modalidades, que ao contrário das tristezas do futebol, dão alegria e medalhas. Pedir mais é impossível. Portugal tem de facto, como se afirma no cartaz, os melhores atletas (extra futebol) mas que mesmo assim, ao invés desses ou de alguns desses, não são vedetas.
sexta-feira, dezembro 03, 2010
quinta-feira, dezembro 02, 2010
...and the winner is... RUSSIA
Diziam que era barato, quase "de borla". Afinal como habitualmente, tal era (mais) uma das mentiras deste Executivo, desta feita ajudado pelo Presidente da FPF, Gilberto Parca Madaíl. Não bastava a desastrosa e humilhante candidatura ao Mundial em que a ideia foi nossa e parecemos quase convidados, como escrevemos meses atrás aqui no CF, não bastava ter sido apresentada uma candidatura à principal competição mundial de futebol de uma maneira lesiva da história e do nome de Portugal, não era suficiente a invenção do “homo ibericus” (!!!), agora a somar a tudo isso chega a conta: o Mundial vai custar 150 milhões de euros a Portugal !
Diz-nos o DN de hoje que "Dos 21 estádios indicados pela candidatura ibérica, só três são portugueses: Luz, Alvalade e Dragão. Das 18 cidades sede, 16 são espanholas, apenas Lisboa e Porto escapam a esta contagem. Dos 64 jogos que compõem a competição, Portugal será contemplado com 20 ou 21, sem final e sem jogo de abertura. Perante esta repartição, se quinta-feira o Comité Executivo da FIFA entregar a organização do Mundial 2018 ao projecto ibérico, a Portugal caberá um investimento de cerca de 150 milhões de euros (no Euro 2004, foram gastos 665 milhões só nos dez estádios), enquanto o torneio custará a Espanha perto de 350 milhões, aos quais são acrescidos 1,5 mil milhões de euros para a construção e remodelação de recintos.
Está bom de ver que nos saiu, de novo, a fava: 3 estádios apenas, um custo de 150 milhões! E o dinheiro vai voar já dos depauperados cofres nacionais!
Os primeiros milhões a sair dos cofres da candidatura ibérica (2,2 milhões dos portugueses e os 5,2 milhões dos espanhóis), poderão sair de imediato na próxima quinta-feira, bastando para isso vencer a eleição. Este montante oficializará o arranque da organização.
A relação de investimento de 70% para Espanha e 30% para Portugal será proporcional à receita que o Mundial irá gerar com patrocinadores, direitos televisivos e marketing. Sendo que nestes pontos, o retorno financeiro esperado é cerca de seis vezes e meia mais do que 510 milhões de euros estipulados para as despesas. E nestas contas não está contabilizado o lucro a médio prazo que a visibilidade da competição pode originar ao nível da promoção e turismo.
Escrevem os jornalistas do DN CARLOS NOGUEIRA e SÍLVIA FRECHES que, perante este tipo de repartição, quer de estádios, jogos e investimento, ressalta de imediato a ideia de subalternização de Portugal face a Espanha. Algo que desde o início foi desvalorizado pelas federações dos dois países e que, segundo o director-geral do Europeu 2004, António Laranjo, e o especialista em marketing , Carlos Coelho, em nada beliscam a imagem de Portugal perante o mundo. Ambos consideram que se a candidatura não fosse conjunta o projecto não teria viabilidade.
Laranjo é da opinião de que é o Mundial de 2018 que "beneficiará da boleia de uma organização sedeada em dois países geograficamente contíguos, culturalmente idênticos, linguisticamente similares, económica e socialmente próximos e apaixonados pelo futebol. A unidade ibérica é sem sombra de dúvidas o melhor veículo para transportar o mundial ao patamar de sucesso".
Também para Carlos Coelho a aliança ibérica significa "usar o poder da península" e não faz sentido pensar em perda de identidade. "Significa antes segurança em nos afirmarmos no contexto ibérico e deixarmos de fingir que somos uma ilha. O nosso nacionalismo não deve enfraquecer , mas temos de ser realistas e não cegar perante as oportunidades ", assumiu.
Como antes escrevemos é um ultraje quando responsáveis nacionais do futebol, autores da ideia da candidatura, se deixam ultrapassar por Espanha, que entretanto percebeu o potencial político para as suas cores da ideia que lhes foi proposta pelos portugueses, e aceitam que esta candidatura se denomine de "Candidatura Ibérica" e tenha um site com o mesmo nome na internet. É um ultraje quando o nome de Portugal, autor da ideia, surge agora em segundo lugar. É um ultraje quando o nosso País participa neste evento quase como se fosse um "convidado" de Espanha. É por fim um ultraje quando se aceita que um texto com este teor surja publicado no site oficial da candidatura:(...) España y Portugal, dos países con frontera común en los mapas pero sin líneas divisorias en la realidad cotidiana, hablan de unidad. Dos países que han caminado juntos una misma historia, la historia de la Península Ibérica, donde se han entrecruzado diferentes pueblos provenientes de desiguales horizontes no sólo geográficos, sino también culturales y religiosos. Portugal y España son dos pueblos donde sus ciudadanos comparten, y han compartido, el mismo destino, la misma fe en el futuro, las mismas ansias de progreso en una tierra hermosa, dura y rica, la que forjado el carácter del “homo ibericus” (!!!)
É, no fundo, Portugal no seu pior. E nós a pagar!
publicado por Pedro Quartin Graça AQUI
quarta-feira, dezembro 01, 2010
domingo, novembro 28, 2010
Monarquia Vs República
Divertido, didáctico e desmistificador. É falado em inglês quando ambos os interlocutores são portugueses?! Essa é a parte menos positiva mas até pode ser util para estimular a a aprendizagem de outro idioma. Ensina ainda que argumentar e debater é essencialmente uma troca de pontos de vista de forma cívica, gentil e deferente e não insultos, atropelos, desprezo e troça pelo oponente - seja ele quem for, em que situação for e sobre o assunto que for - e/ou berrar para se fazer ouvir. Como é dito no fim: «somos todos portugueses e todos procuramos o melhor para o nosso país. Ouçamos pois as opiniões uns dos outros usando todos meios democráticos ao nosso alcance para defendermos as nossas causas e convicções. No fundo, uma democracia resume-se a isso».
Dessem desenhos animados destes às crianças...
Dessem desenhos animados destes às crianças...
quinta-feira, novembro 25, 2010
Greve geral - Descubra as diferenças II
Eu que nem sou de intrigas
É impressão minha ou o grande líder da greve geral foi mesmo Carvalho da Silva?
Foi quem teve mais tempo de antena, foi quem anunciou os numeros da greve, foi quem esteve na berlinda enquanto João Proença teve uma presença fugaz e subalterna, tipo «Second in Comand».
Foi a UGT muleta da protagonista CGTP? Não sei! Pergunto eu!
Foi quem teve mais tempo de antena, foi quem anunciou os numeros da greve, foi quem esteve na berlinda enquanto João Proença teve uma presença fugaz e subalterna, tipo «Second in Comand».
Foi a UGT muleta da protagonista CGTP? Não sei! Pergunto eu!
Estes não são borreguinhos II
Manifestamente exageraram mas o que uns têm de mais têm outros de menos...
Estes não são borreguinhos
Estudantes ingleses voltam a manifestar-se contra aumento das propinas para o triplo e lembram promessas eleitorais de não aumentar os valores, por parte dos candidatos agora no Governo.
Na república das bananas é assim
Só pra isto é que eles não são bananas. Só pra isto é que esta república de badamecos tem competência. Tem uma longa tradição... são cem anos disto...
Mas os culpados somos nós com os brandos costumes, como dizem até à exaustão, para não darmos um valente abanão. Somos borreguinhos, gostamos, salvo seja, de gritar uns chavões do PCP, cantar uma modinhas do Zeca... Nem os estudantes sairam em apoio à greve como noutros países. Depois a malta anda folgada, é pouco pressionada e vai daí gás pimenta pra todos e umas mocadas também - o que aqui nem parece que chegou a tanto - e qualquer dia até umas valentes borralhadas das electrizantes TASER...
Faz-me impressão ver como é que meia duzia de policias tem mais força que uma massa de pessoas muito maior, para as confinar a um determinado espaço! Porra, eu e mais meia duzia como eu é que lá deviamos estar...
Os trabalhadores dos CTT têm motivos de sobra para protestar...
Mas os culpados somos nós com os brandos costumes, como dizem até à exaustão, para não darmos um valente abanão. Somos borreguinhos, gostamos, salvo seja, de gritar uns chavões do PCP, cantar uma modinhas do Zeca... Nem os estudantes sairam em apoio à greve como noutros países. Depois a malta anda folgada, é pouco pressionada e vai daí gás pimenta pra todos e umas mocadas também - o que aqui nem parece que chegou a tanto - e qualquer dia até umas valentes borralhadas das electrizantes TASER...
Faz-me impressão ver como é que meia duzia de policias tem mais força que uma massa de pessoas muito maior, para as confinar a um determinado espaço! Porra, eu e mais meia duzia como eu é que lá deviamos estar...
Os trabalhadores dos CTT têm motivos de sobra para protestar...
segunda-feira, novembro 22, 2010
Mérito e distinção para Portugal
Agora que terminou a Cimeira da NATO e que me encontro relativamente melhor de pequenos problemas de saúde que me apoquentaram nos últimos dias proponho-me fazer um balanço do que se passou nos últimos dias.
A primeira coisa que se me apraz dizer é que este evento foi de um enorme sucesso que trouxe prestígio a Portugal. O Governo passou o seu teste de fogo, como referi, com mérito e distinção. Está de parabéns! De mencionar ainda que todas as autoridades portuguesas estiveram inpecáveis. Foram de um competência extrema. Portugal foi o palco do mundo e não desiludiu; bem pelo contrário. De futuro, os organismos internacionais saberão certamente escolher, e escolherão Portugal que dá garantias de sucesso, competência e hospitalidade.
Para ajudar, a concórdia entre os aliados foi um factor que ajudou imenso dando ainda mais brilhantismo ao evento organizado em Lisboa.
As esperadas manifestações anti-NATO ocorreram mas numa escala infíma sem muitos problemas - será talvez por isso que Lisboa foi escolhida? Sendo um país periférico, Portugal esteve também pouco vulnerável á chegada de elementos mais radicais. Países mais centrais (como a França), que têm fronteiras com muitos países são muito mais permeáveis à entrada destes elementos. Como havia referido anteriormente, a intensidade destas dependeria também entre outros factores da base de apoio interna. Como se teve oportunidade de ver estes grupos são ultra minoritários em Portugal pelo que a sua expressão foi ridiculamente pequena estando conotados com o PCP e o BE. Falavam-se em dez mil manifestantes. A organização falou em trinta mil (???). Se estiveram presentes cinco mil já foi muito... numa manifestação de pechisbeque saudosista que mais se assemelhou a uma trupe circense. Animaram a malta! Ainda para mais, para sua desgraça e infortunio, não só não se uniram como ainda se envolveram em tricas, acusando-se mutuamente e rivalizaram uns com os outros ficando a guerrear-se entre si; os pró-PCP e os pró-BE.
Não aqueceu... nem arrefeceu!
A primeira coisa que se me apraz dizer é que este evento foi de um enorme sucesso que trouxe prestígio a Portugal. O Governo passou o seu teste de fogo, como referi, com mérito e distinção. Está de parabéns! De mencionar ainda que todas as autoridades portuguesas estiveram inpecáveis. Foram de um competência extrema. Portugal foi o palco do mundo e não desiludiu; bem pelo contrário. De futuro, os organismos internacionais saberão certamente escolher, e escolherão Portugal que dá garantias de sucesso, competência e hospitalidade.
Para ajudar, a concórdia entre os aliados foi um factor que ajudou imenso dando ainda mais brilhantismo ao evento organizado em Lisboa.
As esperadas manifestações anti-NATO ocorreram mas numa escala infíma sem muitos problemas - será talvez por isso que Lisboa foi escolhida? Sendo um país periférico, Portugal esteve também pouco vulnerável á chegada de elementos mais radicais. Países mais centrais (como a França), que têm fronteiras com muitos países são muito mais permeáveis à entrada destes elementos. Como havia referido anteriormente, a intensidade destas dependeria também entre outros factores da base de apoio interna. Como se teve oportunidade de ver estes grupos são ultra minoritários em Portugal pelo que a sua expressão foi ridiculamente pequena estando conotados com o PCP e o BE. Falavam-se em dez mil manifestantes. A organização falou em trinta mil (???). Se estiveram presentes cinco mil já foi muito... numa manifestação de pechisbeque saudosista que mais se assemelhou a uma trupe circense. Animaram a malta! Ainda para mais, para sua desgraça e infortunio, não só não se uniram como ainda se envolveram em tricas, acusando-se mutuamente e rivalizaram uns com os outros ficando a guerrear-se entre si; os pró-PCP e os pró-BE.
Não aqueceu... nem arrefeceu!
domingo, novembro 21, 2010
Pergunta: Sentido de Estado?
As duas fotos documentam uma situação caricata...
o presidente da jovem república de Timor-leste ri-se
e acaba por fotografar um senhor...
o ridiculo da cena prende-se com o facto do senhor em causa ser
o "excelentissimo" embaixador da república Tuga na ex-colónia...
DAQUI
sexta-feira, novembro 19, 2010
Ou há moralidade...
Assessor do PS na Câmara de Lisboa recebeu 41.100 euros indevidamente
Nenhum cidadão honesto; nenhum militante socialista decente pode compactuar com casos destes. Isto é um ultraje, uma vergonha, um escândalo. Mais: é um roubo descarado, um crime de lesa-pátria e um caso de polícia. É uma afronta a milhões de desempregados, a muita gente altamente qualificada e com capacidades acima da média, com curriculo académico brilhante, em muitos casos, sem emprego ou com empregos menores e aos milhões de portugueses espartilhados pela contenção orçamental e pelo estado de quase-falência a que Portugal chegou.
E depois esta rapaziada, na sua maioria, medíocre e sem o tal mérito apregoado ascendem desta boa maneira sabe-se lá porquê. Isto é rir do contribuinte e ao mesmo tempo cuspir-lhe na face.
Basta! Ou há moralidade ou comem todos!
Nenhum cidadão honesto; nenhum militante socialista decente pode compactuar com casos destes. Isto é um ultraje, uma vergonha, um escândalo. Mais: é um roubo descarado, um crime de lesa-pátria e um caso de polícia. É uma afronta a milhões de desempregados, a muita gente altamente qualificada e com capacidades acima da média, com curriculo académico brilhante, em muitos casos, sem emprego ou com empregos menores e aos milhões de portugueses espartilhados pela contenção orçamental e pelo estado de quase-falência a que Portugal chegou.
E depois esta rapaziada, na sua maioria, medíocre e sem o tal mérito apregoado ascendem desta boa maneira sabe-se lá porquê. Isto é rir do contribuinte e ao mesmo tempo cuspir-lhe na face.
Basta! Ou há moralidade ou comem todos!
segunda-feira, novembro 15, 2010
Isto vai aquecer XII - O Exército de Palhaços Rebeldes
Este é um outro tipo de manifestação que ocorre neste tipo de eventos. Estes manifestantes optam por protestos pacíficos. Aqui o objectivo não é destruir mas ridicularizar.
sábado, novembro 13, 2010
Isto vai aquecer XI - Are you ready for this?
Seja como for, este tipo de cenário pode ser uma realidade já no próximo dia 19 cá em Lisboa.
O Pedra no Chinelo também é um espaço de informação como tal os seus leitores poderão ter ao seu dipor informação quase em tempo real. Aqui não há filtros e todos os pontos de vista são abordados.
Obtem-se mais informação na blogesfera, redes sociais e Youtube (que, atente-se, também são meios de comunicação social) do que nos media tradicionais (jornais e TV's). Não deixa de ser deveras confrangedor ver uma comunicação social (portuguesa) truncada, amadora, restritiva, dando meias notícias, meias verdades, notícias traduzidas dadas por outros órgãos sem se fazer uma análise crítica do que está escrito, ignorando assuntos e acontecimentos pertinentes que dariam uma visão mais abrangente aos seus espectadores e leitores, por desconhecimento ou propositadamente(?) isto quando podem obter informação em tempo real «from the internet» misturando tudo com frequentes erros ortográficos grosseiros e de palmatória, erros factuais, gralhas inadmissíveis, propagação de gralhas pelos vários órgãos o que denuncia um pouco ético e pouco trabalhoso trabalho de «copy-paste». É isso que se espera de uma comunicação social que se diz livre, independente e profissional?! Preguiça, ignorância, controlo ou censura? A quem é que tal interessa? Seja como for é triste ver comentadores limitados que preferem proferir chavões, banalidades e frases feitas e jornalistas que se limitam a ler um teleponto. Saberão de facto do que falam quando abordam e noticiam certas matérias? Investigarão? Procurarão em várias fontes? O trabalho que tenho desenvolvido não requer grandes conhecimentos, da minha parte, de comunicação social e basta-me fazer uma busca nos locais certos, usando as palavras certas!
Infelizmente constato, pelo menos eu, que tanto «opinion makers» como jornalistas, por muito intelectuais que pareçam e muito informados que estão ou pensam estar mais não são do que pequenas caixinhas de ressonância que se limitam a papaguear o que já foi papagueado, a mastigar o que já outros mastigaram (provavelmente já mastigado).
AQUI NÃO HÁ DONOS! PEDRA NO CHINELO UM BLOG COM TOMATES
TUDO O QUE FOR RELEVANTE...
O Pedra no Chinelo também é um espaço de informação como tal os seus leitores poderão ter ao seu dipor informação quase em tempo real. Aqui não há filtros e todos os pontos de vista são abordados.
Obtem-se mais informação na blogesfera, redes sociais e Youtube (que, atente-se, também são meios de comunicação social) do que nos media tradicionais (jornais e TV's). Não deixa de ser deveras confrangedor ver uma comunicação social (portuguesa) truncada, amadora, restritiva, dando meias notícias, meias verdades, notícias traduzidas dadas por outros órgãos sem se fazer uma análise crítica do que está escrito, ignorando assuntos e acontecimentos pertinentes que dariam uma visão mais abrangente aos seus espectadores e leitores, por desconhecimento ou propositadamente(?) isto quando podem obter informação em tempo real «from the internet» misturando tudo com frequentes erros ortográficos grosseiros e de palmatória, erros factuais, gralhas inadmissíveis, propagação de gralhas pelos vários órgãos o que denuncia um pouco ético e pouco trabalhoso trabalho de «copy-paste». É isso que se espera de uma comunicação social que se diz livre, independente e profissional?! Preguiça, ignorância, controlo ou censura? A quem é que tal interessa? Seja como for é triste ver comentadores limitados que preferem proferir chavões, banalidades e frases feitas e jornalistas que se limitam a ler um teleponto. Saberão de facto do que falam quando abordam e noticiam certas matérias? Investigarão? Procurarão em várias fontes? O trabalho que tenho desenvolvido não requer grandes conhecimentos, da minha parte, de comunicação social e basta-me fazer uma busca nos locais certos, usando as palavras certas!
Infelizmente constato, pelo menos eu, que tanto «opinion makers» como jornalistas, por muito intelectuais que pareçam e muito informados que estão ou pensam estar mais não são do que pequenas caixinhas de ressonância que se limitam a papaguear o que já foi papagueado, a mastigar o que já outros mastigaram (provavelmente já mastigado).
AQUI NÃO HÁ DONOS! PEDRA NO CHINELO UM BLOG COM TOMATES
TUDO O QUE FOR RELEVANTE...
Isto vai aquecer X - Black Block ou Black Op*?
Numa outra perspectiva, há quem defenda que os Black Block são na verdade agentes policiais que infiltram as manifestações para lhes dar um cunho de violência ou então são elementos apoiados e incitados por estes para agirem com violência.
De acordo com este ponto de vista, os objectivos desta estratégia, orquestrada pela Polícia, seria dar um pretexto para avançar contra os manifestantes ditos pacificos e ao mesmo tempo diabolizá-los perante a opinião pública e ainda centrar a questão na violência e não nos argumentos que apresentam.
Neste video, são colocadas várias questões sobre os acontecimentos na Cimeira do G20
em Toronto, no passado mês de Junho, que pela sua natureza estão a intrigar muita gente.
* Black Op de Black Operations que significa Operações Secretas ou Encobertas que, por definição, nunca são tornadas públicas e quando se especula sobre a sua existência, são negadas pelos responsáveis politico-militares
De acordo com este ponto de vista, os objectivos desta estratégia, orquestrada pela Polícia, seria dar um pretexto para avançar contra os manifestantes ditos pacificos e ao mesmo tempo diabolizá-los perante a opinião pública e ainda centrar a questão na violência e não nos argumentos que apresentam.
Neste video, são colocadas várias questões sobre os acontecimentos na Cimeira do G20
em Toronto, no passado mês de Junho, que pela sua natureza estão a intrigar muita gente.
* Black Op de Black Operations que significa Operações Secretas ou Encobertas que, por definição, nunca são tornadas públicas e quando se especula sobre a sua existência, são negadas pelos responsáveis politico-militares
Isto vai aquecer IX - Huuummm com que então «no passó nada»?
Quem seguiu as notícias acerca da Cimeira do G20 em Seul na Coreia do Sul constatou que não houve notícia de qualquer incidente. Obviamente que tal não foi assim. Ao que tudo indica, tratou-se apenas de uma filtragem das notícias feita por todas as TV's portuguesas. Resta saber se a censura foi auto-imposta ou se foi imposta pelo exterior. Esquecem-se os estrategas que a blogsfera está atenta e que hoje vivemos num mundo em que a informação é transmitida de uma forma sem precedentes.
Afinal parece que 20.000 marcharam nas ruas de Seul, com molho à mistura, como se pode constatar pelos video e noticia abaixo divulgados.
G20 protestors hit Korean streets
Carregado por itnnews. - Noticias em video na hora
Notícia
Entretanto, faltam apenas meia duzia de dias para ver se Lisboa irá ter algo de monta ou se tudo não passará de um bluff. Ao que parece, os movimentos anti-guerra e anti-Nato em Portugal têm pouca expressão o que não quer dizer que não existam. Na verdade o povo português é apático relativamente a tudo o que se passa e muito pouco, infelizmente, para o bem e para o mal, politizado. Claro que se tais movimentos forem de facto, ao que tudo indica, residuais tal implica que os agentes exteriores terão poucas bases de apoio em Portugal o que poderá condicionar muito a sua acção.
Países como o Canadá ou a França têm no seu seio movimentos contestatários bastante fortes o que poderá explicar também a intensidade das manifs.
Afinal parece que 20.000 marcharam nas ruas de Seul, com molho à mistura, como se pode constatar pelos video e noticia abaixo divulgados.
G20 protestors hit Korean streets
Carregado por itnnews. - Noticias em video na hora
Notícia
Entretanto, faltam apenas meia duzia de dias para ver se Lisboa irá ter algo de monta ou se tudo não passará de um bluff. Ao que parece, os movimentos anti-guerra e anti-Nato em Portugal têm pouca expressão o que não quer dizer que não existam. Na verdade o povo português é apático relativamente a tudo o que se passa e muito pouco, infelizmente, para o bem e para o mal, politizado. Claro que se tais movimentos forem de facto, ao que tudo indica, residuais tal implica que os agentes exteriores terão poucas bases de apoio em Portugal o que poderá condicionar muito a sua acção.
Países como o Canadá ou a França têm no seu seio movimentos contestatários bastante fortes o que poderá explicar também a intensidade das manifs.
quinta-feira, novembro 11, 2010
Isto vai aquecer VIII - Tudo controlado assegura Ministro da Administração Interna
Rui Pereira tem afirmado em várias intervenções sobre cimeira que não há motivos para alarme embora admita risco de terrorismo e manifestações violentas mas assegura que Portugal está atento e preparado.
quarta-feira, novembro 10, 2010
segunda-feira, novembro 08, 2010
Contra factos não há argumentos
«A corja entrará sempre com mais de 90% de probabilidades de ganhar estes jogos...
Porquê?...
Porque jogam cheios de ódio... e qualquer pessoa de bom senso sabe bem que o ódio é a arma mais poderosa do Universo...
o amor... esse... é para os líricos e para os poetas!»
O que não inviabiliza o facto de terem dado um lição de bola (sem contar com as de golfe) a um frágil (até mesmo fisicamante) adversário. Só Hulk é mais possante que meia equipa encarnada. Luisão? Ao pé dele é Luisinho.
Vão ser campeões e vão ganhar a Liga Europa. Mas é apenas a minha análise. Contra factos...
Porquê?...
Porque jogam cheios de ódio... e qualquer pessoa de bom senso sabe bem que o ódio é a arma mais poderosa do Universo...
o amor... esse... é para os líricos e para os poetas!»
O que não inviabiliza o facto de terem dado um lição de bola (sem contar com as de golfe) a um frágil (até mesmo fisicamante) adversário. Só Hulk é mais possante que meia equipa encarnada. Luisão? Ao pé dele é Luisinho.
Vão ser campeões e vão ganhar a Liga Europa. Mas é apenas a minha análise. Contra factos...
domingo, novembro 07, 2010
Desenvolvimento humano 2010
Como já vem sendo hábito, as Nações Unidas publicam o relatório anual sobre a qualidade de vida e bem-estar em todos os países. Como também vem sendo hábito, os lugares da frente e os de trás são preenchidos, salvo algumas alterações de posicionamento, geralmente pelos mesmos países.
Como também vem sendo hábito, Portugal ocupa lugares modestos quando comparado com o pequeno Luxemburgo ou a sua vizinha Espanha, por exemplo. Este ano a «república tuga» queda-se pelo 40º lugar ficando atrás de países como o Qatar e o Bahrain (!) isto apesar de estar no grupo dos 42 países mais desenvolvidos o que leva a que se levante a questão existencial do que é que é preferivel: se ser o pior dos melhores ou o melhor dos piores.
Nos primeiros dez constata-se, se duvidas houvesse:
1- Noruega
2- Austrália
3- Nova Zelândia
4 - Estados Unidos da América
5- Irlanda
6-Liechtenstein
7- Holanda
8- Canadá
9- Suécia
10-Alemanha
Os primeiros três são Reinos, com é hábito. Dos dez, só três são repúblicas.
Agora os ultimos dez:
159- República Centro Africana
160- Mali
161- Burkina Faso
162- Libéria
163- Chad
164- Guiné-Bissau
165- Moçambique
166- Burundi
167- Niger
168- República Democrática do Congo
169- Zimbabué
Escusado será dizer que, para além de serem todos países africanos, outra caracteristica que têm em comum é o facto de todos serem repúblicas, dos quais dois, para que não haja qualquer equivoco se intitulam mesmo de república.
Dez em dez. O pleno. Claro que isto não é analizado em profundidade. Por isso quem quiser consultar a tabela que venha aqui.
Por fim, quero chamar a atenção para:
Esta imagem é a Bandeira da República do Zimbabué, o último país do raking 2010, ou para quem preferir, o primeiro a contar do fim
Como também vem sendo hábito, Portugal ocupa lugares modestos quando comparado com o pequeno Luxemburgo ou a sua vizinha Espanha, por exemplo. Este ano a «república tuga» queda-se pelo 40º lugar ficando atrás de países como o Qatar e o Bahrain (!) isto apesar de estar no grupo dos 42 países mais desenvolvidos o que leva a que se levante a questão existencial do que é que é preferivel: se ser o pior dos melhores ou o melhor dos piores.
Nos primeiros dez constata-se, se duvidas houvesse:
1- Noruega
2- Austrália
3- Nova Zelândia
4 - Estados Unidos da América
5- Irlanda
6-Liechtenstein
7- Holanda
8- Canadá
9- Suécia
10-Alemanha
Os primeiros três são Reinos, com é hábito. Dos dez, só três são repúblicas.
Agora os ultimos dez:
159- República Centro Africana
160- Mali
161- Burkina Faso
162- Libéria
163- Chad
164- Guiné-Bissau
165- Moçambique
166- Burundi
167- Niger
168- República Democrática do Congo
169- Zimbabué
Escusado será dizer que, para além de serem todos países africanos, outra caracteristica que têm em comum é o facto de todos serem repúblicas, dos quais dois, para que não haja qualquer equivoco se intitulam mesmo de república.
Dez em dez. O pleno. Claro que isto não é analizado em profundidade. Por isso quem quiser consultar a tabela que venha aqui.
Por fim, quero chamar a atenção para:
Esta imagem é a Bandeira da República do Zimbabué, o último país do raking 2010, ou para quem preferir, o primeiro a contar do fim
NÃO CONFUNDIR COM:
sábado, novembro 06, 2010
O mastro podre
Esta pequena maravilha que ornamenta graciosamente um dos candeeiros da Praça Bernardim Ribeiro, a sala de visitas do Torrão, mesmo defronte para a Junta de Freguesia, já foi um outrora viçoso e verdejante mastro do S. António.
No entanto passou o S. António, passou o S. João, passou o S. Pedro, passou a feira, passou o mês de Agosto, passou o mês de Setembro, passou o Verão e passou Outubro sem que qualquer alma caridosa, a começar por quem o fez (e que aparentemente não o sabe desfazer), tenha a coragem de o desmanchar. Nem os serviços camarários se dignaram (ainda), constatando que ninguém irá fazer o caminho à frente nem que ele se desmancha sozinho, a mexer uma palha, ou melhor, uma cana.
E assim o então castiço mastro virou tão só um conjunto de canas secas e semi-apodrecidas, pela água das chuvas, ataviadas ao poste do dito candeeiro que não há meio de se ver livre da roupagem insólita que lhe enfiaram num belo dia de início de Verão.
Nem o saudoso Fernando Pessa diria melhor. E esta hein?
Tudo tão calminho
Não deixa de ser curioso o facto de aqueles que gostam de se manifestar a favor dos direitos humanos, da liberdade, da democracia, contra o militarismo, etc, etc. estejam em silêncio e deixem passar em claro a visita do chefe do regime totalitário chinês a Portugal andando a fazer outro tipo de manifestações. Veremos daqui a sensivelmente duas semanas qual a postura destes actores com a vinda de outros dignatários.
Por mim, deixo aqui não só um «recuerdo» como a minha clara e inequivoca solidariedade para com o violentamente oprimido povo tibetano.
Por mim, deixo aqui não só um «recuerdo» como a minha clara e inequivoca solidariedade para com o violentamente oprimido povo tibetano.
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