Imagens recolhidas ontem e que nos foram feitas chegar, dão conta de que passada quase uma semana, centenas de peixes mortos e em avançado estado de decomposição continuam a amontoar-se junto à nova infraestrutura de interface do canal de rega do Alqueva que liga a referida barragem à albufeira de Vale do Gaio. O caso foi devidamente noticiado no Pedra no Chinelo e posteriormente no jornal «Público», jornal esse que "fez várias tentativas para obter esclarecimentos de dirigentes da associação de regantes" sendo que contudo foi informado de que "estariam “todos” na operação de limpeza dos peixes mortos na albufeira de Vale de Gaio, não sendo possível qualquer contacto." A dita «operação de limpeza» parece que afinal serviu de pretexto para fugir a esclarecimentos ou então resumiu-se à limpeza da vegetação que se estendia pelo barranco. Ora vamos lá a ver: As plantas que estavam no seu habitat natural (E VIVAS) foram removidas, já os peixes mortos, esses ficaram. Será que o problema eram as plantas? Uma outra hipótese plausível é que se tratará de um novo cardume de peixe que para ali foi também atraído e que também acabou por morrer.
O que é facto é que antes da construção da infraestrutura todo aquele barranco tinha farta vegetação, silvados e canaviais e os peixes, nomeadamente carpas, procuravam o local não só em busca de alimento mas de um local seguro para depositar os seus ovos sem que nunca se tivesse verificado tamanha mortantade. Agora é que se tem visto.