domingo, junho 29, 2014

ACT lança grande operação de fiscalização em panificadora do Torrão


A ACT, Autoridade para as Condições de Trabalho, realizou na noite da passada Sexta-feira uma grande operação de fiscalização na empresa de panificação, Padarias Reunidas do Torrão. A ACT contou com o apoio no terreno da GNR, que cercou o local e impediu a saída dos funcionários das instalações. A operação, que apanhou todos de surpresa, durou cerca de quatro horas, iniciando-se pelas 23 horas e 30 minutos de Sexta e terminado por volta das 3 horas da madrugada de Sábado, tendo os agentes passado as instalações e todas as viaturas da empresa a «pente fino». Segundo as nossas fontes, toda a documentação da empresa foi consultada sendo muita dela apreendida para análise mais pormenorizada e foram interrogados um por um individualmente todos os funcionários que se encontravam ali a laborar.
Ainda de acordo com informações recolhidas, na operação, a ACT detectou um número considerável de irregularidades nomeadamente trabalhadores sem contrato e sem descontos, recibos de pagamento que alegadamente não seriam emitidos, irregularidades nos mapas de horários e horas extra não remuneradas. O caso mais grave que foi detectado terá sido o de um trabalhador de nacionalidade brasileira que alegadamente se encontrará ilegal em Portugal e que ter-se-á tentado esconder para não ser apanhado pelos agentes.

sábado, junho 28, 2014

Um processo pouco ecológico

Esta é uma daquelas matérias que passam despercebidas porque aos munícipes tal assunto pouco diz mas tendo em conta que foi dito de forma taxativa, na reunião de Câmara que decorreu no passado dia 12 de Junho, que a chave do desenvolvimento do concelho de Alcácer do Sal estava na alteração da carta da Reserva Ecológica Nacional (REN) no território do concelho e que o que existia antes era um factor impeditivo para o investimento no concelho de Alcácer do Sal, vamos aqui tecer algumas considerações sobre o assunto.
Antes de mais, convém dizer que a Reserva Ecológica Nacional (REN), criada pelo Decreto-Lei n.º 321/83, de 5 de Julho, tem contribuído para proteger os recursos naturais, especialmente água e solo, para salvaguardar processos indispensáveis a uma boa gestão do território e para favorecer a conservação da natureza e da biodiversidade, componentes essenciais do suporte biofísico do nosso país.
Ora como se viu, a Câmara pretende alterar a carta da REN no concelho mas pelos vistos ou não conhece a legislação sobre a matéria ou então quer fazer passar junto da população, à laia de propaganda barata, algo que não é de todo verdade. Quanto à legislação, ei-la aqui. Quem quiser pode consultar o Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de Agosto.
Refere o site do município que a «Câmara Municipal procedeu à alteração da Carta da Reserva Ecológica do concelho». Ora a Câmara Municipal não procedeu à alteração de coisíssima nenhuma simplesmente porque isso não é da sua competência.


No Facebook da CMAS também o assunto foi noticiado

Na página do município, a notícia de que a Câmara altera a carta da REN


A delimitação da REN compreende dois níveis; o Nível Estratégico e o Nível Operativo.
O nível estratégico é concretizado através de orientações estratégicas de âmbito nacional e regional. O nível operativo é concretizado através da delimitação, em carta de âmbito municipal, das áreas integradas na REN, tendo por base as orientações estratégicas de âmbito nacional e regional.
À Câmara Municipal compete tão somente elaborar uma proposta de delimitação, a nível municipal, a qual pode ser ou não aprovada, devendo as comissões de coordenação e desenvolvimento regional e as administrações de região hidrográfica fornecer-lhe a informação técnica necessária e competindo às primeiras assegurar o acompanhamento assíduo e continuado da elaboração técnica da proposta de delimitação pelo município. A Câmara Municipal apresenta a proposta de delimitação à comissão de coordenação e desenvolvimento regional, a qual procede à realização de uma conferência de serviços com todas as entidades administrativas representativas dos interesses a ponderar, a qual pode ser acompanhada pela Câmara, finda a qual é emitido um parecer após o qual a comissão de coordenação e desenvolvimento regional tomará uma decisão.
Portanto, como se vê, quem de facto altera não é a Câmara Municipal.
Em casos excepcionais devidamente fundamentados e quando haja divergência entre as posições das entidades representadas na conferência de serviços e a posição final da comissão de coordenação e desenvolvimento regional favorável à delimitação proposta, essas entidades podem promover, no prazo de 15 dias, a consulta à Comissão Nacional da REN, para efeitos de emissão de parecer, dando conhecimento à comissão de coordenação e desenvolvimento regional e só após a emissão de parecer pela Comissão Nacional da REN, a comissão de coordenação e desenvolvimento regional pode ponderar a sua posição final.
Quanto a este ponto estamos esclarecidos.
Mas mais importante ainda, convém salientar algo que não é de forma alguma nada despiciendo. É que a Câmara foi lesta a publicitar a alteração da REN no concelho, atribuindo-se competências que de forma alguma tem mas não foi lesta a fazer aquilo que lhe competia.
Então pretende-se alterar a carta da REN no concelho sem a devida informação e discussão pública? 
Ora o Decreto-Lei nº 166/2008, de 22 de Agosto, no seu artigo 6º (Direito à informação e à participação) é bastante claro e inequívoco e diz o seguinte:

Ao longo da elaboração das orientações estratégicas de âmbito nacional e regional e da delimitação da REN a nível municipal, as entidades públicas competentes devem facultar aos interessados, nos respectivos sítios da Internet, todos os elementos relevantes para que estes possam conhecer o estádio dos trabalhos e a evolução da tramitação procedimental, bem como formular observações, sugestões e pedidos de esclarecimento.
Ora dando uma volta pelo sítio do município, não se vislumbra o que quer que seja sobre a matéria. Onde está a informação e, mais importante, onde está a participação? Pedimos desculpa se a houve mas a ter existido, deve ter sido muito incipiente pois mal demos por ela.
O que é facto é que aos munícipes foi dada a informação da alteração da carta da REN mas isso é muito vago. Alteração significa exactamente o quê? Foi proposta uma diminuição ou um aumento da área da REN? Em que local ou locais do concelho, vão incidir as alterações? Porque não são publicadas as cartas? E para além disso, para além dos clichés, dos chavões, dos lugares-comuns, ainda não sabemos qual a justificação que permite concluir que esta alteração vai de facto desbloquear o investimento no concelho. Em que permissas se baseiam? Qual a real necessidade de alterar a área da REN no concelho? E, já agora, que tipo de investimento? Compra e venda de terrenos para habitação - sim, estamos a pensar em especulação imobiliária - ou terrenos para implementar tecido industrial? E que tipo de indústrias? Defina-se investimento neste contexto! É que nas áreas incluídas na REN são interditos ou usos e as acções de iniciativa pública ou privada que se traduzam em:
a) Operações de loteamento;
b) Obras de urbanização, construção e ampliação;
c) Vias de comunicação;
d) Escavações e aterros;
e) Destruição do revestimento vegetal, não incluindo as acções necessárias ao normal e regular desenvolvimento das operações culturais de aproveitamento agrícola do solo e das operações correntes de condução e exploração dos espaços florestais.
A Câmara Municipal de Alcácer do Sal socorreu-se do professor Sidónio Pardal, da Universidade Técnica de Lisboa, e da sua equipa, para, conjuntamente com os técnicos municipais, proceder à referida alteração. Entretanto foi elaborado um trabalho do qual rigorosamente nada se conhece. Porque não é o trabalho, ou pelos menos as suas linhas mestras, publicado?
Basicamente, o trabalho consistiu em alterar a área da REN no concelho. Até aí não há complexidade nenhuma.
Diz a lei que na elaboração da proposta de delimitação da REN deve ser ponderada a necessidade de exclusão de áreas com edificações legalmente licenciadas ou autorizadas, bem como das destinadas à satisfação das carências existentes em termos de habitação, actividades económicas, equipamentos e infraestruturas e que as cartas de delimitação da REN a nível municipal são elaboradas à escala de 1:25 000 ou superior, acompanhadas da respectiva memória descritiva, e delas devem constar:
a) A delimitação das áreas incluídas na REN, indicando as suas diferentes tipologias de acordo com o artigo 4.º;
b) As exclusões de áreas, nos termos do número anterior, que, em princípio, deveriam ser integradas na REN, incluindo a sua fundamentação e a indicação do fim a que se destinam.
Até aí não parece haver nada de mais. O professor Sidónio Pardal sublinhou a extrema dificuldade do trabalho devido às contradições e dificuldades legislativas. Estaria certamente a referir-se à complexa legislação em matéria de Planeanento e Gestão do Território. É que as áreas da REN são identificadas nas plantas de condicionantes dos planos especiais e municipais de ordenamento do território e constituem parte integrante das estruturas ecológicas municipais.
Grosso modo, as alterações vão ter que encaixar nas condicionantes decorrentes dos chamados PEOT, Planos Especiais de Ordenamento do Território, PS, Planos Sectoriais e dos PMOT, Planos Municipais de Ordenamento do Território, nos quais se englobam os PDM (Plano Director Municipal), PU (Plano de Urbanização) e PP (Plano de Pormenor).

Ora o trabalho aqui publicado, mostrou que «o sistema português de planeamento e ordenamento do território, ao invés de ser coerente e estruturado, é complexo, sendo composto por diversos planos e estratégias cuja interpretação, interligação, articulação, condicionalismos e estrutura nem sempre são coerentes entre si devido à sobreposição de planos de diferente natureza entre outros problemas os quais se ficam a dever principalmente a quatro factores: um quadro legislativo extrema e demasiadamente complexo; falta de transparência em torno de todo o processo; constantes atrasos na elaboração, transposição e aplicação das medidas; e finalmente, uma população desinformada e desinteressada de todo o processo», tudo factores que se verificam precisamente neste processo em particular. No referido trabalho concluiu-se ainda que, relativamente a esta matéria, a área do concelho de Alcácer do Sal é de dificuldade acrescida por muitos serem os instrumentos de planeamento e gestão do território, que aqui vigoram e se sobrepõem. E mais, ficou ainda demonstrado que o PDM de Alcácer do Sal está bastante desactualizado e tem que forçosamente elaborar-se um novo plano. Ora o artigo 15º do supra-citado decreto-lei permite que a delimitação da REN possa ocorrer em simultâneo com a elaboração, alteração ou revisão de PMOT. Deste modo, pergunta-se: Porque não aproveitar e proceder a elaboração de um novo PDM? Até porque a delimitação da REN elaborada em simultâneo com o plano municipal de ordenamento do território determina a revogação e consequente actualização da carta municipal da REN.

Olhos nos Olhos - O Peso no Estado em Portugal

Programa Olhos nos Olhos da TVI24, transmitido dia 23 de Junho, quando o pessoal estava entretido a ver a bola.

sexta-feira, junho 27, 2014

Variante da vila do Torrão: Câmara encerra dossier suspenso desde 2010


O atribulado processo da construção da variante Norte/ Nascente à vila do Torrão teve o seu epílogo na reunião de Câmara desta Quinta-feira com a aprovação unânime da decisão de não adjudicação/revogação de contratação relativa à 1º fase do projecto - Concurso público.
De acordo com a Vereadora que tutela o departamento de obras municipais, Ana Soares, o processo encontrava-se parado na DOMSU (Departamento de Obras Municipais e Serviços Urbanos) há quatro anos, desde Março de 2010. O dossier ainda foi iniciado e aberto concurso público mas a partir da data referida, o processo ficou bloqueado até hoje. Para além disso, nunca chegou a ser elaborado um plano de resíduos (à data a legislação não o exigia), não houve qualquer processo de expropriação nem qualquer tipo de contacto com os proprietários dos terrenos. Não havia ainda tão-pouco plano de electrificação, nem qualquer estudo geotécnico. O executivo permanente decidiu por isso levar a proposta de revogação à reunião devido ao facto de ter  encontrado o projecto «bastante incompleto e parado» desde então e pelo facto de 19 empresas terem concorrido e desde então nada mais lhes ter sido dito o que poderá trazer encargos e consequências para a autarquia.
Da parte da oposição, Isabel Vicente, vereadora no anterior mandato, sendo Helder Serafim o responsável por este dossier, contrapôs que o projecto esteve parado enquanto se aguardava que houvessem fundos comunitários para aquela área, facto que não chegou a ocorrer e sem que se fechasse administrativamente o dossier.
O Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vitor Proença, referiu que até Setembro de 2013 ainda se encontravam 30 empreitadas por fechar, algumas datadas desde 2003, e que entretanto metade delas já foram fechadas do ponto de vista administrativo.

quinta-feira, junho 26, 2014

Escolas de Palma e de Casebres irão manter-se abertas

O Governo retirou as escolas de Palma e de Casebres, as únicas duas do concelho de Alcácer do Sal, da lista dos estabelecimentos de ensino que o Ministério da Educação pretende encerrar já a partir do próximo ano lectivo. Em reunião de Câmara, realizada nesta Quinta-feira, a Vice-Presidente da autarquia e responsável pelo pelouro da educação, Ana Chaves, informou que nenhuma das referidas escolas irá encerrar no próximo ano lectivo.
 Recorde-se que inicialmente ambas figuravam entre as 439 escolas, todas do 1º ciclo com menos de 21 alunos, em risco de fechar portas já a partir do próximo ano lectivo mas o governo recuou no que ao concelho de Alcácer do Sal diz respeito sendo a região centro do país a zona mais afectada.


quarta-feira, junho 25, 2014

Mais um caso resolvido e três casos por resolver

Foi no início do mês de Junho que, entre outras, alertamos para a situação que se verificava na Rua do Fernando, com o acúmulo de excrementos de andorinha e a falta de higiene ali verificada e que, pelos vistos, escapava à atenção de quem de direito.
É bom verificar que a situação foi resolvida e a rua está limpa.
É claro que a «andorinhagem» irá continuar a sujar mas, se for permitida a sugestão, se aquele troço for limpo a intervalos de tempo aceitáveis, nunca se verificará um nível preocupante de sujeira.
A diferença entre o ANTES




E O DEPOIS




é bem visível.


Vamos agora aos casos que exigem atenção.

Aquando da grande acção de limpeza e tapamento de buracos no pavimento, realizada na vila do Torrão, também esta falha no asfalto foi corrigida. No entanto, ao que tudo indica, acabou o asfalto, algo perfeitamente natural, e parte da falta não foi asfaltada. Ora, isso poderia ter sido feito à posteriori. No entanto, nunca mais ali ninguém voltou para terminar a coisa. Colocou-se pó de pedra, compactou-se, e pronto.





Um outro caso a exigir atenção é o de um dos candeeiros colocados recentemente no depósito. Houve um deles que se estava a desprender. Entretanto a situação foi resolvida. No entanto, passado algum tempo verifica-se que um parte já se desprendeu da parede e a outra parte para ali caminha. Sendo aquela luminária bastante exposta ao vento, há que reforçar a fixação à parede com uma qualquer solução eficaz...
As imagens não deixam margem para dúvidas.




A igrejinha de S. João da Ponte foi recentemente pintada. Deve dizer-se que ficou excelente, pintada de azul e branco - as cores de Portugal.
Infelizmente, fica sempre a porta por pintar. Também a porta merecia uma pintura ao invés de estar há anos com o primário e nunca ter visto tinta. Também a capelinha devia ser de vez em quando aberta para não cheirar a bafio e para poderem ser vistos os seus frescos. Até podia ser aberta ao domingos. Bastava pôr no altar uma figura religiosa e umas velas. Certamente que não roubariam a imagem.



Estas fotografias foram tiradas por este vosso escriba mas também o nosso presidente de junta tirou umas tantas. Pena foi não ter visto (ou ouvido) o que se passa ao lado.
Há mais de um mês que alertamos aqui para um ruptura na conduta de abastecimento de água à vila do Torrão. Infelizmente tudo continua na mesma, isto quando, segundo consta, Alcácer do Sal é um dos municípios cuja rede de abastecimento de água regista mais perdas, facto para o qual o Sr. Presidente da Câmara alertou, o que não deixa de ser um contra-senso.
Mais uma vez, um assunto que mereceu o olhar da «Intervenção Cidadã». Pode ser que agora o problema seja solucionado quanto antes. Se bem que, a solução deve ser outra. Depois diremos qual ou não tivéssemos conhecimento do modus operandi. Mas aguardemos com serenidade.



terça-feira, junho 17, 2014

«Poder é servir» - Eis um Líder

«A política é uma das formas mais elevadas de amor e de caridade. E porquê? Porque é feita em prol do bem-comum e uma pessoa que podendo fazê-lo não se empenha na política em prol do bem-comum, é egoísta, ou que use a política para proveito próprio, é corrupta.
É preciso reabilitar a política».


Acto de cidadania activa acelera resolução de situação na Rua do Poço Mau

O Pedra no Chinelo e um novo espaço em vídeo denominado «Intervenção Cidadã» - em fase experimental - tiveram, mais uma vez, um papel preponderante na aceleração da resolução do caso na Rua do Poço Mau que se estava já incompreensivelmente a arrastar por demasiado tempo visto este ser um problema de fácil e rápida resolução, como se iria comprovar graças à rapidez com que foi solucionado.
Recorde-se que um buraco causado pela degradação da calçada se situava ali, situação se verificava desde meados do mês passado. Desde então, o buraco não parava de aumentar de tamanho enquanto as pedras se iam amontoando junto a um prédio nas proximidades.
Os serviços municipais actuaram, na tarde de hoje, com celeridade depois da exibição, ontem, do segundo vídeo no qual se chamava a atenção para a situação. Em pouco menos de meia hora o assunto foi resolvido.
(Ver mais aqui e aqui)







Futsal: Equipa do Torrão tenta terceira vitória consecutiva

A equipa do Torrão que se sagrou nos últimos dois anos vencedora do torneio de futsal Baronia Cup, vai tentar obter este ano a terceira vitória consecutiva.
A competição tem início neste fim-de-semana. Os jogos serão disputados pelas 21.30h em Vila Nova da Baronia, de acordo com o calendário abaixo.
O transporte da equipa torranense será mais uma vez assegurado pela Junta de Freguesia.





domingo, junho 15, 2014

Ex-Director dos bombeiros é expulso da associação

Augusto Casimiro, que foi durante muitos anos membro da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Mistos do Torrão, foi expulso, na passada Sexta-feira, sem apelo nem agravo devido a um comentário que proferiu no Facebook e que suscitou alguma celeuma. A assembleia geral da associação reuniu-se exclusivamente para pôr este assunto à consideração dos sócios. Nem o facto dele e sua esposa terem servido durante muitos anos a associação serviu de atenuante, tendo a decisão sido implacável.
Recorde-se que o comentário em causa foi proferido numa página anónima tendo a Direcção exigido um pedido de desculpas público o qual nunca veio a ocorrer.
(Ver mais aqui)

Fantasias futeboleiras












Em todas as competições de bola é a mesma coisa. Portugal é sempre campeão por antecipação. Ganha sempre. Ganha salvo seja pois no momento da verdade... é o que se sabe. Claro que nesta prova não é excepção. Pois lamento informar mas o vencedor há muito que está encontrado... e não é nem nunca será Portugal. Não é porque não tem equipa para isso e não é porque o regime futebolístico já tem um vencedor - o Brasil.
Qual a fundamentação para esta afirmação?
Bem, antes de mais é notório que a equipa da casa, seja onde for, é sempre ajudada - não é por acaso que é directamente apurada - para manter o público local galvanizado. A acrescentar a isso, este é um dos mundiais mais polémicos de sempre. A organização brasileira esteve sempre debaixo de fogo pelos prazos não cumpridos, pelos acidentes mortais durante as obras, pelos custos do evento devido às derrapagens astronómicas que elevaram a conta para valores estratosféricos - estima-se que este mundial custou tanto como a soma dos dois anteriores. E finalmente a vaga de protestos que se faz sentir por todo o Brasil. Perante tudo isso, só a vitória da equipa da casa permite que as atenções se desviem e as polémicas se esbatam.
Uma hipotética e inesperada eliminação prematura da equipa da casa levaria ao desânimo e à frustração e traria mais protestos para as ruas algo que a pouco democrática FIFA não quererá como se tem visto, onde os protestos são abafados a todo o custo e a repressão é violenta e se faz passar uma imagem de alegria que não existe. 
Ora uma vitória do Brasil (e a conquista do «hexa»), ainda para mais se for contra um adversário e rival (sim, estou a pensar na Argentina mas o adversário é pouco relevante) levará à euforia e ao efeito de contágio e por consequência ao esvaziamento dos protestos e ao isolamento daqueles que protestam e fariam o povo esquecer os milhões que foram gastos em estádios e desviados de outras áreas fundamentais como educação e saúde, como reivindicam os manifestantes. Essa será a política e a estratégia da FIFA que irão fazer o que estiver ao seu alcance para «encaminharem» a coisa nesse sentido - a Croácia que o diga.
Falou-se em investigações da Interpol por haver suspeitas de resultados combinados. Comparo isso com a emissão de moeda. Só o governo pode emitir moeda e tal como aí o regime futebolístico não quer concorrência nem perder o monopólio. Sabemos como as coisas funcionam. Quem vê futebol sem fanatismo apercebe-se de certos factores no mínimo estranhos e, claro, é como não acreditar em bruxas «pero que las hay, las hay».
Desenganem-se pois os portugueses. Deixem-se disso. Caiam na real. O desfecho é sempre o mesmo até porque há muita coisa em jogo e valores mais altos se levantam. A FIFA só é poderosa porque vós os alimentais. E cá também interessa ter os «tugas hipnotizados» com a bola e o «CR7». Eu da minha parte, sei que há aí qualquer coisa mas «tou nem aí». Espero sim, os Jogos Olímpicos... também em terras de Vera Cruz.



terça-feira, junho 10, 2014

Porque hoje é Dia de Portugal

VIVA PORTUGAL!

Les uns et les autres - E porque é Dia de Camões

Se um fraco rei faz fraca a forte gente Muitos fracos reis enterram a forte gente.

 Do justo e duro Pedro nasce o brando
(Vede da natureza o desconcerto!),
Remisso e sem cuidado algum, Fernando,
Que todo o Reino pôs em muito aperto;
Que, vindo o Castelhano devastando
As terras sem defesa, esteve perto
De destruir-se o Reino totalmente,
Que um fraco Rei faz fraca a forte gente.

Luís de Camões in Os Lusíadas


 Recepção dos Reis de Espanha ao Presidente do México


Dia de Portugal, com a «prova de fraqueza» do chefe «tuga».

Descubra as diferenças

Em Espanha, no Domingo, o Chefe de Estado espanhol, o Rei preside pela última vez ao Dia das Forças Armadas. À sua chegada, a população desfaz-se em aplausos, ovações, vivas ao regime, aos actuais e aos futuros reis. Estes respondem acenando à multidão. A cumplicidade entre Família Real e povo é bem visível.


 





Hoje, 10 de Junho, Dia de Portugal, o Chefe de Estado português, o presidente da república, discursa entre uma população ruidosa, descontente e revoltada que apupa constantemente, dá gritos de "demissão", exibe cartazes a pedir «RUA» com eles e é hostil. O presidente não aguenta a pressão e desfalece a meio do discurso. 
O regime português está doente, decrépito e desacreditado. E em Espanha é que se justifica um referendo ao regime??? Em Portugal, não?! Pois. Espera aí que é já a seguir.


segunda-feira, junho 09, 2014

Idosa cai de janela do lar do Torrão e morre

Uma idosa, utente do lar da Santa Casa da Misericórdia do Torrão, caiu de uma das janelas do edifício da Residencia João Paulo II, lar da instituição. O incidente, que provocou a morte da senhora, ocorreu por volta do meio-dia. Tudo aponta para que se trate de um suicídio. A utente, na casa do 70 anos de idade, não era natural do Torrão mas sim da zona de Grândola.
Um caso que irá certamente abalar a imagem do lar do Torrão. Uma mancha no currículo que será impossível de remover e difícil de esquecer.









Janela de onde caiu a idosa. Segunda a contar da esquerda. Como se vê, nenhuma janela tem qualquer dispositivo de segurança especial

domingo, junho 08, 2014

Afinal o Rei vai nú

Tantas têm sido as gafes, imprecisões, inabilidade política, falta de escrúpulos no que a promessas toca, incompetência (mesmo), erros de toda espécie e demais situações rocambolescas que muitos já são os torranenses que passado quase um ano estão exasperados e à beira de um ataque de nervos. Os últimos dias têm sido particularmente férteis em situações de todo o tipo senão vejamos.

O caso das datas sobrepostas









Já não é a primeira vez. Não se sabe se por má fé, desconhecimento ou qualquer objectivo escondido mas o que é facto é que bastas são as vezes que sessões de assembleias gerais de instituições e sessões da assembleia de freguesia coincidem; no mesmo dia e exactamente à mesma hora. Na próxima Sexta-feira vai ser discutido um assunto sensível na assembleia geral da Associação H. Bombeiros M. Torrão. Havendo sobreposição de datas, e partindo do princípio que haja quem queira assistir ás duas como é que o faz? Aliás, faz sentido que assim seja? Porque acontece?

Nota: Apesar de tudo ainda assim se chama a atenção para um erro (de palmatória) na convocatória da AHBMT. «Qualquer» é uma palavra e «qual quer» são duas palavras e designam coisas específicas. Vamos exemplificar para aclarar... ou pelo menos tentar.

Exemplo: Um diálogo entre duas pessoas numa loja. Uma delas está indecisa quanto a levar um de dois produtos. Pergunta o lojista:
- Então, qual quer?
Diz o cliente:
- Para lhe ser franco, não sei. Olhe, vai um qualquer.

São daquelas gafes que noutro tempo davam direito a reguada. Espera-se contudo que o teor deste artigo não sirva para abrir mais um processo na AHBMT. A natureza persecutória e inquisitorial que por ali impera é implacável. Pode ser que até Sexta a lista de análises a declarações de sócios ainda venha a engrossar.


 Homenagem a Bernardim Ribeiro






O grande desastre deste fim-de-semana. A forma como este dossier foi gerido é digno de nota - simplesmente desastroso. Já antes tinha sido registado que este evento foi feito «em cima do joelho» e, claro, tinha que dar barraca.
Ninguém sabia de nada pois a divulgação foi escassa. Pior, nem o local onde decorreu o evento e nem a hora se verificaram e metade do programa foi-se. Sendo uma homenagem a Bernardim Ribeiro e estando explicitamente no cartaz a Praça Bernardim Ribeiro como o local onde decorreria a acção, qual não é o espanto quando à própria da hora o local mudou e foi tudo de «armas e bagagens» para a Igreja Matriz. A mudança foi tão repentina que até a chave da igreja foi pedida na hora de forma desesperada. Resultado: praticamente ninguém do Torrão assistiu às (dizem que, excelentes) intervenções e actuação do coro, havia pessoas que ás nove horas da noite dirigiram-se à igreja porque ouviram um rumor mas a essa hora estava tudo acabado, depois ainda se ficaram pela praça mas nada aconteceu e já nem se fala nos intervenientes que ficaram no mínimo agastados. 
Nesse dia houve ainda o encontro dos amantes das Renault 4L, estava previsto fazer uma sardinhada na praça mas por causa do evento, a sardinhada foi cancelada. No fim de contas nem sardinhada e nem evento.
O que é pior é que isto custou dinheiro aos cofres públicos. Comida para aquelas pessoas todas, transportá-las em veículos da «câmbra», pagar horas extraordinárias aos motoristas, etc, etc. Gostavamos de saber quanto é que esta «brincadeira» custou. Se calhar por isso é que as contas são assunto tabú. Por causa destas e de outras como publicidades e afins.
Mas o que é que esta gente pensa que anda a fazer?

Rua do Fernando: Grave risco para a saúde pública







Com este, é o terceiro ano que se alerta para a situação na Rua do Fernando, junto ao edifício da Sociedade 1º de Janeiro Torranense. O «andorinhal» que ali nidifica deixa aquele troço de rua simplesmente nojento. Este ano, a rua está particularmente suja. O que é grave é que nas imediações mora gente, com crianças inclusive.
Infelizmente os serviços só lavam uma vez, no final da nidificação das aves quando o lógico era que houvesse uma lavagem na época em que a actividade está no auge e depois no fim se procedesse a mais uma lavagem. No mínimo duas vezes ou mais se preciso fosse. Quantas vezes será preciso alertar. Será que ninguém vê isto? E se fosse à porta de suas excelências será que esta nojice se verificava? Nada mudou portanto.

Buracos nas ruas e falhas na calçada








Aqui está outro caso. Já há uma semana que foi dado o alerta para o buraco que está na Rua do Poço Mau. Entretanto nada foi feito, as pedras têm vindo a saltar uma a uma e o buraco cresce a olhos vistos. Ora nada foi feito porque se anda a levantar calçada e a proceder-se à sua recolocação no Largo de S. Francisco, e porquê? Porque essa é uma «zona nobre do Torrão» e tem que se fazer obras de fachada porque isso dá votos. Já reparar as ruas que estão mesmo a precisar, não é prioritário; fica para as calendas gregas. Curiosamente, mal o actual presidente da junta tomou posse, umas das primeiras coisas que se fez foi reparar calçada ao pé da sua casa. Tudo da mesma portanto. Diferenças? Onde?

Nota: Deve-se fazer aqui uma declaração de interesse no sentido de referir que nesta rua e próximo do buraco reside o autor deste artigo. Deve no entanto fazer-se a ressalva que tal coisa não o afecta em nada pelo que, por si, o buraco pode estar ali uma eternidade pois não é coisa que o prejudique.


Conta de Gerência e Orçamento da Junta de Freguesia do Torrão




Se há coisa simplesmente escandalosa e vergonhosa é o facto de no site da junta de freguesia continuar-se sem se avistar a mais pálida sombra do orçamento deste ano e da conta de gerência de 2013. 
O orçamento foi votado em Dezembro de 2013 - seis meses portanto. A conta de gerência foi votada há coisa de três meses. Tanto um como outro não viram ainda a luz do dia com a agravante do orçamento já ter sofrido uma alteração e a segunda alteração estar na ordem de trabalhos desta sessão.
Nada mau para quem atacou a situação, durante a campanha eleitoral, devido ao facto desta não mostrar as contas da junta. Tudo como dantes no quartel de Abrantes. Onde está a diferença?
É tudo a mesma pantominice pegada.



Resumindo e concluindo, quando há uma ano se pensava que era impossível alguém fazer pior eis que, contra tudo o que era espectável, ainda se consegue descer um pouco mais. É o que dá a impreparação, o amadorismo e o elevar pessoas a determinados cargos para os quais não estão à altura das responsabilidades nem querem sequer e sem sequer saber as bases mínimas mas ainda assim aceitam os encargos - talvez inconscientemente. Executivos fracos a todos os níveis e presidentes-fantoche que se vão sucedendo com os resultados que se sabe - fantoches do sistema cristalizado na junta e fantoches que prestam subservientemente vassalagem a Alcácer e aos «técnicos» da «câmbra», sem defender afincadamente os interesses da freguesia e das suas populações e gente que apenas procura satisfazer ambições ou desejos pessoais. É disto que temos tido por cá nas últimas décadas. Nem um representa quem quer que seja. Nada mudou portanto ou se mudou foi uma bocadinho para pior. Essa não é definitivamente a sua praia e talvez daqui a três anos ou a abstenção sobe ou aparece algo novo por estas bandas. Já se viu que PS e CDU são duas faces da mesma (má) moeda.
Afinal o Rei vai nú.