Para que não se afirmasse a posteriori que era mentira, apresentou-se aqui uma verdadeira obra engenhosa (engenharia + manhosa) que deu o resultado que tinha que dar. Inevitável!
Agora a coisa foi feita ainda com mais requinte, foi caprichado até. Como? Abriu-se uma cova para que a água com os detritos sedimentares se depositem aí. A solução funciona mas a curto prazo. Do ponto de vista cinemático, a velocidade do caudal é atenuada pelo constrangimento, a sedimentação deposita-se no fundo do buraco antes que a água atinja a grelha de escoamento e depois esta escorre para o sumidouro sem grandes precalços. Para reforço fez-se uma represa com as pedras, como se pode ver insistindo-se de forma insana em brincar com a natureza como se uma coisa frágil como essa tenha capacidade de deter as forças naturais que entretanto se geram. Insiste-se no improviso. Em caso de chuvada, se esta for pouco intensa a coisa resulta mesmo que sejam mais do que uma mas ainda assim é condição necessária ir periodicamente retirar a terra que entretanto ali se acumule. Se por outro lado, for uma chuvada de forte intensidade, como a que se viu recentemente, o sistema de drenagem funciona até um certo ponto crítico a partir do qual o buraco não terá mais capacidade de reter a lama e a terra ocorrendo o mesmo desfecho.
É caso para dizer, como lá diz o povo: Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas. Neste caso, enquanto o buraco enche e não enche, livra-se a estrada da lama... e os automobilistas do perigo.
Sem comentários:
Enviar um comentário