O jornal local de Évora, O Registo, dá conta, numa recente edição, de que a empresa de aeronáutica brasileira Embraer, que vai instalar uma unidade industrial justamente em Évora, está apreensiva com as dificuldades logísticas que terá eventualmente que vir a enfrentar. A preocupação deve-se à dificuldade de escoar os produtos da fábrica para os portos nacionais, tendo vindo a ser encetadas reuniões entre os responsáveis da empresa e as autoridades portuárias, nomeadamente de Sines. O artigo é claro ao ponto de particularizar os condicionamentos rodoviários entre Évora e Sines.
No limite, a Embraer admite levar os componentes para Bilbau, Espanha, onde existe uma plataforma logística, de onde poderão ser posteriormente levados para o Brasil.
Não sendo uma prioridade, tal configura-se como um plano de contingência, nas palavras de Luiz Fuchs, Presidente da Embraer Europa.
Há mais de 12 anos que se anda a falar do IC33. Uma via que ligaria Évora a Sines. Um projecto que, também ele, não tem forma de ver a luz do dia embora por outro motivos.
Era toda uma região que poderia vir a beneficiar do traçado, em particular o Torrão, e do qual demos conta aqui, relativamente ao último projecto no entanto temos uma Quercus que tem vindo a fazer o favor a todos de sabotar sucessivamente a concretização de tal obra, como também já demos aqui conta - parece eu que sou bruxo. Mas não, o segredo é pensar só um pouco e juntar as peças do puzzle.
Não deveria ser este o impulso que faltava para arrancar de vez com uma via de enorme potencial estratégico e de crucial importância para Portugal, para uma região? Está aqui uma oportunidade d'oiro que se arrisca a ser vista por um canudo, ouro que nos arriscamos a entregar ao bandido, ou melhor dizendo, a Espanha.
Assim Portugal dificilmente passará da cepa torta. Assim é de facto deveras difícil. Só um milagre é que salvará Portugal. E que milagre; o santo tem que ser bastante potente, poderoso mesmo.
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