Para começar, os vinte e quatro mil seiscentos e sessenta e sete euros e setenta e cinco cêntimos, da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba, convertem-se em dois milhões quatrocentos e sessenta e seis mil setecentos e setenta e cinco euros no total. Pois evidentemente! Como? Fácil! A vírgula ou melhor, a ausência dela. É a vírgula que separa a parte inteira de um número, da parte não inteira. Aliás nas outras cifras é a vírgula que faz essa separação e depois neste caso.... Os pontos põem-se eventualmente de mil em mil unidades, isto é, 1.000 (mil), 1.000.000 (um milhão), etc. Mas não é obrigatório. Usa-se em números muito grandes para facilitar a sua leitura. Nesta caso a disposição dos pontos acaba por estar mal feita (bastava que ambos os pontinhos recuassem uma casa para a esquerda) mas a leitura é essa: 2 milhões, 466 mil..., etc.
Junta de Freguesia do Torrão: 22.644,98€ convertem-se na totalidade em... 24.644,98€. Ficámos sem saber qual o valor correcto; se o valor parcial se o valor total. Ficamos a saber que 22.644,98 +0 +0 = 24.644,98€. São só 2000 de diferença. Pouca coisa.
E por fim, o «must»:
Bombeiros Voluntários de Alcácer do Sal: 55.881,79 + 42.838,18 =97.719,97€??? ERRADO. 55.881,79 + 42.838,18 = 98.719,97€. É suposto na contabilidade saber-se fazer contas. Depois do português temos agora também a matemática?! O Paulo Selão dá explicações de matemática. Não de matemática de primária mas se for preciso faz-se o sacrifício... e o pacote de oferta ainda inclui a prova dos nove e tudo.
Agora a sério: o que aqui está estampado à vista de todos nós é a falta de capacidade de análise... no mínimo. Até assusta a forma leviana como documentos oficiais e que envolvem dinheiros públicos são assinados assim sem mais não e com gralhas da ordem dos milhares de euros.
Inacreditável. É que comem a papinha toda, toda que lhes põem à frente. Toda. Se a papinha estiver envenenada caem fulminados na hora. Pouca dúvidas restam de que se, por absurdo, lhes colocassem em cima da secretária a sua sentença de morte para assinarem, assiná-la-iam de cruz.
E assim um documento oficial e público mais não é do que um borrão e uma burrada. Quem o redigiu, não sabemos mas quem o assinou fica irremediávelmente ligado a tamanha pérola.
É só mais uma.
P.S. - E ainda ficámos a saber que a CMAS adopta duas grafias: o português, como neste caso, e que é de louvar, e o «acordês», o português híbrido e mutilado do famigerado Acordo Ortográfico. Do mal o menos.
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