domingo, fevereiro 28, 2010

Prédio em risco iminente de derrocada - Câmara avança para posse administrativa









Tendo em linha de conta a incuria/indefnição dos proprietários do edificio fronteiro à Estrada Nacional que ameaça ruína a qualquer instante, a Câmara Municipal decidiu por unanimidade, em reunião de Câmara, proceder à posse administrativa do referido edificio com vista à sua demolição. Para tal será usada maquinaria da CMAS e, findos os trabalhos e eliminada a ameaça, procederá ao envio da respectiva factura aos proprietários do imóvel.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Solidariedade nacional para com a Madeira rapidamente e em força





O Pedra no Chinelo, como é óbvio, não podia deixar em claro tão devastador acontecimento, estando solidário para com a Madeira e os madeirenses. Foi arrasadora a tempestade deste fim-de-semana que assolou a ilha e a deixou e em particular a sua capital, Funchal, irreconhecível assemelhando-se a uma autentica zona de guerra. Esta é uma verdadeira emergência nacional que exige uma resposta nacional para a Madeira rapidamente e em força.

Desfile de Carnaval trás alegria a ruas do Torrão

Muita côr, alegria, folia e... um frio de rachar; assim foi o Desfile de Carnaval deste ano, o segundo consecutivo desde o interregno, em 2001, organizado pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal.























quarta-feira, fevereiro 10, 2010

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Os 100 anos da república

O Partido Republicano em Portugal nunca apresentou um programa, nem verdadeiramente tem um programa. Mais ainda, nem o pode ter: porque todas as reformas que, como Partido Republicano, lhe cumpriria reclamar já foram realizadas pelo liberalismo monárquico. (…) A república não pode deixar de inquietar o espírito de todos os patriotas.
Eça de Queirós, «Novos Factores da Política Portuguesa»,Revista de Portugal, Volume II, Abril de 1890,


Não deveriam significar qualquer surpresa as efabuladas evocações que se difundiram e publicaram nos últimos dias a propósito dos festejos do Centenário da República que este fim-de-semana com pompa arrancaram no Porto. Estas constituíram um generoso tempo de antena atribuído ao ancilosado regime pela Comunicação Social que afinal dele julga que depende e presta vassalagem. O que se lamenta profundamente é que a Comissão das Comemorações de Santos Silva e Fátima Rolo, em conluio com a generalidade desses OCS, em desrespeito pela pluralidade de pontos de vista e liberdade de expressão da qual se consideram exclusivos senhorios, promovam um discurso mentiroso ou idealizado sobre os republicanos da revolução do 5 de Outubro e a história dos últimos cem anos. Isto é fazer pouco da inteligência dos portugueses que conseguem desmontar a mascarada: branquear desta forma impune um dos períodos mais negros da nossa história, que emerge na sequência dum tenebroso duplo assassinato (o regicídio), em que um conjunto de terroristas e radicais se apoderaram durante dezasseis anos dos destinos de Portugal. Nem Fernando Rosas, apesar da sua militância política, tem lata para disfarçar assim as mais salientes nódoas do regime nascido em 1910.
Nas múltiplas entrevistas recentemente concedidas pelas televisões e rádios a um qualquer porta-voz da comissão das festas, quando o pivot, por ignorância, inércia ou cumplicidade, prescinde do sua função critica ou de contraditório, tal constitui indubitavelmente um atentado aos mais basilares princípios democráticos. Quererem impingir-nos sem mais nem menos, que Portugal por causa da sua República é mais livre e desenvolvido do que países como a Bélgica, a Inglaterra, a Holanda ou a Suécia, é uma tremenda embustice que carece ser denunciada. Ignorar que a União Soviética, a China, a Alemanha nazi ou Cuba, foram ou são tão republicanas quanto os governos de Afonso Costa ou Salazar à sua época, no mínimo deveria ser motivo de escândalo. Proclamar que foi a revolução do Partido Republicano Português que trouxe a igualdade dos cidadãos perante a lei, o voto universal, ou a liberdade de imprensa, além de constituir uma prova de colossal ignorância, significa o desprezo pela profunda revolução liberal ocorrida durante o século XIX em Portugal, e um vilipendio a todos os seus protagonistas das mais diversas facções políticas; de então Almeida Garrett, Sá da Bandeira, José Estêvão, Fontes Pereira de Melo ou Ramalho Ortigão. E isso, nenhum jornalista de boa fé deveria jamais ignorar.
É deste modo em nome da liberdade e do direito ao contraditório, que se apela a uma urgente mudança de perspectiva e atitude por parte dos OCS, chamando os críticos da Iª república, monárquicos ou republicanos, ao palanque das celebrações. Porque desprezar a História e comprometer um livre debate sobre a república em nome da propaganda, compromete em primeiro lugar a nação que todos somos.
Todos.

João Távora in Centenário da República