quarta-feira, dezembro 31, 2014

INÉDITO: Pela primeira vez em séculos no Torrão...

SINOS DA IGREJA MATRIZ DEIXAM DE TOCAR O DOBRE DE FINADOS







E depois de séculos... o silêncio. Os sinos da Igreja Matriz, que nos últimos meses tocavam desenfreadamente a qualquer hora da noite ou do dia agora, pelos vistos calaram-se de vez.
Tudo começou com o modernismo de electrificar os sinos. Acontece que a rede eléctrica do Torrão, capaz de fazer corar a rede eléctrica de qualquer espelunca do terceiro mundo, volta e meia «crasha», vai abaixo. Com as quedas eléctricas, e depois de restabelecida a corrente, os sinos desatam a tocar a rebate. Desatavam.
Acontece que os últimos infelizes que faleceram não tiveram direito a dobre. E assim, poucos são aqueles no Torrão, que deixam de poder saber quem faleceu.
Inédito! Nunca antes se viu uma coisa destas. Toda a vida os sinos tocaram. É o que dá as modernices. A corda, a velha corda ainda é o melhor método. O pior é que tem que se subir as escadas e ir ao cimo da torre. Pois é. Comodismos. Ainda para mais, subir escadas só faz é bem.
É caso para dizer, ao que o Torrão havia de chegar. Já nem os sinos tocam o dobre de finados. Bem, pelo menos tem um aspecto positivo: Agora os funerais saem mais baratos.
Quem diria. Primeiro foi a bonita pintura, depois o pára-raios que estava no alto que caiu e nunca mais ninguém o viu e agora, o silêncio dos sinos.
Ai Torrão, Torrão... tudo se acaba. Já nem és terra de pão, já não és terra de nada.

terça-feira, dezembro 23, 2014

"Não deixes privatizar o sector das águas em Portugal em circunstância nenhuma"

É certo que as moções apresentadas, nomeadamente nas assembleias municipais, não têm resultados práticos absolutamente nenhuns servindo apenas para marcar uma posição política e nada mais. Ainda assim, na última sessão da Assembleia Municipal de Alcácer do Sal, a bancada do PS apresentou uma moção intitulada «Pela defesa das águas públicas, de todos e para todos os cidadãos».
De todas, esta foi talvez uma das mais pertinentes e devemos plasmá-la aqui.



Pena contudo que sejam as agendas partidárias e os calendários políticos mais ou menos oportunos que façam as moções vir cá para fora. Nos últimos dois mandatos vimos a bancada do PCP e do Bloco de Esquerda - que entretanto perdeu a representação - apresentar moções sobre o tema e o PS nada. Era o tempo dos governos Sócrates e da maioria PS na câmara. Foi preciso o PS ir para a oposição para, enfim, apresentar a sua moção. Já outros agora ficam na defensiva pese embora o facto de que a moção foi aprovada por unanimidade e ouvimos o presidente da câmara referir que é contra o modelo de privatização. Valha-nos isso.
O que é facto é que nós, cidadãos, não podemos nem devemos tolerar sob circunstância alguma que o sector das águas seja motivo de especulação. Esta matéria diz respeito a todos e todos, a uma só voz, deve-mo-nos unir e opor.
A esse respeito, já aqui neste espaço foi publicado um artigo intitulado «Porque devemos dizer não».
Também José Gomes Ferreira, jornalista da SIC, afirma o seguinte na sua mais recente obra - Carta a um bom português:

"Recusa aceitar privatizações de mais serviços municipais de água.
Quando ouvires falar da entrada de privados no capital da ADP, mesmo até 49%, desconfia. Não deixes privatizar a água no teu país. Eles querem é arranjar negócios para os amigos.
A água é vida. Vida é para todos. É o maior direito da humanidade. Maior do que a garantia de ter pão à mesa. Porque com a água cada um pode criar o seu pão, semear, plantar, cultivar, criar animais. Por isso, o acesso à água deve ser o maior direito público e não objecto de negociatas.
Olha para os exemplos de Barcelos e de outros municípios onde se privatizou a gestão da água? O que se ganhou com isso?
Maiores preços, mais negociatas, mais compensações financeiras pelo não aumento total do preço que os operadores queriam.
Onde é que já vimos isso? Nas PPP rodoviárias! Um perigo.
Há um princípio altamente perniciosos na argumentação a favor das virtudes da privatização de certos serviços públicos.
O Estado tem de deixar de fornecer serviços porque não tem dinheiro para pagar os salários e os custos de bens e serviços de consumo intermédio. Entende-se que os operadores privados fazem melhor esse serviço e basta o Estado pagar uma quantia menor para encaixar a diferença.
Pois… em quase todos os casos, o serviço custa mais ao Estado como serviço externo, garantindo lucros avultados a privados que não gerem melhor coisa nenhuma. E a conta a cargo do contribuinte, essa vai sempre subindo…
No caso da água, deixa de se pagar alguma coisa à Câmara Municipal pelo serviço, passa a pagar-se muito mais a uns senhores engravatados. Mas a troco de quê?
Melhor serviço?
Não…
Preço mais reduzido?
Não, pelo contrário.
O que ganhaste?
Não ganhaste nada, perdeste.
No preço a pagar e noutra coisa:
Uma administração de uma SMAS é uma emanação de uma Câmara Municipal. Não a consegues controlar directamente, indirectamente pensas que podes penalizar quem a nomeou, nas urnas, através do voto.
Mas como controlar democraticamente uma administração de um serviço privatizado de águas com contrato até por 40 anos? Não há controlo democrático nenhum. Em praticamente nada. As decisões arbitrárias ficam escondidas nas alíneas dúbias dos contratos de concessão preparados por eminentes escritórios de advogados muito antes de a concessão ser feita.
Sim, é outra forma de dizer que este é um Estado capturado.
Não deixes privatizar o sector das águas em Portugal em circunstância nenhuma.
Rejeita programas de partidos políticos que te prometam essa medida. Aliás, começa mais cedo. Rejeita essa ideia logo na primeira conversa de café em que alguém falar disso. Para eles perceberem que estás atento.
Para eles, decisores políticos conluiados com interesses privados, perceberem que não terão chão fértil para fazer essa sementeira. Nem no bairro, nem na cidade, nem na região, nem no país. Já chega de conluios perniciosos de interesses no sector das águas em Portugal."

Portanto, é imperioso não assobiar para o lado e fingir que não se passa nada ou ignorar a questão. É bom que todos estejamos bem conscientes e não basta só palavras de ordem, moções e abaixo-assinados. Se a coisa for mesmo para a frente é preciso tomar medidas musculadas e, no limite, drásticas. Unidos, nunca nos vencerão.

Saudar o Cante... mas sem o Cante

Na última sessão da Assembleia Municipal, que decorreu no passado dia 18 de Dezembro, a bancada da maioria apresentou uma saudação «Pelo Reconhecimento do Cante Alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade».









Até aqui tudo muito bem mas acções práticas e congruentes não as vimos.
Em primeiro lugar, bem que poderia o Grupo Coral Feminino de Cantares do Xarrama, o único grupo de cante do concelho, ter sido convidado para cantar perante a assembleia. Não é algo descabido. Ora veja-se como foi no parlamento:





E mesmo na Assembleia Municipal de Évora como se pode ver aqui.
Já no concerto de Natal, na Igreja Matriz, e ao contrário do ano passado nem um grupo de cante foi convidado.
Dois exemplos práticos de como as coisas não se fazem como deve ser. Palavras e actos de circunstância é fácil já o resto...
Falta sempre aquele rasgo; o tal que faz toda a diferença.

sábado, dezembro 20, 2014

Pelo segundo ano consecutivo: Concerto de Natal enche Igreja Matriz

Mais uma vez, e à semelhança do ano passado, a Igreja Matriz do Torrão volta a encher por completo para ouvir a actuação da Orquestra Metropolitana do Sul que actuou sob a batuta do Maestro John Avery. O Concerto de Natal foi organizado pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal e contou com o apoio da Junta de Freguesia do Torrão. Presentes no evento estiveram o Presidente da Junta de Freguesia do Torrão, Virgílio Silva bem como o Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vitor Proença, e restante executivo municipal e ainda António Balona, Presidente da Assembleia Municipal.
Foram executadas dez peças musicais, a começar por "Sleigh Ride" de Three German Dances, K. 605, Nº605, de W. A. Mozart, seguindo-se "Sleepers Wake" de Cantata Nº140, de J. S. Bach; "Selecção de Branca de Neve e os Sete Anões", de Frank Churchill com arranjo de John Avery; Birthday Carol, de John Avery; "Troika - Passeio de Trenó", de Prokofiev; "Noite Feliz", de Adolphe Adam e arranjo de John Avery; Valsa "Les Patineurs", de Émile Waldteufel; "White Christmas", de Irving Berlim; Música do Ballet "Copéllia", de L. Delibes e arranjo de John Avery e por fim, um "Medley Pop Into Christmas", um arranjo de John Avery e que inclui "Frosty the Snowman", "Santa Claus is Coming to Town", "I Saw Mammy Kissing Santa Claus"; "Have Yourself a Merry Little Christmas".
A Orquestra Clássica do Sul nasceu em Setembro de 2013 com o objectivo de consolidar a sua implementação nas regiões algarvia e espanhola da Andaluzia e alargar a sua actividade às regiões do Alentejo e da Península de Setúbal, oferecendo uma programação diversificada e de elevada qualidade artística.
De referir ainda que, ao contrário do ano passado, e apesar do Cante Alentejano ter sido elevado recentemente a património imaterial da Humanidade, nem o Grupo Coral e Etnográfico da Cooperativa de Grândola (que marcou presença no ano passado) nem o Grupo Feminino de Cantares do Xarrama, foram integrados no evento, isto apesar da Câmara e Assembleia municipais se terem congratulado com a distinção da UNESCO. Uma falha grosseira que fica registada.




 O Presidente da Junta de Freguesia do Torrão congratulou-se pela presença, mais uma vez no Torrão, da Orquestra Clássica do Sul.

O Presidente da Câmara Municipal frisou que a cultura será um dos pontos fortes do seu mandato







PENSAMENTOS MANHOSOS – “TRADIÇÃO”

E chegámos ao Natal, talvez a única festa tradicional que realmente me toca na sensibilidade. Eu sei que é muito controversa esta quadra pois será muito difícil para quem está só, está doente ou dorme na rua não a achar uma crueldade. Uma quadra que pretende lembrar o nascimento de um Ser que traria felicidade e amor ao mundo devia efectivamente zelar por isso. O Natal transformou-se, ou por outra, foi transformado ao longo dos anos numa quadra em que se acentuam as desigualdades, o consumismo, as falsidades e, por isso, se descaracterizou completamente. A Missa do Galo que era sempre à meia-noite passou para a hora a que der mais jeito ao Padre. As filhoses passaram para o Carnaval. Já ninguém faz as searinhas que tinhamos de regar todos os dias com água, que primeiro punhamos na boca, e que cresciam ao escuro, normalmente debaixo das nossas camas ou fechadas em armários. O sapatinho à chaminé passou de moda e resume-se a uma troca de prendas directamente. Pessoalmente nunca fui de dar prendas, embora sempre receba, pois nunca percebi porquê, é um acto que me emociona desmasiado, tanto dar como receber. Prefiro a harmonia e a paz desta quadra. Até como cada vez há menos e são mais estreitas as chaminés, o Pai Natal é impedido de trabalhar. Relativamente ao Pai Natal eu nunca percebi porque é que se há-de impedir as crianças de sonhar, nem vi o benefício de impedir uma criança de descobrir mais tarde, por ela própria, todo o mistério. O bacalhau com batatas virou moda, pois na minha infância comia-se a carne de porco em conserva, frita na consoada. O perú, que era sempre o almoço do dia de Natal, é comido também ao jantar se der mais jeito. Eu confesso que nunca fui em modernices e que de há 40 anos a esta parte que nos habituámos, na nossa casa, aos nossos rituais que, felizmente, temos conseguido manter tanto quando estamos sozinhos como quando tenhamos a família reunida. Os postais de Boas Festas que comprávamos aos pacotes e escrevíamos com o nosso punho transformaram-se em sms, e-mails, onde com uma só lenga-lenga encaminhamos de uma só vez para toda a gente, impedindo assim também os carteiros de trabalhar... mais. Só uma coisa não mudou e não sei se mudará algum dia: A falsidade dos votos. Finge-se que se perdoa a quem nos ofendeu mas a acção é apenas válida por 24 horas, quando é. Deseja-se tudo do melhor para o ano mas que não seja melhor que o nosso. Podem crer que na noite da consoada sempre fico perturbado com o pensamento fixo naqueles que, por qualquer razão, não podem ser felizes nesta noite. Nunca nos deitamos antes da meia noite pois para nós, não sei porquê, o Menino nasceu a essa hora. Todos os anos nesta noite ouvimos a mesma música de Natal da Nana Mouskouri e o Last Christmas do George Michael. Desde há muitos anos que esta semana do Natal sempre me transporta à reflexão interior. Penso apenas na razão que levará à maldade de umas pessoas, e à bondade de outras, pois eu acredito que ainda há muita gente boa. Procuro pôr de lado os podres deste Mundo não para ignorá-los mas para me dar a mim próprio uma trégua. O mês de Dezembro que costuma ser horrível em catástrofes naturais para a humanidade, este ano, à parte da ilha do Fogo, até tem estado sereno e esperemos que assim se mantenha. Nas próximas 2 semanas não haverão “Pensamentos Manhosos” porque é o meu período de balanço e projectos interiores, e voltarei dia 10 de Janeiro 2015. Digamos que se trata do meu retiro espiritual que me ajuda a repensar o que esteve menos bem no passado e a pensar a forma de melhorar o futuro. Assim sendo quero também dizer-lhes que estou grato pela atenção em crescente que têem vindo a merecer aqui no Pedra no Chinelo estes meus “Pensamentos Manhosos” que outra função não têem que de provocar algum debate e exposição de ideias e uma troca de pontos de vista que para mim têem sido muito úteis. Quero desejar na pessoa do Paulo Selão, os votos de crescimento do Pedra no Chinelo que, com as suas virtudes e os seus defeitos, tem vindo a ser precioso tantos nas reacções que provoca, por vezes desagradáveis mas que o Paulo enfrenta com realismo e até estoicismo, como nas chamadas de atenção sobre problemas na nossa terra que por vezes até não passam de distracções. Para todas e todos e respectivas Famílias:
UM SANTO NATAL E QUE 2015 VENHA REPLETO DE TUDO O QUE MAIS DESEJAREM DE BOM.


Umas boas 2 semanas para todos e pensem, mas desta vez mais no ser humano.
Jorge Mendes

Bruxelas, 20/12/2014

sábado, dezembro 13, 2014

PENSAMENTOS MANHOSOS – “TEMPOS CONTURBADOS”

Eu tive a felicidade de viver toda a minha vida tempos que, embora tristes e sempre conturbados, foram muito ricos históricamente e de grande aprendizagem pelo que pessoalmente não me espantam os acontecimentos neste momento no país. Também tudo o que eu penso e digo é apenas o que penso e digo e não pretendo razão nem atingir nenhum objectivo. Eu vivi toda uma guerra que eu nunca considerei guerra mas sim revolução ultramarina musculada que durou 13 anos. Não tínhamos inimigo mas sim portugueses descontentes como hoje existem irlandeses, espanhóis, franceses e, claro, portugueses que se querem libertar dos governos centrais. No Ultramar não matámos inimigos nem fomos mortos por inimigos mas sim lutámos fratricidamente e disso resultaram milhares de mortes de ambas as partes. Muitos portugueses socialmente intocáveis foram presos, deportados ou fugiram. Depois vivi uma revolução que embora muita gente diga que não matou ninguém eu sei que matou e vi algumas mortes. Só que esta última revolução já dura há 40 anos, tem vindo a matar muita gente, uns por isto outros por aquilo e, muitos portugueses também ditos socialmente intocáveis, têem sido tocados e vão continuá-lo a ser muitos mais. Todas as semelhanças entre as duas revoluções são notáveis a quem quer ver, só com uma diferença, na outra revolução havia um país extremamente forte económicamente, hoje temos um país extremamente debilitado, sem soberania e sem rumo. Um povo que andou com o herói Otelo Saraiva de Carvalho aos ombros e depois o viu preso. Com um Spínola que depois viu preso. Que deixou morrer praticamente incógnito um Salgueiro Maia. Salazar tinha feito o mesmo a Aristides de Sousa Mendes. Queixaram-se alguns de que Salazar esteve 36 anos no Governo, Alberto João Jardim gaba-se à boca cheia de que bateu o recorde. Dizem que antes não se podia falar mal do Estado, hoje também não pois o PR até já abriu processos contra um descontente ou mais e Sócrates diz que vai processar toda a gente. Dantes tinha-se medo de falar pois podíamos ir presos, hoje temos medo de falar porque podemos ser despedidos do emprego ou perder as benesses que são concedidas a muitos, que não a mim. Mas tudo isto a propósito de eu continuar à procura de semelhanças ou diferenças entre o antes e depois. Não há diferenças mas há semelhanças aos montes. O povo continua a ser, como antes, tratado de mexilhão. Todo este folclore de prisões por enquanto apenas me põe uma estranha sensação no cérebro. Prendem uns, soltam outros e no fim vão ficar todos amigos e a rir-se dos otários que continuam a crer neles. Toda esta gentalha política e rica que está presa, se não fôr para apanharem pelo menos 25 anos de prisão não percebo para que os prendem. Sim porque eu não acredito que os tenham prendido só porque meteram a mão na massa. Valores muito mais altos que aqueles que nós supomos se levantam para chegarmos a este ponto. E vamos lá a ver se ainda não vamos ter de os indemnizar todos por danos morais e erros judiciais. Ver o Alegre aos abraços com o Soares é o mesmo que o Portas abraçado ao Manuel Monteiro ou ao Ribeiro e Castro. Eu vi alguns democratas e até governantes de hoje abraçados a Salazar, não muito abraçados pois ele não permitia desmandos. Eu vi um Ministro da Educação de Salazar que mandou carregar sobre os estudantes em Coimbra em 1966, ser idolatrado por gente de memória curta e que se fartaram de chorar no seu funeral. Eu vejo ainda hoje em dia um ex-ministro de Salazar e depois ministro na democracia, ser chamado a opinar sobre problemas que estes cérebros não conseguem resolver. Quando assisto a um José Eduardo dos Santos e família a darem ordens a Portugal é porque já vi quase tudo. Quando vejo um Xanana fazer o que fez aos nossos Juízes não me espanta. Se chegar a ver a Isabel dos Santos, algum chinês ou algum árabe em Presidente de Republica Portuguesa não me vou espantar. Muito mais há que eu vi mas que não cabe aqui. Tal como eu, muita gente já viu o que eu vi mas terá as suas razões para não falar. Resumindo, estamos em período de arrufos, de ameaças tipo se falas de mim eu falo de ti, mas eu estou convencido que ainda os hei-de ver todos abraçados e aos beijinhos.


Uma boa semana para todos e pensem.

Jorge Mendes
Bruxelas, 10/12/2014

quinta-feira, dezembro 11, 2014

Largo das Palmeiras requalificado

Terminaram as obras de requalificação do Largo das Palmeiras, no Torrão. De recordar que na sequência da praga do escaravelho-vermelho as quatro antigas palmeiras que ali se encontravam, da espécie «Canariense», acabaram todas por morrer, notícia que foi dada aqui e aqui.
Na sequência, a Câmara Municipal de Alcácer do Sal procedeu a obras de requalificação transformando o local num pequeno espaço ajardinado onde nem os bancos faltam. Nem os bancos nem as palmeiras; na verdade estas não poderiam faltar ou não fosse o largo justamente das palmeiras algo que seria uma falha absolutamente imperdoável. No entanto ao invés de quatro, são agora duas as palmeiras ambas da espécie «Washingtonia», espécie menos susceptível de ser atacada pelo escaravelho-vermelho o qual prefere as «Canarienses».
De referir contudo que sendo um espaço ajardinado com bancos e tudo não se justifica a não colocação de pelo menos um objecto destes:



Ao que tudo indica, a ausência de pelo menos uma papeleira resulta de esquecimento. Só pode pois no ano passado a grande prioridade passou pela colocação de um número considerável de papeleiras, espalhadas pelo Torrão e em particular pela Praça Bernardim Ribeiro, semelhantes à da imagem acima pelo que é de estranhar nem uma se encontrar agora ali no (novo) Largo das Palmeiras.











O Diabo esconde-se nos pormenores

 No dia 15 de Dezembro irá decorrer uma acção de sensibilização (?) que, ao que parece, consiste unicamente em receber um saco (!) reutilizável. Para tal basta levar a factura da água do mês de Outubro.
Para além da informação, já se sabe, a gaffe do costume: o Despacho nº35/GAP/2013 afinal data de 24 de Outubro de... 2012.
Pode ser insignificante mas não deixa de ser uma gaffe. Poder-se-á dizer que errar é humano. Pois é! Há apenas dois pormenores:

1 - A frequência com que se erra (grande);

2 - Uns erram uma vez e são crucificados e outros podem errar uma vida inteira que está sempre tudo bem.



Quando os alcacerenses mais qualificados em todas as áreas, seja elas desporto, ciência, artes; em suma, todas, por o serem, e que por medo, os maiores medíocres promovem autenticas patifarias até os escorraçarem para afastarem potenciais ameaças enquanto eles, os de sempre, tirando algumas excepções, como não pode deixar de ser, autenticas matilhas familiares, vão-se amanhando; enquanto tal se verificar este concelho não medrará jamais.
E assim o concelho de Alcácer nunca passará da cepa torta. O concelho com mais desemprego, mais desertificado, com maior risco de pobreza, menos industrializado, etc., etc. Nem que tenham que importar os presidentes de câmara - sim, porque parece que 11 almas precisam de um tutor, de serem governados por «outsiders» e isto há 20 anos. 
Assim nem que os importem de outra galáxia. Ganham-se as mesmas!








quarta-feira, dezembro 10, 2014

Prédio devoluto: Serviços municipais procedem à limpeza de escombros

O prédio devoluto das Rua das Torres oferece agora menos perigo depois da intervenção, há poucas horas, dos serviços camarários. A situação do imóvel tinha-se degradado acentuadamente no passado fim-de-semana, facto que mereceu notícia no nosso blog e bastaram apenas escassas horas para que os serviços municipais, hoje, logo pela manhã, procedessem à remoção dos escombros que cobriam parcialmente a rua. A intervenção não passou apenas pela limpeza do entulho. Paralelamente, a parte mais instável e que ameaçava ruína foi derrubada tendo sido neutralizado o risco para a segurança pública neste troço de uma das ruas do Torrão.








terça-feira, dezembro 09, 2014

Ruas das Torres: Situação de prédio devoluto cada vez mas preocupante

A situação do prédio devoluto situado na Rua das Torres, junto à confluência com a Rua do Relógio, é cada vez mais preocupante.
No passado fim-de-semana ocorreu mais uma derrocada parcial da fachada tendo a rua ficado parcialmente coberta de escombros. Até ao dia de hoje os escombros permanecem no local sem que os serviços municipais ainda tivessem procedido à sua remoção.
O que ainda não caiu está como as imagens mostram, numa situação de significativa instabilidade e é só uma questão de tempo até haver novo colapso. 
Recorde-se que esta situação teve início há quase um ano e foi noticiado aqui. As medidas então adoptadas cingiram-se à colocação de uma grade e de um sinal de trânsito a proibir o estacionamento, situação que permanece até agora.
Um caso que deve ser acompanhado de perto pelos serviços municipais de protecção civil. Recomenda-se aos transeuntes especial cautela.







Vá-se lá saber

Na confluência do chamado Largo do Sopapo com a Rua dos Lavradores vamos encontrar mais uma situação insólita.
O Largo do Sopapo foi remodelado em 2009 e convertido em local de estacionamento. Ora quem vem da Rua dos Lavradores e quiser virar à direita para estacionar o carro tem que ter cuidado com um obstáculo extra: um pilarete metálico que ali foi plantado. Acontece que este pilarete também pode representar perigo para quem ali transita mesmo que queira apenas seguir em frente pois nem uma faixa fluorescente tem.
Mas porque carga de água é que este pilarete foi ali colocado? Para proteger a parede. Só pode! Como é uma parede nova e bonita há que a proteger dos embates mesmo que isso signifique retirar margem de manobra para quem quiser virar para estacionar. Os carros podem ficar danificados, a parede é que não. Para além disso, houve ligeireza em plantar o obstáculo mas colocar um sinal de trânsito a anunciar que ali é parque de estacionamento, isso é que já não.
Mas ainda assim quem é que tem ideias destas. Vá-se lá saber.





                                                    O Largo do Sopapo e a localização do pilarete

Como temos aqui uma parede nova e bonita há que proteger. É para proteger os condutores para estes não baterem na parede. Pois... podem não bater na parede mas se tiverem de bater batem no pilarete. Gente inteligente!



O Largo do Sopapo tem um parque de estacionamento mas um sinal destes, nem vê-lo

sábado, dezembro 06, 2014

Tolerância de Ponto: Presidente da Câmara de Alcácer entra em competição com governo e desautoriza Vice-Presidente

"Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito."
Cardeal de Retz


Uma situação no mínimo insólita e embaraçosa no que toca à tolerância de ponto a ser concedida pela autarquia de Alcácer, aos seus funcionários.
Um despacho datado de 3 de Dezembro e assinado pela Vice-Presidente da Câmara, Ana Chaves, que detém, entre outros, o Pelouro dos Recursos Humanos, determinava que seria dada tolerância de ponto de meio-dia no dia 24 de Dezembro e de um dia a 26 de Dezembro e 2 de Janeiro.
Mas no dia 4 de Dezembro, um outro despacho, assinado pelo Presidente Vitor Proença, anula o despacho anterior e determina que serão três os dias de tolerância de ponto, a saber, dias 24 e 26 de Dezembro e 2 de Janeiro.
Depois do governo ter determinado dois dias de tolerância de ponto, parece que o edil alcacerense quis ir mais além e entrar em despique com o governo nem que para isso tivesse que passar por cima da sua Vice deixando-a completamente desautorizada publicamente e numa situação política que não deixa de ser embaraçosa. 
Um caso flagrante de descoordenação e de autocracia que vem fragilizar politicamente ainda mais um executivo que, passado apenas um ano de mandato, já está seriamente desgastado e passa uma imagem de desorientação total.
Apesar do país estar em crise, ainda se vive como se não houvesse amanhã. Mais uma a ser paga pelos do costume.
Razão tinha o Cardeal de Retz.






Estrada de S. Romão: Mês e meio depois da denúncia câmara avança finalmente com obras de reparação



Mês e meio depois de denunciada no Pedra no Chinelo, mais concretamente aqui, a situação perigosíssima em termos de segurança rodoviária na estrada junto à aldeia de S. Romão do Sado, na freguesia do Torrão, a Câmara Municipal de Alcácer do Sal anunciou na sua página de Facebook, o arranque dos trabalhos de reparação os quais irão começar, se tudo correr de acordo com o previsto, na próxima Quarta-feira, dia 10 de Dezembro. Devido ás obras, a estada irá estar encerrada ao trânsito entre as 8.00 horas e as 18.00 horas.


Fonte: Facebook (Câmara Municipal de Alcácer do Sal)



Recorde-se que esta situação tem-se vindo a agravar gradualmente, num troço que já de si é perigoso por ser uma zona de acentuada inclinação e com uma curva apertada exactamente no local em causa sem que nada tivesse sido feito até então.
O solo tem abatido significativamente, o asfalto tem múltiplas fissuras e o desnível que se verifica já a meio da estrada não pode deixar de ser preocupante.
Para agravar ainda mais uma situação que já de si é perigosíssima, não existe qualquer sinalização a alertar os condutores.