domingo, dezembro 29, 2013

Acontecimento e personalidade do ano na freguesia do Torrão

Sempre, por alturas do fim de ano, um pouco por todo o lado se procede à eleição de factos e personalidades que se destacaram no ano que termina.
É difícil nomear, por esta ser uma pequena freguesia, um facto ou uma personalidade do ano no Torrão. Este ano excepcionalmente nomeamos o acontecimento do ano e a personalidade do ano na freguesia do Torrão.
E esta nomeação tem que ir indúbitavelmente para o discreto e por isso mesmo até então quase ilustre desconhecido, Prof. Virgílio Silva (Personalidade do Ano) e a sua inesperada eleição como Presidente da Junta de Freguesia do Torrão (Acontecimento do Ano).
Virgílio Silva, professor de Educação Moral e Religiosa Católica e professor voluntário na recém criada Universidade Sénior do Torrão, figura introvertida e discreta que aceitou o convite para encabeçar a lista de candidatos da CDU à Assembleia de Freguesia do Torrão às eleições autárquicas de 2013, foi eleito, contra todas as espectativas, Presidente da Junta de Freguesia do Torrão.
Poucos seriam aqueles que acreditavam na sua vitória. De facto, não seria à partida fácil derrotar o então presidente, Décio Fava, há oito anos no cargo e que se candidatava pela quarta vez consecutiva nas listas do PS - a primeira candidatura, em 2001, não teve sucesso sendo que saiu vencedor o candidato da CDU. A hegemonia socialista na freguesia era à partida um dado quase assente. Nas eleições autárquicas de 2009, o então candidato da CDU seria esmagado nas urnas com o PS a obter o dobro dos votos - 798 votos contra apenas 396 votos da CDU - pelo que a missão de Virgílio Silva - ainda para mais uma personalidade com low profile e desconhecida até de boa parte da população - não só não era fácil como seria mesmo quase impossível. Porém inesperadamente e de forma surpreendente, a CDU não só conseguiu anular tão desequilibrada situação como o discreto professor foi eleito presidente, ainda que por escassas três dezenas de votos de diferença, algo que se revela um autentico «case study».
Virgílio Silva, um pouco à semelhança de Obama, aproveitando as novas formas de comunicação, fez das redes sociais, nomeadamente o Facebook (mas também do Youtube) - onde foi seguido por centenas de torranenses - a sua principal forma de comunicar, partindo de uma situação óbvia de enorme e, à partida, irrecuperável desvantagem.
 Estas foram as primeiras eleições autárquicas de uma nova era da informação digital sem precedentes sendo que nunca antes os eleitores torranenses haveriam de ter tanta informação à sua disposição e pela primeira vez, um presidente da junta desta freguesia, seria eleito estando e usando estas novas ferramentas de forma bastante hábil.


Virgílio Silva, eleito Presidente da Junta de Freguesia do Torrão, no passado mês de Setembro

Cerimónia de tomada de posse da Assembleia de Freguesia do Torrão que teve lugar no dia 18 de Outubro



terça-feira, dezembro 24, 2013

Não adianta tapar o sol com a peneira

Foram recentemente conhecidas as conclusões do relatório sobre os incêndios florestais que flagelaram, à semelhança de anos transactos, o país durante o Verão. O relatório, encomendado ao Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, não deixa margem para dúvidas: Falta de conhecimento nomeadamente por parte das chefias, anarquia, desrespeito de ordens, equipamento deficitário, entre outra lacunas.
E se alguns são apanhados desprevenidos, outros há, que há muito perceberam os problemas que enferma o dispositivo de combate a incêndios, em Portugal. Infelizmente muitos há que querem tapar o sol com a peneira, apressando-se a refutar ou pura e simplesmente recusar com inexplicável veemência as conclusões dos peritos, como é o caso do Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, o qual argumenta que os bombeiros fazem o melhor que sabem e podem. Não está em causa tal. O que está aqui em causa é que o que sabem e podem - nomeadamente as lideranças nos mais diversos níveis de comando - é pouco. Essa é que é a questão de fundo.
Relembremos agora algumas passagens do mais recente artigo sobre a matéria aqui no Pedra no Chinelo desenvolvido o qual pode ser lido na íntegra aqui.


(...) E por fim a estruturação do sistema de protecção civil bem como dos bombeiros.

Já em 2005, se defendia no artigo, que deveria haver uma unificação dos corpos de bombeiros:



Em relação aos bombeiros, não seria viável a unificação das corporações de bombeiros num único corpo nacional, num modelo semelhante ao da PSP ou GNR, com um comando geral, sedeado no interior do país, por exemplo em Castelo Branco, e vários comandos regionais e locais e uma hierarquia definida, militarizados ou semi-militarizados o que permitiria certamente uma melhor coordenação e organização, com uniformes e equipamento comuns e houvesse no seio desta corporação divisão por especializações (Serviços de saúde, Brigada de intervenção química, Brigada de combate a incêndios, Brigada de sapadores, Divisão aérea, Brigadas especiais - de elite - que actuam em cenários de grande catástrofe como terramotos, tsunamis, atentados terroristas, etc.) e se caminhasse no sentido de um profissionalização cada vez maior em que os elementos de cada divisão apenas tinham determinadas tarefas e se acabasse com o modelo das associações humanitárias, corpos sociais e sócios (que implica descriminação dos cidadãos entre sócios e não sócios.) e que implicam uma gestão pouco transparente e possíveis negócios paralelos?



No Adamastor a problemática é também focada:
A estrutura da protecção civil que coordena o combate aos incêndios prima sobretudo pela falta de clareza. Isto é, não estão devidamente atribuídas responsabilidades de comando de que resulta uma evidente dificuldade na atribuição de meios e prioridades e no apuramento de responsabilidades. Para melhorar esta área torna-se necessário combater o “complexo de quinta” (muito arreigado!) e arranjar uma estrutura com comando centralizado e execução descentralizada; estabelecimento eventual de níveis diferenciados de decisão e linhas claras de autoridade. O afastamento dos militares de toda esta estrutura foi um erro crasso que após a debacle do ano de 2003, já foi parcialmente corrigido.





Temos a seguir o problema dos bombeiros. Os bombeiros sendo os “soldados da paz” (parece que só se pode criticar os soldados da “guerra”...), pelos serviços prestados e pela maioria ser voluntária goza de natural prestígio em toda a população. E têm estado até há pouco acima de qualquer crítica. Ninguém nem nenhuma corporação devem estar acima de qualquer crítica. O Estado tem-se valido do elevado número de corporações voluntárias para poupar nos sapadores, profissionais. Ora as exigências da sociedade actual não se compadecem com este estado de coisas. Acresce que qualquer pessoa pode ser “comandante” de um quartel de bombeiros voluntários e que a instrução e disponibilidade deixam muito a desejar. Basta aliás olhar para o fardamento e atavio para se duvidar da operacionalidade existente. Há pois que impôr alguma ordem neste estado de coisas.

 

 Ora aí está o dedo bem colocado na ferida. Pensamos, e já desde 2005, que as ditas associações humanitárias deviam acabar e haver uma unificação dos corpos de bombeiros numa estrutura semelhante à da PSP e com uma progressiva profissionalização dos efectivos.

De facto também a instrução e disponibilidade deixam muito a desejar. Os bombeiros portugueses são valorosos, abenegados, bravos mas são também, e não tenhamos medo das palavras, uma tropa fandanga que não prima em grande medida pela disciplina - basta ver por exemplo a forma desleixada e sem garbo, como alguns se fardam e actuam nos teatros de operações. Do ponto de vista de preparação física para enfrentar as mais duras condições, a esmagadora maioria, uma catástrofe; gente com baixíssima capacidade aeróbica, gente obesa, gente que não se cuida ou prepara minimamente, homens já com alguma idade, jovens imaturos que menosprezam o risco e que vão para o teatro de operações e vivem aquilo como se fosse uma aventura e mais: muitos efectivos são semi-analfabetos, e pior, alguns comandantes sofrem do mesmo mal. Há comandantes que pura e simplesmente terão certamente dificuldade em ler uma carta topográfica ou meteorológica bem como outras lacunas. Basta abrirem a boca para se perceber imediatamente. Na verdade, como afirma Brandão Ferreira, qualquer pessoa pode ser comandante de um quartel de bombeiros. Até é possível um bombeiro de 3ª (equivalente a praça) ascender a comandante (muitas vezes por conhecimentos, cunhas ou por um «golpe de asa»).

E depois, deveria - deveria porque não existe - existir um corpo de oficiais para enquadrar toda esta gente. Apesar de legislação produzida em 2008 prever a existência de oficiais bombeiros no terreno não se vê nem um.

Também ao nível da formação esta deveria ser diferenciada num modelo semelhante ao usado na PSP. Deveria haver (e há) uma escola nacional de bombeiros a ser frequentada apenas para aqueles que seguem a carreira de bombeiro e uma escola superior de bombeiros - à semelhança da escola superior de polícia ou das escolas superiores militares - destinada à formação daqueles que seguirão a carreira de oficiais sendo esta uma escola de ensino superior ministrando curso de engenharia (quimica, civil, florestal), protecção civil, física, química, psicologia, adminstração, gestão, etc. sim porque nem nas escolas superiores militares nem nas escolas superiores policiais há cursos de oficiais - isso não existe - há sim cursos superiores que conferem uma licenciatura e/ou mestrado mas devido à natureza do ensino estes licenciados são enquadrados nas carreiras de oficiais com o posto mais baixo e depois vão progredindo na carreira (...).

Esta deve ser uma formação rigorosa do ponto de vista intelectual, físico e moral - à semelhança do que ocorre nas referidas escolas superiores militares e de policia - donde saem os oficiais para comandar as unidades, quartéis e operações. Gente altamente formada e preparada, à altura de enfrentar grandes e graves desafios.



Por fim, a logística. Quem estudar um manual de comando operacional percebe que em cenários de grande complexidade, são criadas três células que dependem do Comando das Operações de Socorro: Célula de Combate, Célula de Planeamento e Célula de Logística. O responsável pela célula de logística, designado Comandante de Logística, tem como missão apoiar a organização do teatro de operações, providenciando e gerindo todas as necessidades respeitantes a abastecimentos e equipamentos nomeadamente transportes, instalações, abastecimentos de qualquer natureza, alimentação, manutenção de equipamentos, combustíveis, comunicações rádio, apoio sanitário.




Infelizmente por aquilo que vamos vendo no terreno, a célula de logística, em qualquer teatro de operações tem enormes lacunas. Quantas vezes nós vemos bombeiros exaustos a descansar nas viaturas ou no chão, perto delas? Onde estão as instalações adequadas? Quantas vezes nós vemos bombeiros exaustos e desidratados a ter que beber água dos tanques dos veículos de apoio aos carros que combatem directamente os incêndios? Quantas vezes nós vemos bombeiros completamente exaustos e a precisarem de alimentos a dependeram da boa vontade de populares ou de sandes e croquetes que eles próprios trouxeram para não terem que passar fome? Quantas vezes nós vemos a falta de higiene e de condições sanitárias, com bombeiros completamente cobertos de fuligem, suados e com fardamento danificado permanecendo assim neste estado de desconforto durante horas (ou dias), só tomando banho quando regressam aos quarteis?

Não deveria haver, entre outras coisas, uma boa articulação com as câmaras e juntas de freguesia para estas actuarem na rectaguarda em articulação com a logística de forma a garantir a higiene, alimentação e hidratação e a instalação em boas condições dos combatentes? Como é que esta gente pode estar em boas condições físicas e psicológicas, depois de sujeitas a tremendo desgaste devido ao combate durante horas em condições particularmente duras e posteriormente à falta de condições sanitárias, alimentação adequada - rica em proteínas e hidratos de carbono e não fritos e sandes como muitas vezes se vê - e de água potável e bebidas hidratantes - e não refrigerantes que é a pior coisa que se pode fazer - e falta de conforto no período de descanso quando voltam a ser mobilizados no turno seguinte? Um cenário de catástrofe é um cenário de guerra, onde se combate um adversário ou inimigo (neste caso natural). Ora qualquer general sabe há milhares de anos que se não dispôr de uma boa logística de apoio na rectaguarda, das duas uma: ou perde a batalha ou levará muito mais tempo e com muito mais dificuldade a vencê-la (naturalmente, será sempre uma «vitória de Pirro») simplesmente porque falham duas das três condições essenciais à estratégia: aceitabilidade e exequibilidade.



E também ao nível de planeamento há muitas falhas como é o exemplo de termos equipas a combaterem demasiadas horas, muito para além do que é aceitável, quase parecendo que estão esquecidas e abandonadas na frente enquanto que outras equipas e unidades «frescas» e abastecidas não são destacadas para a frente apesar de mobilizadas, queixa que ouvimos muitas vezes.  É óbvio que tudo isso resulta precisamente da deficitária organização, formação, preparação e competência ao nível do comando e controlo pelas razões atrás mencionadas. (...)

Portanto, ainda «a quente» tanto aqui como no blog Adamastor se traçou a radiografia, em traços gerais daquilo que se vai passando por aí. O que este relatório traz «a lume» é apenas a confirmação na prática e em particular daquilo que muitos sabem e temem e de outros que sabem mas assobiam para o ar ou «enfiam a cabeça na areia», recusando-se a ver aquilo que está à vista de todos. Infelizmente não só se insiste no erro como ainda, tal como é apanágio em Portugal, quando não se gosta da mensagem, mata-se o mensageiro e como tal, e em jeito de mais um crónica de um desastre anunciado, 2014 infelizmente será outro ano negro. Resta saber se haverá baixas e em que quantidade.







sábado, dezembro 21, 2013

Assembleia Municipal de Alcácer do Sal aprova orçamento para 2014



A Assembleia Municipal de Alcácer do Sal que decorreu na noite de ontem, dia 20 de Dezembro, aprovou por maioria com os votos favoráveis da bancada da CDU e a abstenção da bancada do PS (a qual considera ser este um orçamento de continuidade), o orçamento camarário para 2014 bem como as Grandes Opções do Plano - Plano Plurianual de Investimentos (PPI) e Actividades Mais Relevantes (AMR), documento aprovado anteriormente na reunião de câmara que decorreu na passado dia 6 de Dezembro.

Ainda no período antes da ordem do dia, foram postas à consideração e votação dos deputados municipais 6 moções, 4 da CDU - homenagem a Nelson Mandela, contra o projecto de agressão ao Poder Local, sobre a proposta de Orçamento de Estado para 2014 e pela manutenção das 35 horas semanais e 7 horas diárias dos trabalhadores das autarquias - e 2 do PS - contra as provas de avaliação dos professores (à qual foi acrescentado professores contratados por proposta do deputado e presidente da junta do Torrão, Virgílio Silva) e em defesa da Constituição. Todas elas forma aprovadas.

Já no período da ordem do dia, foram postas à aprovação algumas actas de sessões anteriores. Curiosamente, três actas das sessões de Abril, Julho e Agosto que só agora recentemente foram elaboradas devido ao equipamento audio ter estado avariado sem que aparentemente tivesse sido tomada qualquer providência. O ex-Presidente da Assermbleia Municipal e agora deputado, Duarte Faria, alegou que não sabia e nem tinha que saber da avaria do equipamento não obstante não alijou a sua responsabilidade política. No entanto o ex-vereador e agora Presidente da Assembleia Municipal alegou que ainda assim nunca houve problemas relativamente às reuniões de câmara sendo que apenas nas sessões da Assembleia Municipal tais problemas vieram efectivamente a ocorrer.

Entrando no ponto principal - da discussão do orçamento camarário para 2014 bem como as Grandes Opções do Plano - Plano Plurianual de Investimentos (PPI) e Actividades Mais Relevantes (AMR), o executivo camarário pela boca do presidente da câmara deu conta aos presentes que o orçamento do município para 2014 vai contar com menos 250 mil euros de transferências de capital por parte do poder central. Ainda assim, e em traços gerais, Vitor Proença afirmou que este orçamento vai colocar ênfase nas questões sociais. Informou ainda que vão ser adquiridas duas viaturas de transporte (um autocarro e uma viatura de 9 lugares) para a qual há dotação orçamental da ordem dos 100 mil euros e vai ser criado e dotado de financiamento um gabinete municipal de protecção civil (na sua óptica protecção civil diz respeito a todos e não apenas aos bombeiros).
O ponto principal relativamente ao Torrão prende-se com o facto do loteamento do bairro dos castelos (assunto já AQUI tratado) estar mesmo orçamentado e tudo indicar que é para ir por diante já a partir do próximo ano. O presidente da edilidade vincou bem que se vai mesmo proceder à intervenção e que não é uma casa ou duas mas sim um loteamento completo.
O ponto quente da discussão prendeu-se com a revelação de que o município se está a ver a braços com um valor cifrado na ordem dos 3 milhões de euros (valor muito elevado nas palavras do autarca) em encargos assumidos e não liquidados. Vitor Proença foi particularmente incisivo indo ao ponto de afirmar que há situações do ponto de vista financeiro verdadeiramente inimagináveis e que no limite configuram um crime de gestão danosa referindo ainda que a população do concelho nunca teve consciência de tal pois a verdade foi omitida.
A juntar a esse valor, há ainda uma verba da ordem dos 1,5 milhões de euros relativamente ao RUAS que transita para 2014. Ainda assim Vitor Proença revela preocupação pois não pode dizer ao certo se esse valor será suficiente pois não há certezas e que provavelmente não chegará pois os encargos são diversos; encargos esses provenientes de erros e omissões e como tal não serão alvo de fianciamento pelo INALENTEJO o que implica que terá que ser a câmara a suportar os custos per si.
Já quanto ao movimento associativo, bombeiros e juntas de freguesia, não haverá mexidas nas verbas sendo desta forma atribuídos os mesmo valores.
Cinquenta mil euros é o valor que está cabimentado para a reparação do caminho que dá acesso à Herdade Vale d'Arca (caminho municipal). A estrada não será no entanto asfaltada sendo deste modo considerada um caminho rural.
A ETAR de Rio de Moinhos vai ser realizada ou pelo menos há verba para. Há apenas verba dotada em termos de ETAR para Rio de Moinhos, facto que suscitou críticas da oposição.
Foi dada ainda informação realtivamente à celebração de dois acordos, um entre a Segurança Social e a AURPICAS e outro entre a mesma entidade e a Santa Casa da Misericórdia do Torrão, a qual vai passar a receber uma verba de 355€/utente.
Mais duas questões motivam ainda apreensão no executivo. Uma delas prende-se com a gestão da água, questão também trazida a reunião de câmara como aqui se pode ver. O presidente da Câmara voltou a invocar os dados do anuário da ERSAR (entidade reguladora) que colocam Alcácer no 4º lugar como o município que regista mais perdas de água. De acordo com esta entidade, as perdas de água são da ordem dos 60%, estimativa ainda mais negativa relativamente à estimativa do município que situa esse valor nos 55%. Foi ainda revelado que cerca de 35% dos contadores de água não são substituídos há quarenta anos e que o acumular destas e de outras situações geram um problema complicadíssimo no que concerne à gestão das águas.
A outra questão prende-se com a EMSUAS a qual está, segundo o edil alcacerense numa situação dificílima em termos de sustentabilidade financeira, algo que já tinha também sido aqui tema.
A oposição por sua vez critica o facto de a educação ter sido negligenciada bem como o investimento nos refeitórios escolares. A bancada socialista acusou ainda o corte de cerca de 400 mil euros em acção social bem como o incremento de 80% em despesa com serviços jurídicos.

Relativamente à proposta do Mapa de Pessoal da CMAS para 2014, a qual foi igualmente aprovada por maioria com a abstenção do PS, a informação principal prende-se com a intenção da câmara de vir a establecer protocolos com o centro de emprego local com vista à criação de estágios na câmara destinados a colmatar o desemprego jovem, dos quais boa parte têm habilitações superiores do ponto de vista técnico-cientifico mas que ainda não tiveram oportunidade de pôr os seus conhecimentos e criatividade ao serviço da comunidade, como foi referido, intenção essa que se insere numa estratégia de combate ao desemprego.


Os dois últimos pontos da ordem de trabalhos, a saber, Projecto dos Horários de Funcionamento dos Establecimentos de Venda ao Público e Prestação de Serviços do Município de Alcácer do Sal bem como o Regulamento e Tabela Geral de Taxas e Outras Receitas do Município mereceram aprovação unânime dos deputados municipais.

quinta-feira, dezembro 19, 2013

Pedra no Chinelo ajuda a encerrar mais um caso

É já incontável o número de casos cuja resolução tem na sua génese a marca indelével e incontornável do Pedra no Chinelo.
A questão da iluminação da rua transversal à Rua General Humberto Delgado, cujo último artigo data do passado dia 9 e que pode ser lido clicando aqui, está por fim solucionada. 










Torrão, 9 de Dezembro de 2013



Torrão, 19 de Dezembro de 2013



Situação de alerta na Rua da Matriz

É delicada a situação de dois imóveis situados na Rua da Matriz, no Torrão que há anos ameaçam ruir. O assunto já foi trazido ao Pedra no Chinelo e chama-se agora mais uma vez à atenção.
As imagens falam por si. Entretanto, fica à atenção dos serviços a limpeza da rua a qual se encontra coberta de caliça proveniente dos prédios em ruínas - por enquanto ainda só cai caliça - e folhas.























Mercado Municipal do Torrão: Concurso para ocupação de loja

Vai ter lugar na próxima Sexta-feira, dia 27 de Dezembro, pelas 10.00 horas no edifício do Polo da Biblioteca Municipal do Torrão, a hasta pública para adjudicação do direito à ocupação permanente de uma loja no Mercado Municipal do Torrão.
Mais informação no Édito público abaixo. Para ver em pormenor basta clicar na imagem.


Concerto de Natal enche Igreja Matriz

Os lugares da Igreja Matriz do Torrão foram poucos para acolher todos aqueles que ali se deslocaram esta noite para assistir ao Concerto de Natal organizado conjuntamente pela Junta de Freguesia do Torrão, pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal e pela Orquestra Clássica do Sul.
Do programa fizeram parte as actuações do quarteto de cordas da Orquestra do Sul, composto pelos músicos Helena Duarte e Emilian Petrov, no violino, Ângela Silva, na viola e Vasile Stanescu, no violoncelo que interpretaram Carol of the drum/Wonderful/Christmas time/Mary's boy child, Christmas cracker, Deck the halls, Frosty the snowman, Hallelujah chorus, Jingle bell rock, Joy to the world, Let it Snow, Santa Claus is coming to town, What child is this, White Christmas, Winter wonderland e We wish you a merry Christmas.
De seguida actuou o Grupo Coral e Etnográfico da Cooperativa de Grândola de cujo repertório constaram as modas Pondo em nós os vossos olhos, O menino está na neve, Quais são os três cavalheiros, Nossa Senhora da Assunção e Igreja da nossa terra.


O Presépio da Igreja Matriz




O Presidente da Junta de Freguesia do Torrão, Virgílio Silva, comparou o Torrão a um terreno fértil no qual tem que ser jogada a semente para que ela possa florescer, aludindo a que iniciativas desta natureza devem ocorrer com frequência para que o Torrão e o seu património se tornem mais conhecidos e divulgados.

A Vice-Presidente da Câmara Municipal de Alcácer o Sal, Ana Chaves, também esteve presente bem como o restante executivo. Marcou ainda presença António Balona, Presidente da Assembleia Municipal. Ausente esteve o Presidente da Câmara, curiosamente aquele que detém nas suas mãos o pelouro da cultura.

O Maestro e Director Artístico da Orquestra do Sul, Cesário Costa, lançou o desafio de para a próxima vez a actuação não estar apenas a cargo de um quarteto mas sim da orquestra completa.




O Grupo Coral e Etnográfico da Cooperativa de Grândola conta nas suas fileiras com um natural do Torrão: o senhor que está a fazer as honras do grupo.








Junta de Freguesia e Câmara Municipal pelas mãos do Presidente e da Vice-Presidente, respectivamente, brindaram os participantes com diversas lembranças.


terça-feira, dezembro 17, 2013

Assembleia Municipal tem lugar na próxima Sexta-feira


A sessão da Assembleia Municipal de Alcácer do Sal irá ter lugar na próxima Sexta-feira, dia 20 de Dezembro pelas 20.30 horas no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Para consultar a ordem de trabalhos clique aqui.

Tráfico de Pessoas - Os Novos Escravos

«A morte não é o pior que pode acontecer ao Homem»
Platão

Um trabalho de investigação que revela uma realidade difícil de imaginar. O Tráfico de Pessoas é uma grave violação dos Direitos Humanos. Um crime que movimenta milhões e ao qual nenhum país está imune. As pessoas são mercadoria, compradas e vendidas.

Fonte: SIC

 

Um grande trabalho com a chancela da SIC acerca de uma realidade escondida: o tráfico humano.
Um dos pontos incide justamente sobre a questão do trabalho ilegal nomeadamente em herdades alentejanas, mais especificamente na apanha da azeitona. De recordar que uma operação de grande envergadura, que envolve gente que habita no Torrão, foi aqui dada à estampa. 

 

 

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Reunião de Câmara de 12 de Dezembro: Município regista perdas de água da ordem dos 55%


 O excutivo da Câmara Municipal de Alcácer do Sal reuniu no passado dia 12 de Dezembro. Da respectiva ordem de trabalhos vamos dar aqui conta dos principais e mais relevantes pontos, e claro, aqueles que dizem directamente respeito ao Torrão.

Ainda antes do periodo da ordem do dia, a vereadora do PS, Isabel Vicente informou em tom de satisfação que os «vesúvios» ou, como diz a população local, «patas de cavalo» (ou de mula), receberam um prémio ibero-americano de design e que inclusive também os há na Fundação Champalimaud sendo que apenas em Alcácer é que tão criticada é a sua existência. Por sua vez o Presidente refutou a acusação e referiu que aquilo que está em causa é a colocação de «vesúvios» em zonas inapropriadas à circulação de pessoas e veículos, onde funcionam como obstáculos como sendo em locais que inviabilizem ou tornem difícil o acesso a garagens, em zonas onde haja risco dos munícipes tropeçarem e onde aliás já contribuiram para a queda de pessoas. Vitor Proença enfatizou ainda que o design deve ser adequado à funcionalidade e que, na sua óptica, se este não for adequado ao ser humano então não é viável e que aquilo que está planeado é que em alguns locais ficam e noutros são removidos.
Foi dado conhecimento relativamente ao parecer do Revisor Oficial de Contas (ROC) sobre as demonstrações financeiras intercalares. O Presidente da Câmara informou que da avaliação de contas do semestre, relativamente ao inventário inicial, houve recomendações no sentido de maior controlo da documentação em arquivo. Relativamente aos imóveis, a recomendação aponta no sentido da avaliação correcta do valor patrimonial. Já quanto à facturação, nomeadamente a referente ao projecto RUAS (Regeneração Urbana de Alcácer do Sal), o ROC alertou para esta estar a ser feita fora de período e alertou ainda para a parte da fiscalidade da obra nomeadamente a referente a parte do custo da obra.
Da análise e votação da proposta referente ao pagamento da quota-parte dos empréstimos contraídos pela REGI - prestação de Dezembro de 2013, a qual foi aprovada por unanimidade, vai resultar o pagamento de valor de amortização da ordem dos 2388€ e de 1372€ referente a um projecto.
O ponto 272/2013, referente a análise e votação de proposta acerca da prestação de serviços por parte da Orquestra Clássica do Sul relativamente à actuação na Igreja Matriz do Torrão, com música de Natal para quarteto de cordas, mereceu aprovação unânime do executivo. O evento terá assim lugar na próxima, Quarta-feira, dia 18 de Dezembro pelas 21 horas e conta ainda com a presença do Grupo Coral e Etnográfico da Cooperativa de Grândola.



Ainda referente ao Torrão, mais concretamente ao seu agrupamento de escolas, o ponto 276/2013 versa sobre a análise e votação da proposta referente ao Protocolo de Cooperação estabelecido entre a Câmara Municipal de Alcácer do Sal e o Agrupamento de Escolas do Torrão, relativo ao ano lectivo de 2013/2014, o qual foi também aprovado por unanimidade. Do protocolo consta a atribuição de menos 500€ em relação ao ano lectivo anterior, passando o valor de 1000€ para 500€, valor esse que é referente aos prolongamentos e custos com actividades de enriquecimento extra-curriculares. Está ainda prevista a cedência de mais dois funcionários pela câmara.
Unanimidade recebeu também proposta idêntica mas referente ao Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal, o qual vê também o apoio monetário do município reduzido em menos de 8500€.
Um dos pontos principais da reunião de 12 de Dezembro prende-se com a análise e votação da proposta referente aos pedidos de pagamento em prestações (pagamento faseado), de facturas de água.
Vitor Proença alertou que o sector municipal da gestão de água e saneamento requer «grande atenção». O edil revelou ainda que existem «discrepâncias brutais» e «contas grosseiras» e que o município alcacerense regista perdas de água da ordem dos 55% e que, de acordo com uma publicação em anuário, o munícipio alcacerense surge classificado como a quarta câmara que mais água perde em todo o país e salientou que contadores, redes, facturação e tudo mais vão ter que ser passados a «pente fino». Depois da exposição dos factos pelo autarca e da discussão da praxe por parte do restante executivo foi a proposta também aprovada por unanimidade.

domingo, dezembro 15, 2013

Presépio já enfeita Largo do Cruzeiro

O típico e célebre Presépio do Largo do Cruzeiro já enfeita aquela zona do Torrão. Ficam as fotos ilustrativas e quem quiser ver ao vivo, já sabe; é só vir ao Torrão e visitar o Largo do Cruzeiro.












Nota pessoal: Só tenho um crítica a fazer. A meu ver, devia ser feito um Presépio à antiga portuguesa e não misturar tudo ao desbarato. Aqueles enfeites nos pinheiros, berliques-e-berloques, aqueles colares feitos com tampas de plástico e bolinhas de plástico coloridas, pais natais e afins não deviam estar ali; estão desenquadrados e torna a coisa um bocado apalhaçada. E a estrela devia estar fora da cabana. Já alguém alguma vez viu uma estrela dentro de casa? Para além disso, a Árvore de Natal e o uso e abuso de luzinhas são invenções americanas bem como a figura do Pai Natal, a qual surgiu nos anos 30 num anúncio da Coca-Cola. Portanto, a meu ver, a aposta correcta será no tradicional Presépio à antiga portuguesa; aumentando a área e o número de figuras do Presépio as quais devem ser em cerâmica (do género das que ali figuram já), incorporar um pequeno lago, e recorrendo exclusivamente a materiais tradicionais e naturais tais como palha, musgo, madeira, rama, caruma, pedras, argila, etc. tudo o resto é tralha desnecessária e de gosto duvidoso. Pessoalmente bania o plástico. Mas é apenas a minha opinião pessoal a qual sinto que tenho o direito de dar por o Presépio estar implementado num espaço público. Ainda assim é uma boa iniciativa e os promotores, todos eles, estão de parabéns. Aquilo que eu quero dizer é que pode ser melhorado - e muito - em todos os aspectos.

Assembleia de Freguesia do Torrão com sessão marcada para o próximo Sábado

Vai ter lugar no próximo Sábado, dia 21 de Dezembro, pelas 20.30 horas, uma sessão ordinária da Assembleia de Freguesia do Torrão.
Da ordem de trabalhos consta, para além dos habituais pontos que se centram na leitura, discussão e aprovação da acta da sessão anterior bem como da informação prestada pelo executivo da Junta de Freguesia, a apresentação e discussão do Regimento da assembleia; votação da proposta sobre exercício de mandato em regime de meio-tempo pelo presidente; discussão e aprovação da 3ª revisão do orçamento e PPI (Plano Plurianual de Investimento); discussão e aprovação das Grandes Opções do Plano (PPI e PPA - Plano Plurianual de Acções), Orçamento e Mapa de Pessoal, para 2014. De referir que as sessões são públicas e há um periodo de tempo estipulado justamente para o público usar da palavra se assim o entender.


Vereador eleito pelo PS à câmara de Alcácer renunciou ao mandato

Menos de três meses depois das eleições autárquicas que decorreram no passado dia 29 de Setembro, o vereador eleito pelo Partido Socialista, Nuno Baião, renunciou ao mandato. O lugar é agora ocupado por David Perna. De recordar que nas eleições de 29 de Setembro, a CDU saiu vitoriosa, tendo eleito quatro membros da sua lista enquanto o PS apenas três. Aos vereadores eleitos pelo PS não foi atribuido qualquer pelouro.

Número dois na lista do PS à Câmara de Alcácer do Sal - a qual foi encabeçada pelo ex-dirigente da UGT, Torres Couto - Nuno Baião renunciou agora ao mandato para o qual foi eleito nas últimas eleições autárquicas.

Em quarto lugar na referida lista, David Perna assume agora o lugar de vereador no município alcacerense.

Imagens: Mais Alcácer Olhos nos Olhos (Facebook oficial da Candidatura do Partido Socialista às eleições autárquicas 2013)