terça-feira, setembro 30, 2014

Soma e segue: Câmara de Alcácer do Sal adopta terceiro logotipo

Um, dois, três. A Câmara Municipal de Alcácer do Sal adoptou o terceiro logotipo em menos de dez anos. O primeiro logotipo, criado quando o PCP era poder, foi preterido pela nova maioria PS mal esta chegou à câmara, em 2005, e foi criado um novo símbolo do município. O argumento era que o «logo» do município se confundia com o símbolo do partido no poder. Com a aprovação do novo logotipo, foi a vez do PCP, agora na oposição, usar mão dos mesmos argumentos.
Passado um ano após o regresso do PCP ao executivo da câmara, o logotipo volta a ser alterado.
Vamos ver se a saga ficará por aqui.



Até 2005, este foi o logotipo da Câmara Municipal de Alcácer do Sal
Com a chegada do PS ao poder foi adoptado um novo logotipo



Com o PCP de novo no poder, desde Outubro de 2013, a câmara adopta passado um ano um novo logotipo

domingo, setembro 28, 2014

Sociedade 1º de Janeiro: Junta de Freguesia do Torrão deixa comissão de futsal à beira de um ataque de nervos














A Comissão de Futsal da Sociedade 1º de Janeiro Torranense está apreensiva relativamente ao transporte das equipas dos diversos escalões da SociedadeFut Torrão.
Através das redes sociais a comissão afirma em jeito de desabafo "Esperamos poder contar com o apoio por parte da Junta de Freguesia do Torrão no próximo pedido de transporte. No pedido de transporte que nós fizemos ficaram muitas dúvidas em relação à resposta da Junta de Freguesia de Torrão".
No centro das preocupações está o facto da Junta de Freguesia disponibilizar a carrinha para efectuar o transporte mas não um condutor devidamente habilitado para transportar crianças sendo que essa é a condição para a cedência da carrinha: A comissão ter que ser ela a procurar um condutor devidamente habilitado para o efeito. 
De referir que a Junta de Freguesia tem quem possa fazer o serviço. A câmara municipal também tem vários funcionários habilitados para o efeito.
Tal facto está a deixar exasperados os responsáveis da SociedadeFut que recordam um caso similar que se passou este Verão com o transporte dos atletas, que se deslocaram então a Vila Nova da Baronia, a ser providenciado pela Junta de Freguesia mas nos mesmos moldes. A comissão teve que se desdobrar em contactos de última hora tendo-se disponibilizado um condutor sem que no entanto este estivesse devidamente habilitado.
A Comissão da SociedadeFut entende que não deve ser ela a pedir favores ou a pagar ao condutor.

A SociedadeFut tem equipas de três escalões formadas: Benjamins (nascidos entre 2004 e 2005), Infantis (nascidos entre 2002 e 2003) e Juvenis (nascidos entre 1998 e 1999) estando ainda a formar a equipa do escalão Petizes e Traquinas (nascidos entre 2006 e 2009) e conta com o apoio da Câmara Municipal de Alcácer do Sal relativamente ao espaço (Pavilhão do Centro Escolar do Torrão) e transporte se bem que os transportes ainda não estão confirmados o que a leva a virar-se para a Junta para pedir auxílio. 
Já com a Junta de Freguesia do Torrão foi celebrado um protocolo no qual está estipulado um apoio monetário de 250 euro por trimestre.


CARTAS DE BRUXELAS: Pensamentos manhosos


Pensamentos manhosos
Por: Jorge Mendes

Convidou-me o Paulo Selão para escrever algo semanalmente para o seu Blog Pedra no Chinelo e foi com um enorme prazer que aceitei e aliás me senti honrado pelo convite e irei fazer tudo para não desmerecer a confiança. Tudo o que digo, faço e escrevo não tem pretensões de espécie alguma a não ser exprimir o meu ponto de vista que valerá o que vale. Primeiro pensei que não merecia a oportunidade mas depois comecei a ver tanta gente a escrever, que comprou os diplomas que pensei: Se o Sócrates e o Relvas escrevem, entre o comprar e o não ter, não existe diferença alguma e vai daí... cá estou.
Nesta minha primeira abordagem veio-me de repente aos neurónios o poder local em Portugal. Já repararam que salvo raríssimas excepções o poder local em Portugal é exercido por pessoas que vêm de sítios distantes? Faz-me lembrar a minha mocidade que quando havia baile no Torrão e na Quinta de Baixo ou em Vale Paraíso ou em Odivelas ou mesmo Alcácer, a gente pirava-se nas motorizadas para lá e os de lá vinham para cá. É que lá não nos conheciam e vai daí pintávamos a manta à nossa vontade. Pode parecer estranha a comparação mas é a imagem que me vem à cabeça.
Mas alguém se convence que um tipo que cai de paraquedas, ainda que não seja de muito longe pode, num razoável período de tempo, perceber o sentir, o passado, as tradições e as aspirações de futuro de toda uma comunidade? Claro que não, e vai daí que acontece? Quando começa a perceber um pouco está na hora de ir pregar para outra freguesia. Alguma vez nos últimos 40 anos se ouviu alguém dizer: para atingir o que a população deseja no futuro, eu proponho este caminho que penso nos leva lá em X de tempo mais ou menos? Claro que não. Ouve-se falar no Projecto do Partido A, B, C, que será o projecto a “impôr” a quem votar em mim.
As populações têem de deixar de votar nos projectos de A, B ou C mas sim nas pessoas que creiam capazes de realizar o próprio projecto da população. Ah e tal mas as populações não têem projectos. Claro que têem e curiosamente são todos iguais em todos os Concelhos e Freguesias deste País e que são: Paz, Pão, Trabalho e Educação como diz o Sérgio Godinho na sua cantiga. Como é que é possível alguém votar numa pessoa que pelo menos não garanta que lutará por tudo isto? Mas dirão vocês: Então mas assim não votamos em ninguém! Ora bem, desenrasquem-se e pensem. Não tenham preguiça de pensar e de sonhar. Uma terra com trabalho para todos, onde os filhos possam ir à escola, onde a assistência médica seja um direito, onde as famílias possam viver em conjunto, onde emigrar seja facultativo para aqueles tenham vontade de viver e experimentar outros modos de sociedade e não uma obrigação para fugir à pobreza e ao tédio. Reparem que todos os políticos dizem que o interior será uma prioridade para eles e depois assim que chegam lá ao sítio, fecham as escolas, os hospitais, os serviços públicos etc.. etc.. Mas será que tem alguma lógica que alguém que morre no Torrão tenha, depois de morto, de fazer uma viagem de ida e volta de 200Km para poder descansar em paz? Em nome de quê ou quem? Claro que todos sabemos que há beneficiados porque se não houvessem também não havia a lei. Aqui veio-me à ideia quando noutros tempos a Fábrica de Braço de Prata fabricava e vendia armas a nós e aos que combatiam contra nós. Claro que os dos costume vão argumentar que é muito bonito dizer mas impossível fazer. Respondo eu: Se fazem meias de vidro para mulheres e agora até para homem e não se partem, onde está o impossível ?

 Uma boa semana para todos e pensem.

Jorge Mendes
Bruxelas, 25/09/2014

quarta-feira, setembro 24, 2014

Câmara de Alcácer falha pagamentos aos funcionários






Está a circular nas redes sociais uma postagem que dá conta de uma suposta falta de pagamentos por parte da Câmara Municipal de Alcácer do Sal aos seus funcionários.
Alegadamente nenhum funcionário tinha o vencimento na respectiva conta bancária no dia em que habitualmente a transferência é efectuada.

Num comunicado interno, a Câmara Municipal alegou que a situação anómala se deveu a um lapso. Por seu turno, as forças opositoras afirmam que tal se deve a desequilíbrio nas contas da autarquia devido a "gastos milionários" e acusam o executivo, nomeadamente a vereadora directamente responsável pelos pagamentos, de incompetência.
No entanto tudo indica que se tratará de um erro bancário.

terça-feira, setembro 23, 2014

Inundações na baixa de Alcácer do Sal

Fotografia: João Fortunato (Facebook) e Vital Mirra
Texto: Paulo Selão


O mau tempo também se fez sentir durante esta noite e madrugada em Alcácer do Sal. A zona baixa da cidade nomeadamente a Avenida dos Aviadores ficou no estado que as imagens documentam.
Os moradores acusam os serviços de protecção civil municipal de não estarem no terreno no apoio a todos aqueles que foram afectados.






E tal como no Torrão, as inundações em Alcácer serviram para pôr a nu as deficiências do costume. Periodicamente o chão abate na zona do jardim na Avenida dos Aviadores e da mesma forma também aqui repara-se o que está visível sem que se vá à raiz do problema.
O humor mordaz de um morador revela-se num pormenor: a plantação de um arbusto na cratera da calçada que abateu.

















As equipas da Câmara Municipal procederam à limpeza do piso porém os moradores acusam os serviços de apenas terem procedido à limpeza da estrada junto aos correios deixando o outro lado intocável.
















 Trabalhos de limpeza na Avenida dos Aviadores em Alcácer do Sal junto ao edifício dos correios






 Já do outro lado, não houve limpeza espalhando-se a lama pelas bermas

segunda-feira, setembro 22, 2014

Atentado ambiental nas margens e leito do Rio Xarrama


 Imagens Google Earth


 No leito do Rio Xarrama, na freguesia do Torrão, concelho de Alcácer do Sal, a montante da ponte romana, duas grossas paredes em betão armado foram ali construídas no sentido de fazer ali duas represas. A situação, nomeadamente o último paredão a ser construído e que fica a jusante do primeiro, poderá ter todos os contornos de um atentado ambiental significativo.
Perante tal, e sabendo-se a delicadeza que envolve construções desta natureza pergunta-se?

  • Existe um projecto prévio, o qual foi dado a conhecer às autoridade competentes?
  • Existe algum tipo de licenciamento?
  • Foi feito algum estudo de impacto ambiental?
  • Junta de Freguesia de Torrão, Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território têm conhecimento?
  • Este projecto é um projecto de interesse público?
  • Que género de projecto é? Projecto agrícola? Projecto de turismo?
  • Quais os fins a que se destina este género de represas?
  • Está de acordo com o planeamento e ordenamento do território na região?



O que é facto é que graves situações do ponto de vista ambiental estão ali bem patentes. Para além do que ocorreu nas margens, a terra solta e pedras poderão provocar eventualmente assoreamentos a jusante. Como se não bastasse, um enorme sobreiro que se encontrava na margem junto ao leito do rio foi abatido. Sabendo-se que o sobreiro é uma espécie protegida e que mesmo os proprietários de montado não podem abater sobreiros sem licença prévia e sabendo-se ainda que este sobreiro se encontrava numa zona de domínio público pois as zonas hídricas são servidões de domínio público, e portanto não são propriedade privada, pergunta-se como foi possível proceder ao abate desta árvore e porquê?


 Do ponto de vista político, pergunta-se: Quanto ao comportamento das autarquias (Câmara Municipal e Junta de Freguesia), qual é a posição que defendem? Antes de mais, saberão porventura o que se passa ou desconhecerão em absoluto? Ou sabendo «fecham os olhos» não comunicando a situação a quem de direito?
Será este o modelo da «verdadeira requalificação» das margens do Rio Xarrama que foi defendido no programa eleitoral na última campanha autárquica?









Já agora, quem quiser ver todos os planos e instumentos de gestão do território no concelho de Alcácer do Sal clique aqui.




Perante esta situação pergunta-se: E isto não se enquadra numa situação de grave risco ambiental? Não poderá tal ser classificado como construção selvagem?

São perguntas que gostaríamos de ver respondidas.









Junto ao paredão mais a montante, no leito do Rio Xarrama alguma betonagem e restos de malha-sol





Paredão mais a montante

Aqui visível junto ao paredão mais a montante, os restos do sobreiro abatido















Se dúvidas há elas aqui estão dissipadas. O sobreiro foi recentemente abatido. Resta saber porquê e com que legitimidade. O abate foi recente pois ainda é visível a serradura espalhada nas imediações.



A caminho do segundo paredão



Restos de árvores e arbustos que resultaram da desmatação da zona intervencionada aqui amontoados. É bem provável que sejam arrastados aquando das cheias se estas se verificarem









A zona intervencionada. As imagens falam por si.






A transformação do leito do Xarrama a jusante das construções























Em pleno leito do rio. Toda esta zona será zona de passagem das águas do Xarrama.



















Visto de baixo. Terra e pedras soltas. E alteração do leito do rio.