quarta-feira, dezembro 28, 2005

TSUNAMI


26 de Dezembro de 2004...

domingo, dezembro 25, 2005

Recorde do Guiness?


Ao ler o jornal O Publico, na passada segunda feira, constatei, ao ver a noticia da vitória de Evo Morales nas eleições presidenciais da Bolívia, que este, literalmente, pobre país – o mais pobre – da América latina, tem um impressionante currículo no que toca a golpes de estado, pois já viveu, desde a sua independência ocorrida em 1825, mais de duzentos (!) golpes de estado o que dá uma impressionante média de mais de um golpe por ano; isto desde que se tornou independente!!! Agora a questão que eu poria era de saber se tal está catalogado no livro Guiness dos recordes? Quanto ao regime, esta deve ser para aí a CC República, não? E os golpes não se ficarão certamente por aqui! A Bolívia é um país rico em petróleo e gás natural, tem uma importância estratégica considerável, principalmente para os EUA. Morales, denominado «O Cocalero» por defender intransigentemente a cultura da planta da coca – de onde se extrai a cocaína e a heroína – por esta ser uma cultura tradicional na Bolívia, por ser um socialista próximo do ditador cubano, Fidel Castro e do presidente venezuelano, Hugo Chavez e por querer renegociar os contratos das petrolíferas estrangeiras (norte-americanas, essencialmente) e por já ter feito avisos «à navegação» ao afirmar que será o pior pesadelo de Bush, pode muito bem vir a ser o próximo candidato à deposição arriscando-se a puder vir a sofrer uma tentativa de afastamento do poder, tal como aconteceu ao seu amigo Hugo Chavez. E pode não vir a ter tanta sorte como Chvez teve. Pode vir até a ter a sorte do antigo presidente do Panamá, o general Manuel Noriega, deposto pelos ianques depois da invasão, por estes levada a cabo, do Panamá, em 1989, e a cumprir pena de prisão perpetua nos EUA por defender o trafico de droga para este país. É claro que, a ser levado a cabo, o hipotético golpe pode vir, tal como no caso venezuelano, a ser preparado pela CIA, claro está, ou no limite, os EUA invadirem mesmo a Bolívia, pois estes certamente que deverão estar bastante incomodados não só com o avanço do socialismo na América do Sul como também com a chegada ao Poder deste Morales, defensor do cultivo da planta de onde se extraem estupefacientes embora se diga contra o tráfico de droga.
O que ninguém pode esquecer é que este indivíduo foi democraticamente eleito, como o atestaram vários observadores internacionais.
Já agora só uma simples curiosidade, a bandeira desta desgraçada república é verde, amarela e vermelha. Estas são as cores impostas a Portugal desde 1910. A história da república portuguesa também tem tido que se lhe diga – embora, felizmente não tenha um currículo tão «rico» como o da república boliviana – e, infelizmente, ainda terá «muito mais para dar». É claro que isto é só uma curiosidade e coincidência mas...

quinta-feira, dezembro 08, 2005

E no entanto venceu – Noite de glória


O Glorioso Benfica está de parabéns pela memorável noite europeia vivida ontem. Quando já poucos acreditavam que fosse possível (eu próprio estava bastante pessimista ainda que conservasse uma réstia de esperança) que o Benfica se qualificasse para a segunda fase da Liga dos Campeões eis que os encarnados conseguem a proeza de bater, no Estádio da Luz, o Manchester United por 2-1. Pela primeira vez na história dos embates entre os colossos de Portugal e Inglaterra o Benfica levou de vencida a formação inglesa. Por ironia do destino, quis este que tal desfecho se concretizasse poucos dias depois da morte do mítico jogador do United, George Best, que teve o condão de ser o carrasco do Benfica em anteriores provas europeias. Mais palavras para quê?

Ética republicana ataca no Egipto

Votar no Egipto pode ser um acto suicida. Principalmente se os cidadãos eleitores forem oriundos de uma zona onde a oposição está fortemente implantada. Foi o que aconteceu na terceira volta (chiça penico!!!) das eleições legislativas.
As eleições que têm decorrido no Egipto devem-se a pressões dos EUA. Como os ianques têm o Egipto como aliado local querem que o regime do Cairo tenha um aspecto mais democrático - embora no essencial seja uma ditadura. Afinal de contas invadiram o Iraque supostamente para derrubar uma ditadura e implantar uma democracia. É uma questão de aparência.
Porém, alarmado com os resultados, que lhe chegavam aos ouvidos, oriundos de regiões onde a Irmandade Muçulmana, principal força da oposição no Egipto, tem forte implementação, o presidente da republica, o ditador Hosni Mubarak mandou a policia de choque interromper bruscamente as eleições que aí decorriam e encerrar as mesas de voto. É claro que o escrutínio decorreu sem grandes problemas nos locais onde o partido do presidente de república é mais votado.
Resultado final: Morreram 8 eleitores e vários ficaram feridos, o partido do presidente obteve uma vitória esmagadora e os EUA estão em silêncio. Pudera...

sábado, dezembro 03, 2005

É sempre a mesma música


Ao que parece, esta semana, em resposta ao discurso de Bush sobre a brevidade da vitória das suas forças no Iraque, os rebeldes que actuam no Iraque reconquistaram a cidade de Ramadi (supostamente estava controlada), controlando e patrulhando as ruas da cidade e expulsando os ocupantes estrangeiros do centro, atacando mesmo a guarnição onde estavam entrincheirados os soldados ocupantes. Testemunhas afirmaram que o número de combatentes chegava aos 400. Os responsáveis das forças de ocupação tentaram minimizar a operação rebelde afirmando que se tratava de um acto de desespero por parte dos terroristas que estavam cada vez mais encurralados. No entanto, no dia seguinte uma bomba caseira rebentou à passagem de uma das suas patrulhas, matando mais de 10 soldados ocupantes e ferindo outros tantos, em Fallujah (supostamente estava «limpa»), cidade onde decorreu um dos maiores massacres e em que, de acordo com um documentário realizado pela televisão italiana, chegaram a ser usadas armas de destruição em massa (nunca o Iraque teve tantas como agora) em especial fósforo branco (um sucessor do Napalm, que bastantes inocentes matou no Vietname). Como se não bastasse, um instituto americano vem afirmar que a resistência não só não dá mostras de abrandar como tende a aumentar. Bem podem os responsáveis do exército ocupante falar em actos de desespero. Quem parece que os comete são eles com as suas badaladas operações de força (e de vingança).

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Sampaio prepara fundação

Sampaio prepara fundação para depois de Belém. É esta a notícia principal do jornal Semanário. Depois da Fundação Mário Soares e de outras afins, que são subsidiadas pelo Estado sabe-se lá em quantos milhares ou milhões, das quais raramente se houve falar e que ninguém sabe muito bem para que servem é a vez de mais um presidente (que já está na fase de semi-presidente, pois estes perdem alguns poderes quando faltam seis meses para abandonar a «guitarra») fundar mais uma... fundação; Fundação Jorge Sampaio - soa bem! É sempre a bombar, soma e segue e viva a república!

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Dia da Restauração


Passam hoje 365 anos desde que um punhado de patriotas resolveu pôr fim ao domínio espanhol em Portugal, que tantas desgraças nos trouxe e inimigos, outrora amigos, nos granjeou, tornando o nosso país de novo num Reino independente. Embora haja actualmente quem queira fazer com que esta data passe em claro, pelos motivos que se sabem, há ainda e sempre portugueses que, tal como eu, sempre mas sempre recordarão os conjurados que no dia 1 de Dezembro de 1640 expulsaram os representantes do governo espanhol e aclamaram D. João, Duque de Bragança, descendente d'el-Rei D. Manuel I, como Rei D. João IV, com o apoio esmagador do povo em todo o Reino, inclusive Olivença que está há mais de 200 anos na situação em que está.

VIVA PORTUGAL
VIVA A RESTAURAÇÃO
VIVA OS CONJURADOS

Singela homenagem


Fez no passado dia 30 de Novembro setenta anos que morreu um dos maiores e mais genial poeta, não apenas português mas mesmo mundial, de todos os tempos. Refiro-me, obviamente, a Fernando Pessoa. Entre milhares se não até mesmo dezenas de milhar de obras e escritos conta-se «A Mensagem», à qual eu vou «roubar» um poema intitulado de Nevoeiro. Escolhi este poema não apenas para prestar um singelo tributo ao poeta mas também por ser um poema que, apesar de ter sido escrito no já longínquo ano de 1928 continua, ainda e mais do que nunca, a fazer sentido neste pobre Portugal, convertido em república de bananas; entregue «aos bichos», aos medíocres, à incompetência e à enxovia sem que o povo se informe, participe, reivindique e, duma vez por todas, abra os olhos!

NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a hora!