quinta-feira, outubro 31, 2013

Revista de Turismo do Distrito de Setúbal - o concelho de Alcácer do Sal em 1944: 2ª parte

Casa Agrícola Serra Lynce

Uma das mais importantes do Vale do Sado


Falar da Casa Agrícola Serra Lynce é falar de uma modelar organização agrícola que pode citar-se como exemplo de probidade e técnica, e muito se destaca na agricultura nacional, tendo feito escola na região do Vale do Sado.
Foi a Casa Agrícola Serra Lynce fundada à quási um século, pelo grande agricultor, já falecido, José Serra Lynce, um dos grandes mestres de lavoura do concelho de lcácer do Sal, e um dos primeiros que iniciaram a cultura do arroz em Portugal.
Presentemente a Casa Serra Lynce é dirigida pelo seu proprietário, Sr. Dr. Francisco Serra Lynce, que mantém as magníficas tradições de seu falecido tio, o grande fundador desta apreciável colmeia de trabalho, onde se cuida, primorosamente, de diversas culturas e gados.
A principal actividade desta casa, estende-se, nomeadamente, por duas grandes herdades - a Lezíria, que fica na margem do Sado, em frente de Alcácer do Sal; e a Herdade D. Rodrigo, já situada na freguesia do Torrão, muito rica em cortiças e arroz.
Seguindo o exemplo de seu tio, o actual proprietário, Sr. Dr. Francisco Serra Lynce, dedica a maior atenção à sua Casa Agrícola, onde muitos trabalhadores ganham o seu pão; e um dos seus maiores cuidados consiste em tratar o seu pessoal o melhor possível, praticando actos de simpática benemerência. 
De resto, o seu espírito altruísta faz-se sentir em todo o concelho de Alcácer do Sal, onde goza o mais justificado prestígio.











Casa Agrícola 
 Francisco Mendes Palma

 No meio agrícola da freguesia e antigo concelho do Torrão destaca-se a Casa Agrícola
Francisco Mendes Palma, que tem as melhores raízes na agricultura alentejana.
É chefe desta importante casa o sr. Francisco Mendes Palma, neto e filho de lavradores, conhecendo todos os problemas agrícolas da região.
Muito novo veio o sr. Francisco Mendes Palma de Trigaxes para o Torrão, dirigir uma herdade de seu pai, e mais tarde constituiu casa sua, tomando dezenas de proriedades de renda, até que adquiriu a magnífica Herdade do Montinho, na freguesia do Torrão.
Nesta herdade, que tem uma área superior a 800 hectares, desenvolveu a maior actividade agrícola, plantando muilhares de oliveiras, cultivando trigo e outros cereais, cuidando dos grandes montados de azinho, e dedicando especial carinho à indústria pecuária e de laticínios.
Independentemente da sua actividade agrícola, o sr. Francisco Mendes Palma tem prestado os mais relevantes serviços à freguesia, sobretudos em problemas de beneficiência.
Seguindo o exemplo de seu pai, os seus filhos, os srs. José e Francisco Mendes Palma, também se dedicaram à lavora, exercendo os dois a gerência desta importante Casa Agrícola.



quarta-feira, outubro 30, 2013

Transparência dos municípios portugueses é "francamente má"... e por cá?

«É o progresso das ideias que traz as reformas, e não o progresso dos males públicos quem as torna inevitáveis»
 

Alexandre Herculano


A Transparência e Integridade Associação Cívica (TIAC) apresentou hoje o «ranking» relativamente à transparência dos 308 municípios portugueses, com base no levantamento da informação disponível nos respectivos sites. O resultado global do estudo aponta para um valor «francamente mau» no que à transparência da gestão municipal diz respeito.        
“O valor médio de transparência dos 308 municípios é de 33 pontos numa escala de 0 a 100 e o município com melhor resultado obteve 61 pontos" em 100, quem o afirma à Lusa é João Pedro Batalha, da direcção da TIAC.   
A associação apresentou hoje o ‘ranking’ deste índice de transparência, com base, como já referido acima, no levantamento da informação disponível nos ‘sites’ dos 308 municípios, segundo 76 indicadores, agrupados em sete áreas.
“Depois da análise destes 76 indicadores, resultava um ‘score’ [pontuação] para cada um dos municípios entre zero e 100, que é a avaliação da sua transparência”, explicou ainda a mesma fonte.
Os 76 indicadores analisados referem-se à informação sobre a organização, composição social e funcionamento do município, planos e relatórios, impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos, relação com a sociedade, contratação pública, transparência económico-financeira e transparência na área do urbanismo.
Esta é a primeira vez que a TIAC faz esta avaliação, que pensa actualizar anualmente.

Ver notícia aqui


O que é o Índice de Transparência Municipal?

 O Índice de Transparência Municipal (ITM) mede o grau de transparência das Câmaras Municipais através de uma análise da informação disponibilizada aos cidadãos nos seus web sites. O ITM é composto por 76 indicadores agrupados em sete dimensões: 

1 - Informação sobre a Organização, Composição Social e Funcionamento do Município;
 2 - Planos e Relatórios; 
3 - Impostos, Taxas, Tarifas, Preços e Regulamentos; 
4 - Relação com a Sociedade; 
5 - Contratação Pública; 
6 - Transparência Económico-Financeira; 
7 - Transparência na área do Urbanismo. 

Todos os detalhes metodológicos bem como os resultados globais do ITM poderão ser consultados na secção Documentos.


E relativamente ao Município de Alcácer do Sal?

Se o cenário global não é famoso, o cenário relativamente a Alcácer do Sal é claro que não podia ser positivo.
O município alcacerense ocupa o 85º lugar, com uns confrangedores 39 pontos, ex-aequo com Almada, Arouca, Gavião, Grândola, Oliveira do Bairro, Penacova, Proença-a-Nova, Tondela e Torres Vedras.

O estudo aponta ainda uma taxa de 11,1% de desemprego e isto porque muitos têm sido aqueles que têm procurado outras paragens senão provavelmente seria o dobro.


  Infografia do Município:

Como se pode ver, a informação relativamente ao Presidente da Câmara não é correcta. O edil é Vitor Proença. Ana Chaves é a Vice-Presidente.




Também aqui há uma imprecisão pois entre 2009 e 2013 o partido que esteve no poder na Câmara Municipal de Alcácer do Sal foi o PS e não nenhum movimento independente.



 Mas fomos mais além...


 Nas últimas eleições autárquicas, que decorreram no passado dia 29 de Setembro, a CDU voltou à Câmara Municipal de Alcácer do Sal e o seu novo presidente é Vitor Proença. Ora durante doze anos Proença foi o edil de Santiago do Cacém e sendo o Pedra no Chinelo um blog acutilante e com um enorme sentido de oportunidade, a comparação era fatalmente inevitável. Vamos aqui, em primeiro lugar, como não podia deixar de ser, ver qual a posição que ocupa Santiago do Cacém e depois comparar a performance dos dois municípios.


E se a classificação de Alcácer é francamente má, a de Santiago do Cacém é preocupante e motivo para ficar apreensivo. Na verdade, Santiago ocupa o 142º lugar, com 34 pontos (menos cinco que Alcácer), ex-aequo com Alenquer, Almodôvar, Alpiarça, Barrancos, Barreiro, Golegã, Gondomar, Moura, Oliveira de Frades, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, S. João da Pesqueira, Torre de Moncorvo, Valpaços e Vidigueira.

Já relativamente à taxa de desemprego, Santiago do Cacém está melhor do que Alcácer do Sal, com 9,1% - menos dois pontos percentuais que a terra de Pedro Nunes.





Quem visitar a página da TIAC pode constatar que se podem fazer estudos comparativos entre municípios.
Fomos então comparar ambos os municípios em vários parâmetros dos quais se apresentam os seguintes gráficos:




Neste gráfico, podemos constatar que o concelho de Santiago do Cacém tem mais do dobro da população de Alcácer do Sal. Através dos diferenciais entre população e número de eleitores podemos especular que tal se deve ao número de cidadãos com menos de dezoito anos donde se conclui que reside em Santiago um maior número de pessoas dessa faixa etária.





 Como vimos atrás, as taxas de desemprego são muito semelhantes. Neste caso a balança é claramente favorável a Santiago pois apesar de ter mais do dobro da população de Alcácer ainda assim apresenta uma taxa de desemprego menor. O poder de compre per capita também muito superior ao verificado em Alcácer do Sal onde a taxa de envelhecmento é maior.



 Quanto à independência financeira do Município, também Santiago do Cacém leva a melhor sobre o Município alcacerense embora em ambos os casos o comportamento seja semelhante. Ambos perderam independência financeira relativamente a 2010 e em ambos os casos, entre 2011 e 2012 os valores mantiveram-se praticamente constantes.



Já relativamente ao endividamento, Santiago do Cacém afunda-se. Este é sem dúvida o «calcanhar de Aquiles» de Vitor Proença. Embora tenha vindo a cair, desde 2010. 
Contrariamente, este é um dos grandes pontos fortes de Alcácer e da gestão de Pedro Paredes: o controlo da dívida.




Consequentemente, o passivo de Santiago do Cacém também não é famoso, apresentando um valor praticamente constante desde 2010, na ordem dos 21.000.000€. Na verdade, foi este número de vinte e um milhões de euros, bastante invocado na campanha eleitoral e usado como arma de arremesso político pelos adversários de Vitor Proença para atacar a sua gestão enquanto autarca em Santiago do Cacém, nomeadamente pelo candidato do PS, Torres Couto. Já Alcácer registou um passivo da ordem dos 6.000.000€ em 2010, valor que caiu praticamente para metade no ano seguinte, onde se manteve inalterável em 2012.



Quanto ao prazo médio de pagamentos a fornecedores, embora no caso de Alcácer do Sal seja menor relativamente a Santiago do Cacém, ambos os municípios apresentam uma tendência inversa. Enquanto em Alcácer do Sal houve uma dilatação do prazo relativamente a 2010, estabilizando nos 100 dias, em Santiago do Cacém, este parâmetro caiu relativamente à mesma data e estabilizando num valor por volta dos 140 dias.


A Transparência e Integridade Associação Cívica promete continuar a realizar este estudo anualmente. Vamos ficar atentos aos números e registar as flutuações nos valores e o comportamento destes parâmetros doravante. 
É óbvio que o conceito de transparência nos municípios, nomeadamente estes que nos dizem directamente respeito, ainda é algo pouco tido em linha de conta e encontra-se a anos-luz do ideal. Seria desejável que a TIAC estendesse ainda este estudo às juntas de freguesia. Também aqui é imperioso que haja muitíssima mais transparência e percepção dos valores, parâmetros e performances.

Revista de Turismo do Distrito de Setúbal - o concelho de Alcácer do Sal em 1944: 1ª parte


 Capa e cabeçalho editorial da Revista de Turismo do Distrito de Setúbal


Os presidentes das câmaras municipais do distrito de Setúbal - entre eles o de Alcácer do Sal - à época



Alcácer do Sal

Os seus importantes melhoramentos municipais

ALCÁCER DO SAL data do ano VIII da dominação romana. Fundaram-na os lusitanos em homenagem a um feito de armas, quando surpreenderam um ataque da moirama, que atravessara o estreito comandada por Bogud.
Mas ao regressar a África tanto despojos como glória lhe ficaram sepultados no Oceano, pois foram surpeendidos por uma violenta tempestade.
Diz a lenda que foi êste o prémio de terem profanado o templo da deusa Diana ou Salácia, que existia junto ao Sado, pouco mais ou menos onde depois se ergueu a vila.
Verdade ou não, o que é certo é que o templo foi reconstruído e com êle cirada a vila, que primitivamente se chamava Salácia.
Vieram depois os romanos, e, como César lhe concedeu a categoria de Município no antigo direito romano, deram-lhe o título de Urbs-Imperatoria ou Salacia-Urbs-Imperatoria.
Mas em 715 os árabes conquistaram-na e, para não serem surpreendidos por um ataque, construiram uma nova muralha emvolta do castelo, à qual se acolhia a população. A vila mudou então de nome; passou a chamar-se Alcácer de Salaria, o que, com o rodar dos tempos, se transformou na actual denominação.
Era, porém, chegada a época da fundação da nacionalidade; D. Afonso Henriques, depois de imensas batalhas e cercos, conquista-a para a dominação portuguesa em 24 de Julho de 1158.
Mas não acabou aqui, como seria natural, a disputa da linda vila de Alcácer do Sal. Em 1191, os sarracenos voltam a conquistá-la para o domínio do Miramolim, só voltando à posse dos portugueses em Outubro de 1217, no reinado de D. Afonso II.
De tôdas estas lutas ficou o testemunho do seu castelo, que alguns pretendem ter sido o mais forte de tôda a península no tempo da dominação romana e árabe.
Foi nêle que, em 1501, se celebraram os esponsais da infanta D. Maria de Espanha com o rei D. Manuel de Portugal.
Actualmente Alcácer é uma vila magnífica, a que o Sado empresta um encanto admirável. O progresso também aqui chegou e tem transformado a vila de maneira a fazer sobressair as suas fartas belezas naturais.
Por isso se impõe uma visita do forasteiro, que dará por bem empregado o seu tempo, especialmente por altura das suas festas e romarias, umas que se realizam em Setembro, ao Bom Jesus dos Mártires, outras, a romaria à aldeia de Santa Catarina, em quinta-feira da Ascensão. Será o pretexto para visitar os monumentos da vila, bem dignos de serem admirados.
Além do seu famosos castelo, de que atrás traçamos uma resenha histórica, contam-se, de entre êsses monumentos, as igrejas de S. Tiago, Matriz e dos Frades, e, a dois quilómetros de Alcácer, num lugar pitoresco e muito interessante, a ermida do Senhor dos Mártires. Há ainda um passeio a recomendar nesta peregrinação pelos templos: a visita à ermida da Senhora da Maceira, a cinco quilómetros a nascente da vila.
A Câmara Municipal de Alcácer, à frente de cujos destinos se encontra, desde 1933, o seu vice-presidente em exercício, sr. António Xavier do Amaral, tem levado a efeito uma notável série de melhoramentos, a que é de todo o ponto justo fazer referência, embora e síntese. Assim, entre essas obras, contam-se as seguintes como mais importantes:
Fornecimento de enrgia eléctrica à vila; abastecimento domiciliário de águas à sede do concelho; canalização de esgotos em tôda a vila; substituição ou grande reparação dos pavimentos das vilas de Alcácer e Torrão; melhoramentos - com serviço próprio - da limpeza e saneamento desta última localidade; instalação de uma Estação anti-sezonática; aquisição de terreno para os Correios e Telégrafos; estudo e projecto do abastecimento de águas à vila do Torrão; grande reparação e acabamento do novo edifício das escolas do Torrão; construção de um edifício escolar nos Casebres, freguesia de São Martinho, em colaboração com o Município de Montemor-o-Novo; uma fonte na freguesia de São Martinho; construção de uma estrada de Alcácer para o sítio da Ameira; construção de uma escola na freguesia de Santa Catarina; reparação dos edifícios de quási tôdas as escolas das freguesias rurais; construção de uma nova ponte sôbre o Rio Sado, em Alcácer; início de outra nova ponte sôbre a Ribeira de Santa Cartarina; construção de um grupo de moradias pela Casa do Povo de Alcácer ; construção da sede da Casa do Povo de Alcácer (pela Casa do Povo); idem, de um edifício-creche pela mesma Casa do Povo; e, finalmente, construção (actualmente em grande actividade e já em muito adiantado estado) de duas grandes obras de hidráulica agrícola: as barragens do Pego do Altar  e de Vale de Gaio, que virão revolucionar a economia de tôda a região do Sado. São as maiores obras do país, no género.
Depois destas obras, contam-se como maiores aspirações de Alcácer do Sal a construção do mercado fechado, a construção do edifício dos Correios, o abastecimento de águas e a aprovação de um plano de urbanização, que permita e oriente o desenvolvimentos das construções urbanas, plano já entregue a um competente arquitecto.
Alcácer tem um valor diminuto como vila industrial; mas em compensação é muito grande o seu valor comercial e agrícola. O poder de compra da da população permite a existência desafogada de algumas centenas de establecimentos. O concelho é rico na produção de trigo, cevadas e favas. Mas onde é mais rico é na produção de arroz. Um têrço da produção do País é oriundo do concelho de Alcácer. A cortiça é outro grande factor de riqueza agrícola da região, pois algumas centenas de milhares de arrobas são extraídas anualmente.
Ora tudo isto concorre naturalmente para o bem estar e desenvolvimento da linda vila de Alcácer do Sal, cuja população concelhia subiu em dez anos de 16 para cêrca de 23 mil habitantes. E decerto maior bem estar e progresso contaria hoje Alcácer se alguns dos seus filhos melhor dotados ou mais favorecidos pela sorte nêle residissem e nêle gastassem algum do seu dinheiro... A vila ficar-lhe-ia reconhecida. E também êles teriam a satisfação de ver progredir a sua terra, que se distingue entre as mais lindas do Sul do País.







terça-feira, outubro 29, 2013

O novo elenco municipal

Já está definida a orgânica no novo executivo da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, liderado por Vitor Proença e que contará com três vereadores a tempo inteiro - Ana Chaves, Ana Soares e Manuel Vitor de Jesus.

O Presidente da Câmara, Vitor Proença, para além da, como é obvio, coordenação geral, fica ainda responsável directo pelo planeamento urbanístico, turismo e desenvolvimento económico, administração e finanças, projectos municipais, cultura, comunicação e redes de dados e de comunicações.




Já Ana Chaves, para além da Vice-Presidência, ficará responsável pelos pelouros da saúde, educação, acção social, desporto, movimento associativo, juventude, cedência de viaturas a entidades, feiras e certames e recursos humanos.




Ana Soares ficará encarregue dos serviços gerais e urbanos, obras municipais, espaços verdes e públicos, higiene e limpeza, electrificação e iluminação públicas, telecomunicações, rede viária e ambiente (águas e saneamento). Para além disso, será ainda presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (EMSUAS).





Por fim, Manuel Vitor de Jesus terá a seu cargo a gestão urbanística (licenciamentos) e fiscalização, mobilidade, habitação e centros históricos, assuntos jurídicos, protecção civil, gabinete veterinário e património cultural. Será ainda vice-presidente da EMSUAS.


Album Alentejano: O Torrão em 1937 - Última parte




segunda-feira, outubro 28, 2013

O banquinho encharcado


O chamado banco da praça, como o nome indica, situado em plena Praça Bernardim Ribeiro, é o local onde aqueles que vão viajar esperam pela «carreira» da rodoviária mas também o local onde muitos torranenses passam boa parte da manhã ou da tarde, em suma, do dia. Mas também de noite muitos são aqueles que o procuram.
Ora o tempo nada perdoa e o toldo do banco da praça começou já há algum tempo a meter água por todos os lados, e pior, mesmo depois de ter parado de chover, como a água se havia infiltrado nas placas, ainda o local continua inundado e a pingar água, alagando o banco todo não dando hipótese de ninguém se sentar ali.









Ora é bom de ver que tal problema tem que ser solucionado o mais breve possível. Mas reparando apenas o toldo? Isso é o mais fácil e o mais cómodo. Sejamos arrojados e originais. Para além da funcionalidade outro especto tem que ser tido em conta:  a estética.
 Se repararmos na primeira foto, o toldo tem impacto visual porque não respeita a traça de um praça antiga como é a Bernardim Ribeiro. A sua estética não se enquadra na arquitectura tradicional.
A proposta seria de fazer um telheiro de forma a respeitar a traça onde se enquadra, nomeadamente da torre do relógio. Não é algo que custe nenhuma fortuna ao erário (há coisas bem piores como publicidade a rodos por exemplo) e é simples e rápido de executar.
Nas imagens abaixo, exemplos de dois tipos de telheiro em espaços privados. Como a zona onde seria implementada a estrutura é a sala de estar, digamos assim, da Praça Bernardim Ribeiro e sendo aquela área afectada por correntes de ar, a única coisa a fazer a mais seria cobrir com pano de tijolo os alçados laterais.
Fica o desafio e a sugestão... e as imagens exemplificativas.









Exemplo 1 - Telheiro elaborado com materiais tradicionais: ripado de madeira e telha de canudo. Uma estrutura deste género seria a que se enquadraria melhor na Praça Bernardim Ribeiro, por baixo da secular torre do relógio. E para ser mais arrojada, um toque especial, à semelhança deste: umas plantas trepadeiras. Mas isso já seria arrojado demais e são conceitos muito à frente (green building, green city). Não exageremos.






Exemplo 2 - Telheiro elaborado com ripado misto (madeira e alunínio) e telha lusa com algeroz em PVC

domingo, outubro 27, 2013

Informação da Junta de Freguesia


Este Edital dá conta de que as reuniões ordinárias do executivo da Junta de Freguesia (públicas e mensais) têm lugar no dia 30 de cada mês - resta saber o caso do mês de Fevereiro que, como se sabe, só tem 28 dias (ou 29, de quatro em quatro anos) - pelas 21.00 horas, na sede da Junta de Freguesia.





Este aviso informa que o atendimento geral dos munícipes, efectuado pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia, será todas as semanas, às terças-feiras, entre as 9.30 horas e as 11.30 horas, e às sextas-feiras, das 9.30 horas às 12.00 horas, no seu gabinete, no edifício da Junta.

Album Alentejano: O Torrão em 1937 - 3ª parte