domingo, setembro 29, 2013

Virgílio Silva é o novo Presidente da Junta de Freguesia do Torrão



Virgílio Silva, é o novo Presidente eleito da Junta de Freguesia do Torrão. O candidato que encabeçou a lista da CDU à Assembleia de Freguesia do Torrão ganhou a eleição para a Assembleia de Freguesia com 599 votos (49,30%).


Autárquicas 2013 - Resultados apurados na Freguesia do Torrão

Nº de eleitores inscritos - 2013

Nº de eleitores votantes - 1273 - 63,24%

Abstenção - 740 - 36,76%




Assembleia Municipal


Votos Brancos - 25 - 2,36%
Votos Nulos - 32 - 3,02%


PSD - 47 - 3,86%
BE - 20 - 1,64%
CDS/PP - 18 - 1,48%
CDU - 593 - 48,77%
PS - 538 - 44,24%




Câmara Municipal


Votos Brancos - 24 - 1,89%
Votos Nulos - 29 - 2,28%


PSD - 41 - 3,36%
BE - 20 - 1,64%
CDS/PP - 20 - 1,64%
CDU - 605 - 49,59%
PS - 534 - 43,77%




Assembleia de Freguesia do Torrão


Votos Brancos - 27 - 2,12%
Votos Nulos - 31 - 2,43%


PSD - 35 - 2,88%
CDS/PP - 15 - 1,23%
CDU - 599 - 49,30%
PS - 566 - 46,58%

sábado, setembro 28, 2013

Porque é importante ter memória

«Nunca esqueci, um instante sequer, quais são os meus deveres para com a minha coroa e para com o meu querido país»
 D. Carlos I

 «São precisas acções e não palavras. De palavras, bem o sabemos, está o país farto»
D. Carlos I

«Foi o Rei D. Carlos um antecipado e por isso o mataram para que a desordem e a mediocridade continuassem a campear»
António Sardinha


Assinala-se hoje o 150º aniversário de SM El-Rei D. Carlos I.
Filho primogénito do Rei D. Luís I e da Rainha D. Maria Pia de Sabóia, D.Carlos nasce em Lisboa a 28 de Setembro de 1863.
Casou a 22 de Maio de 1886 na Igreja de S. Domingos. O casamento real, ao qual assistiram milhares de portugueses, foi um dos últimos grandes eventos da Monarquia Portuguesa.
Sobe ao trono em 1889. No panorama europeu de fim de século, D. Carlos de Bragança era um monarca requintado, atento e sensível, aberto ás ideias da época e às novidades cientificas. Pintor, navegador, com olhar cientifico, D. Carlos de Bragança destacou-se na arte e na ciência, nomeadamente na pintura, na ornitologia e na oceanografia. O mérito da sua obra foi internacionalmente reconhecido como o atestam os inúmeros diplomas que lhe foram conferidos. Multifacetado, D. Carlos I era também um desportista e um apaixonado pelo desporto. Senhor de uma pontaria infalível, o monarca manuseava todo o tipo de armas de fogo com igual exactidão e engenho. Em Vila Viçosa, existe um alvo onde o Rei acertou, a uma distância de 30 passos, 10 vezes consecutivas no mesmo buraco de bala, mesmo ao centro.
D. Carlos foi também dos monarcas mais válidos e preparados do seu tempo quando a Europa era ainda toda monárquica com excepção da França e da Suíça. Conseguiu colocar Portugal no centro da diplomacia europeia no fim do século XIX e princípios do século XX.
Pouco tempo depois de D. Carlos ter subido ao trono, produziram-se graves acontecimentos determinados pelo ultimato do governo inglês ao governo português em 11 de Janeiro de 1890. Era a célebre «Questão do Mapa cor-de-rosa». O governo cedeu. Os portugueses sentiram-se humilhados e atribuíram as culpas à incapacidade política do Rei. Portugal é obrigado a ocupar de facto os territórios coloniais africanos. Seguem-se diferentes campanhas militares. Em 1895, milhares de landins atacam os soldados portugueses em Marracuene. Aires de Ornelas, Paiva Couceiro e Mouzinho de Albuquerque pacificam Moçambique. Em 1907, o general João de Almeida pacifica e fixa a fronteira meridional de Angola.
Vários chefes de estado visitam Portugal, fruto das acções diplomáticas do Rei, tais como Afonso XIII de Espanha, o Kaiser Guilherme II da Alemanha e o Presidente Loubet da França.
No entanto, os republicanos intensificaram a sua propaganda, multiplicaram as sociedades secretas e criaram grupos terroristas armados. Contrariamente àquilo que o Rei e o governo pensavam, o tempo era de actividade constante para os conspiradores. A organização terrorista Carbonária mobiliza cerca de 8000 membros em Lisboa e 2000 na margem sul do Tejo.
D. Carlos I acaba assassinado cobardemente pelas costas no Terreiro do Paço, no dia 1 de Fevereiro de 1908, juntamente com o seu filho mais velho, o Principe Real D. Luís Filipe, que tinha apenas 20 de idade.



sexta-feira, setembro 27, 2013

Em modo reflexão






 






















Sugestão para o dia de reflexão


O livro “Má Despesa Pública nas Autárquicas” está à venda em todo o país.
Aqui fica uma sugestão de leitura para o dia de reflexão – um retrato sobre a gestão autárquica em Portugal.

Acabou a campanha autárquica

Boa sorte a todos e que ganhe quem mereça... os mais capazes, os mais competentes, os mais honestos.

Votemos em pessoas e não em partidos

É importante percebermos de uma vez por todas que quando votamos devemos olhar para as pessoas e não para partidos ou ideologias. Essa é uma ilusão que nos querem fazer passar para que façamos na secção de voto o mesmo que se faz num estádio de futebol: apoiar equipas, apoiar clubes.
Quem vai governar a câmara e a junta não são partidos, nem siglas mas sim pessoas. Não é uma foice ou um martelo ou um girassol ou  um punho no ar ou uma seta voltada para cima ou lá o que for que governa. É gente real e não símbolos abstractos. E é justamente as pessoas que temos que avaliar.
Olhemos pois para as pessoas, para as suas habilitações, seriedade, honestidade, competência, inteligência, ideias, projectos, etc. Isso é que deve ser ponderado e não ideologias. Ideologias não enchem a barriga de ninguém e para além disso, a ideologia manda pouco numa autarquia seja ela qual for. Para além disso, sabemos bem qual é a ideologia de alguns.
Devemos dar também o benefício da dúvida ás pessoas e não oportunidades sucessivas a quem já provou do que é capaz (e do que não é). Pode-se querer fazer passar sobre determinada pessoa que esta nunca fez nada pela terra. Bem, há uma primeira vez para tudo. E aqueles que «fizeram muito», os resultados estão à vista. Para além disso, toda a gente, antes de fazer o que quer que seja, tem que começar por algum lado. Existe uma primeira vez para tudo.
Infelizmente nos boletins de voto aparecem sempre siglas e símbolos ao invés de aparecerem as fotografias dos cabeças de lista. Desta forma, e correndo o risco de confundir alguns leitores, relativamente ao boletim para a eleição da Assembleia de Freguesia, aquilo que nos vão dar é:


Mas aquilo que devemos ver é:




Votemos pois em pessoas e esqueçamos símbolos abstractos.

segunda-feira, setembro 23, 2013

Mas afinal o que é que foi feito neste mandato?

Temos ouvido dizer, da parte de quem é poder local, que muito foi feito nestes oito anos. É um facto. Mas há aqui uma falácia. 
No mandato 2005-2009 de facto muitas foram as obras executadas, houve dinamismo, houve acção, houve alguma seriedade. Os eleitores reconheceram tal facto e premiaram (e bem) o trabalho feito elegendo os actuais executivo e assembleia de freguesia do Torrão com ampla maioria. Ora é bom de ver que o que o eleitorado tem que avaliar é o período de um mandato - que são quatro anos. O que se vai avaliar agora no próximo dia 29 de Setembro é o que entretanto foi feito desde 2009 e não desde 2005. O periodo 2005-2009 já foi avaliado e escrutinado. São quatro anos. Quatro anos serão avaliados. Quarenta e oito meses. 
Como sabemos, as diversas candidaturas elaboram um programa, uma lista de propostas/promessas com as quais se comprometem a executar no mandato se forem vencedores.
Vamos deste modo avaliar o programa do PS de 2009 e o que foi feito e o que não foi feito.
 E porquê do PS? Porque é o actual poder. Dos outros candidatos não é relevante saber quais os programas, pois foram vencidos.



I. Aumento da natalidade e da fixação na freguesia - 
CUMPRIDO EM PARTE: OBJECTIVO FALHADO

O primeiro ponto foi cumprido. Na verdade é ou era (?) atribuido um cheque de 250€ por cada recém-nascido. Já o segundo ponto (criação de incentivos para fixação de pessoas na freguesia) falhou.
Seja como for, o objectivo falhou pois nestes quatro anos não só não se verificou um aumento da natalidade e da fixação (de gente) na freguesia como ocorreu o inverso com a emigração de bastantes pessoas e uma desertificação significativa.


II. Apoiar e incentivar a educação- CUMPRIDO

Pode-se dizer que este item foi cumprido.


III. Mais apoio às colectividades e associações - NÃO CUMPRIDO

Não houve um apoio reforçado às colectividades. Na verdade, temos como exemplo a sala de teatro da Sociedade que está desactivada há 3 anos por se encontrar em risco. De referir que na assembleia geral de Janeiro de 2012 que decorreu numa Sexta-feira, o actual Secretário da Junta de Freguesia - não sei se na qualidade de sócio da colectividade se noutra qualidade qualquer - quando eu referi tal facto, refutou as críticas e referiu que na Segunda-feira seguinte o problema seria resolvido. Passaram-se três anos e a sala de teatro continua à espera. Quanto ao animador cultural e desportivo, não existe.


IV. Novas iniciativas para a juventude - NÃO CUMPRIDO

Não consta que tenha havido quaisquer programas para jovens virados para actividades saudáveis e interessantes, em particular nas férias escolares.
Em nenhum ano entre 2009 e 2013 houve uma edição sequer da «Semana Radical» na Barragem de Vale do Gaio. Também não houve nenhuma «Semana Ambiental». Instituição de workshops também não houve e intercâmbios entre jovens, atraves da promoção de viagens aos jovens da freguesia também foi coisa que jamais ocorreu.


V. Turismo e desporto de qualidade - NÃO CUMPRIDO

A criação de rotas turísticas na Freguesia do Torrão limitou-se à colocação de uma placa perto da igrejinha na ponte com a inscrição «Veredas do Xarrama». Não foi criado nenhum posto de turismo. Quanto à pista de remo olímpico, se houve ou não reivindicação junto do governo não sei, mas que não há pista isso não há.


VI. Requalificar mercados, ruas, zonas verdes e estradas - CUMPRIDO EM PARTE

Se exceptuarmos a colocação de novos nós de marinheiro, no moinho - um moinho que curiosamente está a cerca de 100 Km da costa e que só vê nós de marinhagem porque o sr. Presidente da Junta foi da Marinha  - não houve qualquer requalificação do largo da feira nem nenhuma infra-estrutura de apoio. Quem duvidar que passe lá e veja.
Nem novos nem velhos equipamentos para as zonas verdes do Torrão. Pavimentação da Rua 25 de Abril inexistente.
Houve efectivamente beneficiação da rede viária do Torrão e foram substituídas as placas de sinalização deterioradas. Algumas graças à intervenção do Pedra no Chinelo como se vê neste exemplo.
Acompanhou-se efectivamente a reparação da ER2, estrada que liga Alcáçovas ao Torrão e o Torrão a Odivelas.
Desde 1997 que o IC33 não sai do programa do PS. Seja como for, nem IC33 e muito menos a variante que ligaria o IC33 á vila do Torrão.


VII. As novas tecnologias ao serviço do Torrão - NÃO CUMPRIDO

Não foi instalada nenhuma rede de wirless para acesso à internet na vila do Torrão. De referir que Odivelas tem e mesmo Santa Susana, aldeia e sede de uma freguesia que é agora extinta e cujo candidato vencedor e actual Presidente da Junta eleito na lista da CDU, Paulo Jacinto tinha no seu programa também a mesma proposta/promessa. Algo que foi aí cumprido.




Posto isto e porque o PS apresenta exactamente as mesmas quatro pessoas para comporem o executivo e para a presidência da assembleia de freguesia a pergunta que se põe é: o que se poderá esperar?
Terá esta fórmula algo mais para dar ou estará completamente esgotada?
Vamos pois ver as propostas para o mandato 2013-2017 e comparar com as propostas feitas no mandato 2009-2013:




 Um programa praticamente por cumprir. As setas vermelhas em ambos os programas assinalam os pontos que se repetem deixando à vista tão confrangedor e comprometedor fiasco
 

  



Alguns pontos  do programa de 2009 foram partidos em dois. A esmagadora maioria dos pontos que constam no programa de 2009 foram embutidos no programa de 2013.

Algo interessante prende-se com a pretensão de promover estudos arqueológicos no Monte da Tumba e na Calçadinha Romana. Agora?! Agora é que é?! E antes? O espaço do Monte da Tumba está neste estado há anos. Nem se deixou as pessoas construirem a casa, em meados dos anos 80 entenda-se, nem se preservou a casa, nem continuaram os estudos e escavações, nem se preserva o que está escavado. Os autarcas não podem justificar a sua não intervenção com o facto de só o puderem fazer com autorização do IGESPAR e depois em tempo de eleições fazerem promessas sobre estes espaços. É um discurso enganador.


















E as escavações no recinto do Centro Escolar onde se acharam vestígios arqueológicos e que por causa disso o projecto foi alterado e gastou-se mais uns milhares e agora, ao fim e ao cabo, temos uma parte do recinto abandonada e é uma autentica selva?









 Alguns pontos do programa de 2013 foram mesmo decalcados do programa eleitoral de 2009 e alguns erros verificam-se à mesma como é o caso do «reivindicar do governo» ao invés de «reivindicar junto do governo».

Este é mais um dado para o eleitorado do Torrão puder votar em consciência. Os eleitores devem votar em função de factos concretos e não em função da estética dos cartazes, da quantidade de promessas ou de gente em campanha nem do número de brindes ou de gostos e simpatias ou partidos, siglas e ideologias.
Esta é tão só a missão do Pedra no Chinelo: Esclarecer.