sábado, março 30, 2013
sábado, março 23, 2013
terça-feira, março 12, 2013
segunda-feira, março 11, 2013
sexta-feira, março 08, 2013
Das Caldas, para o «acordo», com amor
P.S. - Já da Câmara de Alcácer do Sal não se pode infelizmente dizer o mesmo. Ali impera o conforto do seguidismo amorfo. Na verdade, tendo em conta as últimas, tudo indica que há uma enorme relutância em sair da zona de conforto.
Tal como a Câmara Municipal das Caldas da Rainha, tambem eu brindo o «acordo» com a famosa peça de olaria local, oferta extensível, se não à Câmara de Alcácer, porque é imerecido, a alguns lá dentro não só por esta mas por todas as outras. E agora processem-me ou apadrinhem (mais uma vez) um processo. E por agora a conversa fica só assim.
Um "acordo" inútil - suspenda-se de imediato
1. Enquadramento da matéria
- convergência do Pt-Br para o Pt-Pt: alteração de acentos/trema e hífenes
- convergência do Pt-Pt para o Pt-Br: alteração de acentos e hífenes, amputação de letras
- para obedecer ao critério da fonética, inventam-se formas novas para o Pt-Pt que, pasme-se, desunificam ao invés de unificar
- afirma-se reiteradamente a máxima de que “o que não se pronuncia não se escreve”, mas depois não se aplica: basta pensar em todas as palavras começadas por “h”, ou em todos os casos de “u” mudo a seguir ao “q”; afinal é para seguir a fonética ou não?
b) Com o AO90, há uma perda de informação irrecuperável. Isto é comprovado pelo facto de não existir um “anti-Lince” que reponha o português na forma correcta (sem AO90). Tal não é possível porque se perde, por exemplo, a distinção entre formas verbais de tempos diferentes (compramos/comprámos, chegamos/chegámos), a distinção entre “pára” e “para” e tantos outros exemplos. É sempre possível passar automaticamente de um texto sem o AO90 para um texto com o AO90, mas o inverso não é verdadeiro.
Desta perda de informação decorre uma menor clareza na leitura, ou seja, na transmissão da mensagem para o receptor. Isto não é bom, útil ou minimamente desejável. Os defensores do AO90 parecem centrar-se nas (alegadas) vantagens da escrita, esquecendo-se daquilo que é mais importante num texto escrito: a sua leitura.
c) Afirma-se que o AO90 “simplifica” a língua e ao mesmo tempo permitem-se duplas (ou quádruplas ou múltiplas) grafias, o que é uma contradição à própria noção de ortografia. Ou seja, se, em vez de saber sem qualquer dúvida como se escreve “caracterizámos”, temos, em vez disso“caracterizámos/caraterizámos/caracterizamos/caraterizamos”, em que medida é que isto constitui uma simplificação? Dir-se-ia antes que ficou quatro vezes mais complicado. Chamar a isto “ortografia” é um abuso.
d) Com o AO90, em vez de assegurar a sobrevivência da língua, o que se está a verificar na prática é a contribuição para a extinção a passos largos do português de Portugal. Com o AO90, este já está a ser completamente eclipsado, por exemplo, em qualquer pesquisa na Internet e desde logo em inúmeros “sites” de acervo e/ou repositório (a Wikipedia, por exemplo). Experimente-se pesquisar “material elétrico”sem especificar que queremos páginas de Portugal e veja-se o que acontece. Repita-se a experiência com “material eléctrico”. Em que é que isto pode ser bom para as empresas portuguesas?
Discute-se a aplicação do acordo ortográfico de 1990 (AO90). Este surgiu após várias tentativas goradas de unificação da ortografia de Portugal e do Brasil, desde o início do século passado. Uma dessas tentativas conseguia uma unificação de praticamente 100% e mesmo assim não foi seguida por ambas as partes.
Ao fim de quase um século de deriva gradual, tentou-se então uma vez mais regressar à quimérica “unificação” com o AO90. Esta não só não é conseguida com o presente “acordo” como as alterações propostas não colhem a aceitação dos especialistas. Nem do lado de cá nem do lado de lá do Atlântico. Daí que chamar-lhe“acordo” seja um abuso. Este facto foi olímpicamente ignorado e prosseguiu-se na aplicação cega de uma completa inutilidade, recorrendo-se por diversas vezes nesta história a expedientes, no mínimo, duvidosos (para não lhes chamar uma verdadeira batota, de que é exemplo icónico o II Protocolo Modificativo) para levar esta empreitada em frente, sem que daí advenha qualquer vantagem para os utilizadores da língua.
Bastariam algumas questões elementares:
– Vem resolver alguma coisa? (Não)
– Serve para alguma coisa? (Não)
– Melhora a situação anterior? (Não)
Não deveria ser preciso mais do que isto para ser evidente que o AO90 é um absurdo inútil? Mas continuemos para os pontos seguintes.
2. Objectivos do Acordo Ortográfico
Unificação da língua: não acontece
Simplificação da língua: não acontece
Evolução da língua: não acontece
3. Vantagens decorrentes da aplicação do Acordo Ortográfico
Não há.
4. Inconvenientes e problemas resultantes da aplicação do Acordo Ortográfico
a) As “soluções” encontradas pelo AO90 para “resolver” as diferenças ortográficas podem sintetizar-se em:
Ao fim de quase um século de deriva gradual, tentou-se então uma vez mais regressar à quimérica “unificação” com o AO90. Esta não só não é conseguida com o presente “acordo” como as alterações propostas não colhem a aceitação dos especialistas. Nem do lado de cá nem do lado de lá do Atlântico. Daí que chamar-lhe“acordo” seja um abuso. Este facto foi olímpicamente ignorado e prosseguiu-se na aplicação cega de uma completa inutilidade, recorrendo-se por diversas vezes nesta história a expedientes, no mínimo, duvidosos (para não lhes chamar uma verdadeira batota, de que é exemplo icónico o II Protocolo Modificativo) para levar esta empreitada em frente, sem que daí advenha qualquer vantagem para os utilizadores da língua.
Bastariam algumas questões elementares:
– Vem resolver alguma coisa? (Não)
– Serve para alguma coisa? (Não)
– Melhora a situação anterior? (Não)
Não deveria ser preciso mais do que isto para ser evidente que o AO90 é um absurdo inútil? Mas continuemos para os pontos seguintes.
2. Objectivos do Acordo Ortográfico
Unificação da língua: não acontece
Simplificação da língua: não acontece
Evolução da língua: não acontece
3. Vantagens decorrentes da aplicação do Acordo Ortográfico
Não há.
4. Inconvenientes e problemas resultantes da aplicação do Acordo Ortográfico
a) As “soluções” encontradas pelo AO90 para “resolver” as diferenças ortográficas podem sintetizar-se em:
- admissão de facultatividades naquilo que é irresolúvel (na prática, não só não resolve nada como aumenta a confusão)
- referência à “forma consagrada pelo uso” sem que esteja definido em lado nenhum o que está consagrado pelo uso e o que não está; além de que quem está a aprender a língua não tem forma de adivinhar isso
- referência à “norma culta” (conceito já completamente ultrapassado) sem que esteja registada foneticamente em lado nenhum essa dita norma culta
- referência à “norma culta” (conceito já completamente ultrapassado) sem que esteja registada foneticamente em lado nenhum essa dita norma culta
- convergência do Pt-Br para o Pt-Pt: alteração de acentos/trema e hífenes
- convergência do Pt-Pt para o Pt-Br: alteração de acentos e hífenes, amputação de letras
- para obedecer ao critério da fonética, inventam-se formas novas para o Pt-Pt que, pasme-se, desunificam ao invés de unificar
- afirma-se reiteradamente a máxima de que “o que não se pronuncia não se escreve”, mas depois não se aplica: basta pensar em todas as palavras começadas por “h”, ou em todos os casos de “u” mudo a seguir ao “q”; afinal é para seguir a fonética ou não?
b) Com o AO90, há uma perda de informação irrecuperável. Isto é comprovado pelo facto de não existir um “anti-Lince” que reponha o português na forma correcta (sem AO90). Tal não é possível porque se perde, por exemplo, a distinção entre formas verbais de tempos diferentes (compramos/comprámos, chegamos/chegámos), a distinção entre “pára” e “para” e tantos outros exemplos. É sempre possível passar automaticamente de um texto sem o AO90 para um texto com o AO90, mas o inverso não é verdadeiro.
Desta perda de informação decorre uma menor clareza na leitura, ou seja, na transmissão da mensagem para o receptor. Isto não é bom, útil ou minimamente desejável. Os defensores do AO90 parecem centrar-se nas (alegadas) vantagens da escrita, esquecendo-se daquilo que é mais importante num texto escrito: a sua leitura.
c) Afirma-se que o AO90 “simplifica” a língua e ao mesmo tempo permitem-se duplas (ou quádruplas ou múltiplas) grafias, o que é uma contradição à própria noção de ortografia. Ou seja, se, em vez de saber sem qualquer dúvida como se escreve “caracterizámos”, temos, em vez disso“caracterizámos/caraterizámos/caracterizamos/caraterizamos”, em que medida é que isto constitui uma simplificação? Dir-se-ia antes que ficou quatro vezes mais complicado. Chamar a isto “ortografia” é um abuso.
d) Com o AO90, em vez de assegurar a sobrevivência da língua, o que se está a verificar na prática é a contribuição para a extinção a passos largos do português de Portugal. Com o AO90, este já está a ser completamente eclipsado, por exemplo, em qualquer pesquisa na Internet e desde logo em inúmeros “sites” de acervo e/ou repositório (a Wikipedia, por exemplo). Experimente-se pesquisar “material elétrico”sem especificar que queremos páginas de Portugal e veja-se o que acontece. Repita-se a experiência com “material eléctrico”. Em que é que isto pode ser bom para as empresas portuguesas?
e) Com o AO90, para “aproximarmos” o português de Portugal (Pt-Pt) do português do Brasil (Pt-Br), afastamo-lo das restantes línguas europeias; não se vê qualquer vantagem daí decorrente, nem para os portugueses que queiram aprender outras línguas nem para os estrangeiros que queiram aprender português. Qualquer professor competente consegue explicar as diferenças entre o Pt-Pt e o Pt-Br sem que isso constitua um obstáculo intransponível para quem aprende. (Continua a ter de explicá-las, em qualquer dos casos, porque, mesmo que a ortografia ficasse igual – que não fica – a sintaxe e a semântica continuam a ser diferentes.)
O AO90 altera, sim, a forma como as palavras se pronunciam. Ouve-se até à exaustão o argumento da pharmácia/farmácia para justificar a “evolução” da língua, mas esses defensores do AO90 esquecem-se de que ao passar de “pharmácia” para“farmácia” não se alterou absolutamente em nada a forma como a palavra era lida. Ao passar de “fraccionar” para “fracionar” altera-se, sim, inegavelmente, a leitura da palavra. Ou de “espectador” para “espetador”, para dar um exemplo mais conhecido...
f) Com o AO90, continua a ser necessário haver duas traduções, uma para o Brasil e outra para os restantes países de língua oficial portuguesa. A necessidade de duas versões diferentes era apresentada como um dos principais motivos para a indispensável e propalada “unificação”. Continua... exactamente na mesma.
g) Por causa do AO90, já houve gastos inúteis e incompreensíveis, nomeadamente no ensino e na administração pública, com a “nova” “ortografia”. Mais grave ainda porque foram feitos sem que esta tivesse sido sequer definida com rigor (provavelmente porque é impossível definir-se com rigor aquilo que assenta em "regras" que o negam à partida).
h) O documento de base do AO90 contém erros, ambiguidades, incongruências e parte de premissas falsas. Contém opiniões (tão válidas como quaisquer outras...) e nem um único estudo científico que sustente o que é afirmado. Há, pelo contrário, e como se sabe, muito mais pareceres negativos do que positivos (estes, aliás, no singular... porque só há um). Além de isto ser academicamente inacreditável, um documento assim não tem qualquer credibilidade. Não pode servir de base a coisa alguma e muito menos à ortografia de mais de duzentos milhões de pessoas.
Uma vez que as “regras” do AO90 são sobretudo a consagração das excepções, há um fenómeno evidente de sobrecorrecção e de total confusão por parte de quem escreve. Se muitas pessoas escrevem com o AO90 (em muitos casos, unicamente porque a isso são obrigadas), isso deve-se sobretudo ao facto de ser possível carregar num botão para transformar a ortografia automaticamente e não tanto porque saibam efectivamente aplicar a “nova” “ortografia” (uma vez mais, como saber aplicar aquilo que não tem regras claras?). Isto, na prática, corresponde a um inegável analfabetismo funcional.
i) Com o AO90, em vez de uma unificação, temos uma multiplicação de ortografias. Em vez de Pt-Pt e Pt-Br, temos: Pt-Pt, Pt-Br, AO90-Pt, AO90-Br e ainda o uso de critérios diferentes para o estabelecimento daquilo que se considera ser o AO90 em Portugal e no Brasil... variações deixadas ao critério de cada um, porque o documento de base não é claro ou é omisso nas diversas possibilidades. Porquê esta falta de clareza e esta omissão? Porque as “soluções” apresentadas são uma farsa que na prática não resolve nada.
O AO90 altera, sim, a forma como as palavras se pronunciam. Ouve-se até à exaustão o argumento da pharmácia/farmácia para justificar a “evolução” da língua, mas esses defensores do AO90 esquecem-se de que ao passar de “pharmácia” para“farmácia” não se alterou absolutamente em nada a forma como a palavra era lida. Ao passar de “fraccionar” para “fracionar” altera-se, sim, inegavelmente, a leitura da palavra. Ou de “espectador” para “espetador”, para dar um exemplo mais conhecido...
f) Com o AO90, continua a ser necessário haver duas traduções, uma para o Brasil e outra para os restantes países de língua oficial portuguesa. A necessidade de duas versões diferentes era apresentada como um dos principais motivos para a indispensável e propalada “unificação”. Continua... exactamente na mesma.
g) Por causa do AO90, já houve gastos inúteis e incompreensíveis, nomeadamente no ensino e na administração pública, com a “nova” “ortografia”. Mais grave ainda porque foram feitos sem que esta tivesse sido sequer definida com rigor (provavelmente porque é impossível definir-se com rigor aquilo que assenta em "regras" que o negam à partida).
h) O documento de base do AO90 contém erros, ambiguidades, incongruências e parte de premissas falsas. Contém opiniões (tão válidas como quaisquer outras...) e nem um único estudo científico que sustente o que é afirmado. Há, pelo contrário, e como se sabe, muito mais pareceres negativos do que positivos (estes, aliás, no singular... porque só há um). Além de isto ser academicamente inacreditável, um documento assim não tem qualquer credibilidade. Não pode servir de base a coisa alguma e muito menos à ortografia de mais de duzentos milhões de pessoas.
Uma vez que as “regras” do AO90 são sobretudo a consagração das excepções, há um fenómeno evidente de sobrecorrecção e de total confusão por parte de quem escreve. Se muitas pessoas escrevem com o AO90 (em muitos casos, unicamente porque a isso são obrigadas), isso deve-se sobretudo ao facto de ser possível carregar num botão para transformar a ortografia automaticamente e não tanto porque saibam efectivamente aplicar a “nova” “ortografia” (uma vez mais, como saber aplicar aquilo que não tem regras claras?). Isto, na prática, corresponde a um inegável analfabetismo funcional.
i) Com o AO90, em vez de uma unificação, temos uma multiplicação de ortografias. Em vez de Pt-Pt e Pt-Br, temos: Pt-Pt, Pt-Br, AO90-Pt, AO90-Br e ainda o uso de critérios diferentes para o estabelecimento daquilo que se considera ser o AO90 em Portugal e no Brasil... variações deixadas ao critério de cada um, porque o documento de base não é claro ou é omisso nas diversas possibilidades. Porquê esta falta de clareza e esta omissão? Porque as “soluções” apresentadas são uma farsa que na prática não resolve nada.
5. Proposta que apresenta
Suspensão imediata da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Obrigar milhões de pessoas a alterar a sua ortografia sem que isso sirva para alguma coisa de válido é de uma falta de senso indescritível.
Em vez de uma “unificação” ortográfica reconhecidamente impossível a esta altura, promovamos o intercâmbio cultural, científico e de oportunidades de trabalho entre todos os países de língua oficial portuguesa. Reforcemos o ensino de Português no estrangeiro em vez de fecharmos leitorados. Não é preciso unificar a ortografia para fazer nada disto e seria muito mais eficaz para a promoção da língua no mundo.
Existem mecanismos democráticos mais do suficientes para anular este erro colossal: uma iniciativa legislativa de cidadãos pela revoção da RAR 35/2008 (o instrumento que forçou a entrada em vigor do AO90) ou uma iniciativa legislativa dos próprios deputados para o mesmo efeito.
6. Outras questões
Este acordo ortográfico não resolve nenhum dos alegados “problemas” que pretendia “solucionar”. Baseia-se, além disso, num paradoxo fundamental: procura unificar a língua utilizando ao mesmo tempo um critério, o da fonética, que torna automaticamente impossível a referida unificação, dadas as variadíssimas cambiantes de pronúncia entre os milhões de falantes da língua. Partindo de premissas erradas é impossível chegar-se a conclusões correctas. Ou válidas.
O AO90 nega a real evolução da língua portuguesa, fazendo de conta que esta não existiu. A verdade é que o português de Portugal e o português do Brasil já se afastaram (sim, irremediavelmente – admitamo-lo de uma vez por todas) e estas duas variantes já não voltam a ficar iguais, nem que por acaso o AO90 conseguisse unificar a ortografia (que não consegue). Não pode designar-se como “evolução”esta proposta lamentável e inútil de ortografia “unificada”.
Em conclusão, o “acordo” “ortográfico” de 1990 não é sério e não pode ser levado a sério. Suspenda-se de imediato a sua aplicação.
H. Castro
Suspensão imediata da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Obrigar milhões de pessoas a alterar a sua ortografia sem que isso sirva para alguma coisa de válido é de uma falta de senso indescritível.
Em vez de uma “unificação” ortográfica reconhecidamente impossível a esta altura, promovamos o intercâmbio cultural, científico e de oportunidades de trabalho entre todos os países de língua oficial portuguesa. Reforcemos o ensino de Português no estrangeiro em vez de fecharmos leitorados. Não é preciso unificar a ortografia para fazer nada disto e seria muito mais eficaz para a promoção da língua no mundo.
Existem mecanismos democráticos mais do suficientes para anular este erro colossal: uma iniciativa legislativa de cidadãos pela revoção da RAR 35/2008 (o instrumento que forçou a entrada em vigor do AO90) ou uma iniciativa legislativa dos próprios deputados para o mesmo efeito.
6. Outras questões
Este acordo ortográfico não resolve nenhum dos alegados “problemas” que pretendia “solucionar”. Baseia-se, além disso, num paradoxo fundamental: procura unificar a língua utilizando ao mesmo tempo um critério, o da fonética, que torna automaticamente impossível a referida unificação, dadas as variadíssimas cambiantes de pronúncia entre os milhões de falantes da língua. Partindo de premissas erradas é impossível chegar-se a conclusões correctas. Ou válidas.
O AO90 nega a real evolução da língua portuguesa, fazendo de conta que esta não existiu. A verdade é que o português de Portugal e o português do Brasil já se afastaram (sim, irremediavelmente – admitamo-lo de uma vez por todas) e estas duas variantes já não voltam a ficar iguais, nem que por acaso o AO90 conseguisse unificar a ortografia (que não consegue). Não pode designar-se como “evolução”esta proposta lamentável e inútil de ortografia “unificada”.
Em conclusão, o “acordo” “ortográfico” de 1990 não é sério e não pode ser levado a sério. Suspenda-se de imediato a sua aplicação.
H. Castro
quinta-feira, março 07, 2013
Nem aqui nem em lado nenhum, sem EXCEPÇÃO. Comigo, não!
JAMAIS! NEM QUE NO LIMITE NUNCA MAIS USASSE O PORTUGUÊS NA VIDA. ANTES QUEBRAR QUE TORCER, JÁ O DIZIA CAMÕES, PRÍNCIPE DOS POETAS PORTUGUESES QUE DEVE ESTAR A DAR VOLTAS SEM FIM NO ALÉM COM ESTA DESGRAÇA, ESTE CÂNCRO QUE AFECTA A LÍNGUA ESCRITA. UM AUTENTICO GENOCÍDIO CULTURAL, UM CRIME DE ALTA TRAIÇÃO E UM CRIME DE LESA-PÁTRIA.
Abençoado! «Vocês são uns tristes!»
O que se passa, caríssimos e ilustríssimos leitores é o seguinte: temos um conjunto de velhos senhores (e senhoras) reformados (as) - e que a isso têm todo o direito sem a menor sombra de dúvida - que foram nos seus verdes anos banqueiros, juízes, oficiais superiores e generais (e se calhar até sargentos) de todos os ramos das Forças Armadas, altos quadros do Estado, políticos, funcionários públicos de topo, professores de topo, ex-directores disto e daquilo, etc., etc. São a elite e ponto final. São aqueles que em tempos manipularam os cordelinhos em Portugal tanto no sector público como no privado. Foram aqueles que mais directamente cavaram anos a fio o buraco financeiro, foram, em muitos casos, os Cavaleiros do Apcalipse que espalharam a miséria e a ruína da Nação, foram os pioneiros - graças ao advento das novas tecnologias - das operações financeiras, das off-shores... Estamos a falar de gente que auferia até há bem pouco tempo miseráveis reformas de 10, 15, 20, 50... até há quem fale em 70 mil e mesmo 100 mil euros por mês. Sim, são 10, 15, 20, 50, 70 milhares de euros por mês. Por mês, note-se! De 2 a mais de 10 mil contos de réis, dos antigos, por mês. No quadro desta conjuntura, o Governo resolve proceder a cortes que em alguns casos chegam à ordem dos 50%. Naturalmente que se indignaram, constituiram um movimento designado Reformados Indignados - mais uma vez, têm todo o direito do mundo para o fazer - e que agora vertem públicamente «baba e ranho» e «rasgam as vestes em público» por tamanha afronta.
Mas protestar porque mesmo depois dos cortes ainda assim ganharem mais num mês que a esmagadora maioria dos reformados ganha num ano, convenhamos que tamanha desfaçatez não deixará que causar profunda impressão, incompreensão e mesmo indignação em larguíssimos sectores da sociedade portuguesa e na esmagadora maioria dos portugueses. Alegam estes senhores que assim é dificil viverem (!!!). Claro, assim é dificil fazerem viagens de luxo e turismo sénior e aproveitar (bem) os últimos dias no Reino da Terra. Será difícil deslocarem-se às melhores clínicas privadas nacionais ou estrangeiras quando as maleitas começarem a aparecer em função dos anos que passam. Já os outros, os que ganham 300 miseráveis euros por mês que nem chega para os medicamentos (um outro negócio de ouro), comida... vida digna e com o mínimo de conforto, acima de tudo, durante os anos que lhe restam que deveriam ser de descanso do guerreiro e sem preocupações depois de décadas de trabalho na maioria dos casos árduo e extenuante, que se lixem. Muito mais do que aquilo que sofreram os nossos outros amigos reformados topo de gama.
Afirma o porta-voz do movimento que têm direito à palavra. Claro que têm. Têm tanto direito à palavra que até tempo de antena e mediatismo têm. As suas reivindicações são notícia e tudo! Mas as reivindicações de associações que representam os desgraçados dos reformados de menos de 500€/mês não são notícia nem têm direito a conferências de imprensa.
Têm direito à palavra? Todo o direito, sem qualquer ironia! Como têm direito ao egoísmo, ao despudor...
Haja recato! Haja respeito para com os jovens desempregados e todos os desempregados em geral, sem-abrigo, pobres, esbulhados e reformados menores deste país e deste sistema que alguns deles senão a maioria, ajudaram a edificar! Haja recato, repito! Haja decoro! Basta! Que lutem e que defendam a sua causa mas com descrição pois neste contexto fazer alarde de tal chega a ser, aliás, é de uma provocação e de um descaramento inaceitáveis! Até porque depois, já se sabe, quem diz o que quer arrisca-se a ouvir o que não quer. E agora processem-me. Cada vez mais os Golias se insurgem contra os Rei David mas os Rei David partirão os cornos aos Golias pois nestes casos a história repete-se. Processem. Eu não tenho medo até porque nada tenho a perder. MAS NÃO ME CALARÃO! JAMAIS!
Processem também este Senhor. Este senhor é um Senhor com «S» maiúsculo que pôs os pontos nos «ii». OIÇAM-NO CARÍSSIMOS LEITORES.
Mas protestar porque mesmo depois dos cortes ainda assim ganharem mais num mês que a esmagadora maioria dos reformados ganha num ano, convenhamos que tamanha desfaçatez não deixará que causar profunda impressão, incompreensão e mesmo indignação em larguíssimos sectores da sociedade portuguesa e na esmagadora maioria dos portugueses. Alegam estes senhores que assim é dificil viverem (!!!). Claro, assim é dificil fazerem viagens de luxo e turismo sénior e aproveitar (bem) os últimos dias no Reino da Terra. Será difícil deslocarem-se às melhores clínicas privadas nacionais ou estrangeiras quando as maleitas começarem a aparecer em função dos anos que passam. Já os outros, os que ganham 300 miseráveis euros por mês que nem chega para os medicamentos (um outro negócio de ouro), comida... vida digna e com o mínimo de conforto, acima de tudo, durante os anos que lhe restam que deveriam ser de descanso do guerreiro e sem preocupações depois de décadas de trabalho na maioria dos casos árduo e extenuante, que se lixem. Muito mais do que aquilo que sofreram os nossos outros amigos reformados topo de gama.
Afirma o porta-voz do movimento que têm direito à palavra. Claro que têm. Têm tanto direito à palavra que até tempo de antena e mediatismo têm. As suas reivindicações são notícia e tudo! Mas as reivindicações de associações que representam os desgraçados dos reformados de menos de 500€/mês não são notícia nem têm direito a conferências de imprensa.
Têm direito à palavra? Todo o direito, sem qualquer ironia! Como têm direito ao egoísmo, ao despudor...
Haja recato! Haja respeito para com os jovens desempregados e todos os desempregados em geral, sem-abrigo, pobres, esbulhados e reformados menores deste país e deste sistema que alguns deles senão a maioria, ajudaram a edificar! Haja recato, repito! Haja decoro! Basta! Que lutem e que defendam a sua causa mas com descrição pois neste contexto fazer alarde de tal chega a ser, aliás, é de uma provocação e de um descaramento inaceitáveis! Até porque depois, já se sabe, quem diz o que quer arrisca-se a ouvir o que não quer. E agora processem-me. Cada vez mais os Golias se insurgem contra os Rei David mas os Rei David partirão os cornos aos Golias pois nestes casos a história repete-se. Processem. Eu não tenho medo até porque nada tenho a perder. MAS NÃO ME CALARÃO! JAMAIS!
Processem também este Senhor. Este senhor é um Senhor com «S» maiúsculo que pôs os pontos nos «ii». OIÇAM-NO CARÍSSIMOS LEITORES.
terça-feira, março 05, 2013
segunda-feira, março 04, 2013
Parabéns Filipão
O jovem torranense Filipe Bruno, aluno do 9º ano na escola Bernardim Ribeiro, Torrão sagrou-se vencedor do 9º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos na categoria Avanço - 3º ciclo cuja final decorreu no Arena d'Évora no passado dia 1 de Março.
Para ver mais clicar aqui
PARABÉNS FILIPÃO! ÉS GRANDE!
P.S. 1 - É estranho ver a designação EB 2,3 Bernardim Ribeiro - Alcácer do Sal. Aliás, tenho dificuldade em saber ao certo como designar o estabelecimento de ensino em causa. Será Agrupamento de Escolas do Torrão, Escola Bernardim Ribeiro...? E depois, Alcácer do Sal? Pergunta-se porque não Torrão - Alcácer do Sal? Não são as escolas do Torrão autónomas em relação a Alcácer do Sal? O Torrão é uma vila do concelho de Alcácer do Sal ou será um bairro de Alcácer? Será que o mega-agrupamento já é uma realidade; encapotada mas uma realidade? Porque foi omitido o nome do Torrão? Ficam as perguntas.
P.S. 2 - Filipe, se quiseres aprender Matemática a sério e atirar-te de cabeça às olimpíadas nacionais (e não só) e quiseres/precisares de ajuda para te preparares já sabes... Até Cálculo Diferencial e Integral vai na bagagem. Geometria Diferencial, Cáculo Matricial, Análise Complexa, Equações Diferenciais... é só escolher o menu :)
domingo, março 03, 2013
sábado, março 02, 2013
sexta-feira, março 01, 2013
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