quarta-feira, fevereiro 06, 2008

O correio no Torrão - Uma história de encantar

A história que eu vou contar
muito tem para ensinar.
É sobre o nosso correio
e a todos vai encantar.
Veio sempre pró Torrão
toda a nossa correspondência
até que veio um cabrão
cagar a sua sentença.
A Alcácer vai parar
o correio do Torrão,
da Casa Branca, S. Romão,
Rio de Moinhos e Batão.
Dois carteiros tinha a freguesia
tal não era o serviço
mas o cabrão fez razia
também pôs um fim a isso.
Ficou um só carteiro
encarregue da vila inteira
e de Alcácer tem de vir
vejam lá a brincadeira!
De Alcácer também vai
outro carteiro às aldeias
ficou tudo às aranhas
por ver o trabalho a meias.
Tempo para tudo não há
mesmo que não seja mole.
Se não barafustar lá
trabalha de sol-a-sol.
E é vê-lo apressado
andar sempre stressado
muitas vezes irritado
outras até danado.
Por querer a todos acudir
e a todo o lado ir
a todos satisfazer
ao povo inteiro bem servir.
E depois não basta o correio
ainda há a papelada.
Dá um grande trabalhão
e só faz poluição.
E se o outro às aldeias
não consegue acudir
fica o trabalho a meias
não vai lá distribuir.
Viram-se então pró carteiro
que já faz todo o Torrão,
exigem-lhe que faça tudo
como antes de vir o cabrão.
Para às aldeias ter tempo
de ir fazer a distriubuição
não distribui em todo o lado
faz só metade do Torrão.
E quando já tudo sabe
ea todos bem conhece
vem outro que nada sabe
e muito menos conhece.
Nem sequer é do Torrão
ficou tudo logo encalhado
até pagou para aprender
e ainda trabalha ao feriado.
Está tudo sempre atrasado
correio para as aldeias só à noite.
E querem outra verdade?
Pró Torrão só vem metade!
E agora em Alcácer do Sal
correio do Torrão é aos «moitões»
é facturas e pensões
é só tratarem-nos mal.
E quando já tudo saber
aquele que hoje anda a tacto
acabam-lhe com o contrato
e põem-no logo a mexer.
Vejam lá esta desgraça
que nos foi acontecer
vamos esperar meuas amigos
que não o ponham a correr.
E se o porem a andar e isto continuar
vamos todos para a rua gritar:
- Por causa de um paneleirão
sofre a freguesia do Torrão.
Pois é! Chegou o momento de fazer um apelo a todo o povo da nossa freguesia do Torrão para que nos insurjamos contra a pouca vergonha e total falta de respeito com que os CTT nos têm vindo a tratar. Começaram por propor ao anterior executivo para que a Junta de Freguesia funcionasse como posto de correios pois era intenção desta empresa acabar com a nossa estação. Não levando a sua avante, há quase dois anos acabaram com o Centro de Distribuição Postal (CDP) do Torrão indo o nosso correio todo parar a Alcácer. Como se não bastasse ficou um só carteiro para fazer a vila inteira e de Alcácer vai outro para o Batão, Rio de Moinhos, Casa Branca e S. Romão com a agravante de trocarem de carteiro como quem troca de camisa. Os resultados (desastrosos para todo o povo da freguesia) estão à vista. Vamos reivindicar a restauração do nosso CDP e exigir que tudo volte a estar como antes e que o carteiro se mantenha o mesmo pelo menos dois anos consecutivos e se assim não for boicotemos os correios indo lá só pelo essencial, pagando as facturas noutro local, não comprando os seus produtos e usar outros meios de comunicação só escrevendo carta em ultimo caso. Só é pena os jornais da freguesia (Jornal do Torrão e Boletim da Junta de Freguesia) se mostrarem insensíveis e não se mostrarem muito preocupados com estes factos ao contrário do Jornal A Voz do Sado e outros meios de comunicação social. Mais uma vez se prova que santos da casa não fazem milagres. Chamemos a televisão. Lutemos. Está na hora de todos mostrarmos o nosso descontentamento.

3 comentários:

Anónimo disse...

Tinha muito para comentar sobre as tuas quadras,e também sobre o teu têxto quando falas dos jornais. mas limito-me apenas a dizer-te apenas isto.QUANDO SE LUTA PODE-SE GANHAR,NÃO LUTANDO PERDE-SE SEMPRE.
Um abraço.
Porreiropá

Anónimo disse...

Quando pela primeira vez,vi o teu blog, pensei para comigo cá está uma coisa interessante, mas ultimamente fiquei um pouco apreensivo e isto porquê?nestas quadras se isso se poderá chamar deixas muito a desejar.Tu depressa te esquecestes que as pessoas tinham muitas mas muitas queixas a teu respeito, que constantemente caiam queixas nos serviços, pelo teu pessimo desempenho.Agora vens com falsos moralismos, tem dó, concenta as tuas ernegias noutra coisa, tenta arranjar algo que te realize profissionalmente, foi para isso que estudastes e deixa de ofender as pessoas. faz uma rectropestiva do teu comportamento e verás que és outro ser humano totalmente deferente

Paulo Selão disse...

Quem não deve não teme! Que pena que é não dar a cara! Eu pelo menos não me oculto cobardemente por detrás da capa do anonimato como o senhor (ou será senhora?) faz. Apesar de tudo quase que tenho a certeza de que sei quem é! Quanto às quadras, há quem goste, há quem deteste. É assim em democracia e se eu permito comentários aos meus posts é porque estou aberto a críticas seja pela positiva seja pela negativa. Lamento que passados tantos anos em democracia e no convívio com as democracias mais avançadas do mundo como são algumas das democracias europeias, o anonimato, o insulto, a bufaria, o chico-espertismo e outras «qualidades» ainda continuem a ser dominantes no povo português ou pelo menos em amplos sectores deste. Existe liberdade de expressão eu eu USO-A e espero que outros também a usem e às claras...
Não me preocupam os moralismos; nem os falsos nem os verdadeiros. Lá porque apimentei os versos vem agora você - eu trato por você quem eu não tenho a certeza absoluta de quem é embora eu não saiba exactamente quem me trata por tu - qual virgem ofendida e exibindo você sim falsos moralismos isto quando nós sabemos que há e sempre houve quem usasse de palavras ainda mais insidiosas, diluidas nos seus argumentos, na defesa das suas causas. Aquelas quadras são uma versão popular e foi esse o estilo que eu lhes procurei imprimir - um estilo popularucho e algo desbragado e sarcástico, mordaz como é meu timbre. Como disse não é o moralismo que me impulsiona mas sim as populações que são constantemente lesadas - em particular os idosos - nas quais eu me incluo e aqueles cujos direitos são espezinhados diáriamente e com os quais eu tive o prazer de trabalhar. Ainda agora o carteiro que anda aqui no Torrão continua a trabalhar para lá da hora. Duvido que tire mais do que uma hora de almoço embora tenha direito a um intervalo de quatro horas. Até há quem visse o rapaz a comer uma sandes e a distribuir correio ao mesmo tempo. É uma vergonha!
Quanto ao meu desempenho, não sinto da parte das pessoas essa animosidade toda que diz existir e olhe que eu não meto medo a ninguém; eu dou liberdade às pessoas para me dizerem com sinceridade o que pensam. Quanto às «muitas queixas» a meu respeito «que constantemente caiam nos serviços» (só esta frase denuncia-o(a)em parte) e ao meu «péssimo desempenho» é a própria empresa quem afirma o contrário no ponto 6 do comunicado que eu tornarei público e com o qual eu darei definitivamente o necessário esclarecimento e devida resposta. Espero que essa seja a última postagem sobre este assunto pois o objectivo principal que foi dar a conhecer a situação penso que foi muito satisfatoriamente conseguido. Por outro lado, e sendo reforçado pelo comunicado da empresa atrás invocado, se o meu desempenho era assim tão péssimo porque não fui eu despedido com justa causa?! Era o que eu faria se tivesse na minha empresa alguém com tão má conduta. Mais, porque é que me prolongaram o contrato até ao limite?! Porque não optaram logo por não me renovar o contrato no término dos primeiros seis meses ao invés de me proporem mais dois de meio ano cada?!
Estou tão tranquilo como aliás sempre estive! Como disse: quem não deve não teme ao contrário de si que denota nervosismo como se pode ver pelas gralhas no texto.
Sem mais, creia-me muito atentamente. Os meus cumprimentos
Paulo