quarta-feira, junho 22, 2011

Case study

É sempre assim! Basta estar atento e exorto-vos a o estarem para constatarem sobre a temética que se vai aqui debruçar. Quando um novo naipe de ministros entra em cena lá vem a malta da comunicação social tradicional (cada vez mais ultrapassada pelos facebooks, youtubes e nets em geral) tecer loas a todos eles. Se repararmos, sempre mas sempre que um novo governo entra lá estão eles. Personalidade com provas dadas, brilhante académico, grande capacidade intelectual e de trabalho, vasto curriculo, etc., etc. num exercício orgásmico que no limite passa um atestado de menoridade aos que estão de saída, aos que já foram também eles brindados com tais mimos e que entretanto perderam todo o brilhantismo. É claro que os novos são sempre autenticas sumidades os outros não. Agora o que é curioso é que tanto engenheiro, arquitecto, advogado, académico brilhante e de vasto curriculo e etc e tal vai para o Governo e a situação do país é tudo menos brilhante; é confrangedora em tudo e mais alguma coisa. Quem o diz são as estatísticas que nos colocam na cauda (perdoem-me mas eu perfiro dizer no cú) da Europa.
Provavelmente a culpa será do povão, esse sim é que é burro, inculto, ignorante, não sabe poupar, como agora está na moda dizer - EU NÃO ADMITO QUE NINGUÉM ME QUEIRA VIR ENSINAR A GERIR O MEU DINHEIRO. POUPADO TENHO EU SIDO TODA A VIDA E SEM PASSAR DA DITA CEPA TORTA - nunca de tão exclesas e virtuosas criaturas até porque, pelo menos em Portugal, vigora uma certa mentalidade tacanha de que o chefe tem sempre razão, seja ele chefe de uma qualquer obscura repartição qualquer, seja ele um chefe político, militar, policial, o que for; o chefe simplesmente por o ser é o mais inteligente... o mais tudo, enquanto que burro é o subalterno. Basta conseguir ser promovido para o seu QI também disparar por aí a cima mesmo que o seu detentor que já tenha a inteligência de um pombo (sem querer ofender os pombos) continue exactamente no mesmo patamar. E depois os resultados...
É caso para dizer que, académicamente falando, tal facto é ou deveria ser um case study; quem sabe se tarefa para tão brilhantes académicos. Que eu não duvido que o sejam (em parte apenas)!

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