quinta-feira, outubro 24, 2013

TDM Entrevista ... D. Duarte de Bragança

A bandeira da Monarquia nunca esteve tão presente em Portugal como no ano em que se assinalou um século sobre a implementação da República. Os ecos da insatisfação da causa real chegaram mesmo a Macau, com as insígnias monárquicas a serem hasteadas no Consulado Geral de Portugal. Centro e três anos após a deposição de D. Manuel II são muitos os que defendem a restauração da monarquia e é um Portugal alternativo aquele que se discute neste TDM Entrevista. D. Duarte de Bragança, herdeiro do trono português, à conversa com a TDM - 23 de Outubro de 2013

Album Alentejano: O Torrão em 1937 - 1ª parte









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A vingança de Paredes - Parte 2


A vingança de Paredes


quarta-feira, outubro 23, 2013

Democracia do Sul: O Torrão em 1933 - Última parte

Apontamentos da História

Versão de Pinho Leal


Leia-se, a descrição que este historiador escreveu em 1880 a respeito do Torrão no seu Dicionário «Portugal Antigo e Moderno»:

Torrão - Vila, Extremadura (mas ao sul do Tejo) comarca e concelho de Alcácer do Sal (foi comarca de Cuba, concelho de Alvito).
Em 1768, tinha 415 fogos.
Orago, Nossa Senhora da Assunção.
Bispado de Beja, distrito administrativo de Lisbôa.
O tribunal da mesa da consciência e ordens, apresentava o prior, que tinha 180 alqueires de trigo, 120 de cevada e 20$000 réis em dinheiro.
D. Manuel, lhe deu foral, em Lisboa, a 20 de novembro de 1512. (Livro de forais novos do Alentejo fls, 49, col. 2ª).
O mestre da ordem de São Tiago, a que esta vila pertencia, lhe tinha dado foral, pelos anos de 1260, com grandes previlégios, que o rei confirmou no foral novo que lhe deu.
Situada em planície regada do lado norte, pela ribeira do Xarrama (que tem a sua origem na vinhas de Évora e desagúa no Sado).
Brites Pinto, fundou em 1560, numas casas suas, nesta vila, um recolhimento para beatas. Em 1599, a infanta D. Maria, senhora de Viseu e Tôrres Vedras, filha do rei D. Manuel e de sua terceira mulher, D. Leonor (filha de Filipe I, de Castela) transformou o recolhimento, em mostreio de freiras franciscanas, dando-lhe muitas rendas.

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É povoação antiquíssima, e já existia no tempo dos romanos, que na margem do Xarrama, construiram um sumptuoso templo, dedicado a Júpiter Olympio.

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Os temporais de dezembro de 1876, causaram grandes prejuízos nestas terras, deitando por terra muitas paredes e arruinando muitas casas. As sementeiras ficaram perdidas, e grande quantidade de azeitona foi levada pela cheia.
Em Pôrto de Rei e Pôrto de São Bento, a 15 quilómetros desta vila, os prejuízos ainda foram maiores, destruindo grandes  armazens de cereais. Na aldeia de Odivelas, também a 15 quilómetros do Torrão, a cheia levou seis moinhos, e todo o trigo que lá estava.

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O sr. Jerónimo de Magalhães Brasão de Sande Lânça Mexia Salema, foi feito visconde do Torrão, em 14 de setembro de 1855. Possúe por êstes sítios bastas e vastas propriedades, e é senhor de vários morgados, na vila da Lousã e outras terras.
Casou, em 1844, com a sra. D. Maria do Carmo Guedes Portugale Menezes, falecida em 12 de novembro de 1873. Era filha dos 1os viscondes da Costa, e tinha nascido, a 21 de maio de 1825.
O pai do 1º visconde do Torrão, foi o desembargador Joaquim de Magalhães mexia de Macedo, fidalgo da casa real, e senhnor da casa da Lousã. Era pai da sra. D. Tomázia, condessa das Alcáçovas.
Esta vila, foi solar da família Galvão.
Foi desta nobre família, frei António Galvão, nascido nesta vila, nomeado do século XVI. Foi um frade virtuosíssimo, e varão de grande ciência. Era perito nas líguas latina, grega e hebraica. Foi doutor em teologia, e lente da Sagrada Escritura, na Universidade de Comímbra.
Deixou manuscritos excelentes Comentários aos profetas menores, e um tomo de sermões.

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Bernardim (ou Bernaldim ou Bernardim Beinardino) Ribeiro, nasceu nesta vila do Torrão (disto ninguém duvida) em 1500, ou 1501, e era filho de pais nobres.
No princípio do século XVIII, ventilava-se uma questão de vínculos, entre famílias do Torrão, que se assinavam Ribeiros e Mascarenhas.
Apenso aos autos, andava um instrumento antigo, no qual João Ribeiro, filho de Gonçalo Ribeiro, senhor de Aguiar de Neiva e Couto de Carvoeiro, no almoxarifado de Ponte de Lima, provava ser primo co-irmão de Bernardim Ribeiro, fidalgo principal e muito conhecido pelos seus versos intitulados "Menina e Môça". Este intrumento, era datado de 1552, sendo já falecido o poeta.
Os Mascarenhas, que venceram o pleito, procediam de Manuel da Silva Mascarenhas, que serviu em Tânger e nas ramdas de Castela, com o general espanhol D. Fradique de Toledo.
Voltando a Portugal em 1640, foi um dos denunciantes da conjuração de 1641.
D. João IV, em prêmio da denúncia, o fez alcaide-mor da Tôrre do Outão, em Setúbal, e ao mesmo tempo, foi guarda-mor da alfândega de Lisbôa.
Este Manuel da Silva Mascarenhas, editou, em 1645, as poesias do seu parente, mudando o título de Menina e Môça para Saudades de Bernardim Ribeiro.
Est Mascarenhas, casou com D. Garcia Pereira, filha de João Sodré, de Ourem, mas não teve filhos legítimos. Teve dois bastardos, um foi assassinado em Setúbal, e não se sabe o fim do outro.
Bernardim Ribeiro, poeta, consta que deixou uma filha - Bernardim Ribeiro, comendador, deixou dois filhos e uma filha - Luiz, Manuel e D. Maria de Menezes. O mais velho, Luiz Ribeiro Pachêco, herdou a comenda de Vila Cova, e serviu-a em Ceuta. Casou com D. Catarina de Ataíde, filha de Fransico de Portugal, e já viúva de Fernão Gômes Dragão.
Mauel foi comendadorde Tanger, e morreu solteiro.
D. Maria de Menezes casou com Luiz da Cunha (o Pequenino).

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Há diversas edições das poesias de Bernardim Ribeiro - a 1ª foi impressa em Évora, em 1558 - a 2ª, em Lisbôa, no ano de 1559 - a 3ª, em Lisbôa, no ano de 1645 - a 4ª em Lisbôa, no ano de 1785.
Esta é aumentada com um raro opúsculo do mesmo autor, intitulado Trovas de Dois Pastores, 1536.
Tôdas estas edições são hoje raras, e a de 1559, raríssima.

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A vila do Torrão foi sêde de concelho administrativo até o momento de serem extintos os chmados "concelhos rudimentares", aí pelos princípios do século passado. Pouco tempo depois passava para o concelho de Alvito aonde esteve anexado até 1864. Di distrito de Beja e comarca de Cuba, passou então a pertencer ao distrito de Lisbôa, comarca e concelho de Alcácer do Sal. Até à extinção do morgadio em Portugal gosou esta vila enormes previlégios junto da côrte. Viveram nesta terra várias familias fidalgas de bastante prestígio, que aqui fizeam construir casas apalaçadas, algumas das quais ainda hoje em bom estado de conservação e ostentando notáveis brasões.
Teve esta vila dois conventos, um de freiras e outro de frades. Ambos os edifícios estão hoje muito danificados.
Quási todos os documentos e preciosidades históricas que constituiam o rico património do Torrão, foram destruídos e expoliados por mãos estranhas, nas sucessivas lutas entre liberais e miguelistas, e mais tarde, na mudança do Torrão dum concelho para outro, muitos dos documentos que escaparam à fúria da soldadesca, fôram impiedosamente mal acautelados e outros porém, cobiçados por gente invejosa que daqui os surripou, levando-os para sítios ainda hoje ignorados pelos torranenses.

Monumentos

São dignos de visita nesta vila os seguinte monumentos:

Igreja Matriz, "de portal manuelino, encimado pelo escudo nacional, o interior de três naves de arcos em ogiva sôbre colunas oitavadas e tectos de madeira. No cruzeiro e capela-mór lindo padrão de azulejos policromos, a branco, amarelo e azul. Na sacristia várias tábuas".

Coreto mudo - situado na praça Bernardim Ribeiro - Estilo barroco, com vários enfeixamentos. Visto de perto, perturba o olhar; visto de longe é simplesmente encantador...
É rico em tejolos da região e prolífero em buracos. Tem em tôda a volta do pavimento um gradeamento artístico, a única coisa que ali se recomenda. Merece ser incluido no número dos monumentos nacionais.

Casa das relíquias - situada na rua de Beja em frente ao establecimento do sr. Raimundo Branco. Estilo visigodo. Modêlo de arte bastante exemplar. Reüne tôdas as condições de higiene e confôrto. Tem sofrido diversas reconstruções, a última supômos, foi feita no reinado de D. Marmelo V, quinhentos anos antes de Cristo. Este monumento tem sido o enlêvo de todos os estrangeiros que teem visitado esta vila. Ainda há bem pouco tempo, uns turistas ingleses déram-se ao trabalho de o fotografar... com a cobiçada intenção de introduzirem no seu país tão imponente modêlo de arquitectura.
Este monumento presta-se presentemente, a urinól público e às vezes... substitue com grande vantagem a Walter-Close ao ar alivre, o que neste tempo é de grande conveniência para os emissários de tão honrosas e delicadas embaixadas. Escusado será dizer que há por ali um cheiro a essência de Parma que embriaga... muito superior aos produtos nacionais da Naly. É pena que êste monumento não seja alvo das atenções do Estado e continue tão miserávelmente desprezado.

Albergue das corujas - situado numa horta - chamada Horta sêca - Estilo arranha-céus. Começou a ser edificado no momento em que o padre Bartolomeu de Gusmão concluía os seus estudos de vôo na passarola em que mais tarde veio a elevar-se no espaço. É um monumento digno de aprêço. Honra a arquitectura e arte nacional. Há quem afirme, ser êste monumento o mais extraordinário de tôda a Península Ibérica. Depois de concluído - possivelmente quando as galinhas tiverem os dentes - deverá atingir uma altura colossal, muito superior ao prédio da Singer de New-York. Nessa altura as corujas terão de desertar, para ceder o seu logar às águias. E nós, para o vêrmos, terêmos que nos utilizar do telescópio.

Minas

É possível que noutras épocas, os diferentes povos que habitaram esta região tivessesm dedicado a sua curiosidade na procura de metais no sub-solo, mas semelhante conjectura, não pretende fazer crêr que êles existam de facto ou tivessem sido explorados. Até agora ainda não fôram encontrados vestígios de escavações subterrâneas, mas há, no entanto, quem afirme haver no sub-solo desta freguesia, importantes filões de metais preciosos.


Orografia

A freguesia do Torrão é quási tôda ela formada de extensas planícies. Só aonde se notam sensíveis elevações de terrêno é na faixa que a liga ao poente, com o concelho de Grândola. A própria vila do Torrão que é banhada ao norte pela ribeira do Xarrama, assenta na planície dum pequeno serro que descamba mais pronunciadamente para sul.


Hidrografia


Esta freguesia é atravessada de Leste a Nordeste pela ribeira Xarrama, que vai desaguar no Sado no sítio denominado Quinta de D. Rodrigo, a quinze quilómetros do Torrão.
Esta ribeira mete muita água no Inverno, provocando grandes cheias rumorejantes e vertiginosas, principalmente nos meses que decorrem de dezembro a fevereiro. Anos tem havido que as cheias teem assumido pavorosas proporções, e causando danos e vítmas nos moínhos situados ao longo das suas margens.


Hidrologia

Nos arredores do Torrão e em tôda a área ocupada pela sua freguesia não é com dificuldade que se encontra água a pouca fundura. A água dos poços existentes na vila não são muito próprias para beber, em virtude de serem demasiado calcárias e estarem sujeitas a freqüentes e perigosas inquinações. Contudo, teem a vantagem de se prestarem ao consumo dos animais, a lavangens e a rega das hortas. Aonde as nascentes são em maior número é nessa faixa diorítica que se esntende de norte a oeste desta vila, cujas águas são muito leves e puras, dum sabor extremamente agradável.


Flora


As culturas que maior representação teem nesta freguesia são as praganosas. Depois, pela sua enorme extensão, destaca-se a cultura arbórea, na qual toma especial preponderância, o sobreiro, a azinheira, o pinheiro e a oliveira. As plantas rasteiras coloridas e perfumadas, teem nesta região, muito pouca importãncia, e por isso mesmo passam quási despercebidas. Merece já especial atenção o largo desenvolvimento que pomicultura e os vinhedos, teem tomado nste últimos anos, em tôda a freguesia do Torrão.


Fauna

As espécies de animais de caça que mais abundam nesta região são: a lebre, o coêlho, a perdiz e a rola; e as muitas outras espécies de animais comestíveis e domésticos que entram no domínio da pecuária que maior representação teem são: o suíno, o lanígero, o caprino, o bovino, o cavalar, muar e asinino. Das outras espécies de animais daninhos, tais como: a raposa, o ginete, etc., etc., etc., não vale a pena falarmos delas, visto serem já muito raras nesta região.


Urbanismo

A quási totalidade das ruas desta vila são compridas e largas, mas tendo o defeito de serem turtuosas. Só uma dúzia de ruas, se tanto, escapam a essa defeituosidade. São elas: a rua dos Cardins, a das Estalagens, a do Jericó, a da Nossa Senhora da Albergaria, a dos Lavradores, a do Desmebargador, a das Freiras, a da Azinheira, a de João Falcão e a de João Chagas. Os prédios que ladeiam as ruas são quási todos térreos, e só numa ou noutra rua, se destacam um ou dois, de primeiro andar. As ruas que melhores prédios apresentam são: a dos Cardins, a do Relógio e a de Beja. E os mais corpulentos, vistosos e alegres, são os que foram o quadrilátero da Praça Bernardim Ribeiro.
É justo salientar aqui, o asseio e a alvura de tôdas as fachadas dos prédios, o que revela bem o brio e o espírito de higiene dos seua habitantes.


Instrução Pública

Em virtude dos professores das escolas de ensino primário se encontrarem ausentes, no gôso de férias, não nos foi possível, como seria de nossa vontade, tratarmos nesta reportagem do capítulo instrução, como é do nosso costume focar em tôdas as páginas regionais, dando-lhe a máxima amplitude e a expressão lógica de tôdas as suas mais instantes necessidades. Contudo, soubémos particularmente, que existem cêrca de 600 crianças em idade escolar, e só 200 apenas, freqüentam as escolas.








terça-feira, outubro 22, 2013

Incógnitos



Portanto o novo elenco de autarcas (Executivo da Junta de Freguesia e Mesa da Assembleia de Freguesia) está actualizado no site da Junta de Freguesia do Torrão (www.torrao.freguesias.pt/) mas não há foto disponível. Então não há um prospecto eleitoral ou outra coisa qualquer de onde se possa cortar e digitalizar as fotos dos elementos?
Dá um bocadinho de trabalho mas... 

Tomada de posse da nova Assembleia Municipal de Alcácer do Sal

Um auditório municipal completamente lotado inclusive por bastante gente que ficou em pé, assim se pode descrever a sessão solene de instalação da nova Assembleia Municipal de Alcácer do Sal e respectiva tomada de posse dos seus membros e dos membros que compõem o executivo da Câmara Municipal para os próximos quatro anos.
Após abertos os trabalhos pelo presidente cessante da Assembleia Municipal, Duarte Faria, deu-se início à tomada de posse dos deputados municipais - 12 deputados da CDU (a deputada Ana Semião faltou embora a sua falta tenha sido justificada) eleitos directamente mais os quatro presidente de junta que por inerência têm acento no plenário, e 8 do PS.
Seguidamente, tomaram posse os membros que irão compôr o executivo camarário - Vitor Proença, Presidente eleito pela CDU, Ana Chaves, Ana Soares e Manuel Vitor, também da CDU, e Nuno Baião e Isabel Vicente, pelo PS. O Vereador eleito, José Torres Couto também faltou (embora com a respectiva fala justificada) ao acto de tomada de posse.
Em ambos os actos, os elementos que compõem tanto a Assembleia Municipal como a Câmara Municipal foram sendo chamados pela ordem de eleição.
Vitor Proença, que foi recebido com enorme júbilo e aplaudido de pé pelos munícipes presentes no início e no fim do seu discurso, na primeira intervenção, já empossado, com um discurso longo - uma diferença clara relativamente a Pedro Paredes, cujos discursos nunca iam além dos cinco minutos nem da meia dúzia de frases - o qual tem como destaques o facto de anunciar como primeira medida entre outras, reavaliar o projecto RUAS nomeadamente ao nível das popularmente chamadas «patas de cavalo» tal como aludido aqui.
Destaque ainda para o facto de Proença pretender dar ênfase e valorizar o património, a cultura e o desporto. Na verdade, levantando um pouco o véu sobre a forma como serão distribuidos os pelouros, Vitor Proença salientou que sob a sua alçada ficarão nomeadamente o Desenvolvimento Económico e Social e a Cultura.
Terminado o acto de posse, teve lugar a primeira sessão da Assembleia Municipal, tendo como ponto único de trabalho a eleição da respectiva Mesa - Presidente, 1º Secretário e 2º Secretário. 
Dirigiu os trabalhos, António Balona, cidadão que encabeça a lista mais votada. Posta à consideração de ambas as bancadas a forma de eleição (por lista ou uninomial, isto é nome a nome), devido ao adiantar da hora tanto a bancada do PS como da CDU optaram pela eleição por lista. A CDU apresentou e propôs a seguinte lista: 
Presidente da Assembleia Municipal, António Balona; 1º Secretário, Baltasar Flávio e 2º Secretário, Maria de Fátima Leite.
O PS optou por não apresentar qualquer proposta de lista.
Desta vez, ao contrário do que se passou em 2009, e sem surpresas, a lista proposta pela CDU foi aprovada com 16 votos a favor e 7 abstenções.



Na intervenção final, António Balona, lançou o repto ao público presente para que continue a ir às sessões da assembleia e que intervenha com críticas, sugestões ou qualquer assunto que qualquer um considere pertinente.
De referir ainda que estiveram presentes diversos representantes de instituições bem como o Comandante e 2º Comandante dos Bombeiros de Alcácer do Sal bem como elementos da GNR de Alcácer do Sal (Segundo-Sargento e Cabo-Chefe) todos devidamente fardados, coisa que não se verificou na tomada de posse dos novos elementos da Assembleia de Freguesia do Torrão. Cá, para além dos problemas já elencados no artigo que noticia o facto, ainda a ausência do comandante do posto da GNR do Torrão (ou um seu representante) e do Comandante ou 2º Comandante (sombra, visto que actualmente os BMT ao que parece não têm um de facto) dos Bombeiros do Torrão - devidamente fardados, e com a farda própria para a ocasião, claro está - foram notados... pelo menos por quem está atento a estas coisas. Bombeiros do Torrão que, já agora, também deviam ter-se feito representar, ao nível de comando à semelhança da sua congénere alcacerense, na sessão solene de instalação da Assembleia Municipal.
Se porventura em todos os casos, foram convidados e não se dignaram em pôr lá os pés, aí nesse caso é lamentável e inaceitável.
Curioso foi o facto de ver que tanto no caso da Assembleia Municipal como no caso da Assembleia de Freguesia do Torrão muitos (e muitas) dos que tomaram posse não iam vestidos com o preceito devido, afinal de contas estes eventos são ou deviam ou deveriam ser solenes e o «dress code» impunha que os cavalheiros se apresentassem de fato e gravata (adequados) e as senhoras com vestuário também adequado.
Enfim, lacunas e falhas que devem (ou deviam) e deverão ser corrigidas. É o que dá andar-se nestas lides sem a menor sensibilidade, rigor e consciência protocolar.
Infelizmente em Portugal perdeu-se entre muitas coisas a noção de formalidade, solenidade, brio, garbo, sobriedade, elegância e claro, brilho cerimonial... já para não falar do ridículo.
Sinais dos tempos. Infelizmente tal já é pedir demais.
























Fotos: Paulo Selão e Câmara Municipal de Alcácer do Sal

sábado, outubro 19, 2013

Tomada de posse da nova Assembleia de Freguesia do Torrão

O espaço do polo da biblioteca municipal do Torrão foi pequeno para acolher as dezenas de pessoas que se deslocaram ali para assistir à investidura dos novos membros da Assembleia de Freguesia do Torrão.
Depois de empossado o novo Presidente da Junta de Freguesia, Virgílio Silva, e os restantes elementos que compõem a Assembleia de Freguesia - a posse de cada elemento inicia-se com o juramento que tem a seguinte fórmula: «Eu abaixo assinado, juro solenemente pela minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas» e termina com a aposição da assinatura em documento próprio - dá-se início à primeira sessão do plenário onde foram escolhidos os vogais (Secretário e Tesoureiro) por proposta do Presidente para com este formarem o executivo da Junta de Freguesia. Todas as votações foram uninominais.
Da votação resultou a escolha de Ana Tecedeiro para Secretária e Paulo Capela para Tesoureiro. Ambos foram eleitos com 5 votos a favor e 4 abstenções.
Posteriormente, e também por proposta do Presidente da Junta, o cidadão cabeça de lista da lista mais votada,  decorreu a eleição da Mesa da Assembleia de Freguesia. A primeira eleição foi para ocupar o cargo de 2º Secretário, tendo sido escolhida Dinora Sequeira. A seguinte eleição foi para escolher o 1º Secretário tendo sido eleito Luís Rodrigues. Ambos os secretários da Mesa foram eleitos com 5 votos a favor e 4 abstenções. Por fim, decorreu a votação para escolher o elemento que irá presidir à Assembleia de Freguesia do Torrão tendo sido eleita Presidente da Assembleia de Freguesia, Maria Armanda C. dos Mártires com 5 votos a favor sendo que os restantes 4 votos recaíram a favor do Presidente da Assembleia de Freguesia, cessante, João Lavradorinho.
A Assembleia de Freguesia do Torrão fica portanto composta por 5 elementos da CDU e 4 elementos do PS. A Mesa da Assembleia de Freguesia será constituída da seguinte forma:

Presidente - Maria Armanda C. dos Mártires (CDU);
1º Secretário - Luís Rodrigues (CDU);
2º Secretário - Dinora Sequeira (CDU).

O Executivo da Junta de Freguesia do Torrão terá a seguinte composição:

Presidente - Virgílio Silva (CDU);
Secretário - Ana Tecedeiro (CDU);
Tesoureiro - Paulo Capela (CDU).

De referir ainda que o evento não decorreu com o melhor aprumo visto que faltou a colocação das bandeiras, nomeadamente da freguesia e a mistura da assistência com os elementos da Assembleia de Freguesia, os quais ficaram confinados a um canto da sala. Para além disso, podia ainda ter sido colocado o púlpito para a realização das intervenções e do discurso final do novo Presidente da Junta de Freguesia.
No seu primeiro discurso enquanto Presidente da Junta, Virgílio Silva congratulou-se pela forma democrática e cordata com que decorreu o acto eleitoral de 29 de Setembro não deixando contudo de criticar os funcionários de algumas insitituições que não souberam ser apartidários e distanciar-se da disputa mostrando no entanto abertura para trabalhar com todas as instituições. Referiu ainda ser sua intenção não cultivar uma política intimidatória e sim criar condições para que todos os cidadãos da freguesia se sintam confortáveis a exprimir livremente as suas opiniões.

 O Presidente cessante da Assembleia de Freguesia, João Lavradorinho, preparando-se para dar início aos trabalhos




 O Presidente eleito da Junta de Freguesia no acto de tomar posse




 Virgílio Silva já a dirigir os trabalhos da primeira sessão da nova Assembleia de Freguesia

 A denominada foto de família. O presidente da Junta de Freguesia com o seu executivo e os membros da Assembleia de Freguesia eleitos pela CDU

Foto de família com Virgílio Silva, Presidente da Junta de Freguesia do Torrão; Vitor Proença, Presidente eleito da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, que toma posse na próxima Segunda-feira, e demais elementos que constaram nas listas da CDU

sexta-feira, outubro 18, 2013

Foi assim: Teatro Vicente Rodrigues - Revista (1987)





Democracia do Sul: O Torrão em 1933 - 2ª parte

Indicações úteis e noticiário
sôbre os valores e actividades da vila e freguesia do Torrão

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Classificação - Vila, séde de freguesia, anexa ao concelho de Alcácer do Sal - Comarca de Alcácer do Sal - Distrito de Setúbal - Província da Estremadura Transtagana - Dista 34,5 quilómetros da séde do concelho, 87 da capital do distrito e 129 de Lisbôa.
População da freguesia - 5.337 habitantes.
População da séde da freguesia - 3.688 habitantes.
Núcleos de população anexos à freguesia - São Romão, Rio de Moínhos, Casa Branca do Sado e Porto de Rei. A população dêstes núcleos atingia em 1930 cêrca de 1.700 habitantes. Em todos aqueles lugares já há algumas casas comerciais de relativa importância.
Situação - Esta freguesia confina ao norte, com as freguesias de Santa Catarina de Sítimos e Alcáçovas; ao poente, com a de Vale de Guiso e Grândola; ao sul, com a de Odivelas; ao nascente, com a de Vila Nova da Baronia.
Superfície da freguesia - De norte para sul, abrange cêrca de 30 quilómetros, e de nascente a poente, cêrca dos 35.
Clima - Excessivamente ardente no verão, e muito frio no inverno.
Aspectos da propriedade urbâna e rural - A propriedade urbâna, isto é, os melhores prédios da vila, estão na posse do grandes e médios proprietários, havendo no entanto um grande número de casas térreas que são pertença de seareiros e de alguns trabalhadores rurais que ganham à jorna. A propriedade rural é constituída na sua quási total extensão, por importantes e vastas herdades, tôdas elas, presentemente, submetidas à cultura intensiva e exploradas, na sua maior área, pelos próprios donos, e a outra parte que é sempre relativamente pequena, costumam entrega-la aos seareiros nas seguintes condições: - O 4º ou o 5º da colheita, nos terrênos limpos ou pouco matosos; a exploração gratuita, durante três anos, em terrênos de charneca aonde avulte a cêpa. A pequena propriedade circunscreve uma área regular, limitando os subúrbios da vila, com courelas, vinhas, olivais e algumas hortas, que são, duma maneira geral, cultivadas e administradas pelos seus donos.
Da vida económica e social
- Em virtude das facilidades concedidas pelos grandes proprietários aos seareiros e aos trabalhadores assalariados, a miséria entre êstes não se faz sentir grandemente, e anos tem havido em que as terras que lhes são cedidas ao quarto e gratuitamente, lhes teem dado o mais que suficiente para realizarem algumas economias. Dêste relativo bem-estar resulta não se conhecer nesta vila, entre a gente humilde do povo, aquele acentuado espírito de revolta contra os ricos como é vulgar e freqùente notar-se noutras terras do País, aonde o egoísmo dos potentados se revela feroz e intransigente.
Convenções, carácter e costumes - Convenções: são tôdas aquelas que se teem transmitido de geração a geração, com leves alterações de época para época, mas que pouco teem influído na psíquica deste povo. Persiste ainda um acendrado culto por certas tradições e uma teimosa consagração por preceitos que reputamos demasiado envilecidos. Carácter: O torranense é, em regra, rude, mas em compensação, nota-se na sua alma, uma forte expressão de altivez e generosidade, muito semelhante à do alentejano. É pouco falador e comunicativo. Só revela a sua alegria - uma alegria sã e jovial - nos dias festivos de apoteótica solenidade, em baptisados, em casamentos ou em actos aonde se comemore o aniversário dum parente ou de uma pessôa amiga. Fóra disso, o torranese é concentrado e pensativo, preocupando-o bastante o trabalho e a existência do lar. Costumes: São absolutamente alentejanos, tanto na fôrma de receber o forasterio como na convivência social. A própria indumentária e o estilo das habitações é o que há de mais alentejano. Sómente a pronúncia é que difere um pouco... mas não muito.
Como vive o comércio - As principais casas comerciais desta vila, póde dizer-se, vivem desafogadas, não havendo conhecimento de casos de insolvência.
Como vive a indústria - Aqui não há nenhuma indústria fabril, mas há, no entanto, duas importantes fábricas de moagem e descasque de arroz, que trabalham todo o ano e cuja vida, segundo informações que colhemos, decorre com certo desafogo. Os pequenos ofícios tais como: ferreiro, sapateiro, carpinteiro, abegão, alfaiate, ferrador, albardeiro, barbeiro e funileiro, pedreiro, etc., etc., vivem bem ou mal, conforme o grau de prosperidade da lavoura da região e as condições económicas usufruídas pelo trabalhador rural.
Taxa dos salários auferidos pelas classes asalariadas
- Trabalhadores rurais: - no inverno, entre 7$00 e 8$00 por dia; no verão, nos trabalhos e ceifa, entre 17$00 e 20$00 por dia; nas tiragens de cortiça, entre 10$00 e 12$00 por dia, e nos trabalhos de debulha, entre 8$00 e 10$00 por dia. Os operários dos pequenos ofícios e artes, auferem, em regra, no inverno, entre 12$00 e 14$00 por dia, e no verão, entre 16$00 e 18$00 por dia.
Preços dos géneros de primeira necessidade - Farinha em rama, 10 quilos, 1$60; farinha peneirada, 10 quilos, 20$00.

Pão ..................  1$80 o quilo
Toucinho .............  8$00    "
Linguiça ............. 16$00    "
Chouriço ............. 14$00    "
Carne de carneiro.....  4$80    "
Carne de cabra .......  4$00    "
Batata ...............   $60    "
Arroz ................  3$20    "
Assucar (branco) .....  4$80    "
   "    (amarelo) ....  4$40    "
Café ................. 10$00    "
Azeite ...............  7$00 o litro
Vinagre ..............  1$00    "
Petróleo .............  1$60    "
Leite ................  2$00    "
Feijão branco ........  1$80    "
Grão de bico .........  1$40    "

Custo da renda das casas - Prédios térreos: com quatro dependências, entre 350$00 e 400$ por ano; com mais dependências, entre 450$00 e 500$00 por ano; prédios de 1º andar; entre 700$00 e 1.000$00 por ano.
Modêlo das habitações - Prédios térreos: fachada lisa e baixa, com 5 a 6 metros de altura, sem janelas e uma única porta de entrada. A largura das habitações não vao além dos 10 metros, e o fundo regula entre os 20 e os 25 metros de comprimento, visto quási todos os prédios térreos se fazerem beneficiar de um quintal. Prédios de 1º andar: variam consoante o gôsto e o capricho dos seus proprietários. Há-os vistosos e alegres, com janelas de sacada, abastecidas de viçosas e pujantes vasos de flôres, que emprestam à fachada alta e larga, um tom de luz que acaricía, que se recorta e inspira no rodapé de muitas côres, geralmente o azul celeste, que é duma graça ingénita e duma expressão verdadeiramente rústica.
Os prédios térreos com as chaminés esguias e negras rentes ao beiral, são já muito poucos, mas contudo tem o seu característico tradicional, que se vai desfazendo na recordação nostálgica do Passado.
Feiras - Realiza-se uma nos dias 2 e 3 de Agôsto de cada ano, que costuma ser muito concorida e importante na transacção de gados, especialmente das espécies bovina, caprina e ouvina. Esta feira mete também corredoura.
Mercados - Não se realizam.
Festas tradicionais - Efectuam-se duas no ano, conhecidas pelas festas de Nossa Senhora das Dôres e Nossa Senhora do Bom Sucesso, que geralmente teem logar em Setembro e Outubro.
Correio e Telégrafo - Esta vila tem estação telégrafo postal, rêde telefónica inter-urbana e cabine para serviço público.
Vias de comunicação - (caminho de ferro) - a estção mais próxima - Sul e Sueste - é a de Alcáçovas, que fica a 20 quilómetros de distância do Torrão. Diligências - Efectua-se uma todos os dias, saindo do Torrão às 6 horas da manhã para a estação das Alcáçovas, aonde chega às 8.30, feita por carro de molas que transporta as malas do correio e conduz passageiros e bagagens. Camionagem - Durante o dia passam por esta vila diversas carreiras de auto-cars com destino a Beja, Sines e Évora. A carreira de Évora é feita por um excelente auto-car da emprêsa António Morais Pinto, que sai do Torrão às 8 horas da manhã e chega à estação das Alcáçovas uma hora depois fazendo ali a ligação com outro auto-car da mesma Emprêsa, que faz também carreiras diárias entre Viana do Alentejo e aquela mesma estação.
Descânso semanal - À quinta-feira.
Principal comércio da vila e da freguesia - Trigo, azeite, cortiça, arroz, batata, carvão, gados, mel e cêra.
Principais produções da freguesia - Cereais, azeite, cortiça, gados, queijos, lãs, arroz, batata, carvão, lenhas e madeiras, mel e cêra.
Exportação - em larga escala: trigo, cortiça, azeite, arroz, porcos gôrdos e gados, batata, carvão, mel e cêra.
Indústrias mais importantes da freguesia - Moagem de cereais e fabrico de azeite.

Estatística das principais produções agrícolas desta freguesia 

Média da colheita obtida em anos regulares
Trigo ........... 6.000 moios
Aveia ........... 2.500   "
Cevada ..........   700   "
Fava ............ 3.500   "
Milho ...........   800   "
Arroz ........... 4.000   "
Grão de bico ....   200   "
Azeite .......... 15.000 decalitros
Vinho ...........  5.000 almudes
Cortiça ......... 70.000 arrobas
Carvão vegetal .. 65.000  "
Batata ..........  7.000  "
Lã branca .......    400  "
Lá preta ........  1.500  "

Gados
Lanígero - a espécie perdominante na freguesia - Animais de alfeire, 4.500; de ventre, 15.000.
Suíno - Animais de alfeire, 4.800; de engorda, 1.200.
Caprino - Fêmeas, 500; sementões, 50.
Vacum - Animais de ventre, 400; vacas leiteiras, 10; animais de trabalho, (bois), 450; vacas bravas, 200, bois bravos, 150.

 Apicultura
 Em tôda a fregusia do Torrão existem cêrca de 6.000 cortiços. Produção de mel por cada cortiço: 2 litros. Total da produção de mel nos 6.000 cortiços: 12.000 litros. Produção total de cêra de todos estes cortiços: 1.800 quilos, aproximadamente, todos os anos.


 Relação das casas comerciais e industriais existentes na freguesia do Torrão

Comércio - Establecimentos de fazendas: 8; de Mercearias, 18; Talhos, 3; Padarias, 6; Tabernas, 13; Cafés, 2; Pensões, 1; Adegas, 2; Farmácias, 1; Escritórias de Comissões e Consignações, 2; Correspondentes Bancários, 2; Estalagens, 2.
Indústria - Fábricas de Moagem, 2; Lagares de Azeite, 10; Fornos de Telha e Tijolo, 2; Fábricas de Cortumes, 1; Sapatarias, 5; Alfaiatarias, 3; Oficinas de Ferreiro e Serralheiro, 6; de Carpinteiro de Carros, 4; de Albardeiro e Colchoeiro, 1; de Ferrador, 3; de Carpintaria Civil, 1; de Funileiro, 1; Atelieres de Barbeiro, 5; Atelieres de Modista, 2.

Serviços de Saúde

Médico: O ex.mo sr. dr. Mário Soares Vieira, facultativo Municipal, com residência fixa nesta vila.

Corpos Administrativos

Junta de Freguesia - Presidente, Emílio da Silva Carvalho; Secretário, José Raimundo Estêvão; Tesoureiro, Josefredo Augusto da Silveira.

Autoridade Civil

Regedor - Raimundo de Mira Santos
Juíz de Paz - Augusto da Encarnação

Funcionalimo Público

Pôsto do Registo Civil - Augusto da Encarnação
Correios - Chefe da Estação, Alberto Amaral Brites. Distribuidor-postal, Acácio Mariano do Santos. Guarda-fios, José da Cruz.
Professores Primários - Do sexo masculino, João Martins de Almeida e Augusto da Encarnação. Do sexo Feminino, D. Maria Celeste de Barros Encarnação e D. Vitória Guimarães Martins de Almeida.

Autoridade Militar

Pôsto da G.N.R. - Comandante, Joaquim Cambetas, 1º cabo. Praças de Infantaria: Joaquim Grilo, Manuel António Rodrigues, José Mata Mouros, Francisco Gômes Calado e Miguel Correia de Almeida. Praças de Cavalaria: Miguel António e Gualberto Guerreiro.

Vida Associativa

No movimento associativo, a vila do Torrão únicamente conta com o seguinte organismo de carácter recreativo:
Sociedade 1º de Janeiro Torranense - Fundada em 1929. Tem a sua séde no Largo de São Francisco, da mesma vila. Número de sócios actualmente, 163. Jóia, 10$00. Cóta, 3$00 mensais. Os seus fins são: Proporcionar ao associados o maior números possível de distracções: concêrtos, instrução de música, bailes, jogos lícitos, etc. Direcção: Presidente, Francisco da Silva Selão; Secretário, Vicente José Rodrigues; Tesoureiro, Jerónimo Banha (?); Vogais, João José Martins e Manuel António Telo.

Instituições de beneficência

Hospital da Misericórdia - Instituição bastante antiga cuja fundação supõe-se datar dos princípios do século XVI. Teve noutras épocas vida desafogada que lhe era facultada pelos muito bens imóveis que possuía, e pelas constantes e avultadas ofertas que famílias nobres que aqui viveram até à extinção do morgadio, tão generosamente lhe dispensavam. Parte dos seus bens teem sido usurpados pelo Estado e, supômos, que em tempos por particulares...
Presentemente luta êste Hospital com tremendas dificuldades financeiras, vivendo dos seus parcos rendimentos e do produto de algumas festas que uma vez ou outra , um grupo de benfeitores realiza em seu benefício.
Provedor do Hospital - Manuel Joaquim da Silva; Escrivão, António Gil Monteiro Deveza; Escriturário - João Martins de Almeida; Tesoureiro - José Paulo Coêlho; Vogais: Guilherme Rodrigues Telo, Simão José Gaio e Joaquim José Martins.
Médico assistente: Dr. Mário Soares Vieira. Enfermeiro - Vitorino José Lopes.
Consulta - das 12 às 16 horas.
Séde do Hospital - Rua de Nossa Senhora da Albergaria.
Comissão de assistência - Fundada em 14 de Agôsto de 1932. Promove a distribuição de uma refeição diária e 1$50 em dinheiro, ao domingo, a 40 pobres. Por acasião das festas de maior solenidade do ano, faz-se a distribuição de várias peças de vestuário aos pobres mais necessitados e dá-se-lhes géneros em quantidade. As dádivas das pessôas amigas desta instituição aumentam de valôr e de qualidade em vésperas de dias festivos, e daí o motivo porque então, o números de contemplados chega a ultrapassar a média vulgar de todos os dias.
Esta instituição conta presentemente com um número regular de sócios que contribuem com diversas importâncias que vão de 10$00 até 100$00 mensais. Outros há que prestam o seu auxílio só com a entrega de géneros. A distribuição da refeição diária é feita numa dependência do edifício do Hospital da Misericórdia.
Direcção - Presidente, Francisco Mendes Palma; Secretário, Manuel Carneiro Bretão; Tesoureiro, Belarmino Cordeiro Peres Ramires.









 
Continua...