quarta-feira, março 12, 2008

Ainda o Prós e Contras

Texto retirado do site SOMOS PORTUGUESES

Originalmente Colocado por Nero
Eu fiquei agradavelmente surpreendido com este debate.Elevado, sensato, moderado e racional. Nem parecia um prós e contras.Não me recordo de ter visto um debate tão bom sobre o tema, quer em forma quer em conteúdo.Como simpatizante que sou da monarquia, fiquei com a sensação que a mesma terá "ganho" debate, sobretudo à qualidade das intervenções dos seus defensores.Parabens também aos Republicanos (excepto ao representante do comité que lá estava) por terem resistido à tentação de resvalar para a demogagia.Excelente debate! Concordo inteiramente e subscrevo.O debate sobre a opção monárquica começa a ter cada vez mais peso na nossa sociedade, sobretudo por todas aquelas razões que sabemos, as que foram debatidas e tantas outras que não foram elencadas ainda.De facto o debate fez-se elevado, como sempre se pretende e nem sempre se consegue ver da parte de quem, sendo republicano, não consegue atingir esse nível, sendo frequentes exemplos de mediocridade na forma de debate que, de per si, deixam muito mal sustentados os argumentos de uma discussão sadia. Ontem a coisa funcionou e houve, de parte a parte, entendimentos fluentes.Ficou, para além da demonstração cabal que a Monarquia é completamente contemporânea com o nosso sistema organizacional, perfeitamente demonstrado que nem a República deve sentir-se receosa de depositar nas mãos do povo a capacidade de decisão sobre o tipo de organização a tomar, nem a Monarquia "pura" é uma solução absoluta, sendo mais viável aquilo que sempre defendi de que o melhor dos dois mundos, por assim dizer, é o passo seguinte.Sem menosprezo pelas pessoas que desempenharam até hoje o papel de Presidente da República, aliás como também foi dito no debate e com o que concordo inteiramente, pois todos os que tiveram tão altas funções de Estado estiveram, até ao dia de hoje, perfeitamente à altura dessa exigência e desempenho, o papel do Monarca, que simboliza a unificação de um povo e modera, equidistantemente, a vida pública, não resulta da liderança de nenhum partido político, pois que, também como foi dito, por muito excelente que seja a posição de distanciamento de quem desempenha esse papel (o de PR) nunca o homem despirá as suas "vestes ideológicas" de base, aliás como lhe compete e lhe "manda" a sua coerência política.Um Rei é, também foi dito, educado para reinar e só pode fazê-lo bem. Mas, também salientado, se não o fizer há sempre a possibilidade de devolver-se ao povo a decisão sobre qual o rumo que o destino do país deverá seguir na sua organização.Neste aspecto há a salientar que não existem monarquias cuja constituição do respectivo país proíba essa sustentada escolha nem a inflexão para a República sempre e quando tal se justifique. A contrário, nos países republicanos já assim não é, ficando claro que a República tem um "demenos" nesse aspecto de ponderação...Um Rei, numa Democracia Parlamentar, em Democracia, é, convenhamos, algo que iria reunir de novo o sentir Pátrio, o amor ao Portugal que temos e somos, sendo certo, penso eu, que seriam muito menos vistas as opiniões daqueles que gostariam de ser espanhóis na "doce ilusão" de que estes últimos os considerariam iguais. Não por maldade ou defeito, mas porque os espanhóis também amam a sua Pátria e têm no seu Monarca o símbolo máximo disso mesmo.Discutir-se a Monarquia moderna para Portugal e como caminho lógico a seguir não é nenhuma redundância como muitos dos receosos por um sistema diferente defendem. Antes, é uma lufada de ar fresco que, reafirmo, em Democracia e Liberdade, talvez num misto de República (como o que ela tem de bom) e de Monarquia Parlamentar Democrática, seria certamente uma excelente alternativa a um sistema republicano que já não apresenta soluções, como a maior parte de nós sente...Nem mesmo o argumento de que em República qualquer um pode chegar a Presidente colhe!... Quem é que quer chegar a Presidente da República de entre os cidadãos comuns? Só uma ínfima parte quer, pode e chegará lá, de modo que essa alta função do Estado não é, convenhamos, elencável no leque das ambições pessoais de ninguém!E o desafio está lançado, sufraguem a Monarquia. Deixem o povo falar sobre ela, que tipo de Monarquia poderíamos querer e deixem de lado esses complexos que, do que parece, ainda subsistem, como papões, no subconsciente de muitos que não querem flexibilizar a sua tolerância para, pelo menos, tentar analisar esta solução.Não confundamos Monarquia moderna com medieval, com guilhotinas, cadafalsos e inquisição. Esse é um argumento pouco credível! Consideremos uma Monarquia moderna, dentro dos cânones do respeito pelas pessoas e sem perder de vista os valores fundamentais. Custa assim tanto?...Já nem falo no que custaria ao país uma Casa Real comparada com o que custa uma Presidência da República...

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