quinta-feira, março 05, 2009

SAR D. Duarte Pio e PR Cavaco Silva...Duas Visões, um mesmo País

Fonte: Blog «Somos Portugueses»


«Estamos confiantes que somos capazes de fazer das nossas fragilidades as nossas maiores vantagens. Onde outros tiveram soluções muito rígidas que falharam, nós venceremos»afirmou D. Duarte"Não é uma crise que se vença nos próximos meses" afirmou o PRO Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou hoje que, face à crise econonómica e financeira, as prioridades dos governos e “dos decisores em geral” deverá ser “minimizar as consequências de escassez de crédito e restaurar a confiança nos mercados financeiros”.Contráriamente à opinião do Chefe da casa Real Portuguesa, que alerta para a importância da economia real

Temos de perguntar à economia portuguesa por que razão os bens de produção são despromovidos perante os “serviços”, o imobiliário, e ultimamente, os serviços financeiros. O planeamento das próprias vias de comunicação se subjugaram a essa visão, afirmou D. Duarte Pio ontem, dia 3

Presidente da Republica acerta o passo com os restantes decisores que não souberam antever os problemas criados pelos seus programas de Governo e acentuam a importância, não da economia Real, mas do sector redistributivo da economia (sector financeiro).(5 de Março de 2009)

O Chefe da Casa Real ,D. Duarte Pio e o Presidente da Republica Cavaco Silva.....duas visões opostas um mesmo país

No mesmo dia em que O PR Cavaco Silva viaja para a Alemanha para salvar 2 mil postos de trabalho, sem que diga ou gaste o quer que seja para salvar ou solucionar os 70 mil novos desempregados em Portugal, O Presidente de Honra do Instituto da Democracia Portuguesa, D Duarte Pio dirigia-se ao País no encerramento do I Congresso Sá da bandeira, em Lisboa:

«Tem vindo a crescer em Portugal um sentimento de insegurança quanto ao futuro, sentimento avolumado por uma crise internacional, económica e social, de proporções ainda não experimentadas pela maioria dos portugueses. São momentos em que importa colocar perguntas à Democracia que desejamos.»

Uma pequena introdução
Emprestando uma distinção de Nietzsche, podemos olhar Ghandi e Lonergan como estando entre aqueles que oferecem soluções no âmbito da Económia Politica em oposição com as Politicas económicas, ou seja no âmbito da ciência Social e consequentes objectivos macroeconómicos. David Harvey e Giovanni Arrighi, por exemplo, analisam no âmbito da História contemporânea conceitos de acumulação, divida, vendas, desvalorização monetária, impostos, e a dinâmica de Mercado que deriva da estrutura institucional do sistema financeiro e económico. Adam Smith e David Ricardo foram pioneiros na reinterpretação das estruturas liberais dentro do conceito de Economia Politica. Karl Marx aplicou-as mesmo deplorando as consequências que antevia. Hoje Lonergan assume um novo interesse no ressurgimento da Economia Politica em contraposição à Politica Económica desprovida de sentido numa óptica de permanente "fuga para a frente".Reinterpreta a necessidade de uma Nova Economia Polittica para o Sec XXI.
É essencialmente esta dualidade interpretativa que separa o Chefe de Estado cavaco Silva e o Chefe da Casa Real, D. Duarte Pio.
«Os dirigentes mundiais já reconheceram que têm de modificar as estruturas financeiras internacionais. Enquanto essas mudanças não surgirem e não forem comunicadas num quadro democrático, a crise continuará.» afirmava-se num recente artigo do IDP.
Na visita de Estado. O Presidente da República apela a parcerias luso-alemãs a nível internacional. No terceiro dia na Alemanha, Cavaco Silva recusou-se a falar de política interna, ao contrário do que tinha feito na véspera. Recados sobre a crise, o desemprego e os salários dos gestores marcaram o dia.
Cavaco acusa gestores financeiros pelo colapso do sistemae tal como os restantes homólogos desconhece a solução
A crise económica continuou ontem a marcar a visita do Presidente português à Alemanha, no seu terceiro dia com o PR a afirmar algo que já é um facto para a maioria da população portuguesa "Não é uma crise que possa ser vencida nos próximos meses", disse Aníbal Cavaco Silva, numa conferência de imprensa para os jornalistas portugueses, dada num jardim interior do hotel onde ficou hospedado. A sua convicção é de que se prolongue por 2010 e que o desemprego se agrave até final deste ano, tanto em Portugal como na Europa.Cavaco Silva, que se recusou a falar de "qualquer assunto de política interna", apenas se mostrou esperançado que as medidas adoptadas pelo Governo para enfrentar a crise "estanquem" o desemprego em Portugal. Lembrou que na Alemanha, depois de ter conversado no dia anterior com a chanceler Angela Merkel, as previsões apontam para uma quebra do produto interno na ordem dos 2 a 2,5%. "As previsões em Portugal são um pouco melhores, mas temos que esperar para ver o que acontece nos próximos meses", disse Cavaco. Após o principal Banco Privado da Alemanha ter previsto a probabilidade do PIB alemão cair na ordem dos 5% poder-se-á ter em conta as palavras de D. Duarte Pio: «até onde as polémicas fracturantes que só interessam a uma ínfima minoria política, não ofendem a imensa maioria das famílias, preocupadas com a estabilidade pessoal económica».
Na opinião do Presidente cavaco Silva, dada a dimensão da crise, não há a possibilidade de um estado conseguir promover a recuperação económica sozinho. Tem que existir concertação política envolvendo os países da União Europeia, os Estados Unidos, Brasil, China e Índia. fazendo ainda votos de que a próxima reunião do G20 em Londres "não seja resultado de um "directório dos grandes".
D. Duarte Pio, Duque de Bragança...o mal é externo e Portugal pode fazer fazer disso uma potencialidade
D. Duarte propõe um recentramento da questão ao sair da óptica das decisões meramente politicas
«Apesar de tudo, o nosso sector bancário fugiu das estrondosas irresponsabilidades dos congéneres mundiais. Saibam os Governos regulamentar os apoios para as empresas grandes, médias ou pequenas mas que sejam produtivas.», afirmou o Chefe da Casa Real vincando a ideia de que não se trata de uma questão idêntica entre todos os Estados nem um problema de mera "confiança" no mercado redestributivo, onde neste caso os Bancos Nacionais são um exemplo
Sublinhou o Presidente da República, sempre na óptica internacionalista, que a actual crise derivou "de vários falhanços na regulação e supervisão do sistema financeiro, bem como do sistema de remuneração dos dirigentes de topo das empresas financeiras que, disse, "influenciaram as cotações nas bolsas para melhorarem os seus bónus". Um tema que lhe é caro e já mereceu reparos no seu discurso de Ano Novo de 2008.
D Duarte por sua vez sublinhou a importãncia, não de uma "ganância" internacional, mas na importância de se olhar para o território nacional e para a qualidade das suas instituições: «semana após semana, a perda de confiança nas instituições políticas e uma atitude de “caudilhização” do discurso(...)Em regime democrático, exige-se processos e discursos ditados pelo imperativo de responsabilidade. A equidade e integridade territorial só poderão ser obtidas com a participação de todos, e com sacrifícios para todos.»D. Duarte insiste na quebra da constante "fuga para a frente" (insistir no paradigma actual):«Temos de perguntar à economia portuguesa por que razão os bens de produção são despromovidos perante os “serviços”, o imobiliário, e ultimamente, os serviços financeiros. O planeamento das próprias vias de comunicação se subjugaram a essa visão.(...) até onde continuaremos a atribuir recursos financeiros a grandes naufrágios empresariais, ou a aeroportos e barragens faraónicas que são erros económicos.»

Não fosse a óbvia diferença institucional entre ambos poderia-se confundir o Presidente da República com um qualquer estadista estrangeiro que não fala em politica Nacional (interna) mas debita enredos internacionais sem qualquer aplicação Nacional:«Estamos confiantes que somos capazes de fazer das nossas fragilidades as nossas maiores vantagens. Onde outros tiveram soluções muito rígidas que falharam, nós venceremos promovendo os portugueses que lutam por um país de imensas vantagens competitivas.» afirmou D. Duarte no mesmo dia em que o PR viaja à custa do erário publico para salvar 2 mil postos de trabalho sem que profira qualquer palavra sobre os 40 mil que se perderam na zona de Braga ou gaste um cêntimo que seja a visitar as populações vitimas deste cataclismo.Vale a pena ler de novo esta frase:

«Estamos confiantes que somos capazes»




2 comentários:

Paulo Selão disse...

Apenas um pormenor: Se observarmos bem, reparamos que D. Duarte, junto a membros da Confraria do Vinho Verde, segura um saco com o logotipo da Câmara Municipal de Alcácer do Sal.

Anónimo disse...

a foto foi tirada no salão da Bolsa de turismo de lisboa, onde Alcácer se fez representar.