sábado, novembro 06, 2010

Isto vai aquecer VI

Nem todas as manifestações, que ocorrem sempre neste tipo de eventos, são necessáriamente violentas. A maior parte dos manifestantes são pacíficos e pacifistas, activistas que se opõem às políticas da NATO e das grandes potências. Mas quem são de facto os que se opõem à NATO? É uma amálgama de individuos, maioritariamente oriundos da extrema-esquerda que congrega verdes, comunistas, anarquistas, libertários, sindicalistas, pacifistas, socialistas revolucionários, etc.
A grande maioria são de facto gente que procura formas de protesto pacificas no entanto existem franjas que procuram abertamente o confronto. Entre eles contam-se os Black Block. Contudo, pelas imagens, verifica-se sempre que mesmo as manifestações pacíficas descambam em confrontos o que deixa em aberto a questão: até onde é que a própria polícia, e se instruida nesse sentido, procura que tal aconteça. Verifica-se que a sua presença é regra geral, pelo menos aparenta, se não é disfarça mal, ostensiva e provocatória que leva ao acendimento da ira nos manifestantes o que não invalida que também os manifestantes adoptem eles próprios uma atitude provocatória.
Seja como for, dificilmente Lisboa escapará. Basta ver que não houve, nos últimos tempos, uma cimeira deste género que não desse em pancadaria da grossa. Se não acontecer nada de monta será algo surpreendente. Dependerá, entre outros factores, da capacidade das autoridades portuguesas deterem nas suas fronteiras e neutralizarem os elementos mais radicais e dependerá também das condições meteorológicas. Um forte temporal desmobilizará certamente muitos manifestantes e condicionará fortemente as manifestações. A análise que faço, onde eu «aposto as minhas fichas», é que inevitávelmente irá haver confrontos. A incógnita será a intensidade com que ocorrerão pois depende de inúmeras variáveis entre as quais as duas referidas acima.
De qualquer maneira, o conselho que deixaria a quem habita em Lisboa é que ponham os seus carros a salvo da destruição pois são um dos alvos mais apetecíveis desses grupos. Quem tiver que se deslocar a Lisboa nos dias 19, 20 e 21 de Novembro aconselharia a que, se puder, o evite fazer a menos que queiram ir assistir às manifs, ou se tiverem que imperiosamente o fazer que se façam deslocar em transportes públicos.
Esses dias vão ser sem dúvida a maior prova de fogo para um Governo de certa maneira algo enfraquecido, pois esperam-se milhares de participantes, dezasseis Chefes de Estado e de Governo e mais os milhares para a contra-cimeira e manifs. Posteriormente, dia 24 haverá lugar à greve geral que, pela análise que faço, irá ter uma fortíssima adesão.
O Pedra irá dar todos os desenvolvimentos ao longo dos dias que antecedem, durante e depois dos acontecimentos.



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