As principais actividades económicas do Torrão são a agricultura, a pecuária e a industria de panificação bem como a construção civil, serralharia e carpintaria.
Localização geográfica do Distrito de Setúbal
Localização geográfica da Freguesia do Torrão em relação ao concelho a que pertence
O Torrão como zona de charneira
Mapa que procura demonstrar a importância estratégica da Freguesia do Torrão
O projecto IC33
Há cerca de doze anos que o tema IC33 começou a constar da agenda política local, nomeadamente da parte do Partido Socialista. O Itinerário Complementar Nº33, vulgo IC33 é uma via que irá ser concebida com o propósito principal de establecer uma ligação rodoviária entre o litoral e o interior sul do país e de proporcionar o reforço das acessibilidades regionais bem como - e isso é mais importante - de permitir o reforço das ligações entre o Porto de Sines e a Península Ibérica e restante Europa, contribuindo para alargar de forma relevante a área de influência deste porto, cujas especificidades já foram referidas anteriormente.
Integrado no Plano Rodoviário Nacional 2000 (PRN 2000) e integrando a Rede Rodoviária TransEuropeia (E82), o IC33, ao permitir a ligação referida entre o litoral e o interior sul bem como a conexão com Espanha e consequentemente com o resto da Europa, nomeadamente por parte do Porto de Sines, assume uma importância estratégica regional, nacional e de abertura à Europa significativa e não desprezável.
De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental, o troço a ser construido será um corredor com 14 metros de largura que engloba duas vias e terá uma extensão de 70Km com início nas próximidades de Grândola e terminando nas próximidades de Évora.
O mesmo estudo, que divide o troço em três trechos prevê que a construção demore mais ou menos dois anos por trecho e cerca de três a quatro anos a sua totalidade.
Relativamente a postos de trabalho, o estudo prevê a criação, na fase de construção, de cerca de trezentos e na fase de exploração cerca de quarenta postos de trabalho nas áreas da limpeza e manutenção da via. Prevê-se ainda que esta via tenha um tráfego de aproximadamente quatro mil viaturas por dia.
Estudo de Impacto Ambiental - Mapa 1
Uma via, duas soluções
O Estudo de Impacto Ambiental, divide, como se disse, o trajecto em três trechos (para o caso vamos apenas nos debruçar sobre o trecho 2 por ser o que engloba a Freguesia do Torrão) e contempla duas soluções denominadas A e B.
Relativamente à passagem pela Freguesia do Torrão, o futuro traçado seja na versão A seja na versão B interceptará a ER2 no troço Torrão-Odivelas e a EN 383 no troço Torrão-Vila Nova da Baronia.
Qual a solução que melhor serve os interesses do Torrão?
O estudo aponta para um custo, relativamente à solução A, de 119.200.000 € e, relativamente à solução B, de 91.300.000 €. Para além disso, embora o estudo preveja várias combinações de alternativas por trechos, a Assembleia Municipal de Alcácer do Sal, em ofício enviado a várias entidades, identificou a ausência da combinação de alternativa B-(A, A1, A)-B sublinhando a preferência pela solução A por ser aquela que mais favorecerá não só o Torrão mas também Alcáçovas não prejudicando Vila Nova da Baronia nem Odivelas.
Na verdade, a intercepção do futuro IC33 com a ER 2, na versão A, distará apenas aproximadamente 4,5 Km do Torrão, em particular da intercepção da Rua de Beja (ER2) com a Rua da Estalagem enquanto na versão B distará aproximadamente 10,5 Km. Quanto à intercepção com a EN 383 a solução A prevê que esta se situe a cerca de 5 Km do Torrão, mais concretamente do campo de Futebol do Torino Torranense enquanto a alternativa B implica que esta se situe a cerca de 9,5 Km. Tanto num caso como noutro, as imagens seguintes retratam os pontos de intercepção referidos.
Ainda de acordo com a Assembleia Municipal, baseando-se no estudo, a solução B surge como a mais desiquilibrada do ponto de vista ambiental nomeadamente no que respeita ao movimento de terras e constituição de aterros. Por fim, este órgão autárquico alerta que a adopção da solução B irá afectar várias explorações agricolas, nomeadamente a Herdade das Soberanas, zona de importante produção vitivinícola reconhecida em todo o mundo como o demonstram os vários prémios arrecadados.
Por fim, também a Junta de Freguesia do Torrão, em concertação com os demais órgãos autárquicos, não deixou de se pronunciar sobre o assunto e em missiva dirigida à Estradas de Portugal usou como principal argumento o facto da construção do IC33 ter na sua génese a razão deste vir a complementar a A2 e o IP2 que já servem aglomerados populacionais nas imediações procurando ainda sensibilizar para o facto da freguesia vir a ter oportunidade de almejar o desenvolvimento da sua economia tendo para tal de estar servida de acessibilidades rodoviárias adequadas defendendo ainda que só a solução A trará manifestamente mais valias ao nível da mobilidade local, regional, nacional e até mesmo internacional o que beneficiará muito a região.
Local de intercepção do futuro IC33 com ER2 (Solução B)
Local de intercepção do futuro IC33 com EN 383 (Solução A)
Local de intercepção do futuro IC33 com EN 383 (Solução B)
2 comentários:
Pois é...muito bem, muito bem assim não fosse destruir o que "alguns" construíram com muito gosto, mas será que essa destruição será um mal necessário para o NOSSO Torrão?? Se assim o for então talvez valha a pena, mas como diz S. Tomé VER PARA CRER.
Esse tão afamado IC33 terá uma intercepção por um local que me pertence e que nada nem ninguém me conseguirá pagar o valor que ele representa para mim.
Juliana Madaleno
por mim, tirava todas as arvores que estao junto as estradas, isso é um grande perigo...mas com a paneleirice de proteger a natureza, ha mortos depois...ate dà raiva as leis que se fazem em portugal...
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