domingo, setembro 23, 2012

Catastroika - A anatomia da crise

Retire-se toda a tralha comunista, aliás a alternativa proposta ainda que implicitamente, não é nova; é coisa do passado. Ao invés, atente-se nos aspectos factuais do filme.
Leia-se a entrevista de John Perkins, que se chama a si próprio de assassino económico, como complemento e depressa nos colocaremos questões do género:
Serão estas medidas uma cartilha implementada em todos os países visados?
Viveremos ainda numa real democracia ou estará esta enferma e será uma farsa?
Estarão as eleições, tal como referido no filme, reduzidas apenas a um mero concurso de popularidade estando as políticas já formatadas e definidas de antemão independentemente de quem vier a constituir governo?
Viveremos ainda em democracia ou esta será apenas já de fachada, sendo o âmago do regime uma ditadura mas uma ditadura inteligente, que aparenta garantir os direitos e liberdades dos cidadãos e não uma ditadura formal com repressão, suspensão das liberdades, polícia política, preseguições?
Estarão os países a ser invadidos, não da forma clássica pela «manu militari», mas pela via económica?
A forma cássica de ditadura, nomeadamente existente no século XX, tinha origem num golpe ou pronunciamento militar. O governo que daí emergia era formado por militares, oficiais generais e oficiais superiores e designava-se Junta Militar. O líder da Junta Militar, o ditador, era o oficial general mais graduado e na maioria das vezes mais velho. Isto leva inevitávelmente à pergunta:
Estaremos a assistir a uma nova forma de ditadura? Não uma ditadura militar mas uma ditadura tecnocrática que ao invés de ser regida por uma Junta Militar, composta por militares, é regida por uma Junta Tecnocrática, composta por banqueiros, executivos de grandes multinacionais estrangeiras, gestores, economistas, etc.

Pertguntas inquietantes as que nos mostra este documentário grego.



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