Ainda assim boa sorte

Dizia-se do Estado Novo (2ª República) que para manter a populaça distraida o regime lhe dava Fátima, Futebol e Fado. Fátima há, fado também embora o pessoal agora curta outras ondas, futebol nem se fala...

Quando jogadores são elevados à categoria de deuses ou semi-deuses quais figuras mitológicas gregas ao nivel de um Hércules, quando jogadores e treinadores ganham milhões sem que esta seja uma actividade de elevado risco de vida ou determinante para um país, uma sociedade, quando jogadores são literalmente idolatrados por turbas histéricas e fanáticas, quando quem não apoia a selecção de futebol é visto como um traidor e o seu acto uma alta traição, um crime de lesa-pátria e para cúmulo o desgraçado chega a ser acusado de não ser português, não ser patriota...

Já pouca falta para sermos um país de terceiro mundo! Só aí é que se vêm manifestações destas em torno de uma equipa de futebol...

E depois pergunto: Porquê tanta esperança depositada em quem nunca ganhou nada (em termos de equipa nacional) e se ignoram atletas de outras modalidades que elevam Portugal ao pódio nas melhores competições mundiais?

Há muito que eu abri os olhos. Para mim a selecção de futebol é uma equipa de atletas que jogam um jogo de equipa naturalmente e pronto. Não creio que ganhem embora se alimente a esperança dos burros para estes consumirem porcarias que não valem nada para que outros encham os bolsos como a famigerada Galp com as suas inenarráveis vuvuzelas. Mas também espero que não percam pois apoio todos os portugueses seja no desporto, na música, nas letras, nas ciências... em suma sempre que portugueses estão a competir eu apoio.

Mesmo que infelizmente o mau gosto reine desde a escolha dos equipamentos tipo lata de Castrol até outras cores mais exóticas aqui fica um post ilustrado com a Bandeira Nacional ostentando as verdadeiras cores de Portugal ondulando sobre o Parque Eduardo VII... para dar sorte.