quinta-feira, agosto 19, 2010

Só nesta terra (Torrão) é que não há nada que resista

A toda a minha boa gente que afirma que no Torrão tudo se acaba, quero que reflitam e que cheguem à feliz conclusão de que se assim é - e é-o de facto - em boa parte se deve a eles mesmo, a todos os que falam, falam, falam e não fazem nada. É que sem recursos humanos e sem disponibilidade de todos não se vai a lado nehum, senão vejamos:
O Torino Torranense (o clube desportivo da terra) já morreu, rebentaram com ele; a Sociedade 1º de Janeiro Torranense e a sua Banda Filarmónica em particular, já não devem durar muito tempo; os Bombeiros, enfim, basta ver a quantidade de sócios que vão às Assembleias Gerais da Associação e o numero de efectivos que o Corpo de Bombeiros dispõe.
Quanto a eventos, as procissões já só se fazem com «meia duzia de gatos pingados» e a Feira já não justifica, a meu ver, nem o investimento que a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal fazem, nem o trabalho que dá a fazer, não só pela (pouca) quantidade de gente que lá vai, com excepção do sábado com a tourada e do Domingo com o concerto, como pela pouca procura por parte de feirantes que queiram vir fazer negócio ao Torrão. É que sinceramente a Feira do Torrão não lhes dá lucro e ponto final! Não compensa!
Fica aqui um exemplo «made in» Vila Meã. É claro, se algo de semelhante acontecer no Torrão, o que eu duvido e muito, será no dia de S. Nunca à noite.



4 comentários:

Anónimo disse...

Tinha mt pena q a feira do Torrao acaba-se... Dizes q a feira so mete pessoas ao sabado e ao domingo, mas a verdade é que a feira tambem so é: sexta, sabado e domingo. lol
Mas td o q é aqui dito é verdade, ate terrinhas pequenas como por exemplo Oriola, consegue ter + pessoas q o Torrao, e sem ter grandes cartezes....
O que custa um bocado é ter em alcacer a feira da pimel, e a feira de outubro, com cartezes mt bons, e nos quase que nos cagamos todos para trazer ca a Micaela, enfim....

Anónimo disse...

Caro conterrâneo,
Não posso deixar de concordar, com algumas das coisas que aqui comenta, contudo, tudo isto se deve, aos poucos habitantes que a nossa terra tem, por motivos que todos conhecemos.
No entanto, há uma pergunta, que gostava de lhe fazer, o que tem feito para que as instituições, que refere no seu texto, não acabem ou não acabem com elas?
Sei que foi Dirigente de uma das maiores instituições do Torrão, o que fez para contrariar essa tendência?
Fui musico, mais de 20 anos, joguei futebol desde as camadas jovens, fiz teatro, fui dirigente da Sociedade 1º de Janeiro e do Torino Torranense, nunca o vi a fazer parte do que quer que seja, onde estava nessa altura?
Quanto à nossa feira, concordo que o esforço financeiro, feito pela freguesia, devia ser canalizado para outros lados, por forma a melhorar a vida dos já poucos que aí habitam, mas acabar NUNCA, e quanto aos feirantes não terem lucro, é apenas alguma falta de organização, pois deve ter visto, como eu próprio vi, o numero de "tendas" de habitantes do torrão, e claro, os consumidores, que diz serem poucos, preferem estes, a outros que não conhecem de lado nenhum, mas cabe-lhe a si, também, como funcionário da Junta de Freguesia (pelo que sei), alertar a Organização para este facto.
Já pensou em agir, no terreno, em vez de se esconder atrás deste Blog?
Espero que este comentário, não seja censurado, é apenas um desabafo de um “torranejo” de alma e coração, que adora essa terra e toda a sua gente.

Cumprimentos

Paulo Selão disse...

Meu caro conterrâneo
Os únicos comentários aqui censurados são aqueles reles e ordinários, carregados de frustração, cheios de insultos e insinuações torpes sobre o autor ou sobre terceiros. Esses sim serão sempre censurados sem apelo nem agravo o que não é o caso do seu comentário que aliás acho bastante pertinente e bem vindo. Era só o que faltava eu censurar um comentário honesto e bastante cortez apenas por que é um pouco duro e diria bem crítico e até cáustico para com o autor.
As suas questões são bastante pertinentes e deixe-me que eu lhe diga, já vêm tarde, pois ainda ninguém tinha tido nem a lucidez nem a honestidade de as colocar perdendo-se antes em comentários patéticos e sem sentido. Ora então vamos lá:
Infelizmente não sei quem é. É uma decisão sua assinar como anónimo e eu respeito-a. Não sei se se recorda de mim enquanto criança. Eu sempre residi no Torrão, e sempre me senti um pouco à parte, um, como eu digo, excluído. Não me pergunte porquê. Ainda hoje o sinto embora tal já se vá desvanecendo. Acontece que eu quando tinha 10 anos queria ir para a banda. Infelizmente nunca era convidado por quem quer que seja, fosse para o que fosse. Já na década de 90, na casa dos vinte anos eu andava por aí. Nunca ninguém me convidou para ser dirigente do que quer que fosse. E eu, estava disponível e aceitaria com todo o gosto.

Paulo Selão disse...

Entretanto andei a estudar fora, em Alcácer do Sal, onde fiz o secundário, e posteriormente em Évora, onde me licenciei em Física, em 2005.
Em 2007 tive a honra de ser convidado, enfim, para fazer parte da Assembleia Geral da Sociedade 1º de Janeiro Torranense, onde desempenhei o cargo de Vice-Presidente e em 2008, tive a honra de ser eleito Presidente da Direcção dessa nobre instituição. A minha acção particular e da minha Direcção foi de continuidade na medida em que a Direcção anterior tinha sido muito boa. Tinha organizado a escola de música, que continuou e instituiu aulas de dança que continuam até hoje.
Conseguimos trazer o karaté, que decorria nas instalações do Torino - que entretanto estava em agonia - para a Sociedade onde ainda hoje decorre também.
Também criamos aulas de capoeira, onde eu era um dos praticantes. Infelizmente a adesão foi pouca e as aulas acabaram. Já no último trimestre do mandato, iniciamos trabalhos de restauro na sala de jogos e no hall de entrada. Investiu-se ainda na colocação de janelas de alumínio nas janelas que dão para a esplanada. Os trabalhos de restauro continuaram nos mandatos seguintes com intervenções no Salão de Baile, Biblioteca, Sala de Estar, corredor e gabinete da Direcção.
Já em 2009, devido à falta de músicos – apesar da escola, pois o números de músicos prontos para a banda foi muito pouco devido ao desinteresse dos miúdos e da, penso eu, sem querer fazer juízos de intenção, falta de incentivo dos pais – o maestro convidou-me para tocar pratos e bateria. Aceitei o desafio e procurando colmatar essa falta, sou, ou tento ser, músico da Banda Filarmónica 1º de Janeiro mas com 23 anos de atraso!
No inicio deste ano, o Comandante do Corpo de Bombeiros, sabendo-me licenciado e existindo uma nova carreira no Quadro Activo (Oficiais Bombeiros) convidou-me. Foi com muita honra que eu aceitei e actualmente sou Estagiário a Oficial Bombeiro onde procuro - de acordo com as competências que a legislação confere à minha categoria - «frequentar com aproveitamento o curso de ingresso na carreira de Oficial Bombeiro» tendo no entanto já criado uma página, no Facebook, do Corpo de Bombeiros do Torrão, tal como me tinha sido incumbido pelo meu Comandante.
Para além disso, ainda fui, nas ultimas Eleições Autárquicas, candidato à Assembleia Municipal, pelo PS, não tendo sido eleito e sou ainda, 1º Secretário da Mesa da Assembleia Geral de Militantes da Secção do Partido Socialista do Torrão.
Como vê meu caro, eu estou no terreno. Não sou de me esconder. O «Pedra» é, aliás, só mais uma ferramenta, procurando ser uma mais-valia. Na verdade, este é o blog mais antigo e o blog de referência, se calhar por ser o único, em actividade ininterrupta desde 2005 e o único que dá a conhecer o Torrão ao mundo.